Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 22
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey!
Chegamos ao capítulo 20! o/ Deviamos fazer uma festa ou assim. Quando comecei isto achava mesmo que ia desistir no 5 capitulo, mas olhem, parece que vou mesmo levar isto ao fim ( e garanto-vos que prentedo chegar, pelo menos, perto dos 50)!
Malta, eu recebi mais uma recomendação! Estou tão nas núvens! Vocês são os melhores leitores que eu poderia desejar, juro!
Muito obrigada Sra Darcy pela maravilhosa recomendação! É muito bom saber que te ajudei, mas quero que saibas que tu também me ajudas com o incentivo que me dás! Este pequeno capítulo, rescrito duas vez porque a primeira vez estava uma bosta autentica (e por isso demorei mais um pouco. Peço já desculpa anjos por isso, mas espero que agora com as aulas a minha inspiração volte ao normal), continuando, este capítulo é inteirinho para ti. Espero realmente que vocês gostem, ele é de transição, mas tem coisas muito importantes espalhadas.
E só mais um pouco e já vos deixo ler, desculpem por estas notas enormes, mas quero agradecer também à Styl3sGirl pela favoritação, muito obrigada querida! Se para o próximo não tiver nenhuma recomendação, dedica-lo-ei a ti ^^ Muito obrigada mesmo! :D
Vá, boa leitura minhas pequenas abacates ! ♡

[Obs: Capítulo editado e revisto a 30 de Janeiro de 2015]



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Annelise’s P.O.V

Assim que posei o pé no chão, já com o salto soube que a minha caminhada não ia correr bem. Andei os primeiros dez minutos (nem cinco foram, mas façamos de conta) com os sapatos, mas acabei por desistir à 12142526 vez que tropecei. Quase bati com a cara num poste!

Assim que os tirei, notei que várias pessoas olhavam para mim de lado, não pude deixar de estar menos interessada. Não os conhecia de lado nenhum, e já fiz coisas muito piores em público com os meus amigos, principalmente por volta do meu oitavo ano, ou como eu lhe chamo, o ano da loucura e das hormonas aos saltos.

Mas voltando à minha tentativa de ser uma desportista, encontro-me agora a passar por um café com o cheiro maravilhoso a manteiga derretida e torradas estaladiças. Ia a andar para a frente enquanto que olhava para o interior da loja. Porque é que nunca ando com dinheiro?! Tentei desviar os olhos da loja, mas quando o ia fazer, esbarrei com alguém que lá ia entrar. E não, não fui parar ao chão! Sou forte o suficiente para me segurar em pé.

Esqueçam, o rapaz é que me agarrou o braço. Olhei para ver quem era o cavalheiro e senti os meus olhos arregalarem-se.

– P-Pedro?! – imiti com a minha voz um pouco mais aguda. Ele abriu o seu típico sorriso e puxou-me para um abraço de urso.

– Anita-pequenita – disse enquanto me esmagava. Como eu odeio aquela alcunha! – Nem acredito que depois de quase dois anos voltamos a encontrarmo-nos! – afastou-se de mim sem nunca desfazer a sua expressão alegre. – Que novidades tens para contares ao teu amigo preferido, Anita?

– Não me chames isso! – resmunguei. – Tanta coisa, Pedrito, tanta coisa que nem sei por onde começar…

– Bem, que tal entrarmos e comermos as torradas que tu tanto desejas? Eu bem te vi a olhar para lá para dentro com o olhar faminto. Há coisas que não mudam mesmo – riu-se.

– Não trouxe dinheiro. Só tenho aqui o telemóvel – lamentei.

– E? Alguma vez te deixei passar fome? Aliás, alguma vez, algum de nós te deixou passar fome? O Lucas até trazia sempre lanche a mais para ti, só não o admitia – gargalhou. Era verdade, o Lucas sempre fez isso por mim, mesmo que dissesse que era para ele. – Anda lá Anne, outro dia pagas-me tu! – puxou-me para o interior da loja.

Toda a gente que virou a cabeça para nós assim que ouviram a porta a abrir e encararam-me a mim e aos meus sapatos na mão. Sentamo-nos numa mesa perto da janela. Logo de seguida a empregada veio ter connosco e entregou-nos o menu. Pedi uma torrada para mim e um sumo de manga e laranja. O Pedro pediu um café e um lanche misto.

– Então, conta-me lá o que tens feito. Sempre foste para científico? – perguntou assim que a rapariga saiu.

– Claro que sim, até parece que não sabes que eu adoro complicar tudo. E tu?

– Bem, eu estou no profissional mais roto que há. Desde já te digo, que devia ganhar mais como pedinte do que a trabalhar nesta área… Mas enfim, a minha inteligência não dá para mais. Além do mais, agora não tenho nenhuma Anita para copiar nos testes. Mas isso não interessa, quero é saber o porquê de estares deste lado da cidade, quando moras quase na outra ponta – os nossos pedidos chegaram e eu não perdi tempo em dar uma trinca na minha torrada.

