Sexo, Amor e Livros escrita por Julio Kennedy


Capítulo 8
Jantar "romantico".


Notas iniciais do capítulo

Voce deve estar dizendo "Ele é doido, passou 28 dias sem atualizar e agora posta dois capitulos de uma vez?", sou meio assim, foi mal. To cheio de ideia e muito empolgado. Então aguardem mais capitulos logo.



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Acordei com o telefone tocando, era Veronica me avisando que faria o primeiro ultrassom e gostaria que eu estivesse presente. Senti um misto de desorientação, ansiedade e medo.

Envolver uma criança nos meus paradigmas já complexos não ajudaria em nada a resolver minha vida.

Assim que coloquei o celular em cima do criado ele tocou novamente e ainda xingando atendi o aparelho, minha barriga gelou quando percebi de quem era a voz – já são dez da manha, como você consegue ainda estar mal humorado - Frederico disse com a voz mais linda do mundo.

Rolei pro meio da cama e com as pernas tirei o edredom de cima de mim. Fiquei deitado de barriga pra cima, apenas de cueca samba canção olhando para o teto enquanto ele falava – eu funciono melhor à noite – contei-lhe.

– Nesse caso é bom que você saiba que estou de folga essa noite – escutei uma risada e então ele continuou – então espero que você goste de massa, porque vai jantar comigo hoje – quando comecei a ter devaneios com um restaurante reluzente ele completou – na minha casa.

Meu primeiro impulso foi dizer não, mas ele me interrompeu dizendo que estava chegando ao mercado e que falaria comigo mais tarde.

Olhei para Godofredo que finalmente dava sinal de um brotinho e pensei comigo mesmo, você esta vivo há dois meses amigo, já chega. E voltei a dormir.

Acordei novamente por volta de uma da tarde com minha barriga roncando e uma dor enjoada nas costas. Tomei um banho de uma hora e resolvi dar uma volta de patins. Depois de comer um croissant na padaria de frente fui em direção ao parque.

Por estarmos no meio da semana não tinha muita gente. Algumas crianças brincando, alguns senhores de idade e um mendigo ou dois. Dei umas duas voltas em volta do parque e quando comecei a descer a pequena ladeira em dado ponto a porta de um carro se abriu de repente.

Só me dei conta do que aconteceu quando estava no chão com uma dor imensa no peito, nariz e bunda. Senti uma mão na minha cabeça e outra no meu peito. Vozes exaltadas começaram como murmúrios até tomarem foco junto a minha visão.

Desejei ainda usar equipamento de segurança quando o urso que estava em cima de mim me perguntou se eu estava bem. Não, não um urso como Zé Colmeia. Você sabe, cara grande, peludo, barbudo.

Gemi e tentei me sentar – seu idiota, nunca olha o que faz – uma garota pequena e loira começou a gritar.

– Eu estou bem - disse olhando para ela. Que até que era bem bonita, mas com três segundos de convivência me parecia ser um saco.

Ela se aproximou e começou a conferir a porta do carro. A sorte de nos todos é que eu não estava muito rápido – foi mau cara – o urso disse ­– meu nome é Geraldinho, e essa – ele apontou para a mulher histérica atrás dele – é Rosa. Uma flor como percebeu.

Ela olhou para trás furiosa, tirou o celular do bolso e o arremessou na cabeça de Geraldinho – gordo estabanado – ela gritou fazendo formatos estranhos com os lábios depois.

– Não se preocupem – desabotoei a presilha dos patins e o puxei com força tirando o negocio do meu pé – já chega por hoje.

– Então já que esta bem eu estou indo - resmungou Rosa se esticando para dentro do carro e voltando com o a bolsa na mão.

Geraldinho murmurou qualquer coisa que eu não entendi e ficou de pé estendendo a mão pra mim. A agarrei e me levantei enquanto vi a mulher dele atravessar a rua indo em direção ao enorme salão de cabeleireiro em frente.

– Ela é sempre ­– essa vadia? ­– energética? – perguntei.

Ele balançou a cabeça fazendo sinal positivo e fechou as portas do carro. Tirei o chinelo da mochila e os calcei caminhando meio dolorido em direção a um dos bancos do parque. Sentei-me no primeiro de costas para a rua e suspirei, ainda doía um pouco.

