Wicked Game escrita por Oceans


Capítulo 5
Último ensaio


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão?
Nem precisam me dizer que eu demorei muuuuuuuuuito para postar esse bendito capítulo, e peço mil perdões por isso. Eu tive alguns problemas, e estava desmotivada. Não recebi muito comentários nos capítulos anteriores, então fiquei meio insegura. Eu não sabia se vocês estavam gostando ou não, mas fui incentivada muito recentemente. Estou postando esse pequeno capítulo juntamente com um pedido de desculpas, foi mal mesmo.
Espero que gostem.



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Rosalya De Bianc

Peguei a guitarra, soltando um leve suspiro. Lysandre fez os últimos ajustes em seu microfone novo, sua expressão quase suave me fez sorrir. Castiel cantarolava baixinho seu solo de guitarra na nova musica que Lys tinha escrito, concentrado em afinar sua guitarra. Nathaniel arrumava sua bateria no meio da sala, sorrindo de leve. Ambre estava sentada no sofá, lixando as unhas como se adiantasse alguma coisa. Leigh estava no porão, trabalhando em alguns novos esboços que seriam parte de sua nova coleção.

O êxtase pré show ainda não havia me abandonado, meu coração ainda ficava acelerado em alguns minutos, e um grande sorriso sempre voltava ao meu rosto.

A Sra. Moore tinha sido bastante atenciosa conosco, e ouviu a musica que tínhamos selecionado com um grande sorriso no rosto. Na hora de seu veredito, eu estava tão nervosa que não conseguia parar de apertar a mão do Lysandre. Quase não acreditei quando ela disse que tínhamos conseguido o show, fiquei tão feliz que pulei no pescoço do Lys-Fofo, do Castiel, da Sra. Morre e da pobrezinha da Violette, que corou muito. Descobrimos um pouco depois disso que a carta que Castiel recolhera ela destinada à garota, ela ficou muito feliz quando a entregamos.

Há seis dias atrás chegamos em casa com a noticia feliz, Nathaniel e Leigh ficaram muito felizes com a noticia. Ambre ficou indiferente, como se ligássemos para a opinião dela.

–Rosa, para de sonhar acordada e vem tocar – disse Castiel, fitando-me com uma cara de paisagem.

Pisquei, percebendo que tinha congelado em meio a sala. Nathaniel, Lysandre e Castiel já estavam prontos para o ultimo ensaio.

– Sinto muito, meninos – falei, ajeitando minha guitarra – Eu estava distraída.

– Percebe-se – ironizou Castiel, revirando os olhos – Anda logo.

Conectei o ultimo cabo no lugar certo e acenei com a cabeça, indicando que estava pronta. Lys pigarreou, chamando a atenção de Ambre, que estava pisando no fio do microfone.

– Tinha que ser – resmungou Castiel.

Nathaniel fechou a cara, mas não disse nada. Ambre tirou o pé de cima do fio sem dizer nada, ela ainda estava naquela de “silencio na frente do Castiel”.

– Podemos começar? – perguntou Nathaniel.

Lysandre assentiu, contive meu entusiasmo.

– Um, dois, três – contou Lys, pegando no microfone daquele modo que só ele fazia.

Castiel começou sua parte na guitarra, assim como eu. Aprendi a tocar pequenas partes de umas vinte musicas, só o suficiente para que Castiel não ficasse sobrecarregado em seu papel. Tocamos o resto da musica que Lysandre tinha composto para concluir nosso repertório para o show, eu estava super confiante quando baixei a guitarra.

– Fomos ótimos – disse Nathaniel, sorrindo.

– Se fomos – confirmei, sorrindo – Vamos arrasar nesse show! E quem sabe ganhamos alguns fãs.

Castiel ponderou, considerando a ideia.

– Isso pode ser bem interessante – ele disse, abrindo um grande sorriso malicioso.

Ambre pulou do sofá, encarando com uma cara feia.

– Eu vou ir nesse show também! – ela disse, batendo o pé no chão.

Lysandre tossiu, Nathaniel arregalou os olhos. Franzi as sobrancelhas, Castiel bufou, irritado.

– Claro que não, Ambre – disse Nathaniel – Não tem nada para você fazer lá.

Ambre bateu o pé no chão novamente, cruzando os braços.

– Tem sim, é uma festa e eu vou – ela disse, debochando do irmão – Ninguém vai me impedir se eu quiser ir.

Revirei os olhos, a loira estufou o peito.

