A vida de Leslie Burke escrita por Lunel


Capítulo 3
O beijo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo. Comentem coisas boas ou ruins, por favor!
O.B.S.: os *** significam mudança de assunto.



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Já na quarta semana de aula os treinos de quadribol começam. Eu sou uma das artilheiras, divido o cargo com Elsie Vinbdon, minha vassoura é uma Conis Arrows, não é a das melhores, mas eu a adoro. Nós vamos treinar no fim das aulas, o campo está enlameado e encharcado, pois choveu o dia inteiro. Começamos vendo novas jogadas que podem servir contra a Grifinória (nossa primeira adversária), as jogadas são ótimas, temos muitas chances de vencer esse ano.

Volto do treino toda suja de lama, caí umas quatro vezes, estava enferrujada. Vou direto para o banheiro me lavar. Fico dez minutos no chuveiro e depois rumo ao salão comunal de minha casa. Para minha surpresa, Greta fala comigo:

–- Me desculpe, eu sei que você não gosta de compartilhar certas coisas. Soluço me disse que não sabia de nada também, então achamos melhor deixá-la em paz.

–- Obrigada, vou dormir, estou muito cansada – isso soa frio, mas é verdade. Meus cabelos mudam de cor para um rosa de felicidade por falar com ela.

Greta me abraça e volta a ler seu livro de Herbologia. Quando estou na metade do caminho me viro e digo em tom de brincadeira:

–- Não vá dormir tarde em!

–- Pode deixar – nós duas rimos.

No dia seguinte, estou me aprontando para o café da manhã quando olho para as luvas listradas e coloridas que estão jogadas e esquecidas em meu malão, fico encarando elas e me assusto quando ouço a voz de minha amiga:

–- Você devia por ela sabia? Quer dizer, dane-se a Sonserina.

–- Você tem razão, obrigada amiga – algumas mechas de meus cabelos ficam da cor verde, estou decidida a ignorá-los.

Então eu ponho minhas luvas e vou ao salão principal comer torradas. Quando estou lá, a professora Mctriall (vice-diretora, professora de Defesa contra as Artes das Trevas e diretora da Lufa-lufa) passa perguntando quem vai a Hogsmead daqui a duas semanas. Falo rapidamente que vou, adoro essas excursões.

***

É a primeira vez em que fico interessada na aula de História da Magia, que ainda é dada pelo prof. Binns, estamos aprendendo a guerra de Voldemort, que aconteceu faz 23 anos. Muita coisa aconteceu naquele tempo, os pais de meu pai morreram naquela guerra, apesar de não ter estado presente, sei que foi aterrorizante. A tarefa que temos pra casa é gigante, cada um vai realizar uma pesquisa sobre um momento épico da guerra, eu, é claro, vou relatar a morte de Bellatrix, por muito tempo ouvi isso de meu pai, a mulher que tanto torturou finalmente morreu.

***

Quando estou almoçando, a voz fria e distante aparece novamente em minha mente. Dessa vez ela quer que eu vá para o banheiro da Murta. O que ela pretende com isso eu não sei, mas me recuso a obedecê-la, em vês disso vou ao mesmo lugar em que ouvi a voz de minha mãe. Lá grito para as árvores “O que está acontecendo? Quem falou comigo?” As árvores balançam em conjunto e eu não entendo, será que era mesmo minha mãe ou era mais um fruto de minha imaginação? Tento outra pergunta: “Vocês podem me ouvir?” As árvores balançam forte e eu entendo isso como um sim. “Podem me ajudar?” Nada acontece e eu sento. Por que não podem me ajudar? De repente um pássaro pequenino e azulado aparece, meu cabelo fica branco, esperança, ele pia algumas notas agudas pra mim e voa mais adentro na floresta, penso em segui-lo, mas consulto meu relógio e vejo que é hora de voltar.

–- Não posso. Tenho aula agora...

O pássaro pia de novo e avança na floresta, ele vira e me encara.

–- Já disse que não posso... E se eu voltar no sábado?

O animalzinho pia mais uma vez e vem ao meu encontro. Ele faz um movimento com a cabeça em sinal de sim. Isso é meio estranho, não imaginei que ele pudesse realmente me compreender, mas não questiono. Volto a escola apressada, mas, quando estou quase colocando os pés no corredor, me lembro que era aula de Herbologia e isso significa que devia estar nas estufas, murmuro “droga” e corro para a estufa 6. Tenho sorte e chego em cima da hora. Nessa aula estudamos todo tipo de plantas que tem a ver com a água. Quando a aula já vai chegando ao fim, decido que preciso ir à sala do Diretor, preciso daquela penseira.

Quando chego à frente da escadaria da sala me deparo com uma coisa que eu realmente não esperava. Esqueci completamente que você tem que saber a senha para entrar, e eu não sei. Fico sentada no chão comendo uma maçã que tinha no bolso, esperando alguém que pudesse me ajudar. Quando a maçã termina, desisto e vou para o salão principal jantar.

Quando termino de comer e estou indo, dormir trombo com o mesmo menino que dividiu a carruagem comigo, Willian.

–- Desculpa estava sonhando acordada... De novo.

–- Desculpe também. Não estava atento ao caminho – meus olhos param em seus lábios, o sorriso perfeito – Eer... Aconteceu alguma coisa? – de repente volto a realidade.

–- Ah, não, não. Nós temos aula de Trato das Criaturas Mágicas juntos, né?

–- É, acho que sim. Quer almoçar comigo amanhã? – fiquei totalmente surpresa com essa pergunta.

–- Pode ser.

Não sei o que senti no momento da conversa, mas estava completamente ansiosa para o dia seguinte.

No horário do almoço da quarta-feira, me encontrei com Will na porta da cabana de Hagrid. Nós conversamos e comemos sanduíches de atum que eu trouxe. Depois de terminarmos a comida, eu o levei para a toca. Will não compreendeu o motivo de a gente estar lá, eu o encarei então perguntei:

–- Não é incrível? Um lugar muito bonito posso dizer.

–- Hã? Mas aqui é escuro e não tem nada além de um tapete velho.

–- Sabe, ás vezes você tem que fechar os olhos e deixar sua mente te levar.

E foi isso mesmo que ele fez, fechou os olhos e murmurou “Incrível!”, depois os abriu. Nós nos sentamos e ficamos admirando o lugar.

–- Tá legal, sua vez de fechar os olhos.

–- Mas para que? – não estava entendendo nada.

–- Para isso – ele se aproximou de mim e me deu um beijo, compreendendo eu fechei meus olhos e senti seus lábios macios nos meu, o cabelo agora laranja, quando o beijo acaba uma sombra de duvida aparece em mim –

–- Acho que precisamos ir... Para as aulas.

Passei por ele sem falar mais nada e rumei em direção à sala de poções nas masmorras, no meio do caminho me deparei com o mesmo passarinho azulado de antes, dei um oi pra ele e continuei. Não prestei atenção em nem um segundo da aula, fiquei todo o tempo pensando no beijo, estava confusa, não sabia o que pensar, o que sentir. Na hora do jantar fui falar com Soluço, mas ele me ignorou, por que será?


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