Frozen 1/2 - Let It Go escrita por Firebird


Capítulo 13
Eis Uma Perda


Notas iniciais do capítulo

Essa história está ficando cada vez mais popular, e eu fico contente. Agradeço a comentarista Sarah pela ajuda que me deu.
Sobre o capítulo, Elsa pensou que os trolls iam ajudar a remover os poderes dela. Marina conta a última parte oculta de sua história.
Espero que gostem!



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Tantos anos aguentando a dor de viver sozinha para proteger sua família, poderia finalmente ter fim para Elsa, que mantinha o sorriso no rosto, mas a dúvida de que os trolls não tiraram seus poderes quando machucou Anna ainda estava na cabeça da rainha.

Os trolls foram se distanciando, para dar passagem a um certo troll, que se aproximava. Ele aparentava ser o mais velho, e as vestimentas dele indicava ser um sábio. Marina saiu do "esconderijo", e ficou ao lado de Elsa.

–Olá, rainha Elsa!...- O troll sábio cumprimentou. -...E olá, Marina Pássaro!

Marina ficou surpresa.

–Você me conhece, pedra?

–Eu disse que não é uma "pedra"...- Elsa interferiu, rindo. -...Ele é um troll!

–Tudo bem, majestade... -Voltou ao troll. -...Mas você me conhece?

–Eu soube que vocês viriam.- Disse o troll sábio, sorrindo.

–Soube?- Perguntaram as duas, surpresas, apesar de que Elsa não estava tão surpresa quanto Marina.

–Sim...- Respondeu naturalmente, e rindo da surpresa que as duas moças de poderes tiveram. -...Eu soube que viviam, para que eu possa ajudá-las com seus poderes.

–Ótimo!...- Disse Elsa, se aproximando do troll. -...Pois eu gostaria que me ajudassem a remover meus poderes.

O troll estranhou.

–Perdão?- Perguntou.

–Eu concordo com você...- Marina interferiu. -...É uma LOUCURA!...- Virou para Elsa. -...Desculpe, majestade, mas estou dizendo a verdade. Seu poder é incrível, e eu adoraria ter o que você tem.

–Marina...- Elsa disse. -...Eu preciso remover essa MALDIÇÃO!

–Não vai ser possível, majestade.- Interferiu o troll.

–Como?- As duas perguntaram.

–Majestade...- Relatou o troll sábio. -...Eu lhe disse que seu poder só cresce, e que não poderia mudar. Seu poder é como você.

–Mas...- Elsa não conseguia entender.

–Majestade...- Disse Marina. -...Tenha orgulho de seu poder. Como eu disse, eu adoraria ter o que você tem.

–Marina, você não sabe como é viver com medo de si própria, como se fosse um MONSTRO! Você é a heroína de sua família!

–Majestade, você pode brincar a qualquer hora, sem ninguém te criticando.

–Marina, eu nunca brinquei sem ser criticada...- Elsa começou a levantar a voz. -...VOCÊ PÔDE VIVER LIVRE. ERA TUDO O QUE EU SEMPRE QUIS!

–Você, majestade, pôde viver com os seus pais e a sua queria irmã, sem fazer nenhuma trapalhada de deixar todo o lugar em chamas. ERA TUDO O QUE EU SEMPRE QUIS!- Marina também levantou a voz.

–MARINA!- Exigiu a atenção dela, para parar de gritar.

–VOCÊ NUNCA ERROU PARA PROTEGER OS OUTROS...- Ignorou a rainha. -...MAS ERROU QUANDO QUERIA VIVER FELIZ...- Seu cabelo pegou fogo, significando que estava com raiva da Elsa. Isso assustou a rainha -...NUNCA PRECISOU MANTER SUA LONGE DE VOCÊ, MAS EU SIM! VOSSA MAJESTADE NÃO SABE O QUANTO É SORTUDA!

Os trolls viam infelizes a reação da menina ave, e tentaram acalmá-la, mas foi em vão.

–NÃO DÁ PARA ENTENDER OS HUMANOS MESMO!- Marina finalizou os seus gritos, decidida a ir embora, pois esticou seu corpo, que brilhou como o Sol. Elsa impediu isso, e segurou-a.

–MARINA! PARE JÁ COM ISSO!

–VOCÊ NÃO É A MINHA MÃE, MAJESTADE!

As duas estavam perto de explodirem.

–MAJESTADE! MARINA!- Chamou o troll sábio.

–O QUE FOI?- Perguntaram juntas, já tão cheias que seus poderes foram liberados de seus corpos.

Não afetou ninguém, exceto uma a outra. Com tanta pressão nos poderes, a rainha e a menina ave caíram inconscientes no chão.

...

Elsa acordou com uma imensa dor de cabeça. Tinha pensado que tivesse uma enxaqueca ou bateu com a cabeça em algum lugar. Viu que estava no seu quarto do seu palácio de gelo.

"Talvez tenha sido um sonho.", pensou, lembrando da discussão enquanto esfregava a cabeça dolorida com as mãos.

Se sentou, e viu que tinha mais alguém no quarto. Eram os trolls, junto com o troll sábio.

