Os melhores dias da minha vida escrita por Bi Styles


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Nestas férias estou escrevendo pouco. Quase não tenho tempo de ler e fazer outras coisas, mas agora irei focar. Espero que gostem (;



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O sol já estava se pondo, então decidi checar no relógio que horas já seriam. 16:58. Já estava bem tarde. Eu já havia ficado sozinha por uma hora e meia, então decidi descer.

Ele não estava em nenhum lugar a vista. Procurei, chamei pelo nome e, bem , nada. “1h e 30min não foi suficiente para esfriar a cabeça?”, pensei, “O.k., sr.Cabeça quente, irei embora agora!”.

Estava tão estressada que, não conseguia raciocinar direito. Andava resmungando e sem perceber por onde ia. Acho que a TPM havia chegado no momento errado. Eu nunca tinha ficado assim, nem mesmo na TPM. Creio que Will tinha ferido meu coração e, como uma menina birrenta, fiquei desse jeito.

Quando estava na saída da casa foi que eu lembrei. Como eu iria para casa a pé e sozinha neste mundo perigoso? Tinha sido um século para chegarmos lá, de carro, imagine a pé. Me deu um ódio tão profundo que, no mesmo momento me repreendi. Eu estava sendo injusta. Muito injusta. Estava com raiva e deixando os sentimentos me levar só por causa daquela história idiota do Will. Idiota não. Era mais uma história sentimental. Ele se sentia culpado pela morte da tal da Milenna, injustamente, mas sentia. Me sentei na grama perto do portão e refleti “Se fosse com você, o que você pensaria?”. Acho que é muito bom a gente se pôr no lugar de quem vai ouvir antes de falar, porque agora me bateu um sentimento de culpa. Olhei para o céu e depois baixei a cabeça.

Quando por fim levantei a cabeça, avistei Will em um lugar distante. Acho que ali era onde se localizava a piscina. Ou era a quadra? Bem, prosseguindo...Ele estava sentado na mesma posição que eu e, por eu ser uma menina extremamente educada, me levantei e fui em direção a ele.

Ao me aproximar, vi que não se tratava nem de uma piscina, nem de uma quadra. Sinceramente, o lugar era fantástico. De onde ele estava dava para ver um lindo lago rodeado de plantas e animais de diversos tipos. Avistei gansos, patos, guaxinins, esquilos... Uma variedade enorme. Cheguei perto dele e me sentei. Olhei para o horizonte no mesmo ponto que ele olhava. Por fim falei:

–Desculpa por eu ter sido tão...Tão...Arrogante. Só achei que era errado você se sentir tão culpado por algo que você não fez. Eu acho isso muito injusto.

Ele baixou a cabeça e voltou a levantá-la minutos depois. –Eu sei que você só queria me ajudar. –falou com um tom triste na voz. –Não deveria ter te deixado só.

–Mas a culpa foi minha. Eu que falei aquelas coisas horríveis.

–Hazel...Agora que eu entendi realmente o que você falou. Você tinha toda razão. Eu não deveria ter deixado essa culpa me prender tanto. Ela fez suas escolhas e eu não tive culpa se foram as erradas. –ele falou, o que me surpreendeu.

–Você sabe mesmo como me impressionar Will.-cheguei mais perto dele. Mais perto. Mais perto. Até ficarmos um olhando fixamente para o olho do outro. Fechei os olhos e deixei a emoção me levar. Senti um sentimento novo. Minha respiração acelerou. Nossos lábios se tocaram e, percebi que agora nada mais iria nos separar. “Até que a morte nos separe”, pensei.

Quando nos separamos olhei nos olhos dele. Ele me olhou e sorriu e, para a minha desagradável surpresa, sussurrou no meu ouvido, o que ,claro, me arrepiou.

–Me perdoa? –perguntou.

–Não. Quer dizer...Sim. Só não perdoo o sussurro.

–Eu adoro isso.

–Pois eu não. –me afastei dele e sorri. Ele sorriu o meu sorriso.

Sentamos na grama e olhei para meus pés. Tão sujos. Por fim, ele perguntou:

–Quer ir para casa? – ele me perguntou.

–Sim, por favor.

Fomos para casa em silêncio, até porque as músicas que estavam ecoando no carro eram muito boas. Beatles, Bom Jovi e Nirvana eram os melhores. Ao som de Thank you for love me, ele me perguntou:

–Você sabe o que essa música quer realmente dizer?

–Não fala sobre amor verdadeiro?

–Mais ou menos. Parece que fala sobre uma paixão profunda que acabou.

–É, pensando bem, é mesmo. Nunca havia parado para pensar.

–Gosto dela. Vou repetir. –ele falou e apertou em um botão do som, o que fez a música voltar. No refrão cantamos juntos e, pela primeira vez, vi que a gente tinha um belo tom juntos.

No final das contas, nos demos muito bem em relação aos refrães das músicas. Formávamos uma dupla incrível, tanto que falei, meio que sem pensar:

–Já pensou em seguir carreira de cantor?

–Pra falar a verdade, sim. Mas meu pai falou que era perda de tempo.

–Mas você tem uma voz incrível!

–Fale isso para meu pai.

–Mas você mora com ele? –perguntei.

–Não. Digamos, hipoteticamente, que ele tem outras coisas com que se preocupar no momento.

