Uma Aposta Para Dois escrita por Karina Guerim


Capítulo 10
Capítulo X - Lucas Luponni




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– O que foi cara? – disse Bruno.

– Viu quem veio fazer uma visitinha? – disse irônico.

– Sim, eu vi e já estava sabendo.

– Porque não me disse nada?! – disse dando as costas.

– E deu tempo?

– Não importa, esse tipo de coisa a gente conta logo!

– Cara, deixa isso pra lá, essa história já passou...

– Eu sei, – disse tornando a virar – você acha mesmo que eu ainda me preocupo com o que rolou há dez anos? Se ele tivesse aparecido numa boa... Mas ele tinha que mexer logo com a... – respirei fundo.

– Como se eu não soubesse.

– Sei que sabe, mas ainda assim é estranho pra mim. – disse enquanto observava Bárbara atravessar a rua.

– Não esquenta cara, liga pra ela e se desculpa. Eu não entendo, você vive aprontando e minha irmã sempre releva.

– Bruno! – Luna gritou do quiosque.

– Liga pra ela! – ele disse já indo em direção à Luna.



Mas que droga! Tenho que aprender a me controlar... A culpa é do Pedro! Ele sempre dá um jeito de se meter na minha vida e foi mexer logo com ela?! É bom ele saber que dessa vez eu não vou dar mole.

Afastei-me alguns metros do quiosque para ligar pra Bárbara, eu ainda estava com o celular de seu irmão e como eu tinha a certeza de que ela não gostaria de me atender, contei isso como vantagem.

Liguei uma, duas e só na terceira vez ela atendeu.

– O que foi?

– Onde você está? – eu disse arrependido.

– Eu não tenho que te dar satisfações do que eu faço.

– Eu sei, me desculpa, eu te tratei mal, você tem razão em querer dar uma volta pra esfriar a cabeça, mas já pode voltar, vamos conversar...

– Eu não fui esfriar a cabeça.

– Você não está voltando pra sua casa né? Isso não foi nada, é só uma bobeira minha, me fala onde você está que eu te conto tudo e se depois disso, você ainda quiser voltar, eu mesmo te levo.

– Relaxa Lucas, eu não vou embora. Eu só fui procurar uma lanchonete para comer algo.

– Tem comida aqui no quiosque.

– Eu quero ficar um pouco sozinha ok?

– Vamos? – disse Pedro.

Eu mal teria identificado sua voz se não fosse pela minha fúria.

– Sozinha né? – disse cerrando os dentes

– Depois conversamos Lucas. – ela desligou o telefone.

Muito impetuoso fui andando com passos firmes em direção ao quiosque. Quando me aproximei da mesa onde estavam Bruno e Luna, sentei-me sem dizer ao menos uma palavra.

Pude perceber Luna e Bruno se cutucando, até que um deles se manifestou.

– Fica tranquilo Lu, relaxa e curte a folguinha. – disse Luna sarcástica.

– Ele deve estar falando um monte de mentiras pra ela, eu não devia ter...

– Está bem, chega Lucas, você está me irritando – interrompeu Luna – Olha, se eu conheço bem o Pedro, ele não deve estar inventando tanta coisa assim, e eu acredito que ela não deva ficar chateada com você, não é Bruno?

– Claro, é a minha irmã cara, ninguém a conhece melhor que eu.

– Viu só? Tem uma festa aqui na praia mais tarde, o que acha de vocês aparecerem por volta das nove?

– Já é, que se dane o Pedro, pode contar comigo! – disse firme.

– Sem querer voltar ao assunto, mas... Se prepare, porque provavelmente o Pedro vem à festa, e como eles estão em algum lugar agora, pode ser que venham juntos mais tarde. E antes que eu me esqueça, é para todos estarem de branco ok?

– Não esquenta, eu estou legal. Vou curtir a festa e não vou dar ideia pra ele.

– Ah claro. – ela riu – Te conheço de outros carnavais Lucas.

– Você que pensa. – sorri – Eu vou indo me arrumar, já está escurecendo mesmo.

Larguei o Bruno e fui correndo pra casa tomar um banho. Vesti-me conforme ela gostava, coloquei uma bermuda e uma blusa “gola v” de manga comprida, com um vans e seu perfume favorito, Calvin Klein.



Já marcavam quase nove horas no relógio, e ela não havia dado sinal de vida. Como meu orgulho era maior, resolvi não ligar e ir direto pra festa.


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