Once in the eternity escrita por T F Marttin


Capítulo 22
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

olá gente, sorry a demora, to mega ocupada esses dias, cheia de trabalhos na escola e feira de química, e no meu curso foi encerramento de matéria, então tive de estudar para a prova.
varias e varias coisas em sequencia que parece mentira, mas e pura verdade! xD
enfim, boa leitura a todos e espero que tenham gostado.



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❄❆❄

Depois de algum tempo, um solitário espírito da neve passou ligeiramente pela porta, adentrando a oficina de North. Jack estava cabisbaixo, e seus olhos miravam o chão com uma tristeza imensurável.

North, ao notar a chegada do amigo, foi de encontro à ele, pondo suas grandes mãos sobre o ombro do jovem e olhando-o, enquanto este parecia estar em outro mundo.

– Jack, está tudo bem? – o grande guardião do encanto e diversão das crianças olhava com um semblante calmo e sereno ao amigo, que se limitou a concordar com a cabeça.

– Escute, sei que deve ser difícil para você, mas talvez tenha sido melhor... Você sabe, você é um guardião, e ela é uma humana... Não era pra ser. – ele tentava falar de forma que não magoasse o amigo, mas que desse a ele a realidade dos fatos.

– Infelizmente não há nada que você possa fazer, pirralho. – Bunny dizia, saindo das sombras. – Eu lamento... – com um notável amanso na voz, Bunny tentava expressar ao amigo seus pêsames pelo coração partido do garoto.

– Eu sei... – Jack se pronunciou pela primeira vez. – Mas aqui dentro, não sabe que sou um guardião, e nem que ela é uma humana... – disse, apontando para o peito. – Pra mim, ela é apenas a Elsa.

O guardião olhou em volta e não viu sua amiga Tooth, se lembrando de que ele a havia deixado num estado um tanto delicado.

– Onde está a Tooth? – perguntou, preocupado.

– Ela está bem, só está dormindo porque estava muito cansada, foi uma dura batalha. – Bunny explicava.

Apesar do alívio no peito, o olhar de Jack ainda era distante e pensativo.

– Nós entendemos, mas não há nada que possa ser feito, foi a escolha dela para salva-lo. Uma vida por uma promessa. – North disse, tentando conforta-lo.

Jack arregalou os olhos. Como assim, “uma vida por uma promessa”? O que North quis dizer? Então Elsa simplesmente não o deixou porque quis? O que significava aquilo?

– O que você quis dizer com isso? – Jack prestava atenção na conversa agora.

– Sandman nos contou, ele estava ajudando a loirinha a salvar você. E bem, parece que eles só conseguiram fazer isso graças a um trato que fizeram com MoB. – North explicava.

Ainda mais surpreso ele ficou, não sabia de nada! Um acordo para salva-lo? As palavras de North pareciam sem contexto, ao menos agora.

– Por... Mim?

– Sim, aparentemente, o acordo foi que MoB diria a Elsa um jeito de salva-lo, e em troca, assim que você estivesse a salvo, ela iria deixa-lo para sempre, seguiria sua vida em frente, para que você também pudesse seguir a sua.

– Mas, por quê? Por que MoB pediu isso? – Jack estava tomado pelo desespero. Só de pensar que sua adorável Elsa tinha se sacrificado a tal ponto por ele, e ele ainda a culpara por isso, lhe doía mais o peito.

– Foram ordens do homem da lua, Manny pediu ao MoB isso. – North disse, apontando para cima.

– Por quê?! – Jack quase gritava agora.

– Para protege-lo, Jack, se você continuasse a vê-la e a viver junto dela, só seria mais doloroso para você e para ela, ela iria envelhecer e você não, você nunca seria visto pelo povo dela, não poderia ter uma família... E ela iria morrer, enquanto você iria continuar jovem para sempre... Pense, meu amigo, foi melhor assim, foi melhor... Antes que isso se tornasse algo forte demais ao ponto de fazê-lo sofrer ainda mais.

– Não... O homem da lua não podia ter feito isso... Por que sempre, as coisas que ele faz comigo, eu sou o último a saber? – Jack começa a andar de um lado pro outro. – Eu não vou aceitar mais isso.

Jack voou e passou pela mesma porta que tinha entrado, rumando à trilha do vento, indo possivelmente em busca de respostas.

– Você tinha que dar com a língua nos dentes né, North? – Bunny cruzava os braços.

– O que? Eu não disse nada de mais! Ele que saiu voando que nem louco. – disse gesticulando, com seu sotaque bem acentuado. – O que será que ele vai fazer? – o grande guardião de barba dizia, com um tom de preocupação.

– Eu espero que nenhuma besteira... Mas vindo de Jack, eu não posso descartar nada. – Bunny comentou.

