Just don't be afraid escrita por Maya


Capítulo 21
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Olá lindas(os)!
Infelizmente chegamos a Setembro e eu não sei como serão os próximos dois meses (muitas mudanças aqui em casa) por isso peço que me desculpem se demorar demais! Juro que se acontecer não vai ser por mal!
Bem, antes de passar ao capítulo quero dedica-lo à linda Beta23 (posso tratar por Bárbara, não posso? Ahh Devo poder!) Então é o seguinte: Bárbara, eu nem sei que palavras te dedicar para mostrar a gratidão que tenho por todo o apoio que me tens dado! Não falo só da maravilhosa, perfeita e linda recomendação que escreveste, mas também dos doces comentários desde o primeiro capítulo e as MP’s cheias de palavras encorajadoras, que me fizeram sorrir quando menos esperava. Agradeço ao Deus das fafictions ( ahahah xD) por me ter dado uma leitora tão fantástica como tu! Eu nem sei como demonstrar todo o carinho que tenho por ti! Muito obrigada, do fundo do coração, por tudo linda! :D

Por fim, amaldiçoem o homem que estava sempre a chatear-me a cada palavra que escrevi-a ao ponto de querer atira-lo pela janela.

Vá, não vos chateio mais, boa leitura meus anjinhos!

[obs: Capítulo editado e revisto a 30 de Janeiro de 2015]



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496138/chapter/21

Kentin’s P.O.V.

Annelise acabou por decidir passar aqui a noite, já que não tem os pais em casa. Após termos feito as “pazes”, ficamos a fazer-nos companhia um ao outro a noite toda. Ora a dançar, ou simplesmente a conversar sobre coisas estúpidas.

Voltei a erguer os olhos para conseguir vê-la a nadar. Está simplesmente linda com aquele biquíni foleiro da Matilde. Nunca gostei daquele padrão que se for visto na Matilde, parece um espécie de letreiro a piscar com a palavra “Vadia”. No entanto, na Annelise a estampa tigresa faz-lhe ainda mais angelical, como se tu soubesses que ela não seria capaz de matar uma mosca, nem mesmo com aquilo vestido.

Claro que isso não passa de treta, porque quando está enervada é provável que acabes por levar com uma panela na cabeça. Contudo, mesmo enervada fica linda, as bochechas ficam vermelhas e a sua testa contrai-se, criando uma ruga mesmo no meio. Os olhos abram-se ainda mais e por mais que queira parecer má, ela simplesmente fica fofa. Fofa demais até.

Ontem quase lhe chamei Annie – que é o nome que pus no seu número – assim que chegou à minha beira. Que vergonha! Ainda bem que consegui corrigir-me a tempo. Embora ache que “Annie” combina muito bem com ela, não posso simplesmente chegar à sua beira e chamar-lhe isso!

Afastei os pensamentos da ervilha e peguei no telemóvel que tinha acabado de vibrar.

Princesa Matilde Fofa&Linda: Olwla! :)

Tas em csa? xZ”

Não, não fui eu que pus aquele nome. Ela simplesmente invadiu os meus contactos e trocou tudo, tudo mesmo! O “Castiel” passou a ser “Corno Alado”; “Alexy” passou a ser “purpurina saltitante”; “Lysandre” resultou num “Dora” – que mais tarde descobri ser em homenagem aquele peixe de “À procura de Nemo” que estava sempre a esquecer-se de tudo; E por ai continua. Demorei imenso tempo a saber quem era quem, mas acabei por deixar estar. Podia até dizer que por preguiça, mas na verdade foi porque não quis mudar aquilo que fora a Matilde a fazer, pelo simples facto de ter sido ela. Voltei a atenção para o aparelho e digitei a resposta.

“Oi :D

Estou, porquê? xD”

Princesa Matilde Fofa&Linda: “q bon!

Axho q bou paxxar ai, ppfde ser? xS”

Deixem-me só traduzir a mensagem: Que bom! Acho que vou passar aí, pode ser? xD

Ela dá muitos erros a escrever pelo telemóvel, às vezes preciso de meia hora só para entender o que ela quer dizer. Já para não falar das vezes em que o corretor ortográfico corrige coisas que não deve e fica tudo sem sentido.

“Acho melhor não, está cá a Annelise :/

Fica para outro dia, tá bem? :D”

Acho que deve ser a primeira vez que estou a negar algo a Matilde, mas só quero evitar o confronto das duas.

Princesa Matilde Fofa&Linda: “Não acredito

que a deixas estar aí depoius do que ela te

disse! Ela dissw coisas horríveis

sobre mim! -.-“

Será que ela não pode ignorar isso como eu estou a fazer? Foda-se! Eu continuo sem saber o porquê da Anne ter dito aquilo, mas também não quero falar sobre isso. Quero esquecer, fazer de conta que aquela discussão nunca existiu e que elas nunca se conheceram. Simplesmente não quero deixar a Annelise, mesmo com aquelas coisas todas que ela disse.

