Wicked Game escrita por Oceans


Capítulo 3
Cozinha


Notas iniciais do capítulo

Oie, segundo capítulo oficialmente falando. Recebi um comentário, e eu sei que é pouco, mas me deixou muito feliz. Espero que gostem.



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Rosalya De Bianc

Dobrei os corredores da loja, completamente satisfeita com o que tinha feito.

Lysandre era uma pessoa incrível, mas era muito travado, e isso me deixava irritada de vez em quando. Eu adoraria vê-lo acompanhado, não só por uma noite, como acontecia aos fins de semana. Eu queria que ele tivesse uma namorada, não só por ele, mas por mim.

Morar com os Lavoisier era ótimo, e eu amo morar com meu noivo. Mas chega á ser chato ser a única mulher na casa, e a Ambre não conta como mulher.

Meu cunhado precisava de ajuda, e eu estava disposta á ajuda-lo.

– Já tem o que precisa? – perguntou Lysandre, chamando minha atenção imediatamente.

– Sim, por enquanto – respondi.

Ele suspirou, sorri.

– Vamos logo para casa, o Leight deve estar esperando por nós – ele disse.

Assenti, pegando nossas compras dirigindo-me ao caixa. Demoramos um pouco na fila, saímos com tudo o que compramos meia hora depois. O sofá seria entregue no outro dia, junto com os aparelhos de som e com o meu espelho. Lysandre e eu caminhávamos pelas ruas da cidade, eu estava encantada com Nova York, não podíamos ter escolhido cidade melhor.

– Essa cidade é incrível – comentei, erguendo os braços cheios de sacolas.

– Realmente – disse Lysandre.

Percebi que ele estava distante, como sempre ficava. Era difícil ver meu cunhado focado em alguma coisa, ele sempre se distraia e perdia alguma coisa. Isso dificultava um pouco a relação dele com as pessoas, até mesmo Leight se irritava com isso.

Logo reconheci a fachada de nosso apartamento, um imóvel de cinco andares alugáveis, todos com sua própria escada de incêndio do lado de fora. As casas em volta eram bem parecidas, casas típicas de um bairro populoso e popular. Uma moto estava estacionada na vaga correspondente á Leight, na frente da casa.

– Chegamos – falei.

Lysandre assentiu, ainda distante. Olhava para cima, observando o céu estrelado da cidade. Suspirei, tirando as chaves do bolso do casaco. Abri o portão de metal e entrei, sendo logo seguido pelo meu cunhado avoado. Subimos as escadas até nosso apartamento, era o terceiro do andar, e parecia ser o melhor. Abri a porta e a visão da nossa sala foi a primeira coisa que eu vi.

A decoração foi obra minha, é claro. Me orgulho muito de ter usados os instrumentos dos meninos como decoração, só não consegui tocar na guitarra do Castiel, deveras, ele a escondeu assim que eu toquei no assunto. O sofá velho e mofado que os antigos moradores haviam deixado quase me encarava, provocando-me. Trinquei os dentes, resistindo ao impulso de tacar fogo ao móvel irritante.

– Rosa? – chamou a voz do meu noivo.

– Leight! – exclamei.

Fui diretamente para onde imaginei que ele estaria, a cozinha. Meu noivo veio em minha direção, exibindo aquele sorriso que me encantava. Seus olhos pretos brilhavam, combinando com a cor de seus cabelos. Ele era tão lindo, eu ainda sentia borboletas no estomago sempre que o via.

– Oi amor – falei.

Atirei-me em seus braços, ignorando as sacolas que carregava. Leight me abraçou, aterrando-me em seu peito acolhedor. Como eu amo seu cheiro, como eu amo suas roupas.

– Que bom que chegou, meu amor – ele disse, sorrindo e acariciando meu queixo.

Sorri de volta, apreciando seu lindo rosto por um segundo, antes de me dar conta de onde encontrara meu noivo.

– Saia já da minha cozinha! – mandei, empurrando para fora – Anda, é uma ordem!

Ele riu, mas fez o que eu disse. Detestava quando eles mexiam na cozinha, deixando tudo bagunçado e desarrumado. Trinquei os dentes, ninguém toca nas minhas panelas.

– O que estava fazendo lá? – perguntei.

Coloquei as mãos na cintura, Leight sorriu.

– Calma, Rosa. Só fiquei com sede – respondeu.

