Idiot Guy escrita por Apiolho


Capítulo 17
17 - A cigana fugitiva


Notas iniciais do capítulo

Boa noite queridos leitores! *-*

Quero agradecer a Senhorita Foxface, Catnip, hans, American Frost e Livery. São muito importantes para mim, muitissimo.

Muito obrigada a BabyDoll e outra por favoritar. De verdade, adorei demais quando vi.

E onde estão meus outros lindos leitores? Não se acanhem, estou com saudades, e aos novos serão muito bem vindos. Sério, realmente estou, não sabem o quanto isso me motiva e me deixa mega contente.

Espero que gostem, pois fiz para vocês



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Capítulo dezessete

A cigana Fugitiva

“É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.”

(Honoré de Balzac)

7 de Julho – Férias.

“Não vai me responder?” – Ellie.

Nunca mais sequer falei com James, e isso é porque toda a vez que tento conversar ele foge ou finge não me ouvir. Sem falar nas mensagens, da qual nunca foram retornadas. E sei que tudo isso é culpa daquele beijo e da sua vergonha que dá inveja até ao tomate.

Detalhe: os homens que sempre correm atrás de mim, não o oposto.

Já com Ben é diferente.

“Amiga, o J tá comigo. E pelo que vejo vai demorar para voltar a andar contigo. E que história é essa de que vocês ficaram? Dessa eu não sabia!” – Alisson.

Se falar disso a lembrarei do dia da festa junino.

“Foi um acidente.” – Ellie.

Apenas o que eu mandei foram essas três palavras.

“Que bom se isso ocorresse comigo também, principalmente se for com um gato da escola. Adoraria que essa “casualidade” acontecesse na minha vida.” – Alisson.

Lá vem ela com seu sarcasmo notório.

“Ok, houve sim um beijo entre nós, mas de surpresa. Quando vi já tinha terminado.” – Ellie.

Rapidamente a SMS chegou.

“Por quê? Queria que tivesse continuado?” – Alisson.

Só para me confundir e me provocar ela pergunta algo deste gênero. Tenho certeza. E quando ia responder à altura a porta foi aberta, e dela passou um garoto de cabelos pretos e olhos verdes.

Resumindo: meu irmão, que ao contrário de mim herdou os genes do pai.

– Não vai me dar um abraço Elli? – ai tem.

São todos apelidos que fico confusa.

– O que você quer? – fui direta.

– Já vi que ainda não se apaixonou do jeito que ainda é amargurada. – enrolou.

– Fala logo que eu estou ocupada. – menti.

– Pintando as unhas e teclando no celular? Então o meu significado disso é diferente do seu.

Neste momento eu me levantei e comecei a andar em sua direção.

– Se não tem nada a dizer... – fui interrompida neste instante.

Meu irmão Evan, vulgo evil em pessoa, contornou seus braços ao redor do meu corpo e suspirou. Parecia estranho desde da última vez que o vi, e muito mais meloso que o normal.

– Estava com saudades. – declarou.

Nada comentei ao ouvir a mãe nos chamar. Possivelmente com um café de boas-vindas. Olhei para ele que parecia avoado enquanto mastigava o bolo e olhava para o celular de minuto a minuto.

O que me fez lembrar do meu.

“Que houve? Descobriu que eu estava certa?” – Alisson.

Nunca!

“É que alguém chegou de viagem e tive de recebe-lo” – Ellie.

– Falando com o namorado? – perguntou meu pai.

– Não, com a Ally.

– Aquela que tem uma queda por mim? – quis saber.

– Isso nem é verdade.

“O GATO DO SEU IRMÃO? Por que não me disse? Vou para ai já!” – Alisson.

Falei cedo demais.

– E o que tinha para nos falar filho?

– Bem... eu estou namorando. – sussurrou.

Agora tá explicado os seus atos no mínimo esquisitos.

“Melhor não, acabou de dizer que está em um relacionamento sério.” – Ellie.

Tratei de avisar para que não se frustrasse ao chegar.

– Quando vai nos apresentar a ela?

– Logo. – com um sorriso medonho no rosto.

Depois disso sai da mesa e fui para o computador, para que em pouco tempo uma pessoa entrasse sem nem sequer pedir licença.

– Onde estão meus bonecos? – parecia nervoso.

– Para que vai querer? – o interroguei.

– Irei morar por aqui sabia? Minha namorada gosta de Pokémon e é da sua escola. – confessou.

O quê? Quem seria a corajosa? Espero não ser a Pamela.

– Está aqui. – balbuciei.

A voz quase não saiu. E para minha sorte tinha separado os seus em um lugar diferente, até para que nem visse a coleção que tinha feito nesses anos. E, falando nisso, tinha de urgentemente comprar mais.

– E quando a verei? – mudei de assunto.

– Vamos em um evento de cosplay nesse final de semana. Quer ir? – quis saber.

