Idiot Guy escrita por Apiolho


Capítulo 16
16 - Ellie, a Penélope sem Dente do casamento jeca


Notas iniciais do capítulo

Boa noite queridos leitores! *-*

Desculpa a demora, é que estava cheio de trabalhos, provas. Coisas novas, festas.

Quero agradecer a Catnip, Charlot, hans, LuhLerman, Senhorita Foxface, American Frost, HyAlyss e Livery. São muito importantes para mim, muitissimo.

Muito obrigada a Ella por acompanhar e Uchiha Sayuri por favoritar. De verdade, adorei demais quando vi.

E onde estão meus outros lindos leitores? Não se acanhem, estou com saudades, e aos novos serão muito bem vindos.

Espero que gostem, pois fiz para vocês.



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Capítulo dezesseis

Ellie, a Penélope sem Dente do casamento jeca

“Quando você dá um pequeno pedaço do seu coração, você está dando a única coisa que pode dar, e que, depois que você dá, você fica com mais do que antes de ter dado um pouco dela.”

(Don Hutson)

Véspera da festa junina do colégio

Ellie, eu irei para ai nas férias. – começou meu irmão por telefone.

– Quando? – quis saber.

Sete de julho.

Será que vai pegar os bonecos dele de volta?

– Vai querer aqueles trecos? – dá até uma dor no coração dizer isso sobre Pokémon.

– O quê? – pareceu realmente confuso.

– Aquele cachorro que é amarelo, tem um rabo em formato de raio e umas bolinhas vermelhas na bochecha. – caracterizei.

– O Pikachu? É claro que sim, e quando chegar farei uma surpresa a vocês.

Droga! Queria que ainda ficassem comigo.

– Tudo bem. – nem tive animo para pergunta o que era.

– Tchau. – desligou rapidamente quando um som se fez ouvir no fundo.

Era algo como chamada de alguém na rede social.

Aliás, os dois meses que passarem foram resumidos em: esquecerem o caso da festa com o Vincent, a minha paranoia de comer uma maçã foi perdida aos poucos, a Ally virou alvo das garotas por não ter namorado, só que no final acabamos como sempre sendo paparicadas pela maioria da escola.

Sim, o Mitchell ainda está com a Valentina, e o Ben fala comigo quase todos os dias na sala de aula. O meu ex rival pouco ia na minha casa, e quando aparecia era para ensaiar as falas do casamento caipira

Peguei uma folha em que havia uma conversa comigo e o Sullivan e sorri automaticamente. Ele falava sobre uma mangá que eu era apaixonada, e tudo o que narrava me fazia ficar mais alegre.

– Filha, a sua roupa chegou! – exclamou minha mãe.

Ao chegar na sala ela parecia uma adolescente ao balançar o vestido, e ao me ver praticamente me obrigou a vesti-la.

– Maravilhosa Ellie. – completou.

– Obrigada.

– Vai ser a mais linda. – parecia ser sincera.

– Só irei ser a mulher que vai tentar impedir o casamento, não a noiva. – rebati.

– Se eu fosse o esposo largaria a outra para ficar contigo. – declarou.

– Isso é impossível. – sussurrei.

Não há homem mais fiel que Vincent Mitchell.

– O que é esse negócio de matrimonio em? – meu pai chegou de maneira irritada.

Como sempre ouvindo a metade da conversa.

– Entendeu errado. – revidei.

– Então pode começar a me explicar mocinha! – esbravejou.

– É uma peça jeca para a escola. – respondi sem nem hesitar.

– Acho bom. – finalizou.

Percebi que estava sem graça ao correr para cozinha e pegar um doce qualquer, e que não era um do qual preferia.

– Resolveu gostar de um dia para o outro de geleia de abacaxi? – comentei enquanto ria.

Ao notar o que era simplesmente largou na mesa e foi pegar outro pote, dessa vez de mamão.

– Não acha que essa roupa está muito curta não? – continuou.

– Nem um pouco. – balbuciei com cautela.

Então sem nem pensar rodopiei meu vestido e saltitei até a sala, só que eu esqueci que estava de meia, fazendo com que eu caísse.

Ai, meu bumbum, não consigo levantar.

Mentira, agora pude me levantar.

