The Forest City escrita por Senjougaha


Capítulo 19
Capítulo 19 - Quase extinguida


Notas iniciais do capítulo

Momento divulgação hahah
Minha nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/503682/Sagira/



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Definitivamente devia ter algo cutucando o meu cérebro. Algo pontudo e afiado, porque pela dor que eu sentia não era simplesmente uma sinusite, enxaqueca ou qualquer tipo de dor de cabeça que se possa ser adquirida sendo um ser humano. Como se eu fosse humana.
Me sentei com os olhos ainda fechados e encobrindo minhas pálpebras com as mãos. Não queria ver luz. Não queria ouvir barulho...
– ELA ACORDOU! - gritou Yukina e eu gemi.
Não sabia se tapava os ouvidos ou os olhos. Ou a boca dela.
Uma mão forte me ajudou a me sentar direito e pela alta temperatura corporal, soube que era Daniel. E claro, pela sensação de conforto e proteção que senti. Não havia notado o quanto gostava, não, amava a presença de Daniel até o momento. E aquilo me irritou mais ainda.
– Apaguem as luzes - grunhi pegando a primeira coisa que tateei pela frente e cobri os olhos.
– Selene, o meu braço não gira nesse ângulo - ouvi Seth dizer desconfortável.
– Calado, não faça barulho - grunhi novamente.
Ouvi um clique e a pressão em minha cabeça diminuiu. Deviam ter apagado as luzes. Lentamente, olhei ao meu redor. Yukina, Seth e Daniel estavam ali me rodeando, cada um com seus respectivos tipos de expressão preocupada.
– O que foi? Já estou bem - eu disse largando o braço de Seth e massageando minhas têmporas.
– Aquilo que você fez foi insano - Yukina disse com um olhar brilhante.
– Não diga isso como se fosse algo bom - Daniel deu um croque na cabeça dela.
Ergui a cabeça para enxergá-los melhor. Estavam todos aliviados.
– Insano? - perguntei.
– Sim, você é uma elfa das sombras - explicou Seth, o especialista em esquisitices.
– Ótimo, sou uma esquisitice das trevas - resmunguei.
– Não vemos um elfo das trevas há séculos - ouvi Daniel murmurar.
– Isso é porque estão em extinção - Seth sorriu de lado.
Fiquei tensa. Eu sou uma raça em extinção? Vou ser botada em jaulas e colocada pra procriar?
– Pare de dizer estas coisas, só está alimentando a mente dela - Daniel franziu o cenho se ajoelhando pra ficar da minha altura.
Ele se ajoelhou pra ficar da minha altura! Aquilo foi um insulto ou o quê?
– Você está mesmo bem? - ele perguntou tocando minha testa - parece bem fria.
E era verdade. Eu estava com um baita frio.
– Oh deuses, ela está tremendo! - Yukina gritou histericamente empurrando Seth e se sentando na cama em que eu me encontrava - Daniel, abrace ela!
– Abraçar? Por que? - perguntei confusa.
Para a surpresa de todos, Daniel me abraçou.
Eu odeio abraços, sério. Mas o dele era muito bom. Era quente, forte e parecia que tanto eu quanto ele precisávamos daquilo. Como se nós dois quisessemos aquilo a muito tempo e estivéssemos nos segurando sem nem mesmo saber. Me sentia protegida e tudo mais. Sabe aquelas descrições clichês de sentimentos, da qual os livros de romance tanto falam? Então, eu estava exatamente desse jeito. E foi uma droga eu ter gostado tanto.
Quando me dei conta, estávamos sozinhos no quarto. Yukina havia arrastado Seth para fora do cômodo e provavelmente, da casa. Aquilo foi constrangedor demais!
Tentei me afastar minimamente, mas ele me segurava tão forte que foi impossível. Talvez eu tivesse tentado pouco demais.
– Você não precisa aprender a lutar - ele disse quebrando o silêncio - nem a usar seus poderes.
– O quê... - comecei, mas ele me interrompeu.
– Não precisa mudar de vida, Selene - ele deu uma pausa - eu vou proteger você.
Por que todo mundo ficava falando sobre me proteger? Não sou nenhuma princesa. Ou melhor, não sou nenhuma princesa EM APUROS. Senti vontade de revirar os olhos. Tudo bem que eu faço parte de uma tal raça em extinção, mas ninguém viria atras de uma sardenta fraca e que não faz ideia de como controlar seus poderes/dons ou seja lá do que chamam. A palavra "raça" fazia eu me sentir um animal ou uma aberração. Um alien?
– Me proteger de quê? - perguntei com a voz abafada pelo pescoço dele.
– De qualquer coisa - ele apertou mais o abraço.
Não estava mais com frio. Não tinha como eu estar. Mas não queria que ele me soltasse porque a) o momento pós-abraço seria constrangedor b) estava bom demais e c) eu estava vermelha feito um pimentão. Minhas sardas deviam estar gritando "oi, meu nome devia ser Sardene!".
Ele cheirava a cappuccino de menta. Precisava me soltar daquele abraço urgentemente.
– Você é tão quente - murmurei.
"Droga! Que foi que você fez, otária?! Sardene, A Otária!", pensei.
Ele riu baixinho, fazendo o corpo tremer de leve e eu consegui me soltar.
– Desculpe - resmunguei e deitei na cama.
Ele continuou me olhando, virando a cabeça de lado antes de suspirar e passar a mão no cabelo. Parecia frustrado.
– Não se desculpe - ele disse e saiu do quarto.


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Notas finais do capítulo

Escrevi correndo, again! Foi mal por ser curto, tento postar mais tarde de novo.



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