Respirei fundo, aliviada. Leight riu, para depois reparar nas sacolas que eu trazia.

– Como foram as compras? – perguntou.

Senti que meus olhos brilharam, o entusiasmo de ter ido ás compras tomou conta de mim.

– Foram ótimas, eu adorei essa loja. Lá tem cada coisa linda, e nós nem vimos tudo. Eu fiquei tão indecisa na hora de escolher, sorte que eu tinha o Lys lá para me ajudar. Você devia ter visto, eu até comprei um sofá novo, aquela porcaria lá da sala está com os dias contados, ele me paga por feder tanto – disparei, falando tudo de uma só vez.

Leight ouviu tudo o que eu disse com atenção, sorrindo de leve. Lysandre depositou as sacolas que carregava na bancada da cozinha, coloquei as minhas no mesmo lugar.

– E então, quando fomos escolher as panelas, eu gritei bem alto que o Lys-fofo é um ótimo partido. Foi bem engraçado, as velhas do corredor ficaram todas assanhadinhas para o lado do Lys e ele ficou com vergonha – contei.

– Lysandre com vergonha? – disse uma voz, vinda do quarto – Isso eu quero ver.

O ruivo apareceu, sem camisa, como sempre. Seus olhos cinzas brilhavam de forma maliciosa, combinando com o sorriso sarcástico que ele sempre estava exibindo. Lysandre suspirou, dirigindo-se á geladeira.

– Não foi nada de absurdo, Castiel – disse meu cunhado, focando seus olhos bicolores no interior da geladeira – A Rosa exagera.

Revirei os olhos, encarando o ruivo.

– Você devia ter visto, ele ficou vermelho como o seu cabelo. E ainda teve uma garota, linda, por sinal – falei, colocando as mãos em volta da boca – Eles flertaram! Eu vi!

Castiel e Leight olharam para Lysandre, que tentava esconder o rosto com a porta da geladeira. O ruivo riu, sacudindo os cabelos vermelhos. Meu noivo pareceu levemente surpreso, mas logo deu um sorriso terno.

– Isso é bom – disse, vindo até mim á passos lentos.

Lysandre fechou a porta da geladeira, serio como sempre fica. Castiel pegou uma maçã na fruteira e deu-lhe uma mordida, cruzando os braços e me olhando.

– Era muito bonita? – perguntou, sorrindo de forma maliciosa.

Assenti, Lysandre suspirou.

– Do tipo que, se você visse, entraria em coma – respondi, piscando para o ruivo.

Castiel soltou a respiração pela boca, fazendo uma careta.

– Eu sabia que devia ter ido com vocês – falou, bufando.

Ri, Lysandre franziu o cenho, mas não disse nada.

– Calma, vão haver outras oportunidades para você copular, Castiel – disse Leight, rindo baixinho.

Lysandre riu pelo nariz, encostando-se na bancada da pia e cruzando os braços. Castiel revirou os olhos, bufando. Eu não saberia dizer se ele estava realmente com raiva, aquele garoto mudava mais de humor do que mulher em dia de TPM.

– Sim, vão haver – disse Castiel – Assim que começarmos á fazer shows.

O ruivo parecia impaciente, olhava para a cara de Lysandre com expressão séria. Suspirei, aquela discussão já tinha ocorrido antes, e eu sabia bem a resposta do platinado.

– Ainda não estamos prontos para um show – disse, como eu imaginava.

Castiel bufou, botando a maçã meia comida em cima do balcão da pia.

– Podemos tocar com o que temos, a banda está quase completa – disse o ruivo, franzindo as sobrancelhas de irritação.

Lysandre negou com a cabeça, inexpressivo.

– Precisamos de um segundo guitarrista, você sabe bem disso – ele disse, olhando para o nada.

Castiel bateu a mão na parede, chamando a atenção de Lysandre.

– Eu dou conta de tocar suas músicas, sempre dei – disse o ruivo, irritado – Qualquer coisa, ensinamos á Rosa alguns acordes.

Ambos olharam para mim, fiquei sem reação. Eu não sabia tocar guitarra, mas podia aprender, pelos meninos.

– Não faria mal algum – respondeu Leight, envolvendo minha cintura com o braço esquerdo – Você faria isso?