“Amiga, meu par tem de ser mesmo aquele amigo do Vince?” – Alisson.

Nem eu sabia o sobrenome dele, e ao procurar na rede social vi algo que me deixou com dores na barriga de tanto rir. Tanto por conta da sinceridade dele, quanto pelo prenome.

“Feliz dia do amigo, para aquele que tenta me ensinar matemática, mesmo que eu não preste atenção e fique pegando revistas pornôs enquanto finjo ser algo da matéria. Te amo." Juan Cordeiro.

Que de conquistador realmente só o nome, e era comparado a um lobo do que algo indefeso. E ainda mais com essa declaração no final para o Mitchell, sem falar das suas fotos que de sensuais nada existia.

“Está falando do Don Juan fajuto?” – Ellie.

Ela demora tanto que parece estar catando milho ao invés de digitando.

“Por que diz isso?” – Alisson.

“O nome dele é Juan? Não sabia?” – Ellie.

“Nem quero, principalmente quando vem com aquele papo de ficar me cantando. Quando a quadrilha acabar vou dar graças a Deus” – Alisson.

Aproveitei para mostrar uma foto dele a ela que vi. A Jane me mandou uma figura de sua veste por mensagem, o que realmente não se comparava a minha. E ao postar uma imagem com ele, com várias hashtags nada a ver, notei que meu irmão havia curtido sua foto rapidamente.

“Amiga, vou dormir e tentar não ter pesadelo com aquela pose do nunca conquistador. Deseja-me sorte.” – Alisson.

Resolvi por ter meu sono de beleza também ao torcer para não acordar com olheiras. E quando cheguei no colégio com a minha roupa de arrasar a primeira coisa que fizeram foi me abordar no portão.

– A Val não colocou alguém para o correio elegante. Tem como ir lá para a gente? Por favor. – estava desesperada a garota.

Agora devem saber porque só eu posso participar do comitê. Aquela garota realmente não tem competência para conseguir organizar um evento, quem dirá o baile de formatura.

– O que eu ganho? – quis saber.

– Mais um item na recomendação para a faculdade?

– Sabe que ficar na barraca não é algo para se pôr no papel.

– Te colocarei na lista do comitê do preparativo da festa junina. – só faltava de ajoelhar.

Falou a minha língua agora.

– Onde eu fico? – com a voz animada.

Ela ficou tão feliz que rapidamente me levou e deu a folha para eu assinar, afirmando que eu tinha ajudado na organização do são João. Já eu sentei-me na cadeira e vi que logo chegaram várias pessoas para mandar recados a alguém.

Um estava tão vermelho ao anotar o bilhete que a caneta tremia, e ao pegar o papel em formato de coração percebi que era para mim.

“Você é tão linda que me deixa nervoso. Te amo.

– Sandro

Que lindo! Pena que não sinto nada por ele.

Já uma garota foi mais ousada e foi para onde estava, para depois encostar sua boca em meu ouvido e a mão em meu ombro.

– Curte garotas maravilhosas como eu? – sussurrou, tentando ser sexy.

Olhei-a de cima a baixo e não achei nada demais, além de ter celulites que apareciam na meia fina. E uma roupa que não combinava em nada.

– Não querida, minha fruta é outra, e se quer escrever algo pelo correio elegante faça o favor de pegar a fila. Obrigada. – curta e grossa.

Quando saiu dei um suspiro de alivio e sorri para os que estavam me esperando. Notei que não tinha tanto em comparação ao ano passado, porém ainda era bastante. E pelo tanto que vinha teria de achar uma cesta para colocar as declarações o quanto antes.

– Pode ler para ver se acha bom? – sussurrou um garoto.

Ao levantar minha alegria aumentar ao ver que era nada menos que Ben.

– Pensei que nunca viria. – contra argumentei.

– Não perderia vê-la trabalhando nunca. – declarou.

Quando os outros começaram a reclamar eu me pus a olhar o que estava escrito.

“Lie, ontem percebi que estamos há tempo conversando mas não tenho seu número do celular. Pode me passar?

O meu é xxxx-xxxx.

– Ben Sullivan.”

Como não tinha percebido isso? Deve ser por conta disso que sinto sua falta no final de semana. Até porque ele não tem rede social.