Me calei por um tempo. Estava sendo muito curiosa. Mas, meu lado curioso perguntava “Que coisas?” “Que coisas?”. Não me aguentei.

–Que tipo de coisas? –perguntei de repente.

–Hipoteticamente?

–Hipoteticamente.

–Digamos que ele, hipoteticamente, deu umas fugidinhas a noite para encontrar dois pares de sutiãs no meio da rua.

–E qual a gravidade disso?

–Os sutiãs estavam preenchidos.

–Ah tá. Me desculpe. Não queria ir tão ao fundo disso.

–Eu já queria te contar. Só não sabia como. E, com essas fugidinhas, teve um filho que hoje está com 2 anos. Gosto dele.

–Vocês se dão bem? Quero dizer você e a... Outra esposa de seu pai?

–Sim. Apesar de ter sido por traição, nós nos damos muito bem. Só minha mãe que não aceita.

–Se eu estivesse no lugar dela, não aceitaria mesmo.

–Mas de vez em quando ela fica com o menino na minha casa. Ela adora ele e, como toda mulher mais velha fala, essas novinhas não sabem cuidar de crianças.

–Você tem foto dele?

–Tenho. Pegue meu celular ali dentro do porta-luvas. –ele falou e eu obedeci. Peguei seu iphone.

–Qual é a senha? –perguntei sorrindo.

–Eu amo Hazel.

–Você está brincando né?

–Sim. –ele falou e eu ri. –A senha é Família.

–Pronto.

–Procure nas pastas e pronto! Você achará Gabriel Linben Grace.

Procurei nos álbuns e nada de achar alguém parecido com o Will. Olhei fotos de parentes, de comidas, (COMIDAS? AH, ERA DO WHATS) de animais de estimação, dele e, algumas minhas. Quando estava quase desistindo, vi a foto de um garotinho agarrado no pescoço do Will e logo imaginei que seria o tal Gabriel. Ele era muito parecido com o Will. Cabelos louros, olhos azuis e pele clara. Diferenciavam-se somente na altura e na idade. Pareciam que eram filhos dos mesmos pais.

–Vocês são muito parecidos. Incrível! –exclamei.

–Parecemos ser filhos dos mesmos pais não é? –ele afirmou perguntando.

–Sim, era o que eu estava pensando.

–Vai querer ficar em casa ou em algum outro lugar? –perguntou quando chegávamos perto da minha rua.

–Vou ficar em casa. Mas acho que mais tarde irei lá na Malu e na Chloe.

–E mais tarde acho que vou ver meu pai e o Gabriel.

–O.k., amanhã nos vemos? –perguntei, abrindo a porta do carro.

–Nos vemos amanhã. -ele me respondeu e me puxou para um beijo.

Ao entrar em casa, senti o cheiro de brownies de chocolate. Entrei na cozinha e xeretei o forno. Um cheiro delicioso invadiu a cozinha e, quando eu iria pegar um, minha mãe apareceu do nada.

–Isso são horas de uma garota chegar em casa? –ela perguntou séria.

–Mãe, são seis da tarde. –falei e fiz uma careta.

–Mas hoje é um dia especial e eu queria que você estivesse aqui á muito tempo.

Pensei. “Dia especial?”. Não me lembrava de nada especial. Não, calma. A mamãe não tem mais o cân...

–Desculpa mãe! Fez os exames?

–Sim e, adivinha o que o médico disse.

–Que?

–Não tenho mais câncer!

–Mãe, você não sabe o quanto que eu estou feliz!

–Imagina eu, querida! Hoje vai ser um jantar especial. Pedi para seu pai comprar um champagne para comemorarmos.

–Mas, no caso, a clínica errou?

–Errou querida. Tanto que eu vou processá-la por isso.

–Mamãe, não percamos tempo com isso. Vamos curtir e comemorar!

Nos abraçamos e ouvi um barulho. Ambas olhamos em direção da porta.

–Ouvi a palavra comemorar? –perguntou meu pai balançando uma garrafa de champagne.

Comemoramos a noite inteira. Jantamos brownies com cobertura extra de chocolate, tomamos champagne (sim, eu tomei MUAHAHAHA) e assistimos um filme. Não me lembro direito do nome, mas acho que era Todo mundo em crise. Não, era Todo mundo em pânico. Sim, era esse o nome. Rimos muito e fomos dormir cedo. Por volta das dez da noite, já estávamos na cama.

Não dormi de imediato. Fiquei conversando com a Malu e a Chloe até altas horas da madrugada. Só que, lá pelas 2 da manhã, não me rendi e adormeci.

Acordei na manhã seguinte ás 10 da manhã. Não me levantei logo. Pensei sobre todo o dia anterior. Minha conversa com o Will, o drama da doença da minha mãe se tornando mentira e a minha briga com o Will. Daqui pra frente eu iria me comportar para não feri-lo. Ele já sofreu demais nessa vida. A separação dos pais, não ter amigos verdadeiros (mas agora tinha) e a morte da Milenna. “Hazel, se controle”, foi meu primeiro pensamento do dia. Levantei e fui para o banheiro.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Esperem drama, muito drama no próximo capítulo. Vi que a culpa é das estrelas já está disponível no Mega Filmes, legendado, mas está disponível. Então irei assisti-lo.
Bjus*



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