Olhei para os três, o colorido dos pares de olhos que me encaravam quase me fizeram derreter como sorvete no verão. O lado verde dos olhos do meu cunhado cintilou, assim como o lado âmbar. Suspirei, vencida.

– Eu topo – respondi – Se vocês me deixarem arruma-los para o show.

Castiel sorriu, o que era bem raro. Sorrisos sarcásticos eram bem comuns ao ruivo, mas aquele sorriso era realmente puro, alegre. Do nada, lembrei do porquê éramos amigos. Por baixo daquela camada ranzinza, Castiel era um ótimo sujeito.

– Mais algum problema que podemos solucionar em questão de segundos, senhor branquinho? – perguntou Castiel, com o sarcasmo voltando á voz e ao sorriso.

Lysandre suspirou, mas não disse nada. O ruivo abriu os braços, contente.

– Então pronto – disse – Vamos fazer um show.

– Onde? Quando? – perguntou Lysandre, encarando o amigo com seriedade – Quem nos chamou? Quanto vão nos pagar? Qual a ocasião?

A cada nova pergunta, o sorriso do ruivo crescia. As incertezas do meu cunhado pareciam divertir Castiel, e eu fiquei confusa. Não fazia ideia do que se passava pela mente do ruivo, sinceramente, nem queria saber.

– Já acabou? – perguntou Castiel, erguendo uma sobrancelha para Lysandre.

Meu cunhado parou de falar, dando espaço á Castiel. O ruivo passou a mão nos cabelos despenteados, sorrindo.

– Tem um hotel, no centro. O antigo dono morreu, o hotel foi repassado para o primo dele – disse, sem sarcasmo – Passou por uma reforma, a inauguração vai ser na semana que vem.

Ele parou de falar, erguendo o rosto para encarar todos nós. Lysandre continuava inexpressivo, Leight parecia interessado. Já eu, arregalei os olhos para o ruivo, curiosa.

– Ouvi dizer que o novo dono quer dar uma festa no bar do hotel, parece que é aniversario dos filhos gêmeos dele – continuou Castiel – O velho é fã da boa música, e abriu inscrições para algumas bandas desconhecidas.

Lysandre pareceu interessado, Castiel sorriu.

– E se fossemos lá amanhã? – falei, entusiasmada – Levamos nossa música, eles não vão recusar. Ninguém no mundo canta como o Lys, e nossas composições também são as melhores.

Os três homens presentes olharam para mim, olhei para o meu noivo.

– Nossas? – perguntou Leight.

Pisquei, jogando meus cabelos longos para trás dos ombros.

– Eu já estou na banda, não? – perguntei – Também tenho voz, e direitos.

Castiel revirou os olhos, mas riu. Lysandre suspirou, deixando um pequeno sorriso escapar por seus lábios. Leight deu um carinhoso beijo em minha testa, levando arrepios ao meu corpo todo.

– Você me orgulha muito – disse Leight, deixando um pequeno beijo em minha orelha.

Suspirei, derretendo como manteiga ao toque do meu noivo. Castiel pigarreou, parecendo irritado.

– Deixem a melação para o quarto – falou – Estamos tratando assuntos sérios aqui.

Mostrei-lhe minha língua, Leight suspirou, sacudindo a cabeça.

– A questão é: temos o que precisamos – falei, mantendo o foco – O estamos esperando para resolvermos essa questão?

Olhei para os três, que ficaram em silencio. Sorri de canto, animando-me por dentro.

– Sendo assim, amanhã estaremos lá – falei – Resolvido.

Neste momento, um barulho de chaves na porta quebrou o curto período de silencio naquela cozinha. Espiei por cima do ombro, tendo tempo de ver o loiro entrando.

Nathaniel era um pouco mais alto que eu, e ainda assim, o homem mais baixo da casa, mas ele era quase da altura de Leight. Seus cabelos loiros e sempre bem penteados estavam um pouco mais longos agora, comparados com a época do colégio, onde ele batia em sua nuca. Os olhos amendoados sempre me pareceram meio amarelados, tanto que eu até o apelidara de “olhos de gato”. O apelido era inocente, até Castiel descobrir.

– Oi pessoal – disse o loiro, sorrindo de forma gentil.

– Oi Nath – respondi, sorrindo de volta.

Castiel dirigiu-lhe um aceno com a cabeça, o que já era um progresso, eles nem se falavam antes da viajem. Leight e Lysandre acenaram para o loiro, ambos com pequenos sorrisos. Os irmãos não eram muito parecidos, apenas em alguns momentos, e nas roupas.

