Fique Comigo escrita por Mariii


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oiii!
Sentiram saudades? :P

Bom, esqueçam a série e os livros... Molly e Sherlock estão na faculdade!

Relevem minhas viagens e o fato de que vou me enrolar às vezes, provavelmente...rs
Anyway, espero que vocês gostem! :*



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Eu andava pelos corredores e meus passos ecoavam. Estava atrasada para a aula e todos os alunos já estavam dentro de suas salas. O fim do ano se aproximava e eu não deveria estar perdendo mais uma aula. Ainda não sabia como faria para passar em todas as matérias, já que meu ano foi recheado de acontecimentos que atrapalharam meus estudos.

A música soava alta em meus ouvidos vinda dos meus fones, e quando um som mais sinistro começou a tocar eu apressei os passos. Eu não devia estar fazendo isso. Não devia estar andando pela universidade assim, sozinha, em um horário que os corredores estavam vazios.

Você deve se perguntar o porquê disso e a resposta não é nada agradável. Três garotas, estudantes da universidade, morreram durante o ano. No campus. As mortes foram abafadas pela reitoria e pela polícia, que disseram se tratar de alguma espécie de suicídio coletivo. Suicídio coletivo em épocas diferentes, com modus operandi diferentes e garotas que não se conheciam, apesar de a faculdade jurar que elas participavam de algum grupo suicida sem que ninguém soubesse.

A primeira foi encontrada enforcada no começo do ano. Eu sabia que não havia grupo suicida, nem nada coletivo e que as coisas não poderiam ter acontecido como aconteceram. Por quê? Porque eu tinha encontrado o corpo. E a garota era minha amiga. Anne. Ainda a vejo sorrindo para mim horas antes de eu encontrá-la. Ainda vejo seu cabelo balançar quando ela se virou e seguiu sem mim. Ainda sinto o cheiro do seu perfume todos os dias. Sinto falta da sua risada, da sua impaciência, da sua proteção. Meus olhos se enchem de lágrimas quando penso nela. Anne nunca se suicidaria. Ela estava bem. Nós estávamos felizes.

Ninguém me escutou. Fui tratada como uma criança rebelde, traumatizada por perder a amiga de uma forma tão cruel. Ninguém, exceto Sherlock.

A segunda foi encontrada com os pulsos cortados meses depois. Kate. Não a conhecia. E de novo as circunstâncias estavam estranhas e não fazia muito sentido. Entramos de férias logo após e depois tudo voltou ao normal. Ou o que se pode esperar de normal depois de um segundo suicídio em meses.

A terceira foi encontrada envenenada há um mês. Emma. Já estava ficando difícil abafar todo o caso. Desconfiávamos que a universidade não queria perder os alunos e por isso estava inventando uma história que não existia ou estava encobrindo alguém. Essa possibilidade era interessante, mas restava descobrir quem. Estávamos focados nisso.

De qualquer forma, muitos estudantes pediram transferência ou simplesmente trancaram seus cursos. Pais apareciam quase todos os dias na universidade agora. E essa apresentou e-mails como prova de que as três planejavam os suicídios. Quando vi os e-mails tive a certeza que eles estavam mentindo. Anne não cometia erros de gramática. Ela tinha pavor deles.

Continuo estudando aqui porque não quero deixar a imagem da minha amiga marcada como suicida. Sei que ela não fez isso e nós iremos achar o culpado.

Ando pelos corredores e minha sala parece não chegar nunca. Ouço um barulho às minhas costas e me assusto. Tiro os fones de ouvido e tento identificar o que é. Parecem ser passos e um arrepio percorre minha espinha.

– Molly.

Dou um pulo, mas fico feliz ao reconhecer a voz.

– Oh... Boa tarde! Eu... Eu me assustei. – Rio, nervosa.

– Eu percebi. – A pessoa ri. – Preciso de uma ajudinha, será que você pode me acompanhar?

– Claro!

Mesmo estando atrasada, não poderia negar. E, de qualquer forma, já tinha perdido quase toda a aula. Segui para a sala e ouvi a porta ser fechada quando passei. Os pelos do meu corpo se arrepiaram. Eu devia ter deixado tudo isso pra lá e me mudado para outra universidade, onde meus dias seriam tranquilos.

Ajudei com alguns experimentos e a catalogar algumas substâncias. Trabalhávamos em silêncio e me assustei quando ele foi quebrado.

– Como está a organização da formatura dos veteranos, Molly? Tem sido muito corrido para você?

– Ah não. Estou gostando muito. É tão diferente do que estudo que até me deixa mais disposta.

Eu tinha conseguido uma vaga para ajudar a organizar as festas de formatura. Era um ritmo frenético, mas eu esperava que valesse a pena.

– Engraçado uma pessoa que está no primeiro ano conseguir essa vaga, tão concorrida. Você teve sorte.

Eu sorrio sem jeito.

– Sim, eu tive. O próprio reitor me escolheu. Acho que ele gostou das ideias que mostrei ao me inscrever.

Fiquei com a impressão de ter visto um olhar de raiva, com um mistura de... Pena? De novo sinto uma arrepio. E o silêncio que o seguiu me deu medo.

– Você conhece essa substância, Molly? – A voz parecia mais fria agora.

– Hum. Não, acho que ainda não.

– Administrando a dose correta a pessoa dorme em segundos. E o melhor, não é detectado em nenhum exame.

Eu concordei com a cabeça. Algumas peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar na minha cabeça, lentamente. Descobri tudo.

– Com isso, eu poderia fazer você dormir e enforcar você conforme aconteceu com sua amiga. E então todos diriam que não passou de um trauma, que você ficou tão abalada em perder sua melhor amiga que seguiu o mesmo destino. - O sorriso agora era cruel, os olhos parados. Eu estava com medo. Muito medo. Eu queria sair correndo, mas não havia como chegar até a porta.

Antes que eu tivesse qualquer reação, meu braço foi pego e uma agulha hipodérmica inserida nele. Não demorei para perceber que a descrição da substância estava correta, porque em menos de 10 segundos meu corpo amoleceu, minha vista escureceu e então tudo se apagou.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado tão ruim!

Reviews me ajudam a escrever mais rápido... Só um aviso... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Até mais! :*