– Bem – falei depois de limpar a boca com um guardanapo. O Pedro acabou por pedir com muita manteiga, já que eu estava com envergonhada de o dizer. – Eu vim da casa do meu “noivo” – engasgou-se com o café assim que proferi a ultima palavra. Pensei até em lhe dar umas palmadinhas nas costas, mas ele recuperou-se rápido.

– Noivo?! Só podes estar doente! Por que raio, noivo e não namorado? Não achas que és muito nova? E o-

– Hei, deixa-me explicar tudo! – interrompi. Ele assentiu com a cabeça e deixou-me falar, sem me interromper.

Contei-lhe sobre a tradição, sobre as condições da mesma e por fim falei do Kentin. Achei melhor não falar do Germano, afinal ainda não temos uma relação muito definida, e o Pedro não é a melhor pessoa para se falar de sentimentos.

– Então deixa-me vez se percebi. Vocês estão noivos, mas ao mesmo tempo é só para se conhecerem. Se tu quiseres, não és obrigada a casar com ele? – anui. – E tu… Tu estás apaixonada por ele?

– Pelo Kentin? Não! Eu meio que… Tu sabes – ele concordou, embora eu ache que ele tenha entendido errado. – Bem, acho melhor ir Pedro, não quero chegar muito tarde a casa…

– Tudo bem Anita, eu também tenho de me despachar. Acreditas que a Paula finalmente aceitou sair comigo? – ele fez sinal para a empregada e pediu a conta. Pagou e saímos.

– Eu não acredito que ainda andas atrás dela! – disse entre gargalhadas. Lembro-me que o Pedro parecia um desesperado sempre atrás da miúda, deu-lhe até uma rosa todos os dias durante um mês. O único problema era que ela se fazia sempre de difícil, mas parece que finalmente cedeu. Fico feliz por eles.

– Eu bem te tinha dito Annelise que gostava mesmo dela, mas vocês nunca acreditaram. Vá, agora dá-me cá um abraço – puxou-me para si e mais uma vez me esmagou. – Espero que nos encontremos mais vezes. Adeus Anita!

– Adeus Pedro – ele começou a andar em direção contrária à minha casa, no entanto impedi-o. – Ei, Pedro! – ele virou-se para mim.

– Sim?

– Ele… Ele tem… Tem dado notícias? Está tudo bem com ele? – um sorriso carinhoso formou-se nos seus lábios.

– Estava a ver que nunca mais perguntavas. Ele diz que vai indo tudo, dentro do possível. Temos falado pouco, mas mesmo assim dá-me a intender que está tudo minimamente bem com ele.

«»

Assim que me deitei na minha cama, veio-me a cabeça o motivo de ter saído da casa do Kentin tão cedo. Sim, a Matilde insossa e enjoativa. Que odeio de miúda, juro. Consegue ser mais cínica que aquela personagem que a Nina Dobrev faz na televisão. Não que tenha algo contra a série, mas digamos que só vi alguns episódios e depois fartei-me porque não aguentava mais a Elena. E só fui ver a série por causa do meu lindo Ian Somerhalder, mas isso não interessa.

Voltemos ao assunto principal. Tenho a impressão que se tivesse continuado naquela casa, eu e ela acabaríamos por ter uma daquelas lutas que se vê nas novelas, com direito a puxões de cabelo e rolamentos pelo chão. Eventualmente acabaríamos por cair à piscina e uma de nós iria morrer afogada.

Não, não ia ser ela. Apesar de eu ser uma ótima nadadora, ela é mais alta que eu e facilmente me empurraria para baixo. E caso fosse o contrário, tenho a impressão que o Kentin não iria permitir que a sua donzela protegida sofresse qualquer tipo de dano.

Ele até parecia realmente chateado pela Matilde ter interrompido o “nosso” dia, pelo menos foi o que o seu olhar deu a entender. Mas sei lá… Eles podem estar neste momento aos beijos, numa sessão de preliminares. Não que isso seja da minha conta, só acho que o Kentin merece mais que aquilo. Muito mais.

Ouvi o meu telemóvel tocar e peguei nele antes que começasse a contar à música como sempre me acontece.

– Sim?

Olá linda”

Reconheceria aquela voz até mesmo debaixo de água.

– Germano! – sabem aqueles guinchos histéricos que as pitas fazem? Pois… Estar apaixonada é uma porcaria.

“Ei, tanto entusiasmo” soltou uma gargalhada “como estás?”

Devo ter corado.

– Bem, acho eu. E tu?

Vou indo. Só não percebi o porquê de vires embora sem te despedires mais uma vez…”

– Er… Eu vim embora assim que a Matilde chegou, não queria confusão… E o Kentin disse que devias estar ocupado…Então… Eu não quis incomodar…

“Eu não estava a fazer nada Anne… Eu” suspirou “Sempre que fores para ir embora, avisa-me, está bem? Não gosto de saber que andas por ai sozinha, muito menos assim vestida. Por falar em roupa, amanhã devolvo-te os teus calções aos corações, está bem?”