– Então você anda por ai arrancando as portas dos outros – Geraldinho disse com uma voz contente enquanto se sentava do meu lado. Eu não havia reparado nele até então, não era meu tipo, mas bem bonito.

Era mais alto que eu e apesar de ser um urso, ele era um daqueles fortes e grandes, era gordo sim. Braços cobertos por pelos negros e grossos. Barba cheia e bem feita e pra completar braços e coxas enormes.

E que coxas devo comentar. Ele usava uma bermuda de jogador branca que contrastava perfeitamente com as pernas bronzeadas dele. Suas mãos eram enormes e firmes e quando percebi ele me encarava de forma estranha. Quanto tempo eu passei o olhando? – Não com a frequência que queria – brinquei por fim.

– Como você consegue se equilibrar nessa coisa afinal de contas – ele me perguntou olhando para os patins. Era uma reação comum, não é muito normal ver um cara branquelo e alto como eu andando de patins por ai.

Agarrei um dos pés dos patins e o ergui na altura do meu queixo – depois que ele leva umas duas costelas como tributo ele te deixa montar.

Ele sorriu revelando um sorriso cativante. Mas algo naquela situação em incomodou parecia haver algo errado eu não conseguia dizer. Eu estava com vergonha do cara, isso era fato, mas havia algo mais – eu tenho que ir – falei enquanto me levantava.

– Até mais ver – ele se despediu fazendo um movimento com dois dedos.

***

Quando a noite caiu me vi tentado a me masturbar. Queria aliviar a tensão antes de encontrar Frederico e caso chegássemos a transar não queria terminar em cinco minutos, mas não o fiz.

Dei uma ultimo olhada em Godofredo que me alertava que ainda não estava na hora e dirigi por volta de vinte minutos até um bairro de classe media onde Fred morava. Diferente do que eu estava acostumado ele morava em uma casa.

Um muro grande de chapisco continha um portão grande e verde da garagem e um menor no canto direito da mesma cor. Procurei um interfone e encontrei uma campainha então a toquei.

Um cachorro começou a latir e segundos depois se chocou contra o portão. Olhei para a rua quase deserta e me senti nervoso. Já havia estado tantas vezes na casa de homens diferentes. Feito promessas à meia luz, dito que os amava e que os queria pra mim.

Alguns deles apenas me serviram pra aliviar, alguns me fizeram suar, outros me fizeram ter alucinações. Houveram alguns poucos que se tornaram um vicio, outros foram um desperdício, mas nenhum havia tocado meu coração.

Quando Fred abriu o portão um poodle com pelos castanhos começou a saltitar em minhas pernas – entre – ele me pediu estendendo o braço. Ele vestia uma camiseta gola “v” com as laterais abertas, estranhei a primeira vista, mas decidi que seria rude até pra mim fazer um comentário.

Caminhei por uma pequena área aberta até a entrada da casa, na metade do caminho ele colocou as mãos na minha cintura e segurou forte me fazendo parar. Virei meu rosto o máximo que pude e nos beijamos.

Os lábios mal se tocavam e meu corpo parecia vibrar. Ele cheirava a vinho e pasta de dente e isso me fez perguntar o quanto ele já havia bebido – como você esta?- Perguntei o puxando para o meu lado.

– Excitado com sua companhia – não preciso dizer que minha mente viajou e que meu olhar foi em direção à calça que ele usava de imediato – queria te ver de novo.

Dei um sorriso sem graça e atravessamos a sala que estava com a luz apagada indo parar em uma sala de jantar pequena, iluminada por lâmpadas meio amareladas embutidas ao teto – o que temos para prato principal? – Perguntei encostando-me à mesa.

Ele semicerrou os olhos e deu um sorriso malicioso que me fez respirar fundo buscando calma – minha especialidade, macarrão.

Então dei dois passos a frente chegando tão próximo dele que pude sentir sua respiração – vou adorar comer – e então não contive a gargalhada. Ele me encarou de maneira estranha como que me avaliando.

Fiquei sem graça e segurei sua cintura, fiz menção de explicar a brincadeira, mas resolvi deixar que o assunto morresse.