– Por que estão todos reunidos na cozinha? – perguntou Nathaniel, tirando o casaco cinza claro que vestia.

Aprumei-me, sorrindo inconscientemente. Lysandre suspirou, Castiel quase sorriu, ele devia estar bem feliz.

– Vamos fazer um show – respondi.

Nathaniel piscou, processando a informação por um segundo. Quando o fez, sorriu como um menino ao ver o carrinho de sorvetes.

– Isso é ótimo – disse, ainda sorrindo – Quando?

Olhei para Castiel, exigindo informações. O ruivo bufou, e nem olhou para Nathaniel ao responder.

– Em um hotel recém inaugurado, no centro da cidade – respondeu – Vai ser o aniversario dos filhos do novo dono do hotel, e o velho quer festa.

Nathaniel assentiu, voltando á sorrir. Sorri sem querer, sorrisos eram um dos meus pontos fracos, e o de Nathaniel era contagiante.

– Para matar de vez esse clima bom, alguém aí viu a Ambre? – perguntou Nathaniel, deixando o sorriso morrer aos poucos.

Neguei com a cabeça, assim como Lysandre. Castiel revirou os olhos, mas não disse nada, eu constatei que ele também não sabia.

– Ela não saiu do quarto o dia inteiro – respondeu Leight – Tive que levar comida para ela na hora do almoço.

Nathaniel suspirou, franzindo a testa como sempre fazia ao ficar com certa raiva.

– Você sabe por quê? – perguntou o loiro, impaciente.

Leight negou com a cabeça, mas dirigiu um rápido olhar ao ruivo presente.

– Deve ser porque o Castiel deu um fora nela ontem – conclui.

Castiel revirou os olhos, Nathaniel fez uma careta, mas não disse nada. Eu sabia muito bem que ele detestava a paixonite de sua irmã por Castiel, ele devia estar feliz com o fora que Ambre levou, mas, como irmão mais velho, também devia estar sofrendo por sua irmã.

– Eu vou falar com ela – disse, ainda com aquela careta.

E com isso, observei meu amigo desaparecer no corredor, e logo depois o barulho da porta do quarto de Ambre sendo batida chegou á cozinha.

– Eles tem muito o que conversar – disse Leight.

– Tudo por culpa do Castiel – brinquei, prendendo um sorriso.

Castiel bufou, revirando os olhos.

– Claro, o culpado é sempre o mordomo, o lobo, ou o ruivo – disse.

Rimos, Castiel deu um sorriso.

– Eu aprovo sua escolha, caro amigo – disse Lysandre, dando uma rápida olhadinha na direção de Castiel – Ambre não é algo muito apropriado.

– Esse é seu modo delicado de chama-la de vadia? – perguntou o ruivo.

Ri, Leight prendeu o riso. Lysandre sacudiu a cabeça, dando um sorriso suave e quase imperceptível.

– Eu não colocaria nessas palavras, mas sim – respondeu o platinado.

Castiel riu pelo nariz, sacudindo os cabelos ruivos com a mão esquerda. A porta do quarto foi aberta e batida outra vez, Nathaniel apareceu logo em seguida, agora um pouco mais calmo.

– Ela está bem, só não quer ser vista em publico por um bom tempo – anunciou – Até lá, eu vou ficar cuidando dela.

– Boa sorte pra você – disse Castiel, arregalando um pouco os olhos e erguendo as sobrancelhas.

Nathaniel bateu a mão na testa, fechando os olhos e ficando um pouco mais vermelho do que o normal. Droga, estava tudo tão bem.

– A culpa é sua – acusou o loiro, ainda de olhos fechados – Você devia pedir desculpas.

Castiel fechou a cara, avançando um passo na direção de Nathaniel.

– Minha culpa? – perguntou, irritadiço – Ela fica se jogando pra cima de mim, e é minha culpa? Ela fica se rebaixando por uma carona na minha moto, e é minha culpa? Veja bem, sua irmã devia ter um pingo de amor próprio se quiser que alguém goste dela de verdade. Você devia ter deixado ela na França onde ela era tratada como uma princesa por todo mundo, porque aqui ela não vai ser, pelo menos, não por mim.