“Não quero falar sobre isso”

Princesa Matilde Fofa&Linda: “ A sério Ken?

Não me digas que ela te deu a volta à cabeça -.-

Edtuuo au em 30 min.”

Suspirei. Não adianta discutir com a Matilde, ela simplesmente vai continuar a insistir que vem até chegar à porta da tua casa e obrigar-te a abrir… Vai ser bonito aqui as duas, ó se vai…

– Ei, Ken! Não vens para a água? – virei-me para ela e abanei negativamente a cabeça. Peguei no telemóvel e comecei a jogar o primeiro jogo que me apareceu. Ouvi-a sair da água, mas ignorei. – Já que não vais, eu trago-a até ti – disse antes de se deitar sem cima de mim para me poder molhar. Não, isto não é boa ideia Anne! Não com esse biquíni vestido. Deus, que mal Te fiz eu?

– Sai daqui, gorda! – disse tentando afasta-la. Ela não se moveu, então comecei a fazer-lhe cócegas.

– K-ke-Kentin p-pap-pa-ra – ignorei. Ela contorcia-se cada vez mais e esteve quase a cair, no entanto eu puxei-a para mim e parei o ataque.

– Pronto, eu levo a minha gordura para outra cadeira, ‘tá bem? – perguntou, com a sua cara bastante perto da minha.

Por mim podes ficar aqui o tempo que quiseres.

Afastei as pálpebras, assustado com o meu pensamento. Abanei a cabeça em concordância para lhe responder, não confiando na minha voz. Ela sentou-se na espreguiçadeira ao meu lado e fitou a piscina. Que porcaria de pensamento foi aquele Kentin?!

– Posso fazer-te uma pergunta?

– Hum hum. – Não faças perguntas difíceis por favor!

– Por que saíste a correr ontem?

Oh! É simples Anne, só fiquei nervoso com a tua aproximação. Além disso estava com a vontade enorme de te beijar e se não tivesse saído de lá, era o que teria acontecido. E sabes porquê?! Porque a tua boca é mil vezes mais apetecível que um pacote XXL de bolachas de chocolate!

– Eu estava confuso. Quer dizer, ainda estou, mas acho que já não interessa…

De repente, veio-me à cabeça as imagens que estou a tentar esquecer desde que subi as escadas do meu prédio. E senti a culpa atingir-me.

Flashback on

Assim que abriu a porta, não esperei que me desse autorização e corri logo para o sofá. Sentia todo o meu sangue ferver. Como foi capaz?! Esperei que ela viesse até à minha beira e comecei a contar-lhe tudo o que acontecera, desde a discussão até ao que me fez estar aqui neste momento.

– E tu não sabes o que fazer? – inquiriu no fim do meu discurso.

– Não Matilde, não sei…

– Bem, eu acho bastante óbvio até. Ela disse-te um monte de merda para tu ficares contra mim, provavelmente porque tem ciúmes da nossa relação. Já pensaste que ela pode estar a tentar seduzir-te?

– Mas ela tem o Germano…

– E que interessa? Tu mal a conheces! Se fosse eu que estivesse no teu lugar, ficaria calada a assistir a merda toda acontecer. Afinal, cada um tem o que merece, e neste momento nada me parece mais justo que isso.

Flashback Off

Para variar, acabei por fazer aquilo que a Matilde disse. Naquele momento parecia certo. Contudo, a olhar para ela agora e principalmente depois das pequenas, mas importantes, coisas que ela tem feito, sinto-me um monstro por lhe esconder isto.

Ei, Anne… – murmurei. Ela virou o rosto na minha direção. – Eu… Eu preciso dizer-te uma coisa…

Va lá, Kentin! Tem tomates pelo menos uma vez na vida! És homem ou quê?!

Eu...

Kentin! Chegueeei! – a minha cabeça virou-se, causando-me um quase torcicolo. Encarei a Matilde com a sobrancelha erguida. Mas que porra está ela aqui a fazer? – Não me olhes com essa cara Ken, eu disse-te que vinha. Agora levanta-me esse cu que eu quero um abraço! – ergui-me e fui ter com ela, pondo os braços à sua volta. Ela também é pequena, não tanto como a Anne, mas suficiente para ser tapada por mim. – Olá Annelise! – disse num tom de voz esquisito.

Hey – murmurou. Virei-me para encarar a ervilha e disse um “desculpa” mudo. – Eu acho que vou pedir ao Germano para me levar para casa.

Não é preciso, a Matilde está só...

Que foi querida, a minha presença incomoda-te? – desvie os olhos para a Matilde. O que é que ela está a tentar fazer?

Olha, vemo-nos amanhã, tudo bem?

Não tens de ir já embora Anne!

Por que não Kentin? Deixa-a ir, se é o que quer. Afinal ela só gosta de falar por trás, já que à minha frente tem medo.

