Raio de Sol escrita por Han Eun Seom


Capítulo 3
Curativos


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer a Paula e a Lari por estarem lendo a fic :3 :3 Vocês são divas rsrsrs
Aqui está mais um capítulo! E com ele vem mais drama! *acho que deveria ter colocado como categoria drama-fic.... hum...



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Ele havia dito que estava na estação na qual se encontram e Raiane foi para lá se perguntando como podia ser tão estúpida, mas quando olhou para ele qualquer pensamento se esvaiu.

Ele estava com o lábio cortado e seu olho direito estava inchado, não estava chorando, mas ainda soluçava um pouco. Era estranho vê-lo sem sorrir, não perdeu tempo e correu até ele.

Já estavam fechando o metro, faltava pouco e ela teve que arrastá-lo, mas por fim conseguiram entrar em um deles e se direcionaram a casa dela.

Raiane não sabia o que falar. Não sabia se deveria perguntar o que havia acontecido a ele ou continuar calada, pois o estado em que ele se encontrava era lamentável. Mas antes de ela dizer algo ele mesmo começou a falar.

– Sabe... ele tinha um tom de voz perdido. - Eu achei que dessa vez eles iriam entender e me deixariam livre... Até a professora daquela merda daquele curso percebeu que aquele não era o meu lugar - a mão dele se fechou em um punho e ele parecia enterrar as unhas nas próprias palmas. - Mas era óbvio que não.

Ele deu um risinho de escárnio e depois disso não disse mais nada e Raiane não se atreveu a quebrar o silêncio.

Ele tinha dificuldade para andar e falar por isso foi complicado levá-lo até o apartamento. Assim que chegaram lá Raiane o colocou no sofá e pediu para ele esperar enquanto ela pegava algumas coisas para fazer curativos.

Ela se sentia uma estúpida por estar levando um desconhecido para dentro de sua casa sem precaução alguma enquanto ele se sentia um estúpido por seu estado totalmente lamentável. Raiane voltou para a sala levando algodão e antisséptico para cuidar dele.

Isso vai doer? Raiane estava ajoelhada na frente dele e não resistiu e disparou a rir. Ele fez cara feia e soltou um resmungo de dor por causa disso O que é tão engraçado?

Nada ela continuava a rir e espirrou o antisséptico no algodão, ela parou de rir e somente sorriu. Só percebi que é realmente um pirralho.

Ei! ele gemeu de dor e ela o mandou ficar quieto para que pudesse fazer as coisas direito. Isso não dói...

Bom saber ela estava concentrada no que fazia e nem percebeu o desconforto de Ismael por estarem tão perto. Ela se afastou pegando uns curativos. Estou estudando para que doa o mínimo possível.

Com isso Ismael não disse mais nada por motivos óbvios. Seu rosto estava doendo muito, mas o toque do algodão e das mãos dela em si não doía. Ela está fazendo medicina então?

Na verdade estou fazendo enfermagem ela disse distraída.

Que? Ismael olhou para ela assustado Co-como assim?

Ué ela o olhou confusa. Você disse que eu fazia medicina e eu apenas o corrigi.

Ah ele assentiu e deu um sorriso nervoso. Claro que disse Maldita mania de pensar alto!

Ela se levantou quando se deu por satisfeita com seu trabalho e perguntou a ele se o incomodaria se ela saísse um pouco.

Bem, não... ele franziu a testa. Mas já é uma da manhã.

Eu sei ela disse suspirando. Eu vou ao vizinho, já volto... E não toque em nada!

Eu não sou um pirralho! ele gritou para ela, mas ela já havia saído. Francamente! Ela deve ser dois anos mais velha do que eu e me trata assim.

Ismael bufou e finalmente olhou a sua volta. O apartamento dela tinha dois quartos e um banheiro, não dava para perceber se um deles era uma suíte ou não, também parecia ter uma cozinha pequena e a sala era média já que cabia um sofá cama de três lugares e uma estante que ia até o teto apenas de livros.

