Fique Comigo escrita por Mariii


Capítulo 19
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo! Espero que vocês tenham gostado! :D



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Estamos sentados novamente embaixo da grande árvore no quintal da Sra. Hooper. Nossas aulas já acabaram e estamos novamente de férias. O dia está quente e Molly está sentada à minha frente usando uma blusa de mangas curtas. Eu deixo que meus dedos deslizem por sua pele para sentir a textura. Sua cabeça está encostada em meu peito e ela está de olhos fechados, sorrindo enquanto meus dedos descem por seus braços para encontrar suas mãos.

O perfume dela me deixa em um constante estado de fascínio, apesar que acho que sem perfume também é o mesmo sintoma. Lembro-me da nossa primeira noite e um suspiro escapa de mim, fazendo ela abrir os olhos e virar-se para meu rosto.

– O que você está pensando?

Tento manter uma expressão séria, mas o riso escapa de mim.

– Estou pensando... - Eu intercalo minha frase com beijos pelo rosto e pescoço dela. - Que... - Outra pausa. - Nós deveríamos... - Mais uma. - Estar no quarto... - O último beijo. - E não aqui.

Faço uma expressão chateada no fim da frase e uma gargalhada divertida sai de Molly. Eu tento resistir, mas acabo acompanhando-a.

– No que eu te transformei, Sherlock? - Ela finge estar indignada e eu só consigo achá-la ainda mais linda. Como ficamos bobos quando estamos apaixonados.

– Se você quiser eu te mostro de novo no que você me transformou. - Digo cheio de más, ou boas, intenções.

– Acho... - Agora é a vez dela me provocar, chegando perto o suficiente para me beijar e se afastando devagar. - Que... - Não faça isso, Molly. - Você vem me mostrando... - Droga, estou vidrado em seus lábios. - Com frequência, não acha?

– Não... - Minha voz praticamente some e eu balanço a cabeça pateticamente. - Não acho... - Então eu a puxo para mim, beijando-a de um modo nada decente. Quando nos afastamos, minha respiração está ofegante e ela se diverte com as reações do meu corpo que não posso disfarçar.

Nos últimos dias temos aproveitado cada momento a sós que temos, o que geralmente acontece a noite. Nossa curiosidade e descobertas andam a todo vapor. Tenho que me lembrar de comprar um enorme presente para a Sra. Hooper por nos dar liberdade. Não sei o que eu faria se não fosse ela. Em minha casa meus pais fazem Molly dormir no quarto de hóspedes e dá muito trabalho fugir para lá durante a noite, além de ter Mycroft para me importunar.

Molly mudou minha vida. Nunca esperava encontrar tudo o que encontrei nela. Nunca tive amigos e muito menos uma namorada que tivesse durado mais que dois dias. E nunca tinha me envolvido sentimentalmente com alguém. Agora me via perdido em emoções que nunca imaginei sentir.

Sem que Molly espere, a deito na grama e me coloco em cima dela. Começamos a trocar beijos em meio a risos e cócegas.

– Deus! Acho que chegamos em uma má hora, Mary.

Escuto a voz de John, que parece se divertir ao falar com Mary e me lembro que nós estávamos esperando-os. Droga. Não estou gostando desse negócio de receber amigos.

– Não posso negar que é uma má hora.

– Sherlock! - Molly me dá uma cotovelada e volta a se sentar na grama. - Nós estávamos esperando vocês.

– Uhum. Pudemos perceber que a espera estava entediante. - Mary diz e ri. Os dois se aproximam de onde estamos e sentam-se também. - Nós trouxemos um jogo.

Passamos a tarde jogando um tal de Jogo da Vida enquanto poderíamos (eu e Molly) estar fazendo outras coisas. Não entendi nada do porque eu tinha que ficar pagando imposto a toda hora, casar, ter filhos e comprar coisas que eu não queria. Claro que no fim eu perdi, o que era de se esperar.

Nós comemos pizza no jantar e a avó de Molly estava muito empolgada por conhecer dois amigos dela. Ainda havia momentos em que Molly ficava triste por pensar em Anne, mas a dor estava se acomodando em algum lugar dentro dela e na maioria das vezes ela já conseguia lembrar sem chorar. Era um processo lento, e eu participava de cada passo dele junto a ela.

Jantamos em meio a conversas e risadas, mesmo que eu ainda tivesse dificuldade em me expor em frente a outras pessoas que não fossem Molly. Talvez fosse ser sempre assim.

Quando eles foram embora, eu e Molly nos sentamos nos degraus da pequena varanda. Estávamos em silêncio, mas sorríamos. Ela segurou minha mão e deitou a cabeça em meu ombro enquanto brincava com meus dedos.

– Você podia imaginar que tudo isso ia acontecer?

– Não. – Eu balanço a cabeça. – Foram momentos assustadores. – Principalmente a parte em que você se apaixona por mim, penso em completar.

♫ ♪ ♫

Sinto-a assentir contra meu ombro, então se levanta e me leva para o gramado. Ela sorri, travessa. E então começa a cantar uma música, de um filme idiota (mas que Molly gostou) que tínhamos assistido na noite anterior. Deus, ela tinha me enchido o saco com essa letra e agora começava a cantar e dançar à minha frente, puxando-me pela mão para acompanhá-la.

I never thought that I could be so satisfied,

Everytime that I look in your angel eyes.

– Molls, essa música de novo não! – Eu faço uma careta enquanto ela interpreta a música.

I said I wasn't gonna lose my head, but then

POP! Goes my heart.

Não consigo resistir e dou risada.

– Ok, Molls, meu coração também fez POP. – Assumo resignado.

Ela ri e pula em meu colo, beijando-me e quase me derrubando. Nos olhamos por um momento que mais parece uma vida, e é perceptível o sentimento que carregamos dentro de nós.

Molly realmente mudou minha vida, mas acho que também fiz o mesmo por ela. Posso ver isso em seu sorriso e na forma que ela olha pra mim. Nossas vidas foram transformadas e totalmente ligadas.

– Sherlock, você vai estudar algumas matérias comigo no próximo período?

Não entendo muito bem aonde ela quer chegar com isso, mas confirmo.

– Sim, sempre que eu puder.

– Hmmm... E você vai me ajudar a estudar anatomia de novo? – Vejo um sorriso malicioso dançando em seus lábios. Ah, Molls...

– Talvez... Você ainda está com alguma dúvida? – Falo bem perto do ouvido dela, e ela segura em meus cabelos.

– Sim... Mas só posso te mostrar quando formos dormir. – O rosto dela está bem perto do meu agora e eu não resisto em beijá-la rapidamente, simulando um bocejo logo após.

– Estou morrendo de sono, podemos ir?

Ela ri e desce do meu colo, puxando-me rapidamente para dentro da casa.

Uma certeza eu tenho: dessa vez explicar a ela sobre músculo transverso abdominal e septo lingual fará com que eu me esqueça de quem sou, mas me dará ainda mais certeza que sou dela. Eu a amo, definitivamente.


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Notas finais do capítulo

Odeio finais... :(
Bem, quem sabem um dia eles voltem... :D
Obrigada para todos que acompanharam, inclusive quando postei no Facebook (por causa do Nyah estar fora), são vocês que fazem com que eu tenha vontade de escrever!
Até mais!

Não se esqueçam do nosso grupo! https://www.facebook.com/groups/sherlolly/

E deixo também o link da minha nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/505055/Xeque-Mate/

:*



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