– Tá, você vai – disse Nathaniel, a contra gosto – Mas se você causar algum escândalo, eu juro que te prendo em casa por um mês inteirinho.

Ambre revirou os olhos, debochando do irmão. Trinquei os dentes, se eu fosse o Nathaniel, aquela garotinha não tinha mais nem um dente na boca.

– Como se eu precisasse da sua permissão – ela disse.

Bufei, batendo o pé no chão.

– Não precisa, mas precisa da porcaria do passe que nós recebemos – falei – Esqueceu que é uma festa privada? Fomos convidados por sermos integrantes da banda que vai tocar, você só vai por que nós estamos deixando. Sendo assim, cala essa sua boca cheia de batom e vai lavar uns pratos, princesinha.

Os garotos ficaram me olhando, surpresos. Castiel ria, batendo palmas.

– Nossa, essa foi boa – ele disse, dando uma piscadela – Muito bem, Rosa.

Recompus minha expressão, Nathaniel ainda me encarava. Ele devia estar surpreso, eu nunca mais tinha explodido com Ambre, estava sentindo falta.

– Nossa, que grosseria – disse Ambre, olhando-me com certo medo – Tudo bem, eu vou assim mesmo.

Revirei os olhos, ela foi para seu quarto antes que eu a esfolasse viva. Bufei, irritada.

– Como eu detesto essa garota, desculpa aí, Nath – falei – Ela age como se fosse a rainha do universo, eu detesto isso.

– Entra na fila – disse Castiel, guardando sua guitarra com cuidado dentro da bolsa de proteção.

Nathaniel franziu o cenho, mas não disse nada. Ele mesmo devia se irritar com a irmã, mas era gentil demais para fazer alguma coisa.

– Terminamos o ensaio? – perguntei, impaciente.

Lysandre assentiu, estava tão calado que eu quase não percebi sua presença.

– Eu vou lá com o Leigh – falei.

Coloquei minha guitarra no suporte, meus cabelos movimentaram-se como rajadas brancas. Fui em direção ao porão, acalmando-me aos poucos. Desci as escadas rapidamente, passando pelo cachorro do Castiel com um rápido pulo. Dragon nunca tinha me mordido, mas eu ainda tinha medo daquele ser enorme. Abri a porta do porão, entrando e fechando-a novamente pelo lado de dentro.

– Leigh – chamei.

– Aqui – respondeu a voz do meu noivo.

Ele estava de costas para mim, pregando um alfinete em um vestido. Aproximei-me dele, dando um pequeno sorriso.

– Precisa de ajuda? –perguntei, pousando minhas mãos em seus ombros.

Leigh suspirou, segurando outro alfinete.

– Na verdade, sim – respondeu – O que acha que cairia bem aqui?

Analisei o vestido que meu noivo estava fazendo, admirando a beleza da peça em questão.

– Que tal uma renda? – perguntei – E talvez um decote maior.

Leigh ouviu o que eu disse sem dizer nada, ele pôs a mão no queixo.

– Renda – disse – Decote.

Assenti, tocando o vestido delicadamente.

– Que tal um decote traseiro, com detalhes em renda? – chutei.

Leigh ficou um pouco pensativo, sorri.

– Decote atrás, algo mais comportado na frente... – disse.

Observei-o fazer os ajustes que eu disse, sua expressão era muito focada. Mordi o lábio, dando um sorriso. Leigh parecia Lysandre em certos momentos, principalmente quando ficava sério assim.

– Pronto – ele disse, olhando para mim – O que acha.

Abri um grande sorriso, olhando-o nos olhos.

– Ficou perfeito- respondi.

Leigh sorriu, afastei-me um pouco. Meu noivo ergueu-se, vindo até mim lentamente. Respirei fundo, esperando pelo momento em que Leigh pegou-me em seus braços.

– Obrigado – ele disse – Você me ajuda muito.

Sorri, baixando um pouco meu rosto. Leigh roçou os lábios em minha testa, embalando-me em seus braços.

– Vocês já tem tudo pronto para o show? – perguntou.

Assenti, um pouco nervosa.

– O show é amanhã, já temos tudo pronto – falei – Mas estou nervosa, eu não nasci para tocar em uma banda, eu sou uma mulher de negócios.

Leigh riu, sua risada serena me acalmou.

– Ora, Rosa. Você é magnífica em tudo que faz, vai ser maravilhosa – ele disse.

Olhei-o, ele sorriu para mim.

– Acha que eu vou ser maravilhosa? – perguntei, indecisa.

Leigh abriu um grande sorriso, aproximando seu rosto do meu bem devagar.