Peguei sua mão e anotei rapidamente antes de atender o resto do pessoal.

– Vamos nos preparar para o maior casal jeca que essa escola já teve? – gritou um no centro do palco.

A maioria já se encontrava ali no meio, o que me fez largar o posto no correio elegante para procurar alguém para tomar meu lugar. E ao achar simplesmente me escondi antes da peça começar.

– Seu Chico Bicho de Pé, aceita a senhorita Rosa Carrapato como sua legitima esposa? – começou.

Era a minha deixa. A minha hora de brilhar.

– Por favor, pare agora. Senhor juiz, pare agora. – cantei.

Dancei uma música enquanto outras duas convidadas iam atrás de mim.

– O que essa Larazenta quer meu porquinho? – disse a Valentina ao seu noivo.

– É, por que atrapalharam a união dessa vez? – quis saber o juiz de paz/padre/pastor/casamenteiro.

– Eu sou a Penélope sem Dente, prazer. É que eu e ele temos um filho! – exclamei.

– O quê? Isso só pode ser mentira. – choramingou a minha vizinha.

– Não é verdade Chiquinho? – sussurrei.

– Nem sei sobre isso. – parecia desesperado.

– Traz a prova empregada. – gritei.

E então veio o Patrick vestido de mulher, com um aplique na cabeça, peitos feitos de meias e um rebolar mais gay que chorar vendo “Marley e eu”. Um lenço na cabeça e a expressão de que estava adorando o que vestia.

Ao verem um pato sendo carregado por ele pela coleira todo mundo desatou a rir ao descobrir que era dele que estava falando.

– Não posso cuidar do Belo sozinha! – choraminguei.

– Isso nem é motivo para parar um matrimonio. Vamos continuar de onde paramos já.

Esse foi o padre.

– Mas... – tentei revidar.

– Coroinhas, levem essa baranga para fora! – desmunhecou o juiz de paz.

Então uns rapazes fortes pegaram eu e o Pat, que estava adorando ser carregado, e nos colocaram em um canto escondido. Ali onde se encontravam os outros que tentaram parar o casamento.

– Bem que poderiam me carregar para uma moita qualquer. – sussurrou o amigo gay.

Assim nem parece que está namorando o Taylor.

A quadrilha começou quando os dois se casaram e eu me juntei ao que era minha empregada na peça. Até porque ainda era homem. Bailamos rapidamente e eu o peguei pela mão, para depois levar o seu ficante para um canto escondido do colégio.

– O que foi Lie? – começou um deles.

– Acham que eu estou brincando? Faz dois meses! – esbravejei.

– Fica calma.

– Não, a Ally precisa saber que vocês estão juntos. – continuei.

– Mas... – tentou, mas algo o cortou.

– Isso é verdade Patrick? – disse uma pessoa.

E essa era a Alisson, que já estava quase chorando nessa hora.

– Estava aqui há quanto tempo? – comecei ao ir perto dela.

– Pouco, mas foi o bastante para descobrir tudo.

As lágrimas desceram pelo seu rosto e eu a abracei em consolo, só que logo se soltou e correu para o ginásio.

– Agora realmente podem namorar.

– Temos sua benção? - os olhos do Patrick praticamente.

– Agora que ela sabe com certeza, só é melhor não ficarem se agarrando perto dela por enquanto. - alertei.

Ao me despedir fui em direção da Ally, mas ao perceber que estava junto do Juan resolvi por ir no meio da multidão.

Simplesmente agarrei James e comecei a dançar de maneira colada ao vê-lo sozinho. Sabia que ia me acalmar, assim como sempre fazia.

– O que houve? – de maneira calma.

– A Alisson sabe. – choraminguei.

Não acredito que estou chorando por conta disso.

– O quê?

– Que o Patrick está com o Taylor. O que mais seria? – disse ao olhá-lo.

– Nada. – parecia nervoso.

Continuamos a nos remexer, só que agora em silêncio. Percebi que meu aparelho tocava, mas nem sequer tive o trabalho de atendê-lo. Ao perceber que ia me debulhar em lágrimas de novo escondi meu rosto em sua camisa.

Quando tudo terminou vi a Ally abraçada ao amigo do Mitchell e sorri de lado, percebendo que até agora não se soltou dele. Já eu fui levada pelo meu amigo de tanto para a minha casa. Ele fez questão de me levar por conta do que ocorreu.