Matilde, não provoques que vai dar merda…

Annelise aproximou-se de mim e abraçou-me. Largou-me e começou a andar para o interior da casa.

Mas ela que não pense que escapa assim – sussurrou. – Esse biquíni não é meu?! Kentin, como foste capaz de deixar que aquela vadia invejosa usar algo meu?! Que nojo, nunca mais pego naquilo. – Porquê Deus?! Porquê?! Ela vai mata-la! Oh Senhor!

A morena estacou no lugar e virou-se lentamente. Estava com a cara fofa, quer dizer, enervada. Abriu a boca para falar alguma coisa no entanto parou. Abanou a cabeça como se estivesse a expulsar um pensamento e respirou fundo. Ela não vai explodir?

Sabes onde está o Germano? Para lhe pedir para me lev...

Não! – gritei, assustando as duas. – Quer dizer, o Germano deve estar ocupado…

Oh, pois… Eu vou… Vou vestir-me e vou a pé, não é assim tão longe.

Eu posso levar-te a casa! – Eu preciso de falar com ela, eu tenho de lhe contar!

E vais deixar-me aqui sozinha Ken? – disse histericamente a Matilde.

Eu vou a pé, não faz mal Kentin – tentou sorrir. – Até amanhã – entrou e fechou a porta.

Suspirei e sentei-me na espreguiçadeira, pondo os cotovelos nos joelhos e as mãos no cabelo. Foda-se! Eu devia ter-lhe dito!

Ouvi passos e aos poucos fui vendo as pernas da Matilde, sentou-se à minha frente e ficou a encarar-me.

Ken, por que querias tanto leva-la para casa? – perguntou. – Ias contar-lhe? – assenti. – A sério Kentin? Depois de tudo o que ela disse? – ergui a cabeça e encarei-a.

Claro que ia, ela não merece aquilo! – vociferei. – Ninguém merece!

Como podes defende-la depois de tudo o que ela falou sobre mim? – os seus olhos começaram a ficar brilhantes, como se tivesse a prender o choro. – Eu… Ela quer separa-nos, será que não percebes?! – ela levantou-se e começou a andar para o fim do jardim.

Matilde! – chamei e comecei a correr atrás dela. Agarrei o seu pulso e virei-a para mim. – Ninguém nos vai separar, nunca – acaricie-lhe a bochecha e limpei as suas lágrimas. – Tu és demasiado importante para mim – puxei-a para um abraço. Estranhamente, não senti as costumeiras borboletas que sempre sentira quando ela me tocava. Afastei-me, assustado. Era como se só houvesse carinho, nada mais que isso. Ela estranhou, mas logo se pôs em bicos de pés, passando os braços à volta do meu pescoço. – Que est- – fui interrompido pelos seus lábios tentando esmagar os meus. Primeiramente, não correspondi. Porém, quando senti os seus dedos mexerem-se entre o meu cabelo, acabei por fazê-lo.

No entanto, o meu corpo pareceu rejeitar o dela, assim que percebeu que não estava a sentir nada com aquela ação. Afastei-me mais uma vez. Era como se aquele beijo que eu esperei anos para ter, imaginando o quão fantástico seria, não passava de uma expectativa tola.

Não senti nada daquilo que as pessoas descrevem nos filmes. O meu coração não bateu mais rápido; o meu estômago não se embrulhou; a minha respiração não ficou descompassada do fim. Olhei para a Matilde, mas pareceu que a estava a vê-la pela primeira vez. Como se já não houvesse a perfeição que eu tanto estava habituado a ver a sua volta. Por que raios estava tudo diferente? Ela é a Matilde, a miúda por quem sempre fui apaixonado, a miúda com sempre quis casar. Por que é que ao pensar nisso, já não o vejo como algo que queira?!

Então a minha mente viajou até à Annelise. Lembrei-me que sempre que a vejo o meu coração acelera, que sempre que sorri, o meu estômago contorce-se e que deixei de conseguir respirar direito assim que ouvi a sua voz doce proferir “Eu gosto muito de ti Kentin”. Também me lembrei de como me sinto bem quando me abraça, de como adoro o seu perfume, os seus pequenos beijos na bochecha e o som da sua gargalhada. Nunca me senti tão vivo do que quando estou com ela e que o meu coração dói sempre que nos chateamos. Quero estar sempre com ela, mesmo que estejamos simplesmente calados a olhar um para o outro. Ontem quando entrou no salão, os meus olhos foram logo ter com os dela e por momentos senti que nada mais existia a não ser ela.

Oh, foda-se! Eu estou perdidamente apaixonado pela Annelise!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aleluia!! #FinalmenteAbriuOsOlhos
Bem, o que acharam do que o Kentin disse? E da atitude da Matilde?
Espero que tenham gostado, beijinhos!
Já sabem, fico à vossa espera nos comentários! ( E sim, minhas queridas(os) fantasmas, também é pra vocês, mas não se preocupem que não exijo nada. Já fico feliz por lerem, é sinal que gostam xD)