The Forest City escrita por Senjougaha


Capítulo 4
Capítulo 4 - Encabulada




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Passei a manhã tentando ao menos responder as perguntas de Yukina com leves acenos de cabeça. Como eu poderia perguntar a ela se me receberia em sua casa durante algumas noites, se nem mesmo meu nome eu havia dito à ela?
"Ei, menina, me deixa pousar na sua casa. Não como amigas, sabe, mas como um favor que posso te devolver depois"
Não funcionaria. Pensando bem, soaria estranho.
– Está tudo bem? Você parece distante - ela me olhou desconfiada.
Balancei a cabeça tentando me focar na aula de Cálculo. Não que esforço ajudasse quando se tratasse de números.
– Ei, você ainda não me disse seu nome. Não espera que eu adivinhe, certo? - Yukina disse parecendo magoada. - Aliás, você não falou uma palavra sequer comigo...
– Selene, a diretora quer falar com você. - anunciou o professor calvo olhando para o fundo da sala por cima dos óculos e cortando Yukina.
A sala inteira pareceu segurar o riso e se virar para mim. Revirei os olhos, mas estava nervosa e cansada disso tudo. Soltei o ar com força e me levantei abruptamente, derrubando a cadeira. Ao menos a diretora era alguém com quem eu conversava além de meu pai.

– Gosto da sua coragem e das suas visitas constantes. Mas não acha que estão constantes DEMAIS? - perguntou Coraline de costas em sua poltrona gigantesca, mas eu podia ouvir o sorriso em sua voz.
– Confesse, estamos ficando íntimas. - ironizei me sentando.
Ela se virou e agora sua expressão era séria.
– É verdade que você ameaçou Michele? - perguntou ela realmente querendo saber a resposta.
– Se eu te olhasse com um simples olhar de ódio, isso seria ameaça? - respondi sua pergunta com outra, adicionada a um sorriso torto.
Ela suspirou e me observou. Como se estivesse perguntando a si mesma onde foi que sua irmã errara.
– Eu poderia liberar você ilesa, se tivesse alguém ao seu favor. - ela disse por fim.
– Eu não tenho. - respondi assoprando uma mecha de cabelo do meu rosto.
Ela me observou por mais um tempo e escreveu algo em um papel, que me entregou assim que terminou. Eu o peguei, e adivinhando minha falta de intenção em lê-lo ela disse que era uma advertência.
– Vejo você em breve. - me despedi alisando a saia e abrindo a porta.
– Fria como a mãe. - a ouvi murmurar antes de chegar ao corredor.

Resistindo à vontade de voltar lá e dizer qualquer coisa à altura, voltei para a sala de aula.


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