Só que antes, claro, peguei minha cesta com os recados dos meus admiradores.

– Como sempre cheia de fãs. – comentou.

– É... vi que recebeu alguns também. – devolvi.

– Mas não de alguém que eu queria.

– Quer dizer que está interessado em uma pessoa? – quis saber.

– Mais ou menos. – sussurrou com o rosto vermelho.

Ele não muda.

Só que quando o silêncio reinou novamente me senti triste.

– A Ally deve estar arruinada. – a vontade de chorar voltou.

– Esquece isso, por favor. – implorou.

– Difícil. Não tem como, não tem.

Quando ia me virar para estragar mais um pouco a maquiagem ele me puxou para perto de si e aproximou seu rosto. Só depois o que senti foram lábios encostando nos meus, fazendo-me estagnar o choro por conta do susto. Sua língua entrou em contato com a minha e senti um gosto de cocada e pé-de-moleque. Uma combinação que não era ruim, mas sim maravilhosa.

Só que em questão de tempo ele se afastou.

– Por-por quê? – só o que consegui gaguejar.

– Tenho de ir. – finalizou sem responder.

Entrei em minha casa ainda em choque e abri o celular para tentar espairecer.

“Poderei conversar contigo a noite?” – Ben.

Sorte que já tinha o adicionado, porque pelo jeito que estava nem reconheceria quem era.

“Sem problemas” – Ellie.

Que droga! Qual o motivo dele ter me beijado? Só para me deixar assim ou para que eu não ficasse mais aborrecida? Tantas perguntas, nenhuma resposta.

Depois de simplesmente sentar na minha cama para tentar procurar um jogo alguém bateu na janela. E ao perceber que era o Vincent rapidamente abri.

Só poderia ser ele.

– Não vai ficar mais tempo com a sua namoradinha? – quis saber.

– Está dormindo. – deu de ombro.

– A essa hora?

– Sim, diz que é melhor para estudar depois.

– Credo! Só ela para ficar olhando matéria depois de uma festa daquelas.

– Pois é, pelo jeito foi boa para você também não é? – enquanto colocava a mão na nuca.

Ai tem!

– Por que diz isso? - um pouco irritada.

– Eu vi você e o James praticamente se agarrando ali na frente da sua casa. E que também dá para por em um caminhão com isso tudo de declaração que ganhou.– segredou.

Nem prestei atenção no final da frase.

– Sabia que é feio espiar os outros? – revidei.

– Quem mandou ficar beijando em um lugar que qualquer um pode ver.

– E o que a minha vida tem a ver contigo? – praticamente gritei.

– Falando assim até parece que gosta dele.

– E se isso for verdade? O que te interessa? – devolvi.

– Já vi que nem deveria ter vindo. - esbravejou.

– É, volta lá para a sua namorada nada estilosa. Até foi novidade você ter vindo aqui, do jeito que só tem olhos para ela. – abri minha boca.

O que eu disse? Para quê?

– Eu vim aqui nesses meses. – disse ao se sentar na cama, perto de mim.

– Foram cinco vezes, e não conta porque foi só para treinar as falas. – teimei.

– Se é para parar com esse ciúme eu venho mais frequentemente. – com o sorriso de lado.

– Quê? O que você disse nem tem fundamento. – declarei.

– Se você se visse como eu não falaria isso.

– Por que não vai lá ver se sua esposa jeca não acordou em? – os olhos estreitos.

– É isso mesmo que irei fazer.

Quando o vi indo me arrependi. Não tinha a intenção de brigar com ele quando veio. Só que eu não podia me preocupar com alguém que pouco me dá valor, todavia com uma pessoa que esteve ao meu lado desde pequena.

“Amiga, como está?” – Ellie.

Já que não respondeu eu simplesmente resolvi seguir o conselho da Valentina, mas não para estudar melhor depois, e sim para a beleza.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?

As imagens não são minhas, e se tiver erro de português me desculpa.

Mandem-me reviews com a sua opinião? Seja que achou ruim ou bom. E quem quer enviar uma recomendação que nem as divas da Paradise (sem conta agora) e a Charlot fizeram? Ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Até a próxima, beijos.



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