–Majestade...- Chamou o troll sábio. -...A senhorita está bem?

–Sim, estou...- Respondeu. -...O que aconteceu?

–A senhorita e a Marina são mais complicadas do que eu tinha imaginado...- O troll sábio respondeu, e Elsa percebeu que não tinha sido um sonho. -...Parece que será melhor manter distância entre as duas, para que a situação seja resolvido com o passar do tempo. Mas...- Pausou, fazendo infelicidade no rosto.

–Sim?- Elsa queria saber do que o troll se tratava.

–Mas a Marina pensará que está sendo desleal. Eu peço que Vossa Majestade ajude a não pensar nisso.

Sem discutir, Elsa aceitou a proposta.

–Posso falar com ela, senhor troll?- Perguntou.

–Ela está descansando. Espere um tempo!

Assim, os trolls se retiraram do quarto para saírem do castelo. Elsa caminhou pelo palácio, e encontrou Marina, já acordada, sentada de costas em uma cama de um outro quarto, e chorando, e seu corpo estava coberto por uma chama, como fez em sua lembrança. O gelo realmente não derretia, como Marina disse.

–Sinto muito, papai!- Marina choramingou.

–Marina!- Elsa chamou.

Marina se virou, e encarou a Elsa com lágrimas. Podia disfarçar, mas não dava.

–Olá, majestade...- Se virou de volta para a parede que encarava. -...Me desculpe por gritar. Eu não queria...- Foi interrompida.

–Tudo bem! Está tudo bem...- Elsa aproximou de Marina, que se mantinha da mesma forma. -...A culpa foi minha. Você me ajudou a não ficar sozinha, e eu tinha me esquecido disso.

–Não, Elsa...- Deixou a rainha feliz por chamá-la pelo nome. -...Que-quero dizer, majestade. Eu não...

Elsa, usando a mão, atravessou a chama que cobria o corpo da menina ave, e tocou seu ombro direito. Logo Marina parou de chorar e sua chama havia apagado.

"A chama deve simbolizar a tristeza dela!", Elsa pensou, assim que viu acontecer.

Marina olhou para Elsa e sorriu de lado, sem mais lágrimas no rosto. Isso representa muito bem as personalidades delas. Enquanto uma é alegre e energizada, a outra é calma e serena, como o fogo e o gelo.

–Marina, você pode me chamar de "Elsa", se quiser...- Disse se sentando ao lado de Marina. -...Eu não me importo.

Marina demonstrou dor em seu rosto. Elsa imaginou que fosse algo que Marina estava acostumada a ouvir dos outros, assim como ouviu do Sr. Benny.

–Marina, não fique assim! Você é uma boa pessoa!

–Majestade...- Disse Marina, se contorcendo de dor. -...Você está sentada em cima da minha cauda!

–Cauda?

Logo Elsa se levanta e vê no que havia sentado, e se parecia uma cauda de pavão amarela com "olhos flamejantes".

–Achei que fosse parte de seu vestido.- Elsa se defendeu.

–Eu engano os humanos assim...- Disse acariciando a cauda, para diminuir a dor. -...Assim eles não pensam que sou estranha.

–Marina, você não é estranha.

–Não sou?...- Encarou Elsa com ironia. -...Não sou humana, nem sou pássaro. Tudo o que eu sempre faço acaba dando errado, assim como agora a pouco...- Entristeceu. -...Como eu vou querer ser como o meu avô se eu sempre faço isso?

–Marina, você está bem...- Elsa pensou. -...E acho que é melhor você ir.

–Mas...- Elsa interrompeu.

–Você precisa ir!- Exigiu.

Marina pensou.

–Então acho que já sei onde eu devo ir.

–Pode viver com sua família, pois eu creio que já deve sentir falta de você.- Elsa disse, entristecida por ver que tinha que desistir da amizade com a menina ave para protegê-la.

–Mas...- Foi novamente interrompida.

–Você precisa...

–EU NÃO TENHO FAMÍLIA!- Marina interrompeu Elsa, também entristecida.

Elsa a encarou confusa e assustada.

–Como assim?

Marina formou uma "tela de fogo", e nela tinha a imagem de um reino. O reino de Arendelle. Estava a plena família Pássaro ao lado de um barco. A imagem vermelha não atrapalhava a face de nenhum membro da família. Seu pai tinha olhos grandes, e todos os seus filhos também, e diferente da mãe, mas a mãe tinhas feições que as filhas também têm, até mesmo Marina. Depois, aproximando do barco, estavam os pais de Elsa e antigos reis de Arendelle.

–Quando seus pais nos chamaram...- Marina começou a relatar, enquanto mostrava as imagens. -...Fomos até seu reino. Eles contaram tudo sobre você e a sua irmã, e chamou minha família para assistir um tal casamento, enquanto conversavam sobre nós duas. Meus pais sabiam do que se tratava, mas meus irmãos não, embora que Gary sempre duvidava, pois ele desconfiava de eu não ser uma simples humana, assim como todos...- Mostrou a imagem dos pais de Elsa cumprimentando a família Pássaro. Logo os pais da Marina apresentaram seus filhos na ordem do mais velho para o mais novo, e assim que apresentava, os filhos embarcavam no barco.