❄❆❄

O garoto Frost voava à toda velocidade, se aproximando da residência de MoB. Rapidamente ele pousou e saiu adentrando e passando pelo corredor o mais rápido que podia, até encontrar àquele que procurava, organizando seus livros.

– MoB! – gritou Jack, se aproximando.

– Jack? Oh, vejo que a pequena conseguiu salva-lo. – dizia, dando um sorriso amigável.

– Não adianta esconder, North contou tudo, foi você que disse a Elsa para que ela fosse embora e nunca mais me visse? Por favor, me diga a verdade. – ele estava claramente tenso, seus olhos, vidrados no senhor, procuravam no rosto envelhecido deste uma resposta sincera para suas dúvidas.

– Tenha calma, meu jovem, sente-se e me diga o que te frustra. – ele indicou uma cadeira próxima para que o guardião se sentasse, e apesar de toda tensão e nervosismo, se sentou para contar ao senhor toda a história.

– Quando eu cheguei à oficina de North, ele me disse que Sandman e Elsa pediram sua ajuda, e que você os ajudou, dando a eles um modo de me salvar.

– Exato. – MoB concordou com a afirmação.

– Então por que disse pra ela nunca mais me ver? É algum tipo de teste ou punição?

– Meu jovem, há coisas nessa vida que irão machuca-lo, mas é para o seu bem... O homem da lua me disse que sentiu seu coração se desviar para a garota, e por causa dela, você caiu em trevas, mas por causa dela também, o mundo foi salvo novamente das mãos de Pitch. Manny sabia que você iria acabar se apaixonando pela garota, então permitiu que ela o resgatasse, com a condição que ela o deixasse livre...

– Se ele não queria que eu me apaixonasse, por que não impediu? – Jack apertou o cajado deitado sobre seu colo.

– Minha criança, o homem da lua não pode interferir no coração das pessoas... Elsa lhe deu um novo tipo de sentimento, que nem você próprio conhecia... Talvez Manny tenha permitido isso, para que você se tornasse um guardião completo e maduro... Era a parte de você que faltava, a parte que só você sendo humano podia conhecer... O amor verdadeiro. Acredite criança, a garota está sofrendo tanto quanto você... – ele desvia o olhar para o lado, pensativo, como se lembrasse do olhar triste e preocupado da rainha, quando o visitou.

– Não posso deixar as coisas como estão... – Jack olhava para o chão.

– É melhor assim, Jack... Seu dever é ser guardião, e o dela é ser rainha, aceite o destino.

– Não há uma maneira sequer de ficarmos juntos? – Jack se desesperava.

– Você realmente quer ficar com ela? Por quê?

– Eu... Eu não sei... Eu simplesmente quero estar com ela. – ele da um sorriso de canto. – Não... É algo mais. – ele respondia mais calmo.

– Eu lamento... Não há nada que eu possa fazer, não tenho poderes para mudar o destino.

O jovem guardião fez uma reverência e saiu, acenando para o sábio ancião. O senhor sorri para si mesmo, vendo a figura do guardião desaparecer pouco a pouco.

❄❆❄

– Soph! Traga a cenoura. – gritou o garoto de cabelos castanhos, montando um boneco de neve tão grande que chegava a ter seu tamanho, e com a cartola que este usava, ficava ainda maior que o garoto.

A mais nova veio saltando, feliz, indo de encontro ao irmão, levando a cenoura que faltava para o nariz do boneco.

– Isso, agora é só pôr o nariz dele e... Está pronto! Nosso maior boneco de neve! – disse ele, todo animado, comemorando com a menor, o grande feito de ambos.

– Hey, belo boneco. – uma voz surgiu atrás de ambos.

– Neve! – a loirinha, irmã do garoto, corria em volta dele, pulando para pegar a neve que havia vindo junto com o dono da voz.

– Jack! – o garoto de cabelos castanhos e olhos da mesma cor saiu correndo em direção ao outro, e se abraçou com o amigo guardião. – Que saudades...

– E aí, Jamie, como vai meu mini guardião? – Jack disse, se abaixando para ficar na altura do garoto.

– Tudo ótimo, acabamos de montar esse boneco de neve! Ele não é grande? – o pequeno dizia, todo animado.

– Sim, ele é grande e muito bem feito, parabéns. – Jack disse, passando a mão nos cabelos acastanhados do garoto.

– Ei Jack! Eu fiz um avião novo, você quer ver? Dessa vez consegui por um dispositivo dentro dele que faz “voshi voshi” e pisca! Vem, vem. – o garoto já arrastava o Frost casa adentro, para mostrar mais uma de suas invenções.

Já dentro do quarto, ele mostrou ao espírito da neve o novo avião, e ainda demonstrou como piscava e fazia barulho. Jamie foi capaz de fazer aquele garoto de cabelos brancos sorrir, e o lembrar de por que ele era um guardião.