– Você já é maravilhosa – ele disse.

Sua voz sexy causou-me arrepios, Leigh encostou sua boca em meu pescoço. Soltei um pequeno ofego, ele apertou-me contra seu corpo.

– Leigh – suspirei.

Ele beijou lentamente a área do meu pescoço, baixando seus lábios até meu ombro.

– Você esta tensa – ele disse, ainda beijando meu ombro – vou cuidar disso.

Dei um sorriso, fechando os olhos. A boca de Leigh deixou meu ombro, senti sua aproximação sutil. O calor de seus lábios fez-se presente sobre os meus, fazendo-me perder toda tensão que estava carregando. Nossos lábios colados movimentavam-se suavemente, trazendo-me calma. Soltei um suspiro involuntário, Leigh deu um pequeno sorriso em meio ao beijo. Minha mão tocou seu ombro, ele segurava em minha cintura com firmeza.

Duas batidas rápidas na porta nos fizeram terminar aquele beijo, pude ver Leigh franzir as sobrancelhas.

– Pode entrar – ele disse.

A porta foi aberta, exibindo um Lysandre um pouco cauteloso.

– Eu atrapalhei alguma coisa? – perguntou.

Ele olhou para mim, percebendo que Leigh e eu estávamos muito próximos. Meu noivo negou com a cabeça, lançando um olhar calmo em direção ao irmão.

– Nada que não posso ser retomado mais tarde, o que te traz aqui? – ele disse.

Lysandre ainda parecia cauteloso, mas preferiu não contrariar o irmão. Eu amava isso neles, o respeito mútuo entre eles sempre me deixava orgulhosa.

– Sua encomenda chegou – disse Lysandre – O entregador disse que você precisa assinar, só você.

Leigh assentiu, fazendo uma expressão levemente surpresa e aliviada ao mesmo tempo.

– Oh, minhas rendas italianas – comentou – Vou busca-las agora, obrigado pelo aviso.

Lysandre deu um pequeno sorriso, saindo da frente para que Leigh pudesse passar. Assim que meu noivo deixou o espaço, Lysandre e eu ficamos sozinhos. Ele parecia levemente incomodado com alguma coisa, mas é sempre difícil acertar o que passava por sua cabeça.

– O que houve, Lys? – perguntei.

Ele me olhou, incentivei-o com um olhar.

– Não houve nada demais, é só essa teimosia da Ambre que me incomoda – respondeu, soltando um espiro pesado – Espero que ela não nos traga problemas.

Assenti, concordando. Olhei em volta, deixando meu olhar pousar no vestido que Leigh acabara de fazer.

– Ele anda muito focado esses dias – comentou Lysandre, sua voz estava mais próxima de mim – Se piscarmos, ele acaba a coleção nova ainda esta semana.

Ri, ele sorriu minimante.

– Ele está se esforçando, está preocupado com as contas – falei – Leigh é realmente muito bom, eu não ficaria surpresa se ele fizesse muito mais sucesso aqui na América.

Lysandre assentiu de leve, soltei um suspiro.

– Vamos dar nosso melhor nesse show, Lys – falei – Temos que deixá-lo orgulhoso.

Meu cunhado sorriu para mim, retribui seu gesto com um repuxar de lábios.

– Nós vamos, eu prometo – ele disse.

Abri um sorriso, abraçando-o. Lysandre era o cunhado que eu pedi aos deuses, e já éramos muito amigos antes mesmo do meu namoro com Leigh começar.

– Vamos preparar o jantar, aposto que todos estão com fome – disse Lys, ainda abraçando-me delicadamente.

Assenti, separando-me dele. Olhei naqueles olhos heterocrômicos, um verde e um âmbar. Como se Lysandre já não fosse fascinante o bastante, ele ainda tinha aqueles cabelos platinados, assim como os meus, ainda que as pontas dos cabelos dele fossem tingidas de preto.

– Vamos lá, meu Lys-Fofo – falei.

Ele suspirou de leve, ri. Eu sabia que ele não era muito fã daquele apelido, mas nada pagava a cara que ele fazia sempre que eu falava aquilo.

Juntos, saímos do porão. Deixei a porta destrancada para que Leigh pudesse entrar depois, Lysandre aguardou-me no inicio das escadas. Subimos com calma, eu ainda sentia aquela calma inexplicável que Leigh me fazia sentir dentro do meu coração.

Coração que era todo dele, assim como meu amor.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, próximo capítulo apenas com comentários.
Beijo...