Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 32
Wilds


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEU AMORZINHOS I AM HERE ONCE AGAIN !
faz exatamente 12 dias que não posto um cap novo, então mil perdões pela demora, mas agora eu estou liberada para postar toda semana um capitulo novo pois eu conclui Legendary! Sim, meu povo! Amém?! Então, prestem bastante atenção nos detalhes desse capitulo pois ele tem dicas super importantes dos mistérios futuros. E ah, estou adorando esse baile, sério, acho que o próximo capitulo vai ser nele ainda sz
Pandinhaw minha diva, linda, gatona do meu core, lacradora de recomendações esse capitulo é para vc com muitos momentos lindones e coisas lindonas, para vc pq cê merece pela recomendação muito amorosa, fofa e que me fez ficar largada no chão por um tempo a relendo sz' Muito obrigada *-*
Enjoy!



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Ao sair da estufa, olhei para o lado e para o outro. A brisa balançava as árvores próximas, fazendo um barulho tranquilo que se misturava ao som distante da música do baile. Andar descalça estava me matando e minha pele já começava a se arrepiar de frio. Quando estava chegando ao local onde o carro de Percy estava estacionado eu o vi com uma garota, a mesma estava de costas para mim. Ela era um pouco mais alta que o moreno, forte e seus cabelos eram num tom entre o castanho e o louro. Não parecia ter vindo para o baile, uma vez que usas vestes eram constituídas de jeans e jaqueta de couro. Me escondi atrás de uma árvore antes que eles notassem minha presença e fiquei tentando ouvir a conversa alheia.

– É, Clarisse, sem dúvidas a culpa é minha de seu pai ser um psicopata e ter sido preso – Percy disse, com desdém e sarcasmo na voz.

– Você arruinou minha família! Só vim terminar o que meu pai começou – ela disse de forma ameaçadora. Sua voz carregava tanto rancor que eu tive ir para a árvore ao lado, em meio as sombras da noite, para poder ver a sua expressão.

Agora, se algum deles olhassem para o lado e apertassem os olhos poderiam me focalizar em meio a escuridão da margem do bosque. Clarissa mantinha a raiva no olhar, enquanto Percy estava neutro e controlado. De repente, fiquei receosa. Ele havia bebido algumas doses... e se fizesse alguma besteira?

A mão da garota estava estendida, e na baixa luminosidade eu tive que apertar os olhos e forçar minha visão para distinguir o objeto que estava na mão dela. Uma arma. O ar pareceu ficar mais gelado, e agora eu realmente começara a me preocupar. Por que Clarisse estaria ali no campus da universidade no dia de um baile com uma arma? Aquilo não fazia muito sentido, mas quem sou eu para dizer algo sobre isso?

– Eu não arruinei sua família, não mantei a Lynn, não matei seu pai, não fiz merda alguma! Vocês que se autodestroem! – Percy disse, mantendo uma considerável distância de Clarisse e ainda tentando falar com um tom neutro que era notoriamente forçado.

– Cala a boca! – ela gritou – Não acredito em nenhuma justiça que venha daqueles idiotas! Sua família é rica e é fácil subornar qualquer um! Você matou minha irmã, eu vi quando deu as drogas para ela!

– Eu não dei drogas para ela! – respondeu Percy, em defesa. Ele bufou e passou a mão no cabelo, olhando para o prédio e conferindo se alguém estava vindo – Era para ela entregar para o primo dela, mas já que ela resolveu usar tudo com álcool, sinto muito, não posso fazer nada.

Clarisse avançou em Percy com rapidez, colocando o cano da arma na lateral da cabeça dele. A expressão dela era de pura fúria, o que não deveria ser nada legal. Não, eu não ia ver Percy morrer bem na minha frente. Mas também não poderia fazer nada. Não tinha como lutar contra Clarisse e iria me denunciar.

Percy agarrou a mão dela com agilidade, abaixando a cabeça e atingindo o queixo da garota com força. Ela gritou e eles começaram a uma luta estranha pela posse da arma... até que a mesma caiu no chão. Segurei na árvore para não sair correndo e tentar pega-la. Percy foi mais rápido que Clarisse e pegou a arma no chão, agora apontando para a mesma.

Vai Percy, só apertar o gatilho, pensei, como se de alguma forma ele pudesse ouvir meus pensamentos.

– Clarisse, acabou, chega! – ele disse de jeito confiante – Essa história não tem sentido. Nunca teve, me deixe em paz, ok?

– Você acha que vai ser assim tão fácil? Estou sozinha agora, você tirou todos de mim. E pode apostar: eu irei tirar todos de você também – a voz dela era baixa, mas carregada de emoção negativa.