***

A comida dele não era ruim. O macarrão com molho branco esta realmente muito gostoso. Depois de sobremesa ele trouxe um pote de sorvete de creme e chocolate, então nos fartamos.

Depois de papearmos um pouco sobre livros fomos para sala onde ele, não sei de onde, arrumou um DVD para assistirmos.

Era uma comedia romântica onde um homem e uma mulher que se odeiam, são obrigados a morar juntos para cuidar do bebê de seus melhores amigos, recém-falecidos.

Sentamos lado a lado no sofá e eu me senti como um adolescente usando a técnica do bocejo para passar meu braço sobre o ombro dele. Ele me olhou e deu uma risada, como se não acreditasse no quão infantil eu estava sendo.

Eu só queria fazer tudo certo, com calma. Fazia tanto tempo que eu não tinha um encontro normal, onde eu simplesmente quisesse conhecer a pessoa, conversar. Eu não sabia mais como agir.

As coisas eram fáceis antes. Um sorriso malicioso, meia dúzia de palavras e talvez uma bebida. Agora eu me sentia pisando em ovos, em um campo onde eu não conhecia as regras de sobrevivência e qualquer passo em falso poderia acabar com tudo.

Ele mordeu meu ombro e sorriu largamente – esta mesmo com vergonha de mim?

Eu ri alto tentando mostrar o menos possível de timidez que de repente havia surgido em mim – não, não – disse seguidamente – eu só quero ir com calma.

Ele me encarou por alguns segundos e girou seu corpo em um movimento tão ligeiro e flexível que cheguei a me assustar. Quando me dei conta ele estava sentado em meu colo, com as pernas dobradas ao lado da minha cintura – e se eu quiser – ele cochichou no meu ouvido – ir um pouco mais rápido?

Arregalei meus olhos e segurei a cintura dele a empurrando pra longe, mas ele travou as pernas e me beijou. Eu fiquei sem reação em um primeiro momento, mas aos poucos tentei relaxar e simplesmente deixei que a situação acontecesse.

A cintura dele era firme e o peso do corpo dele sobre meu colo enquanto me beijava estava me deixando louco. Logo passei a mãos nas costas dele sob a camisa e o empurrei contra o sofá ficando sobre ele. Um das mãos dele começou a percorrer minha cintura enquanto a outra na minha nuca me forçava contra ele.

Beijei sua bochecha e logo depois passei a mordiscar sua orelha, passando minha barba pelo seu pescoço no processo. Mordi seu pescoço enquanto a respiração dele levemente ofegante enchia meus ouvidos. Inclinei meu corpo um pouco possibilitando que eu pudesse alcançar seu peito e a camiseta finalmente fez sentido.

Então ergui sua camisa com um movimento brusco e rápido e comecei a beijar e acariciar seu mamilo com a minha língua. Ele segurou minha cabeça a trazendo contra seu corpo enquanto eu o prendia com força pela cintura.

Beijei seu peito mais uma vez antes de descer e passar a língua em seu umbigo, em seguida mordendo sua cintura. Ele tentou se contorcer, mas eu o prendi aumentando o aperto de meus braços. Mordisquei mais uma vez, em seguida toquei com a língua deixando que a barba em meu queixo tocasse a pele dele.

Corri minha mão na cintura dele e agarrei o botão de sua calça procurando abri-lo com os dedos. Então ele mesmo a abriu revelando uma cueca branca e um volume médio vibrando nela.

Agarrei sua calça com as duas mãos e a puxei pra baixo. Ele ergueu a cintura facilitando meu trabalho. Não a tirei por completo, a deixando no meio de seus joelhos. Então voltei minha atenção para sua cueca. Segurei as bordas dela com as duas mãos, meus dedos da mão esquerda roçaram seu membro, então bem devagar comecei a puxa-la para baixo e comecei a morder a pele recém-exposta.


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Notas finais do capítulo

Me mata se quiser, o capitulo acaba assim mesmo. Quero saber a opiniao de voces sobre o capitulo mais quente até agora, não deixem de comentar!
E so por curiosidade, voce leitor gostaria que a historia fosse Lemon? Ou as cenas de sexo fazem falta?



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