Capitulo 4

– Para fora da minha loja, os dois! – o homem gritou e os dois saíram rindo.

– Não acredito que me expulsaram de uma loja! – Alice disse rindo e andando com Jeremy. – Se ele soubesse agora quem eu sou se desculparia rapidinho e ainda me dava a loja dele! – completou.

– Quem você é? – perguntou confuso.

– Sim, quem eu sou. – ela disse enquanto sentia o clima esquentar. Cruzou os braços em si mesma.

– E quem você é? – ele perguntou curioso.

– Sério que você não sabe quem eu sou? – ela perguntou.

– E deveria? – ele perguntou e ela sorriu largamente.

– Achei que só tivesse me ajudado por saber quem eu sou. – ela disse sorrindo. Se surpreendera por ele não saber quem era a rainha daquilo ali.

– Meus pais me ensinaram a não ver apenas os rótulos que deram as pessoas. O que importa é o caráter, não a classe social. – ele disse. – Mas quem você é? – perguntou e ela parou. Ele parou para olha-la.

– Está sentindo ficar mais quente? – ela perguntou e logo ficou com as bochechas vermelhas, envergonhada.

– Sim, está mesmo ficando mais quente. – ele disse e olhou para a montanha. – Parece que esse ar quente está vindo de lá. – completou e ela arregalou os olhos.

– Samantha! – ela disse e começou a puxar ele em direção a montanha.

***

No castelo, todos estavam nervosos com o sumiço da rainha e da princesa. Mathew conversava com dois guardas seus que vigiavam o castelo e com o governador que havia conversado com Alice.

– Elas estão demorando demais. – ele disse.

– Tenha calma, senhor. Elas logo voltarão. – o governador falou.

– Concordo com ele, Mathew. – John disse se aproximando. – Se acalme que elas logo voltarão. – ele concluiu.

– Assim espero. – ele disse esfregando uma mão na outra.

***

– Mas como você teve coragem de falar isso para a sua irmã? – August perguntou pasmo.

– Eu não sei. Estava com raiva dela e não admitia que ela fosse tão covarde. – ela disse esfregando uma mão na outra. – Mas e o seu pai? Continua caçando? – perguntou.

– Acho que sim. E a esse momento deve estar me procurando. – ele disse sorrindo maroto.

– Então é melhor você ir. Não vou te prender aqui o resto da noite. – ela disse se levantando. Ele também se levantou.

– Não está me prendendo. Estou aqui porque quero. – ele disse e os dois desceram até o chão. – Você tem onde dormir? Já está tarde. – ele disse.

– Pra dizer a verdade, não, não tenho. – ela disse tímida. – Mas eu me arranjo por aqui...

– Nada disso! – ele disse rapidamente. – Você pode ficar lá na nossa casa. É pequena, mas minha mãe gosta de acolher pessoas boas, como você. – ele demorou um pouco para falar as últimas palavras, mas quando essas saíram de sua boca, Samantha corou.

– August! Aí está você! – um homem mais velho apareceu e os dois olharam, vendo que ele carregava nos ombros um animal morto. – Sua mãe está nos chamando para jantar. – ele disse.

– Pai, essa é a Samantha. Samantha, esse é meu pai, Davi – ele apresentou. – Ela está meio que perdida aqui e eu queria saber se ela poderia dormir lá em casa. – ele disse e o homem olhou Samantha.

– Bem, o lugar é pequeno. Espero que a princesa não se importe. – falou debochado e Samantha sorriu.

– É muita gentileza a do senhor, mas me chame apenas de Samantha. – ela disse sorrindo. – E eu não me importo. Já estou tirando demais do August. – ela sorriu para o garoto.

– Bem, então vamos. O caminho é um pouco longo. – ele disse.

Então eles seguiram a caminho da casa de August.

***

A chuva aumentava cada vez mais e até Alice já ficava com frio. Viu que Jeremy mudou de direção e o parou.

– Onde você está indo? – perguntou.

– Pra uma caverna aqui perto. Não podemos ficar nessa chuva sem pegar um resfriado. Então precisamos nos aquecer. – ele disse.

– Eu não concordo... – então Alice foi interrompida por um espirro da própria.

– Vamos logo, garota. Antes que seu estado piore. – ele disse e a puxou para uma caverna.

***

Entraram na pequena cabana, que era bem maior por dentro. Viram três gêmeas correndo de um lado para o outro e pararam bem em frente a Samantha.

– Nossa! – falaram ao mesmo tempo. – Seu vestido é incrível! – uma delas falou.

– Obrigada. – Samantha sorriu agradecida. – Mas não acho muito apropriado. – então o vestido começou a queimar e aos poucos ficou num verde musgo com um tecido mais grosso e com as mangas num tecido mais fino. – Bem melhor. – falou olhando a cara de espanto das meninas.

– Acho melhor você não demonstrar muito esses poderes aqui não. – August disse a puxando para longe das meninas. Entraram na cozinha e viram uma mulher não tão velha, trabalhando na cozinha. – Mãe, essa é Samantha. – August disse e a mulher olhou, sorrindo largamente.

– Olá querida! Sou Maria! – ela disse sorrindo e a abraçando. O corpo de Samantha esfriou um pouco, assim como quando abraçara sua irmã. Elas se separaram. – Oh meu Deus! – a mulher disse e fez uma pequena reverência. – Princesa Samantha. – Samantha sorriu.

– Apenas Samantha. – ela disse sorrindo. – August me falou de você. Controla a água, não? – a mais velha assentiu.

– Bem, vamos jantar! – Maria disse e eles sentaram–se à mesa. As gêmeas de um lado, Samantha e August do outro e os mais velhos na quina da mesa. Depois de comerem, começaram a conversar.

– Então, como eu não apresentei, essas são minhas irmãs, Amélia e Pérola. – August disse olhando as meninas. – Meninas, essa é Samantha. – as gêmeas sorriram.

– Nossa, está frio aqui, não? – Maria disse e Samantha olhou a pequena lareira dali. Então fez uma bola de fogo e tacou lá, a acendendo. Os olhos das meninas se arregalaram.

– Isso é incrível! – elas disseram juntas.

– Se você fizer o que fez no seu vestido com a gente nós queimamos? – Amélia perguntou.

– Não sei, nunca testei. – Samantha disse com um sorriso diabólico e August a repreendeu com o olhar. – Mas é melhor não testar. – ela sorriu.

– Como você fez aquilo? – Pérola perguntou.

– Bem, eu... – então ouviram batidas na porta. Samantha olhou para a mesma e se levantou. – Tem algum lugar onde eu possa me esconder? – perguntou baixo para August.

– Tem um quarto, meu e das gêmeas, no fim do corredor. – ele disse e ela assentiu, correndo para lá e fechando a porta.

*************************************************************************

Rainha Anna: