Floresta dos Gritos escrita por Therror


Capítulo 2
02


Notas iniciais do capítulo

Olá! Fico feliz pelos comentários que já ganhei e por ter pessoas acompanhando a fic. Obrigado a todos vocês! :-D

Bom, esse capítulo iria demorar mais um pouco pra sair, mas eu achei melhor apresentar os protagonistas logo, então: Espero que gostem do enredo. :-D



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O sol estava bem fraco, ainda era cedo, cerca de seis horas da manhã. Por uma estrada asfaltada passava uma caminhonete prateada. Nela estavam alguns amigos.

– Alex, tem certeza que estamos no caminho certo? – Christine perguntou preocupada do banco de trás, onde sentava entre dois homens, para o irmão que dirigia o veículo. – Não estou lembrada de ter esta estrada no mapa que olhamos ontem.

Ela era loira, tinha pele branca e seus olhos eram esverdeados. Sempre muito preocupada, Christine era justamente o oposto ao irmão Alexander, que era preguiçoso e folgado. Além do mais, Alex era mais velho por dois anos e meio e seus cabelos eram espetados em forma de franja.

– E não está mesmo. – Respondeu o outro sem olhar pra trás. Estava com as costas encostadas no banco do motorista, com um braço na janela e outro no volante. – O mapa que olhou ontem era da estrada asfaltada.

– E não estamos na estrada asfaltada?

– Bom... Devíamos estar, mais o transito foi impedido lá por algum acidente e eu resolvi cortar pelo atalho na floresta Wenkoc. Por enquanto é asfalto, mas daqui a dois minutos o chão será só inteiramente de terra e estaremos passando no meio da floresta.

– Que ótimo... Meu irmão e seus “atalhos”.

Christine se aconchegou um pouco, abraçando-se ao seu namorado Thomas, que estava ao seu lado, atento ao lado de fora do carro. Ele era branco, tinha cabelos e olhos pretos, e uma pequena barba mal raspada no rosto. Possuía o mesmo porte físico de Alex, mas era calado e sério.

– O que é que você tanto olha lá fora, Tom?

– Matos, capins, placas e algumas vacas em pastos. – Disse sorridente, virando-se para a moça. – Não sei por que, mas acho esse lugar tão estranho... Parece isolado do resto da população.

– Já passou por aqui antes, Thomas?

Quem perguntou foi Evelyn. Ela era pálida, tinha o cabelo castanho liso e olhos azuis. Seu corpo era cheio de curvas, e ela sabia expor todas com suas blusas curtas e justas. Estava sentada no banco da frente, no passageiro, pois era namorada de Alex.

– Algumas vezes... – Ele respondeu. – Mas já faz muito tempo... Eu ainda era pequeno quando passei aqui pela última vez. E lembro até hoje...

– De quê? – Christine falou manhosamente curiosa.

– Eu, meu pai e minha mãe estávamos de mudança, passando por essa estrada em direção oposta, quando vimos várias viaturas de policiais cercando um homem esquisito no acostamento da estrada. Lembro que ele tinha um facão nas mãos, e da lâmina escorria sangue.

– Nossa!

– Essa é a típica lenda do lenhador. – Indagou Franklin, retirando e assoprando a fumaça do cigarro em sua boca.

O careca de pele branca e com olhos extremamente claros, quase que cinzas, estavam todo despojado do outro lado de Christine. Ele cobria a cabeça com um boné, que sempre o acompanhava, e estava de óculos escuros.

– O que disse? “lenda do lenhador”? – Repetiu Evelyn gargalhando.

– É, existe. Boatos afirmam que, recusando ser preso, um lenhador de rosto deformado, que assassinava turistas que passavam pela mata de Wenkoc, matou a machadadas mais de dez policiais que tentaram prendê-lo a força. Num descuido, um último tiro, disparado por uma arma que havia batido contra o chão, acertou uma bala em seu olho esquerdo, explodindo-o. Atravessou pelo seu cérebro e matou-o.

– Nossa, Franklin... Pare com isso! – Christine estava assustada só de ouvir.

– E querem saber o mais macabro? Seu corpo nunca foi encontrado. E pra piorar, constantes desaparecimentos acontecem na região da floresta, que iremos passar em poucos minutos.

Terminando de assustar Christine, que era um de seus passatempos preferidos, Franklin jogou o resto do cigarro pela janela do seu lado e voltou a se aconchegar no banco.

– A gente tem mesmo que passar por aqui? – Christine demostrou preocupação.

– Relaxa maninha... – Alexander foi folgado como sempre. – Isso é só um bando de lendas. Além do mais, já tem alguns anos que eu não ouço falar de nenhum desaparecimento nessa região.

Mais alguns metros e eles chegaram num pequeno trevo, onde a estrada se dividia em dois lados: O primeiro era um pequeno desvio, onde se voltava pelo caminho. O outro era onde a estrada de terra começava e a mata também, nas laterais da estrada. Uma placa pobre entre arbustos anunciava: “Floresta Wenkoc. 7 km para Guirnne”.

– Teremos que passar 7 quilômetros numa floresta macabra? – A loira falou tensa.

– Fique tranquila, apenas metade dessas distancia é de estrada de terra. O resto já é asfaltado.

Alex deu seta para parar a esquerda, indo até frente a um pequeno posto de gasolina de aparência antiga. Parecia velho e abandonado, mas um homem estava ao lado de fora, sentado numa cadeira-de-balanço.

– O que vamos fazer ali? Achei que tínhamos gasolina suficiente. – Franklin retirou os óculos.

– E temos... Quero ter certeza de que estamos no caminho certo. – O loiro respondeu, se aproximando com o carro do homem sobre a cadeira. – Com licença, senhor?

Olhando seriamente ao veículo, o homem de cabelos pretos franzidos, pele morena e uma barba no rosto, que demostrava ser bem velho, arqueou os olhos em dúvida, continuando a balançar a cadeira.

– O que é? – Sua voz era grossa e roca.

– Queríamos ter certeza de que estamos indo para Guirnne. Tem tempo que eu não passo aqui, mas é seguindo a placa mesmo?

– Sim...

– É... Senhor? – Christine entrou na conversa. – Você pode nos dizer se muita gente passa por esse caminho?

– São os primeiros em anos.

– Como é? – Evelyn se chocou.

– Ah... Tá bom então, obrigado pela ajuda. E boa sorte aí, valeu cara.

Alex se despediu e arrancou com o veículo. Logo já estavam deixando rastros de poeira no caminho de início da floresta Wenkoc. Cessando o balançar na cadeira, o homem fixou o olhar maliciosamente no carro, que sumia aos poucos.

– Quem vai precisar de sorte são vocês...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que vocês tenham curtido. O próximo vem em breve, então abraço a todos e até lá! ;-D



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