A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 24
Capitulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oooie My Noiváticos... Eu escrevi esse capitulo com o coração na boca, as coisas nesse primeiro livro de A Noiva são imprevisíveis, até mesmo para mim. Espero que curtam o capitulo, e gostem ... Comentem... Favoritem.. Recomendem... E Chorem cmo eu chorei... Espero que Gostem de Coração... Livro Um Já se aproximando da reta final... Altas surpresas... espero que gostem...Ah antes q eu me esqueça... Uma pergunta: PRA VOCÊ QUE ACOMPANHA A NOIVA... O QUE FAZ ESSA FIC DIFERENTE DAS OUTRAS...E PORQUE? Não se esqueça de comentarem o capitulo... Beijooooos



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Capitulo Vinte e Quatro

(Quaisquer formas de revoltas geram guerras. Guerras levam a mortes. Mortes levam a destruição. E destruição a extinção).

– Nova Ordem Manual das Leis

Choveu depois que falei com Felipe. Eu logo voltei ao castelo, mas não queria subir para meu dormitório. A palavra “corromper” aparecia constantemente em minha memória. Os olhos preocupados e ao mesmo tempo decepcionados de Felipe, - me deixavam sem reação. Ele disse que o veria de volta, e eu esperava que sim. Até lá eu tomaria cuidado, mas não deixaria de refletir sobre o que ele me dissera. Eu não acreditava que as coisas haviam mudado para melhor, mas estava indo em um caminho bom. E isso ele não poderia negar.

Sentei-me em um banco ao lado das escadas e fiquei pensando desde o dia em que chegara ali. As coisas que eu pensava sobre Thomas, seu jeito petulante, sua forma de se portar melhor que os outros. E até mesmo o tapa na cara que lhe dei. Isso parecia tão distante, quase como se nunca tivesse acontecido. Quase como se nada fosse real, e eu gostasse realmente do que estava acontecendo, - e de provar a mim mesma que era capaz de estar entre as melhores noivas.

– A competição está cegando você – peguei-me comentando as palavras de Felipe e fiquei atônita comigo mesma. Eu não estava cega, mas minhas prioridades haviam mudado. Eu não era mais aquela menina ingênua, eu crescera e aprendera que qualquer erro aqui, - significava uma punição grave. E eu gostava de Thomas. E tinha planos para mudar o governo. Mas incluí-lo em destruição e talvez reagir contra seu pai, manipulado, - não era o que eu queria.

Tentei afugentar os pensamentos, mas sabia que eles me assombrariam em sonho. Os sonhos que eu escondera de todos. A Lucinda que contava sua história e sumia dizendo para que eu não falhasse. Que eu não confiasse em ninguém. Para que meu destino aqui fosse diferente do dela. Isso era um fardo que eu não dividiria com ninguém. Com Camila, muito menos com Lorena. Eu precisava resolver certos mistérios para provar a mim mesma que era capaz.

Percebi que deveria ser tarde e então subi as escadas. Eu não estava a fim de conversar com ninguém. Eu não queria questionamentos, muito menos conversar sobre a palestra doida de Victor. Mas não foi isso que aconteceu, - quando cheguei ao quarto que dividia com Camila, encontrei ela e Lorena me esperando. As duas estavam rindo, e quando cheguei pararam. Eu odiava isso. Mas não quis comentar, apenas calei-me.

– Onde estava? – disse Lorena – esqueceu que tínhamos que conversar sobre a palestra bizarra? – seu tom é animado e continuou, mas não quis comentar. Apenas assenti que sim mentindo descaradamente. Eu não lembrava nada.

– Bem – disse Camila – vamos começar logo?

Ambas nos entreolhamos e foi Lorena que começou tagarelar sobre o que ficara sabendo além das fronteiras da Ordem.

– Antes que eu viesse para cá – disse ela enfaticamente com seus gestos de mãos – eu fiquei sabendo que existe um grupo de resistentes que não acata a Ordem. Dizem que eles têm um nome do grupo, quase como o da Ordem. Algo que os diferenciam de rebeldes.

– Como ficou sabendo disso? – a pergunta escapa de mim e logo a ligo a Felipe. O rebelde que salvou minha vida. Será que ele já havia chegado a seu destino em segurança?

– A noticia vazou no jornal da minha cidade – disse ela – claro que logo governo local retirou os jornais de circulação. Mas o grupo se alto denomina de Champions...

– Champions? – disse Camila – que nome é esse pelo amor de Deus?

Ri do seu tom de voz. Camila às vezes me surpreendia com seu tom de voz. Quase parecido mesmo com sua risada.

– Eu não sei – disse Lorena – a nota do jornal não explicava por que. E isso me deixou curiosa. Quando Victor fez essa palestra, liguei logo o movimento rebelde a esse grupo.

– Então ele mentiu certo? – disse eu – você disse que a reportagem dizia que era um bom grupo de pessoas...

– Um bom grupo pode ser um número reduzido – disse Camila – ou sem descartar hipóteses, o grupo também pode ser grande.

Mais perguntas rondavam minha cabeça. Se o grupo era enorme, Victor os temia certo? Ele havia mentindo então. E talvez quisesse nos passar segurança dizendo que a Ordem os eliminaria fácil. Isso o levaria talvez a descobrir a traição de Felipe. E isso significava que Felipe é o inimigo. Não... Eu não estava envolvida ainda... Eu não o considerava assim...

– Tínhamos que pesquisar – disse eu – dar um jeito, ou até mesmo buscar informações fora daqui...