Nisso, ela partiu novamente para cima dele, numa luta de socos e esquivadas. Clarisse o derrubou no chão e tomou novamente a possa da arma. Prendi o ar, não poderia mais ficar escondida ali, agora eu tinha que me intrometer. Ela apontou a arma para Percy, o mesmo ofegante no chão. Um... dois... Clarisse guardou a arma na cintura e olhou com desdém para Percy, girando os calcanhares e se afastando de costas para o moreno. Ela estava indo para o caminho que levava para as estufas, tinha certeza, já que era a única coisa que tinha naquele lado. Ela estava indo se encontrar com Thalia? Desde quando eram amigas? Eu estava cada vez mais confusa.

Não fiquei ali para esperar o moreno se levantar, sai correndo o mais silenciosamente que consegui na margem do bosque, meu corpo ocultado pelas árvores. Só sai do bosque quando percebi que estava no local onde o carro de Percy estava estacionado. Ofegante, eu me sentei no gramado com as pernas esticadas e as costas tocando a lataria do carro. Peguei o celular e mandei uma mensagem para o Percy, o apressando como se estivesse no local faz algum tempo.

Alguns segundos depois que enviei a mensagem, Percy apareceu ajeitando a gravata e com uma postura tensa.

– Dá próxima vez, pense em demorar mais – eu disse com ironia. Não poderia deixa-lo saber que tinha assistido a briga dele com Clarisse, então teria que mentir, coisa que não me importo nem um pouco de fazer.

Percy destravou o carro e o abriu, ainda com uma carranca. Ele se jogou no banco do motorista e socou o volante com força, como se aquilo fosse ajudar em algo na vida dele. Sentei-me no banco do passageiro e calcei as sapatilhas que estavam em minha bolsa, olhando-o pseudo-confusa.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntei. Era uma boa oportunidade para testar o quanto ele esteva empenhado em confiar em mim.

– Não – ele mentiu, mas logo fez uma careta e balançou a cabeça negativamente, socando o volante de novo – Quer dizer, sim. Eu encontrei Clarisse aqui no campus, ela não estava vindo atrás de mim, mas estava com uma arma.

– Uma arma? – perguntei, juntando as sobrancelhas. Coloquei os saltos delicadamente dentro da bolsa e deixei a mesma no banco de trás, ficando livre para endireitar meu corpo no banco e encarar Percy. Ele não mentiu para mim, mesmo estando com raiva.

– Sim – ele respondeu, levando as pontas dos dedos para as têmporas e massageando as mesmas. – Ela me ameaçou, brigamos, mas no fim continuo vivo. Ela foi embora para algum lugar, certamente estava a procura de outro cara que arruinou a família dela.

– Ela ainda está com aquela ideia na cabeça?

– Sim. Seria melhor eu ter mesmo destruído a família dela, pelo menos estaria merecendo todo esse inferno.

– Calma, Percy, quer ir embora? – toquei seu ombro com delicadeza, me inclinando para ele, ficando mais próxima. Ele soltou um longo suspiro e virou o rosto para mim, agora com uma expressão totalmente diferente e com um sorriso encantador.

– Claro que não, não irei estragar uma ótima noite por causa de Clarisse La Rue – após dizer isso ele me beijou lentamente, segurando minha nuca com uma mão e conduzindo o beijo.

Sua boca ainda tinha gosto de álcool, o que fazia ficar melhor. Meu corpo foi preenchido aos poucos com o calor que nosso beijo provocava; por um momento me esqueci de Thalia, Clarisse e de todos os outros. Era somente eu e Percy e nossas bocas uma contra a outra de forma voraz.

– Vamos voltar para a festa? – perguntei, separando alguns poucos centímetros dele.

– Aqui está bom – ele respondeu, num sussurro preguiço e com os olhos fechados. Tornou a me beijar, agora de forma calma, tranquila e despreocupada. Mordi devagar e levemente o lábio inferior dele e abri os olhos me afastando.

Percy estava incrível naquela roupa de gala; a barba feita, o cabelo domado, os olhos atentos e galanteadores. Embora não beirasse a perfeição, Percy tinha uma beleza invejável. Dou um sorriso e torno a beija-lo, agora deixando nosso beijo ferver, esquentar... até virar uma combustão.

[...]

– Ai, Percy! Fecha o vestido direito! – resmunguei, esmagada no banco de trás do carro enquanto Percy tentava levantar um simples zíper.

– Está apertado, não consigo esticar as duas pontas! – ele disse, fazendo um pouco de força para juntar o vestido.

– Tirar você conseguiu rapidinho, né? – perguntei, fazendo uma careta.

– Espera... quase lá... pronto! – seu toque saiu de perto de mim e eu me virei desajeitadamente para frente, girando a cabeça para vê-lo ainda.

Dou um risinho vendo a gravata dele torno e ajeito para ele, apertando corretamente e deixando-a impecável.

Não ficamos muito tempo ali, mas já fazia um tempo que saímos da festa e precisávamos voltar e ouvir o discurso de Piper. Suspirei, passando os dedos entre os cachos dourados, tentando desembaraça-lo de forma fracassada.

– Deixa-os assim – disse Percy, segurando meu pulso com delicadeza. – Selvagem.