"-E essa é a nossa filha mais nova, Marina Pássaro!", disse o pai dela, apontando para a menina ave, que aparentava ter 12 anos, na imagem.

–...Desde o incidente com as minhas irmãs...- Continuou Marina. -...Não tinha coragem de falar com as pessoas ou olhar para a cara delas, mas seus pais tinham sido a exceção...- Mostrou a Marina da imagem, assim que olhou para os pais de Elsa. Encarou surpresa.

"-Muito prazer, Marina!", a rainha cumprimentou.

"-Ela tem os olhos DELE!", o rei comentou.

Marina se mantinha calada, ainda surpresa.

"-Você é a pessoa que tanto esperamos para encontrar!", disse a rainha.

"-Nós precisamos de você!"

"-Mas...", a menina de 12 anos, da imagem, disse. "-...Eu só vou fazer besteira."

"-Não...", disse o rei, se agachando para ficar no tamanho da menina. "-...Você vai conseguir, pois você é a herdeira."

A menina virou o olhar para o lado.

"-Eu não queria ser a herdeira!"

"-Você consegue!...", o rei pareceu pensar. "-...Marina, você pode me prometer uma coisa?..."

A menina voltar a olhar para o rei.

"-...Você me promete que cuidará de Elsa e fazê-la feliz, quando nós não estivermos?"

A menina na imagem o encarou, enquanto o rei mantinha um sorriso. Enfim, a menina aceitou a proposta, sorrindo também.

"-Ótimo...", disse o rei, se levantando. "-...Quero que cuide dela enquanto isso!"

A menina aceitou, e assim viu o barco levantar âncora e partir para o seu destino.

"-Não se preocupe, pois eu cumprirei minha promessa!"

Marina desfez a imagem, e olhou para Elsa. Elsa imaginou depois o que aconteceu.

–Sua família morreu junto com os meus pais!- Olhou para Marina.

Marina assentiu.

–E depois disso, não tive coragem de ir até você e cumprir a promessa. Pensei que ia fazer uma besteira, como derrubar algo e queimar ele...- Marina mantinha triste. -...Mas depois que recebi a notícia que você seria a rainha de Arendelle, pensei que poderia ser uma boa ideia te ajudar e cumprir minha promessa, mas parece que errei!

Elsa pensou.

–Então, onde você pensou em ir, quando disse que sabia para onde você deve ir, Marina?

–Meu pai me contou outra história, que disse que um pingo do Sol caiu nos olhos de uma fenix, que era a mais leal entre todas, e essa ficou cega e acabou caindo para dentro de um vulcão, que é o mais poderoso que existe. Assim que mergulhou na lava, nasceu de lá O Pássaro de Fogo!

Elsa se surpreendeu.

–Seu avô?

–Sim, e meu pai disse que qualquer coisa que não fosse o meu avô, mesmo se fosse o herdeiro, poderia morrer queimado nas lavas daquele vulcão. Como não fui leal e não cumprir minha promessa, eu já sei aonde eu devo ir!- Disse triste, mas decidida.

Elsa se assustou. -NÃO! Marina, você cumpriu sua promessa.

–Não, eu não cumpri!

–Sabe qual é essa vulcão, pensando bem?- Elsa teve a esperança em que a menina não soubesse.

–O vulcão de Arendelle! Quando quase caímos lá, sentir meu corpo enfraquecer, em vez de acontecer o contrário.

–Marina, não precisa fazer isso!

–Sim, eu preciso. Não estaria representando a família Pássaro se fizesse o contrário...- Disse se levantando e esticando seu corpo para se transformar em ave. -...Adeus, majestade!

Se transformando em ave, Marina saiu pela varanda do quanto, deixando Elsa triste e sozinha. Surgiu assim uma tempestade em seu palácio. Elsa percebeu que realmente gostava da menina, apesar de ela ser complicada. Elsa chorou, por ver que perderia a amiga que acompanhou ela em seu momento de liberdade, nunca deixando-a sozinha.

Depois Elsa ouve os gritos de seu querido guarda de gelo Marshmallow. Elsa vai até a porta de entrada do castelo e encontra o príncipe Hans das Ilhas do Sul e os guardas do Duque de Wesenton lutando contra o guarda de gelo.

–Ali! A rainha!- Um dos guardas do Duque de Wesenton apontou para Elsa.

Elsa voltou correndo para dentro o castelo para fugir dos guardas, e subiu a escada, sendo seguida pelos homens. Elsa pegou a pena brilhante, na esperança de chamar a Marina e fazê-la mudar de ideia.

–Marina, por favor apareça! Não faz isso!

Não recebeu respostas.

Assim, escutou algo, como um vulcão em erupção. Elsa viu pela janela da escada o vulcão de Arendelle em lavas.

"Oh! Não!", pensou, já em lágrimas novamente.


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Notas finais do capítulo

Elsa está perdida e sozinha novamente. Marina revelou o último fragmento de sua história, mas não tem como dizer como sua história ficará depois disso.
Espero que tenham gostado, e comentem para eu saber que estão lendo e gostando.
Hasta la vista, babies!



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