Oubliés Sentiments - Interativa escrita por Renée Roux


Capítulo 2
Contrato


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Mais um capítulo para vocês, acredito que ficará difícil novas postagens porque mês que vem tem vestibular, provas escolares etc. daí eu tenho que estudar a partir de agora (;-;), mas vou escrever pelo tablet e assim que der eu coloco aqui



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Agora era a vez das mulheres, algumas estavam cabisbaixas, outras confiantes e eu... indiferente. A psicóloga pediu para que começássemos a apresentação. A primeira foi uma loira de olhos azuis com aparência bem infantil. Ela tinha uma expressão de desconfiança...

– Sou Alice de Laon, tenho 17 anos... bem... sou francesa e sou modelo. E-eu não consigo confiar em ninguém... por isso estou aqui. Não achem estranho, eu falo pouco quando tem muita gente perto.

A próxima foi uma menina de cabelos salmão, muito fofa por sinal.

– Sou Milene Oisy, 18 anos, vim da Holanda com intuito de recuperar minha gentileza. Depois que eu vi meus irmãos serem assassinados perdi meu interesse por qualquer coisa, além disso meus pais nunca estão presentes. Vim para Paris morar com minha avó e é ela quem paga meu tratamento. Sou estudante de direito e trabalho de meio período em uma cafeteria.

Ela falou muito pouco, estava com receio. A seguinte foi uma menina de cabelos vermelhos e olhos verdes, ela estava bem animada... eu pensei que ela fosse hiperativa. Acho que de todas eu era a mais alta de lá, ela é bem baixinha.

– Olá gente, meu nome é Samanyha Wolfs tenho 21 anos, sou inglesa e... sou muito baixinha né? Então, eu sou uma pessoa muito agitada porque meus pais eram lutadores e muitas vezes praticavam esportes radicais... eu vivi muito tempo vivendo intensamente, mas depois que eles faleceram em um acidente em uma das aventuras isso ficou mais agravante e eu me envolvo e coisa muito mais radicais e com coisas erradas também, atualmente eu curso teatro para tentar me acalmar mas quando chega a noite eu... vou lutar em becos para ganhar dinheiro. Bem acho que é isso... eu vivo perigosamente!– ela deu um sorriso largo e fez um sinal de vitória com as mãos.

A próxima era uma menina que também tinha cabelo rosa, porém era uma rosa mais vivo, ela parecia uma menina de 15 anos... me senti uma velha perto das outras apesar de ter 19 anos.

– Oi! Meu nome é Elise Hoffmann, tenho 18 aninhos e sou alemã. Com 8 anos de idade fui sequestrada e por isso sofri um trauma meio pesado, mas é um trauma diferente, perdi meu medo e meu pudor... sou livre até demais. Quero curar isso... se tiver cura claro... faço o curso de fotografia!

A última... eu... fiquei um tempo quieta porque estava perdida em pensamentos até que fui despertada por um psicólogo:

– Senhorita Nix?
– Ah! Perdão! Nix Delacroix, 19 anos de idade, sou francesa mestiça. Passei por muitas decepções ao longo desses 19 anos e agora eu tenho receio de fazer amigos ou criar um vínculo com outra pessoa, digamos que eu não consigo amar ninguém, porque acredito que se tem amizade tem que ter amor, nunca namorei... eu não consigo mais fazer isso. Hm, eu acho que amo meus pais, deve ser as únicas pessoas na face da terra que amo. Faço matemática.

Terminada as apresentações, os psicólogos saíram por um instante e largaram a gente lá. Percebi que o cara de cabelos branco ainda me olhava de um jeito estranho, eu estava com medo e pensei ''tem algo de errado comigo?'', mas aí uma das meninas veio falar comigo e ele virou o rosto:

– Olá, acho que todos aqui fazemos faculdade no mesmo lugar, eu nunca vi você por lá - disse a menina de cabelos vermelhos rubi.
– Bem, eu sou do prédio de exatas, fica longe das outras áreas.
– Oh, tem razão, mas... prazer sou Samanyha se quiser pode me chamar de Sam, acho que fica mais fácil, né? - ela estendeu a mão e deu um sorriso de leve, retribui o gesto.
– Achei você legal... é exótica.
– Acho que não se vê muitas francesas dessa cor, não é? - brinquei com ela.
– Tem razão, mas você é muito bonita.
– Obrigada, você também é. Adorei seu cabelo!
– Sério? Eu dei um retoque nele esses dias. Essa cor é uma das minhas favoritas. - Sam falava como uma criança de 3 anos, era muito fofa... e ela é 2 anos mais velha que eu.

Os psicólogos voltaram e todos se posicionaram como estávamos antes, eles chegaram com vários papéis, uma bandeja com muitos comprimidos e copos, a psicóloga começou a falar:

– Bem, nós analisamos o perfil de cada um de acordo com a ficha que vocês responderam nas duas sessões individuais. Cada caso exige um acompanhamento diferente, mas um ou outro dá para tratar da mesma forma. Acho que cada um deve estar ciente de que não voltará mais para casa e que que irá viver nos alojamentos da clínica, esse tratamento existe a muito tempo e - a moça foi interrompida pela menina de cabelos rosa choque.
– QUE MERDA É ESSA?! NÃO VAMOS VOLTAR PARA CASA?!
– Isso mesmo senhorita, está no contrato que os responsáveis de vocês assinaram... contrato é contrato. Creio que o tratamento termine em 3 anos e - novamente ela foi interrompida, porém foi por todos presente.
– 3 ANOS?!
– Sim, 3 anos... está no contrato! Não adianta voltar atrás, os responsáveis de vocês concordaram com isso. Aqui não é um regime de prisão, você podem sair todo final de semana, há uma van que leva vocês para a faculdade ou trabalho, podem fazer o que gostam 1 vez ao mês... isso inclui as tarefas radicais que alguns gostam... faz parte do tratamento. Deu certo em 99% dos casos... vamos ver ser vocês correspondem a isso tudo.
– Ai meu Deus, o que eu faço? - disse a menina de cabelos rosa claro - minha avozinha...
– Não se preocupem com os familiares... vocês verão eles todos os fins de semana.
– Eu moro sozinho mesmo, melhor do que ficar naquele lugar imundo que eu moro - disse Damon.
– Aqui vocês terão além do apoio psicológico apoio médico, há uma pessoa que faz as refeições, há pessoas que limpam o quarto de vocês. O quarto tem um banheiro, nós permitimos animais e deixamos que vocês tragam alguns pertences seus, como roupas e objetos pessoais.
– Pode trazer armas? - perguntou a menina de cabelos vermelhos.
– Isso é proibido por aqui, me perdoe.
– Poxa... vou ter que ir para casa só para ver minhas belas armas...
– Desculpe a intromissão, mas quem não quiser ir para casa pode sair para outro lugar, por exemplo, eu vou a museus toda semana - eu disse tentando ser calma, mas eu estava prestes a gritar de raiva.
– Só sob supervisão. Agora... você tomarão um remédio a base de maracujá e camomila, se não tomarem por livre e espontânea vontade... terei que apelar para outro método.

Todos tomaram o remédio com um enorme receio e a partir dali começou o destino que guardavam para todos nós. Três meninas choravam, duas (eu e a Sam) demonstrávamos medo com gestos e os meninos apenas assentiam. Depois disso todos voltaram para suas casas para buscarem os pertences... a única alternativa era aceitar aquele absurdo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Mesmo sendo pouco, deu para definir mais ou menos a personagem de vocês? *-*



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