– Selvagem como alguém que acabou de fazer sexo no carro – respondi, dando um risinho e voltando a passar as mãos no cabelo.

– É apenas a verdade – ele mal terminou de falar e o celular dele começou a tocar.

Ignorei e continuei a pentear meu cabelo olhando meu reflexo no espelho retrovisor; Percy atendeu o celular entrando numa rápida conversa com a outra pessoa da linha. Ainda estava nas nuvens com aquela noite, totalmente perfeita para mim. Por mim, ela nunca acabaria, estava muito bom do jeito que estava.

– É o Chris – disse Percy, guardando o celular no bolso – Quer que eu vá encontra-lo.

Percy não deu mais informações e eu também não perguntei; não começar logo com desconfianças, já que ele confiava em mim, ou pelo demonstrava. Dei um sorriso e murmurei um tudo bem. Ele me beijou de forma calma, agitando todo o meu interior.

– Eu adorei – ele sussurrou de forma provocativa, logo saindo do carro e deixando a chave comigo.

Riu sozinha e termino de me ajeitar, retoquei a maquiagem, arrumei meu vestido e só então sai do carro, ativando o alarme do mesmo. Guardei a chave no vale dos seios, no sutiã e andei para o local da festa. O vento cada vez estava mais frio e já era quase uma da manhã. Apertei meus braços contra meu corpo, tentando me proteger do vento, mas totalmente em vão.

Mãos ásperas apertaram minha boca com força impedindo que eu gritasse enquanto meu corpo era arrastado para trás. Tentei gritar novamente, mas o som saiu abafado pela mão grossa. Comecei a me debater, tentando tirar aquelas mãos notoriamente masculinas de cima da minha boca, mas eu continuava sendo arrastada para trás até que minhas costas foram lançadas contra algo duro e comprido. Uma parede. Fechei os olhos por causa da dor, mas logo os forcei a abrir, dando de cara com um pelo par de olhos azuis intensos. Seu sorriso era bonito e perturbador, seus cabelos louros compridos demais deixando que o vento bagunçasse.

Antes que eu pudesse protestar algo, ele agarrou minha cintura, beijando meu pescoço e subindo as caricias para meu ouvido. O empurrei com força o fuzilando com o olhar.Ele ainda estava perto demais de mim; tão perto que pude reparar numa mancha de terra na sua camisa.

– Scott, que merda você está fazendo aqui? – perguntei, quase gritando e o empurrando de volta, já que ameaçou se aproximar novamente.

– Estou só de passagem. Te vi desse jeito e não aguentei, sério, você está surrealmente gostosa – ele sussurrou a última parte em meu ouvido, sua respiração fazendo cócegas de forma desagradável.

Bufei e o empurrei novamente. Ele estava diferente. Não fisicamente, mas psicologicamente. Estava agindo de maneira totalmente contrária de quando nos encontramos na última vez. Será que todo raio de pessoa em São Francisco é bipolar?!

– Você está bêbado? – perguntei, torcendo o nariz. Scott não parecia bêbado, apenas perturbado. Não estava realmente entendendo mais nada e aquela noite estava virando uma verdadeira bagunça.

– Não, Annie. Então, queria te ver mesmo – ele disse, sorrindo de canto.

Eu queria gritar para alguém aparecer, estava com medo de tentar uma fuga e ele acabar me machucando ou algo pior, já que fora do salão de festa estava totalmente deserto. Tentei manter a expressão mais neutra possível, mas era difícil, ainda mais quando o cara a sua frente é super parecido com seu ex namorado e é um deus grego.

– Tudo bem, já viu, então vou indo embora – respondi e passei por ele decidida, mas o garoto segurou meu braço com força e me girou, voltando a ficar de frente para ele com violência.

– Annie, desde quando nos beijamos eu não paro de pensar em você... Eu nunca senti algo assim por alguém, eu me sinto melhor quando estou com você e eu não posso viver sem seu beijo – ele disse, um pouco baixo e com os olhos cravados em mim. Suas palavras pareciam verdadeiras, mas tinha algo estranho nelas, algo que não consegui decifrar. Franzi a testa, o encarando e puxei meu braço para se livrar do aperto.

– Desculpe, Scott... mas eu não sinto nada. Nos beijamos duas vezes no máximo, não acredito que isso seja o suficiente para se sentir assim – respondi da maneira mais sensata que pude, levando em conta que estávamos sozinhos e que nenhuma ajuda viria.

– É o Percy, você está com aquele idiota.

– Não estou, não sinto nada por ele também. Agora, me solte antes que eu grite até minhas cordas vocais estourarem – ameacei, olhando-o severamente.

Suas mãos se afrouxaram em meus braços e logo estava livre, o local formigando. Suspirei e mordi o interior da bochecha. Girei os calcanhares e sai dali o mais depressa possível, não olhando para trás, mas apenas sentindo a sensação do olhar de Scott queimando minhas costas.


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