Ótimos argumentos, eu concordava com tudo aquilo, mas gostava demais de ser amiga do Nathaniel para comentar alguma coisa. O loiro tirou a mão da testa, seu rosto emanava raiva. Troquei um rápido olhar com Leight, meu noivo assentiu, compreendendo o meu recado silencioso.

– Vamos parar por aqui, isso já rendeu discussão demais – disse Leight, colocando a mão no ombro de Nathaniel – Não vamos brigar.

Aos poucos, as palavras de Leight foram surtindo efeito nos dois garotos raivosos. Castiel respirou fundo, recuando um passo e recostando-se na bancada outra vez. Nathaniel relaxou um pouco mais sua postura tensa, respirando fundo duas vezes. Ele era um anjo de pessoa, mas eu sabia que Nathaniel podia ficar bem raivoso, espacialmente em relação á irmã problemática.

– Vamos todos nos arrumar para jantar, aposto que a Rosa vai fazer algo memorável – disse Leight, ainda encarando os dois garotos.

Estreitei os olhos, sentindo o sangue ferver.

– Isso é machismo! – exclamei, nervosa – Vamos voltar um século e fingir que eu sou sua empregada?

Castiel deu um meio sorriso, divertindo-se com minha reação.

– Não é por mal, Rosa, mas acho que as empregadas deviam usar algo mais curto e mais colado do que essas suas roupas – disse, piscando.

Atirei-lhe a primeira coisa que vi na frente – uma colher de pau – e rosnei. Leight franziu as sobrancelhas, irritando-se.

– Castiel, mais respeito com a minha noiva – decretou, firmemente.

O ruivo ergueu as mãos em sinal de rendição, Lysandre abaixou-se para pegar a colher de pau que eu arremessara, e que fora parar á quase um metro de distancia do meu alvo irritante.

– As vezes eu esqueço do porque que eu gosto tanto de você, Castiel – falei, expirando com força.

O ruivo riu, piscando outra vez. Leight, já mais calmo, aproximou-se de mim á passos largos.

– Desculpe, querida. Você sabe que eu adoro sua comida - disse, afagando meu queixo com os dedos – Sabe que eu não posso esperar para comê-la.

– e com “comê-la”, você quer dizer: comer a comida da Rosa, ou comer a Rosa? – perguntou Castiel, fingindo duvida.

Meu rosto ficou vermelho de raiva, Leight franziu o cenho. Desvencilhei-me de meu noivo e fui até Castiel, armando-me com uma frigideira antioxidante.

– Agora chega, sai daqui! – rosnei.

Bati na cabeça do ruivo com a frigideira umas duas vezes antes que ele se afastasse, rindo, e fosse para seu quarto.

– Covarde! – gritei, sacudindo a frigideira.

– Menos, Rosa – disse Lysandre – você sabe que até eu ficaria com medo se você viesse para cima de mim com uma frigideira.

Estreitei os olhos para meu cunhado, que logo parou de falar.

– Sai! – mandei.

Nem esperei a saída do platinado para virar-me para Nathaniel, que arregalou os olhos e saiu, sem precisar da minha ordem. Relaxei, largando a frigideira em cima do fogão. Olhei para Leight, que assistia tudo com a mão no queixo e um meio sorriso.

– Mal posso esperar para ter filhos com você – ele disse, ainda sorrindo.

Minhas pernas bambearam, mas eu consegui sorrir. Leight deu um daqueles seus sorrisos sensuais, fazendo seus olhos brilharem. Engoli em seco, desviando o olhar para a pia. Senti sua aproximação, ao mesmo tempo que sentia todos os pelos de meu corpo se eriçarem. Logo seus braços estavam me envolvendo, e logo seus lábios entreabertos estavam em minha testa, deixando-me sentir o calor de seu halito.

– Eu amo você – soltei, sem pensar.

Leight sorriu, apertando nosso abraço.

– Eu também amo você, minha Rosa – respondeu, sua voz serena e calma invadiu meus ouvidos.

Suspirei, sentindo seus dedos erguerem meu rosto. Nossos lábios encontraram-se quase que de imediato, e nossas línguas se embolaram no momento certo. Meu coração batia mais forte, minhas pernas continuaram um pouco bambas, mas eu não me importei. Agarrei-me á Leight, segurando-me na postura clássica e ereta de meu noivo.

Onde eu mais amava ma agarrar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem.
Beijo



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