Sim, com certeza. É o meu sonho.

– Pode ser. É no dia 11?

– Isso mesmo. E não se preocupe que irei arranjar uma fantasia para ti. – declarou.

– De preferência uma que me tampe. – dei uma condição.

– Tudo bem. – finalizou.

Só o vi se afastando, para depois eu ir direto ver se a minha amiga tinha mandado algo. Enquanto praticamente ficava tentando descobrir quem seria a mulher que ele escolheu.

“É um desperdício que aquele lindo não esteja mais solteiro! :’(“ – Alisson.

Dia que esperava, apesar de ainda nem sequer ter sinal do James ou de sua explicação.

Bem que poderia me mandar uma carta não é?

– Aqui está sua roupa.

E ao ver o que me esperava me desesperei.

– O que uma indiana tem a ver com cosplay de anime Evan? – praticamente gritei.

– É uma gipsy do jogo ragnarok. – disse normalmente.

– E o que isso tem a ver com a fantasia que pedi? – rebati.

– Não tinha mais nenhuma nessa altura do campeonato. – tentou se explicar.

E quando vi algo a mais me senti mais aliviada.

– Pelo menos tem um pano.

Coloquei rapidamente a veste e tentei ir para a sala, mas algo me parou. Quer dizer, alguém.

– Vai dançar para o James é? Ou seria para o Sullivan? – declarou.

Quando ouvi aquela voz irritante tive vontade de matar a pessoa.

– Tá com inveja por não ter esse corpo querida? – berrei.

Neste momento vi o Vincent aparecer atrás dela, abraçando-a com leveza.

– E você de mim por ser tão... impura? – pronunciou depois de um tempo.

Ao escutá-la comecei a rir, e nada tão baixo, e sim alto.

– O que foi?

– Não sou eu que fico me agarrando a um guri toda a noite e o leva para o quarto.

– Pelo menos é o meu namorado. E você que dá para qualquer um?

– E possivelmente fica vendo e desejando ter um terço da minha beleza não é? – arrisquei.

O que era uma bela de uma inverdade, já que nunca transei, trepei, ou seja lá o que sexo é chamado. Ela nem sequer respondeu algo, para que no minuto seguinte pegasse o Mitchell pelo colarinho e o beijasse sem pudor.

Eca! Que nojo.

– Pega na minha bunda. – ouvi a outra sussurrar.

Como ainda se diz pura?

Vi-o praticamente recuar e não fazer o que ela manda, para depois me olhar e pedir desculpa com a boca. E se eu dissesse que aquilo não me abalou um pouco seria mentira, principalmente para descobrir o porquê disso ocorrer.

– Essa vadia está acostumada com isso amor. Não de ver, mas sim fazer. – detonou.

Então me lembrei das vezes em que uns meninos me beijaram de surpresa no meio do pátio. Sendo que isso quase sempre acontecesse.

– Elli. É melhor irmos agora se não nos atrasamos.

Apareceu pela porta com uma fantasia de Squirtle fajuto, o que realmente me fez gargalhar sem parar mais. Tanto que nem sequer continuei a alfinetar a Tina ou olhar para trás antes de ir.

No meio do caminho eu praticamente implorava para que minha vida não seja estragada. Repetindo o tempo todo que não fosse a Pamela a minha cunhada.

Que não seja, por favor.

Ao pararmos na frente da casa de alguém vi uma garota aparecer de Misty de Pokémon. E ao reconhecer ser a Jane meu queixo praticamente caiu. Até porque nunca ia descobrir que gostava disso, ou que ao menos daria bola para o meu irmão.

– Boa tarde Lie. – cumprimentou-me com um beijo na bochecha.

Deu um selinho no Evan e se sentou ao seu lado. Já eu tive de me posicionar no banco de trás, do qual realmente não é de meu feitio. O que gostava era de ficar na frente para trocar a estação do rádio sem que tivesse de pedir.

E ainda mais ao perceber que deixaram em um de sertanejo romântico.

Dormi e praticamente ronquei no caminho, até que me acordassem para que eu fosse no evento. O detalhe foi que só despertei quando avisaram que tinham batido foto de mim dormindo, o que realmente me fez levantar pelo susto e bater nele sem dó nem piedade.

Até porque isso não se faz com uma dama.

– Está linda, ainda mais babando. – continuou sem ter temor a vida.

Nem sequer respondi e corri para a fila enquanto os via andando juntos e cochichando um para o outro. E ao observá-los se portarem desta maneira me fez suspirar por conta da cena.

Fui a passos rápidos para o banner com atualizações de mangá, e ao perceber que tinha de um dos meus favoritos para comprar eu pirei. E ainda mais ao notar que tinha desconto de 20% em todos que estavam ali.

“Não estou em casa.” – Ben S.

Que pena! Até porque eu queria conversar com ele sobre animes.