Percebeu que a cortina ia até o chão e se levantou. Puxou a cortina e descobriu uma porta de vidro... Então ela tinha uma varanda.

Ele pensou que não deveria, mas resolveu destravar a porta. Quando saiu sentiu um vento gelado em torno do seu corpo e instintivamente abraçou a si mesmo enquanto olhava a vista que ela tinha. Ela merece o nome que tem... Raiane...

Não havia muita coisa, apenas prédios e prédios... Suas pernas estavam muito cansadas e doloridas por isso se sentou um pouco ali mesmo, se encostando à grade e estava muito cansado por isso seus olhos lentamente se fecharam enquanto o vento batia em suas bochechas.

Escutou seu nome ser chamado, mas estava muito cansado para responder foi quando sentiu alguém tocar no seu braço e o puxar para cima.

Vem garoto uma voz suave dizia em sua mente. Com algum esforço ele ajudou-a e levantou-se cambaleando. Mas você não tem jeito mesmo.

Ele resmungou algo e depois de alguns passos sentiu-se sendo colocado em uma cama macia. Raiane empurrou as pernas dele e suspirou pegando o copo de água e o comprimido.

Aqui ela disse para um Ismael quase adormecido. Tome só isso aqui senão não irá conseguir levantar de manhã.

Ele colocou o comprimido na boca e tomou um gole de água pequeno antes de desabar novamente na cama. Raiane suspirou saindo do quarto.

Ela não fechou a porta deixando um chinelo para que a porta não batesse. Foi a cozinha e pegou mais um pedaço daquele bolo para comer, olhou no relógio e já eram duas horas. Passou a mão nos cabelos e percebeu em como estava cansada. Terminou de comer e se dirigiu a seu quarto e dormiu.

Enquanto isso Ismael por mais exausto que estava se revirava em sua cama tendo pesadelos que o perseguiam desde a infância e ele chegou a choramingar e a se debater, mas Raiane estava muito absorta em seu próprio sono para se dar conta daquilo.

Na manhã seguinte Raiane levantou se arrastando da cama de tanto sono, ela realmente achava que deveria faltar uns dias na faculdade, mas percebeu que não podia, suas notas não estavam lá grande coisa e não poderia perder mais matéria- muito menos a bolsa. Saiu do quarto para ir ao banheiro, mas antes entrou no quarto onde Ismael estava.

Ela chegou perto e viu que ele estava coberto de suor o que era muito estranho já que estava frio, mas resolveu não dar importância a isso e foi ao banheiro.

Despiu-se e tomou um banho. Seus olhos pesavam e parecia que seu corpo estava todo moído, ela não sabia que uma noite mal dormida provocaria tanto estrago.

Não foi só à noite Raiane, pensou para si mesma¸ sua vida nesses últimos dias tem sido um porre.

Saiu e vestiu-se enquanto pensava no que iria fazer com Ismael. Havia o acolhido naquele momento, mas não fazia ideia do que iria fazer depois. Escovou os dentes e sentiu fome - coisa totalmente incomum e dirigiu-se a cozinha.

Apertou os lábios levemente enquanto esquentava água para tomar um chá. Pegou uma caneca e um saquinho de chá de erva-cidreira. Gostava daquilo. Gostava de tomar chá ou de manhã cedinho ou a noite, simplesmente tomar uma caneca de chá acalmava sua mente e aquecia seu corpo.

Sentou-se na pequena mesa enquanto segurava com as duas mãos a caneca vermelha, branca e preta fechando os olhos e apreciando o chá. Estava tão distraída que não percebeu Ismael a observando e também não percebeu quando ele voltou ao quarto com a imagem dela sorrindo ao tomar chá.


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Notas finais do capítulo

Preparem-se por que o capítulo que vem será gigante!! (para os meus padrões claro rsrsrs)
Deixem reviews dizendo o que acharam e façam um autora feliz!

~~ Uma ótima noite pessoas lindas *-*