A vida de Leslie Burke escrita por Lunel


Capítulo 4
A Carta


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, PLÁGIO é crime eem!!!!



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Na manhã de quinta-feira corro tentar falar com Henry, mas sou impedida por Will, que pega meu braço delicadamente e me puxa a um canto.

–- Hey, não esqueceu o beijo, não é? – seu cabelo estava bagunçado e sua perna esquerda apoiada na parede, ele estava usando óculos, o que era uma coisa nova –

–- Está usando óculos? Ficaram legais em você.

–- Estou – um sorriso apareceu rápido em seu rosto e foi embora rápido também – mas você não respondeu minha pergunta.

–- Não, não esqueci. Como poderia, isso foi ontem – não tiro os olhos de Soluço, cada vez mais longe, meu cabelo fica azul de pressa e desespero, mas depois volta ao loiro habitual, como sempre - Eer... Preciso ir. – quase não noto o tom de surpresa no rosto de Willian.

Então eu o deixo lá, sem mais nem menos. Corro trombando em todo mundo e nem ligando pra isso, até que consigo chegar ao lado de meu “irmão”.

–- Soluço! – mas ele me ignora, olhando pra frente – Soluço! – mais uma vez ignorada – Henry Mason Smith, você pode falar comigo? – mas ele me ignora novamente, então eu paro de andar e vejo ele se afastar de mim, meus cabelos mudando para um azul quase liquido, estou segurando meu choro.

Todas as horas do dia que eu posso procurar o diretor eu faço isso. Preciso daquela penseira, preciso ver meus pensamentos nela e esclarecê-los. Somente quando todas as aulas acabam, no fim do dia, é que eu o encontro em frente a sua sala.

–- Professor! Professor! – corro ao encontro dele e falo sem fôlego – Preciso daquela penseira, diretor.

–- Ah, mas eu não te dei a senha da sala Leslie? Bem, é mandrágoras berrantes, pode entrar quando quiser, inclusive agora – ele sai.

Eu pronuncio a senha e ponho os pés na escada rolante que dá para a porta de carvalho. Abro a porta e me encontro na sala do Diretor. Novamente me deparo com o poleiro de ouro e então, como se fosse completamente real, vejo uma Fênix de aparência triste pousar no poleiro em cima das cinzas. Fico encantada e triste junto com a incrível ave, mas afasto essa idéia rapidamente de minha cabeça, preciso focar na penseira.

Mergulho minha cabeça na bacia após colocar um pouco de meus pensamentos nela. Vejo eu e Will rumando à toca e, então, um rosto familiar nos seguindo. É Soluço. Soluço viu tudo até o momento que entramos no “esconderijo”. Mas por que ficar tão bravo? Preciso falar com ele.

Tiro a cabeça da bacia e me sinto sufocada. Vou até a janela tomar um ar. As árvores estão balançando, lembro de minha mãe. Um pensamento a mais, e chega a saudade. A saudade de uma pessoa que nem sei exatamente como é, mas sei que um dia amei. Percebo que o fato de eu não saber como ela morreu me sufoca ainda mais. Então decido escrever uma carta ao meu pai perguntando sobre o ocorrido. Sei que não é a melhor forma de ficar sabendo de uma coisa que foi e é tão ruim para a família, mas estou curiosa e preciso saber logo.

Escrevo a carta de um jeito objetivo e direto e vou ao corujal entregar a minha coruja Pini. Isso é uma coisa que leva menos de 10 minutos. Corro para o salão principal jantar, pois estou morrendo de fome.

No dia seguinte fico esperando minha coruja com a resposta de meu pai. Como impacientemente até o momento em que todas as corujas começam a entrar, a minha vem voando e piando histericamente até o meu encontro. Dou a ela um pedaço de torrada, pego o pedaço de pergaminho em sua perna e ela alça vôo. Abro o pergaminho e leio concentrada.

Cara Leslie,

Acho que é um assunto que não deve ser tratado por cartas e sim pessoalmente. Mas, como sei que você está ansiosa, vou responder a sua carta contando a história da morte de sua mãe.

Ela foi uma mulher encantadora e morreu lutando na última guerra do mundo bruxo, quando você tinha apenas 4 anos. Na verdade, quem a matou foi Bellatrix. A mulher a torturou até a morte. Jordana, sua mãe, sofreu muito antes de morrer, implorou por sua morte, para ser mais especifico.

Não a culpo por não lembrar de sua mãe, afinal era muito pequena quando ela morreu. Jordana tinha a mesma aparência que a sua e a personalidade era igualzinha também, ambas adoráveis e com mentes extraordinárias.

Com amor,

Seu pai.

O.B.S.: Me desculpe por não tê-la mencionado antes, não sei o que deu em mim.”

Sinto uma lágrima brotando de meu olho e caindo sobre minha bochecha, seco-a rapidamente com meu dedo indicador da mão esquerda. “Não a culpo por não lembrar de sua mãe”, mas eu a culpo, ela é minha mãe! Como nunca me preocupei em saber dela? Ela nunca passou de uma imaginação minha, não posso crer que eu sempre me contentei em apenas imaginá-la! Em pensar como ela era. Fico com raiva da minha imaginação, fico com raiva de tudo que crio com ela. Mas não fico, em momento algum, com raiva de meu pai, concluo que ele não tem culpa de nada. Nunca foi atraído por outra mulher, sempre se dedicando a mim e me alegrando. Fico encarando a carta por um tempo, pensando se a guardo ou jogo no lixo. Me assusto muito com a voz de Greta atrás de mim:

–- Leslie! Estamos atrasadas, aula de feitiços. Vamos Leslie! – guardo a carta em um bolso interno de minhas vestes e corro para a sala do prof. Flitwick.

Me concentro intensamente na aula de feitiços e me saio muito bem por sinal. Não ligo para as zoações de Floy, apenas ignoro. Ligar pra que? Ela é boba mesmo!

Quando a aula termina, rabisco um “sinto sua falta” em um pedaço de pergaminho e entrego para o primeiro lufano que vejo pela frente, esse lufano é, por coincidência, Lúcia Pevensie, uma colega minha, não falo muito com ela, mais me simpatizo. Digo par entregar para Soluço.

Na hora do almoço, Soluço vem falar comigo:

–- Vamos passear nos jardins amanhã? – ele fala com um tom de quem está bravo ainda, lembro-me subitamente do passarinho e meu cabelo fica mais escuro, um dourado.

–- Não posso, tenho coisas pra fazer.

–- O que é? – mas ele compreende que não vou responder a essa pergunta – Pensei que sentisse minha falta! – ele gira os calcanhares e vai embora, mas eu corro atrás dele.

–- Ok. Vou com você!

Sei que combinei com o passarinho, mas ele é apenas um animal! E eu tenho que fazer as pazes com meu amigo quase irmão. Qualquer pessoa normal faria a mesma escolha que eu. A ideia de eu não ser uma pessoa normal vem e vai da minha cabeça rapidamente. O pássaro pode esperar, mas minha amizade com Soluço não.


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