Raio de Sol escrita por Han Eun Seom


Capítulo 6
Sucrilhos com leite


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, eu não sei o que acontece com o meu cérebro, mas só consigo escrever quando estou na casa do meu pai e isso é um porre já que só consigo ir para lá de final de semana. Por causa disso você passaram uns quatro, cinco dias sem capítulo novo... Achei que seria bom avisar.

~~Boa leitura!!



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Capítulo 6 – Sucrilhos com leite

Chegaram a casa e Raiane o pediu para que deixasse as compras na cozinha. Ele deixou tudo na bancada e começou a tirar as compras da sacola quando deu um grande bocejo.

– Vá tomar um banho Ismael – ela disse tirando a alface e já colando na pia. – Eu termino de guardar as coisas.

Ele não protestou muito e logo se dirigiu ao banheiro deixando Raiane com seus pensamentos. Se perguntava enquanto lavava as verduras se ele ficaria por muito tempo e toda vez não conseguia chegar a uma resposta.

Também não sabia se queria que ele fosse embora ou ficasse. Na faculdade ela percebeu que ele havia mudado algo nela. Não sabia se isso era bom ou não, mas apenas o pouco tempo que passou com ele a fez ficar com vontade de voltar para casa. Isso nunca havia acontecido.

Claro que depois de um dia cansativo desejava com toda sua força voltar para casa, mas nunca ansiou por isso. Logo voltaria a trabalhar também.

Era um trabalho de meio período numa biblioteca, muito simples, mas como sua faculdade era por bolsa ele supria todas as necessidades domésticas.

Já havia guardado tudo e estava fazendo o arroz quando ele saiu do banho e foi até a cozinha. E vamos combinar que não teria graça nenhuma se ele não estivesse sem camisa.

– Ismael? – Raiane o olhou. – Quer me fazer o favor de por uma camiseta? – disse isso voltou seu olhar para a panela que estava cozinhando o arroz. Esperava não estar vermelha.

– Hum? – ele demorou um pouco para entender e assim que viu o rosto de Raiane ele riu. Riu de verdade. – Vai me dizer que nunca viu um homem sem camisa?

– O que? – Raiane se virou ofendida. – Mas é claro que já vi, o que eu nunca vi é um pirralho sem camiseta – ela o olhou de cima a abaixo tentando ter um olhar de deboche – É vergonhoso.

Ismael ficou vermelho e não sabia o que responder depois disso, simplesmente colocou a camiseta e bocejou mais uma vez.

– Já vai ficar pronto – Raiane disse ao vê-lo com uma cara de sono gigantesca.

– Quero ajudar – ele disse bocejando mais uma vez.

– Hum... – Raiane apertou os lábios e olhou para a tigela com a alface e os tomates ao lado. – Você poderia ir fazendo a sala. É só cortar os tomates e temperar junto da alface, eu já lavei os dois.

– Eu sei como se faz uma salada Raiane – ele revirou os olhos e os dois em silêncio terminaram de fazer o jantar.

Raiane ainda fritou dois bifes e eles jantaram. Ismael não falou nada da simplicidade do jantar de Raiane e assim que terminaram e ele encontrou os olhos dela e sorriu.

– Estava uma delícia Raiane.

Uma única frase a fez corar e abaixar a cabeça para olhar para seu prato murmurou um obrigada e se preparou para recolher os pratos quando ele disse.

– E, portanto você lava a louça – ele sorriu e saiu da cozinha apressado.

– O que... – Raiane demorou um tempo e gritou para ele. – Volta aqui pirralho!

Bufou indignada e lavou a louça o que levou uns dez minutos já que aproveitou para lavar as panelas também. Quando foi para a sala já estava preparando uma série de argumentos sobre como ele era um pirralho, mas todos eles foram por água abaixo.

Ismael estava sentado no sofá com a cabeça apoiada no próprio ombro, o que o daria um torcicolo insuportável. Raiane olhou para o relógio e ainda eram oito horas da noite.

Foi no quarto e pegou um cobertor, na sala o deitou no sofá com dificuldade apoiando a cabeça dele numa almofada e o cobriu. Voltou para seu quarto e abriu os livros da faculdade para estudar, teria uma prova em breve e com tudo o que aconteceu não havia conseguido tempo.

Tália. A imagem da irmã dela apareceu em sua mente e lágrimas se formaram em seus olhos. Seu funeral seria em breve, só não tinha acontecido por que seus pais ainda não estavam preparados e pediram para adiarem. Idiotas, pensou, é puro egoísmo fazer isso, deveríamos fazer isso logo.

Raiane nunca fora religiosa, mas acreditava que os mortos mereciam paz e estar numa gaveta esperando o enterro não era sinônimo de paz. Não conseguiu resistir e chorou.

Disse a si mesmo que estava tudo bem, que podia chorar. Estava dando o seu máximo para seguir com sua vida assim como Tália queria e merecia um momento de “fraqueza”. Raiane soluçava e em meio a lágrimas disse mais de uma vez o nome da irmã.

– Por que Tália? – Raiane colocou a mão em frente a seus olhos, seu peito já estava doendo por causa dos soluços. – Não é justo. Você deveria ter ficado.

Raiane em meio a tudo aquilo pegou o caderno que havia ganhado de aniversário de Tália e o apertou contra o peito. Seu choro se intensificou com a memória do sorriso dela.

– Não faz sentido Tália – Raiane soluçou e secou as bochechas com a mão. – Não faz sentido.

Raiane desistiu de estudar e simplesmente foi para a cama, não chorou mais aquela noite em vez disso ficou pensando se deveria mesmo fazer aquilo de manhã. Estúpida, você tem que parar de fazer as coisas sem pensar. E com isso dormiu.

Ismael acordou com um sobressalto. Estava suando frio e sua garganta ardia, com horror percebeu que estava na sala Raiane poderia vê-lo naquele estado em qualquer momento. Foi quando percebeu que ela já tinha saído para a faculdade.

Com um gemido contido ele se levantou notando o cobertor. Ela... Me cobriu? Lembrou-se então que havia adormecido ali mesmo depois do jantar, passou as mãos no rosto e dirigiu-se para a cozinha por que estava morrendo de fome.

Levou um susto gigantesco quando olhou para a mesa e não conseguiu conter o sorriso gigante.

Ela havia escrito um bilhete e deixado junto à caixa de sucrilhos dizendo o seguinte: “Não se ache por isso, eu simplesmente fiquei com vontade de comer sucrilhos. –R.”.

– Mesmo assim não comeu já que a caixa esta fechada – ele riu um pouco incrédulo e viu que ela havia deixado uma caixa de leite ali também.

Mesmo odiando sucrilhos com leite comeu mesmo assim. Seria horrível ela ter deixado ali e ele não ter comido não é mesmo? Ismael sorria enquanto comia e lavou a tigelinha para ela deixando no escorredor.

Guardou o leite e o sucrilhos pensando que talvez ter fugido de sua casa e ido para a de Raiane pudesse trazer resultados muito mais impressionantes do que imaginava.


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Notas finais do capítulo

Tivemos um pouquinho mais de romance aqui, huh... Este também ficou minusculo, mas relevem ;P
Reviewwwwwwwwws para miiiiiim!! rsrs

~~Espero que tenham tido um ótimo feriadoo (ah, Nanase-chan! Obrigada pelos reviews :3)



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