“Até quando?” – Ellie.

Enquanto não me respondia aproveitei para olhar algo, e não só para o casal que se beijava mais que andava.

“Umas 19h” – Ben S.

Caraca! Ele está grosso hoje.

“Posso ir lá às 20h?” – Ellie.

Assim parece até que estou me oferecendo.

“Depois respondo” – Ben S.

Como pode me responder dessa maneira? É um descaso.

Isso só me fez ficar com mais raiva, só que isso deu lugar ao pavor ao ver o próprio olhando atentamente para os banners de desenhos mais famosos. O que me fez querer ir embora dali o mais rápido possível.

Peguei o pano um pouco transparente, mas de cor rosa forte, e coloquei em meu rosto. Amarrando atrás e só deixando o meu olho aparecendo. Fui em direção a um garoto que estava de peruca branca e longa, pegando-a sem nem sequer pedir permissão. Corri como se dependesse disso para viver ao ouvi-lo gritando e me escondi atrás de um que tinha dois metros de altura possivelmente.

– É uma garota? De verdade? – murmurou.

Rolei os olhos e o abracei, escondendo-me enquanto deixava a timidez de lado. Só que o outro não poderia cooperar e ficar parado né? Não, ao perceber isso enlaçou-me e enfiou suas mãos gigantes em minha coxa.

– O que está fazendo? Sou traveco. – tentei mudar minha voz.

– Como assim? Você parece ser mulher! – exclamou.

Assim todos vão me perceber.

– Tchau mané. – me despedi.

Vi o Sullivan perto de mim e me afastei de maneira discreta, para depois sem nem pensar ir para o banheiro. Ao entrar na primeira cabine de lá me arrependi, principalmente por conta do cheiro ruim que habitava no local. Fazendo-me sair rapidamente.

– O que achou da minha roupa? – perguntou uma menina.

Até que bem. Quem dera eu tivesse a chance de colocar essa vestimenta.

– Gorda não fica bem de jeito nenhum. – respondi com o intuito de sair de lá.

– O que disse vadia? – esbravejou.

Ah não! Por que fui revidar uma valentona?

Resumindo: O que aconteceu no toalete foi algo terrível para a saúde do meu belo rosto, levei um soco que deixou minha bochecha vermelha. Sem falar do meu olho que ficou inchado, e um corte apareceu de repente em minha boca.

– Vamos para a casa agora! – berrou o Evan ao me ver.

Tive de ir sem nem reclamar. Até porque não queria esbarrar com o Ben-grosseirão-mor. E ao chegar em casa minha amiga já estava esperando, sem falar do Patrick também.

Já o James nem sequer veio para saber como estava.

– Quem foi a louca? – o gay foi o primeiro a se pronunciar.

– Tudo inveja. – inventei uma desculpa.

Simplesmente fui limpar e colocar gelo no que sabia que ia ficar roxo, sem nem sequer falar com eles por muito tempo. Até porque eu queria ficar sozinha. Desejava isso. Tanto que eu suspirei em alivio ao vê-los saindo.

Só que, infelizmente, meu sossego acabou ao chegar no quarto.

– Então é verdade. – era o Vincent.

– Até você sabe? – fiquei perplexa.

– Sim, a Valentina me contou por celular.

– A tá. – murmurei.

Percebi que chegava mais perto, para depois pegar no meu queixo com leveza. Uma delicadeza que me assustou. Olhou a minha bochecha e colocou algo ali, para depois notar ser um curativo.

– Isso é em agradecimento. Por causa daquela vez. – confessou com calma.

Um sorriso pequeno surgiu em meu rosto quando ele o fez primeiro.

– Ainda lembra? – arrisquei.

– O que fez foi surpreendente, mostrou que tem um pouco de coração.

– Se for para falar besteira é melhor calar a boca. Não acha? – briguei.

Essa foi a deixa para que ele se afastasse e sumisse pela janela, para depois vê-lo onde a Valentina estava. O que me fez mais uma vez ter de assistir uma cena de agarramento, só que antes que isso ocorresse fiz questão de fechar a janela.

“Hoje é melhor não, meu pai está doente. Tenha uma boa noite Lie.” – Ben S.

Será que isso é verdade? E ao olhar para a hora notei que ainda eram 18h. Ou ele mentiu descaradamente ou se eu irei lastimar por desconfiar dele. Só o que eu não entendi era o porquê de ficar me destratando desse jeito, sendo que sempre faz questão de mostrar de todas as formas que me ama.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?

As imagens não são minhas, e se tiver erro de português me desculpa. Também irei respondê-las, mas quero me desculpar desde já por isso.

Mandem-me reviews com a sua opinião? Seja que achou ruim ou bom. E quem quer enviar uma recomendação que nem as divas da Paradise (sem conta agora) e a Charlot fizeram? Ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Até a próxima, beijos.



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