Com um doce sorriso em seu rosto alvo, Jack se apoiou na mesa de estudos e criações de Jamie, enquanto este continuava a falar, todo empolgado. Acidentalmente, um pequeno papel cor de rosa com corações desenhados nele colou na mão de Jack, quando este colocou a mão sobre a mesa.

– O que é isso? – o Frost começou a ler o papel, e perceber que se tratava de uma declaração.

– Não, não, não, não lê isso! – Jamie saiu correndo e pegou o papel das mãos do guardião curioso, que tinha uma sobrancelha arqueada e um sorriso cínico no rosto.

– O que foi? Por que seu rosto está vermelho? – Jack disse apertando as bochechas do garoto, que desviou os olhos, segurando a cartinha contra o peito.

– N-n-não é nada! É só... Tudo bem, você me pegou, mas eu só vou te contar por que você é meu melhor amigo. – ele respirou fundo. – Eu estou gostando de uma garota! – ele disse tão rápido e de uma vez, que o guardião quase não entendeu.

– E-ela é da classe ao lado da minha, e está estudando lá desde o começo do ano, mas só vim notar ela agora, quando estávamos brincando de pega-pega, e ela pediu pra brincar com a gente. – ele sorriu, dando um suspiro. – Ela é tão bonita, e gentil, ela está sempre usando uma faixa na cabeça, rosa, e eu acho que combina muito com o cabelo loiro curto dela, é tão fofinho. – ele soltou uma pequena gargalhada. – E os olhos dela são tão bonitos, às vezes eu fico perdido olhando pros olhos dela, são muito azuis! Sabe como é, Jack? Se sentir perdido. – o garoto tombava a cabeça para o lado, questionando o maior.

– Sim... Eu sei. – ele olhava para o lado, com uma mão apertando o cajado, enquanto a outra ia de encontro ao peito.

– Eu irei entrega-la amanhã, o que você acha? Estou tão nervoso... Jack? – o garoto chamava, trazendo de volta a atenção do garoto de cabelos brancos.

– O que foi? Entregar o que? Desculpe, me distraí. – sorriu, mentindo para o menor.

– A carta, eu irei entregar ela amanhã... Será que ela vai me aceitar? E se ela não gostar de mim? O que eu faço. – Jamie agora começa a andar de um lado para o outro, preocupado com a reação que sua misteriosa paixão poderia ter, fazendo Jack soltar uma pequena risada.

– Hey, vai com calma, eu sei que ela já deve ter notado você também, e aposto que ela gosta de você. – ao dizer tais palavras, o pequeno Jamie abriu um sorriso enorme, e suas bochechas ficavam vermelhas como uma pimenta.

– E... Jamie, o que você faria se ela gostasse de você assim como você gosta dela, mas vocês não pudessem ficar juntos, porque são muito diferentes... Como lidar com isso? – a pergunta que Jack fez, embora para Jamie, parecia mais uma pergunta que ele fazia a si mesmo.

– Eu... Eu ficaria realmente muito triste, acho que choraria também... – o Frost abaixa a cabeça, a resposta que ele esperava estava ali, não havia jeito. – Mas... Eu lutaria por ela, se ela gostasse tanto de mim quanto eu gosto dela, eu com certeza não iria deixar que aqueles meninos maiores e maus ficassem perto para roubar ela de mim.

– Mesmo se todos dissessem que vocês não podem ficar juntos?

– Claro! Nunca se sabe, se ao menos uma vez mais uma pessoa especial pode aparecer assim né? Por isso eu irei entregar a ela a carta! – Jamie deu um sorriso de canto, tão fofo e inocente que fez o guardião ficar totalmente desconsertado, ainda em choque com as palavras tão puras e sábias do jovem amigo. Jamie, aquele que nem ao menos sabia o que o guardião havia passado, mas suas palavras foram de encontro com o coração do espirito da neve.

Jack sorriu para si, levantando e indo de encontro à janela. – Obrigado, Jamie.

Logo acenou para o amigo, e se jogou no vento, sendo levado por ele.

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Notas finais do capítulo

olá gente, esse e o penúltimo capitulo da fanfic, poise... eu disse que achava que seria uns 2 capítulos ate acaba, e esse e o penúltimo, o próximo já sera o fim. bom eu prometi um novo projeto, embora eu ainda não tenha nada em mente, vou me esforça para tenta fazer algo antes de encerra de vez a once in the eternity.
o capitulo teve um atraso por que eu estava sem ideia, totalmente sem inspiração, que tenso ne? no penúltimo capitulo me vem um bloqueio desse, complicado... mas enfim, outro contra tempo foi o fato de que eu tive de refazer o capitulo pelo menos duas vezes, por que não estava gostando do rumo que estava levando, ai refiz ate sai algo aceitável xD espero que tenham gostado