Notei um certo divertimento na voz assim que falou da peça de roupa.

– Está bem… Eu prometo que não volta a acontecer, desculpa. Não te preocupes com a roupa, ela não é nada de especial. Quer dizer, a camisola dos Green Day é!

“Não te preocupes, não vou ficar com a tua camisola pequena. Olha, a que horas te posso ir buscar para o nosso jantar?”

– Não sei… – afastei o telemóvel da cara para ver as horas. Cinco e meia. – É para um lugar muito chique? – ele assentiu. – Então por volta das sete e meia, está bem?

Claro. Por favor, não fiques mais linda do que aquilo que já és. Não quero ninguém a olhar para ti, embora seja impossível. Vá, até logo. Adoro-te.”

Desligou sem me dar tempo de responder.

Adoro-te”

Levantei-me da cama, com o sorriso mais parvo de sempre e fui até ao armário à procura de um vestido adequado para ir sair. O problema é que eu não costumo comprar roupas daquele tipo que ele me ofereceu. Aquilo é demasiado sexy para ser comprado por uma “menina” como eu. Não quer dizer que não goste, porque gosto. Mas sei lá… Acho que fico com vergonha de comprar e usar coisas assim. Dar nas vistas não é a minha cena. Só que neste momento algo na minha cabeça lembrou-se que quer ser atraente para seduzir o Germano. Tal e qual como uma tola apaixonada.

Peguei em todos os meus vestidos e estendi-os na minha cama. Demasiado infantil; Demasiado comprido; Simples demais; Demasiado s... Que merda é esta?!

Era um vestido preto, com riscas transparentes por toda a parte de cima e com uma risca no fim da saia. Segurei-o e observei-o mais uma vez. Eu não me lembro de alguma vez ter comprado isto!

Não faças essa cara Anne, um dia vais agradecer-me por te dar coisas destas”

A voz da Camila ecoou na minha cabeça. Pois, claro que só podia ter sido aquela estúpida a dar-me isto! Encostei o tecido ao meu corpo e encarei o espalho. Era capaz de resultar…

Não, não, não! Nem penses Annelise! Tu não és nenhuma vadia! Pelo amor de Deus, pousa já essa porcaria!

Voltei a coloca-lo na cama. Ao seu lado encontrava-se um totalmente oposto: Branco, todo tapado, com padrão florido em algumas partes. Um parecia criação do Diabo e outro dos anjos, credo!

Voltei a encara-los e decidi que escolhia depois de tomar banho.

Assim que acabei de chegar creme às pernas, voltei para o quarto para tentar decifrar que vestido usar. Mais uma vez, o preto voltou a chamar-me a atenção, porém recusei-o de imediato. Aquela não sou eu, e eu não vou ser quem não sou só para agradar alguém.

Decidi usar um caí-caí azul com motivos tribais. Era curto, mas não muito. Separei logo os sapatos que o loiro me oferecera. Posso não gostar de saltos, mas ele merece que eu faça esse pequeno sacrifício por ele. Pus uma pulseira no braço e também a corrente que ele me oferecera ontem. Voltei a entrar na casa de banho para colocar um pouco de rímel e lápis e pentear o cabelo. Vou leva-lo ao natural, não tenho paciência, nem tempo, para estar a estica-lo. É demasiado grande.

Olhei-me mais uma vez ao espelho, ignorando o post-it da melhor maneira que podia, para que não me sentisse culpada.

Ele já deve ter seguido em frente, deves fazer o mesmo Anne.

Vi a luzinha do telemóvel piscar e abri a mensagem.

German: “Podes descer pequena ♡”

Nem sequer lhe respondi, e peguei logo nas minha coisas e desci. Pensei em levar casa, mas com a preguiça de depois ter de andar sempre com ele não, acabei por deixa-lo estar na cadeira. Desci as escadas, tentando não cair e quando estava presta a abrir a porta, Anastácia não permitiu.

– Onde vai, menina? – virei-me para ela e abri o meu mais sincero sorriso.

– Ter a melhor noite da minha vida Anastácia, ou pelo menos assim o espero.


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Notas finais do capítulo

Que tem a dizer deste pequeno capitulo? Sei que não cheio de ação como o costume, mas as vezes também é preciso algo assim xD
Vá, digam-me o que acharam nos comentários, ou se preferirem por MP (tem tantas leitoras que favoritaram e nunca disseram o que estão a história, eu realmente gostava de saber)
Próximo capitulo, provavelmente daqui a uma semana (ou mais cedo dependendo da inspiração)
Beijinhos e o resto de uma boa semana! ♡ (não preciso de dizer que estou à vossa espera nos comentários né? xD)

(Link da roupa, caso queiram: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=134981884)