– Eu concordo com você – disse Camila – mas como fazemos isso com o castelo cheio de guardas?

Eu não tinha parado para pensar nisso. Os guardas estavam redobrados aqui. Às vezes era muito constrangedor, mas às vezes me passavam segurança. Na verdade eu não sabia de mais nada. Ou seja, o que eu estava fazendo aqui?

– Acho que podemos sim – disse Lorena – Heath vêm me ver amanhã. Vou pedir para que busque informações para nós.

– Não acha muito arriscado? – disse eu. Alias tínhamos que manter sigilo dos guardas e do romance de Lorena.

– Tenho um plano – disse ela – espero vocês no mesmo horário amanhã.

/-/

Eu não consegui dormir, pois em meus sonhos Lucinda sempre aparecia e me dizia para não desistir. Não me entregar à competição. E eu graças a Deus reprimia meus gritos, não queria acordar Camila muito menos levantar suspeitas. Isso é um segredo meu. Ninguém deveria saber.

Logo depois de um tempo a luz do sol apareceu e eu e Camila nos levantamos e nos arrumamos. Hoje eu estava com vontade apenas de ficar quieta novamente e fingir que nada aconteceu. Claro que isso não passou despercebido por ela, que fez muitas perguntas que absolutamente evitei responder. Logo o café da manhã também seria estressante. Saber sobre o grupo de rebeldes me deixava tensa, - mas ao mesmo tempo feliz. Com certeza Felipe estava bem.

Chegamos à porta do refeitório e na porta Thomas me esperava sorrindo. Camila o cumprimento, e logo ele me deu um beijo na bochecha. Afinal não podíamos despertar o interesse alheio das outras meninas.

– Estou com saudades – disse ele me abraçando – hoje quero presentear você com algo especial...

– Dá última vez que isso aconteceu – disse eu rindo – eu dei um tapa na sua cara...

– Acha que me esqueci? – disse ele sorrindo e mostrando suas covinhas lindas – a partir desse momento te quis como nunca quis qualquer uma daqui.

As palavras dele me causaram calor, e ao mesmo tempo um calafrio. Se os boatos que tinham por ai, de que eu obtinha vantagem por causa de Thomas, hoje com essas palavras eu acreditava mais. Mais um ponto que teríamos que acertar. Minha cabeça já começou a doer.

– Que tal um café da manhã na varanda principal? – disse ele sorrindo – não aceito não como resposta...

A varanda principal na verdade é um grande salão de jantar real dos oficias. Eu e Thomas nos sentamos exatamente à frente do jardim, bem em uma espécie de sacada. A mesa de café da manhã é farta, com bolos variados, pães e até mesmo frutas. Eu não estou com fome, então me abstenho apenas de tomar meu chocolate quente.

– O que está acontecendo? – disse Thomas – está estranha...

– Não é nada – digo e penso em comer uma fatia de bolo para desviar o rumo daquela conversa. E até mesmo distraí-lo. Mas Thomas não é esse tipo de homem, ele foi criado por um chefe de país. E percebe quando escondem algo dele.

– Não acha que já temos intimidade demais para confiarmos um no outro? – seus olhos analisam meu rosto. Eu respiro e procuro responder com sinceridade evitando ser hostil.

– Seu pai fez uma palestra ontem – digo olhando em seus olhos – e disse que há um grupo de rebeldes que eles vão aniquilar. Deu a entender que estamos em uma espécie de guerra fria. Nada foi declarado oficialmente...

– Eu sei disso – disse ele – estou ajudando meu pai nos ataques...

Algo em mim doeu, não sabia o motivo. Talvez por perceber que Thomas nunca abandonaria o pai, e conseqüentemente tudo de ruim acontecesse. Mantive-me impassível ao seu comentário e continuei.

– Isso não é errado? – disse eu – se o governo de seu pai é tão bom... Porque não dispensar esses guardas?

– Meu pai pensa no melhor para o país – disse Thomas – creio que você não entende. Você não tem parentes na Ordem. Seria mais fácil se tivesse um.

Eu não sei se ele estava querendo separar nossas classes sociais, ou deixar bem claro quem mandava aqui. Mas não queria brigas, levantei-me da mesa e caminhei sem discutir ou me despedir.

– Não está nervosa esta? – diz Thomas correndo atrás de mim e segurando um de meus ombros – a competição já está ganha, saiba que você é minha escolhida...

– Não Thomas está tudo errado – digo olhando em seus olhos – eu não posso ter mais vantagens que as outras. Isso aqui é uma competição, as meninas sofrem quando erram... Você... Você não entende...

– Porque você nunca me explica o que acontece – diz Thomas agora bravo.

– Talvez porque não queria te causar problemas – digo sussurrando.

– Ou porque não confia em mim o suficiente – diz ele se afastando de mim.

Tento lutar contra meus impulsos quando uma enxurrada de oficias entra e tenho que me desviar para deixá-los passar. Thomas também aparece apreensivo, e até mesmo eu fico assustada.

– Senhor Salazar Junior – diz um oficial alto e até mesmo gigante. Ele ajoelha-se e olha para Thomas. – temos noticias sobre seu pai...

– O que aconteceu Hyperion? – diz Thomas atônito, percebi que suas mãos tremiam – DIGA.

Hyperion luta com as palavras e eu preparo-me para o pior. Vou andando lentamente até Thomas quando as palavras saem.

– O senhor Victor foi capturado em batalha em senhor – disse o oficial – o grupo denominado Champions... Eram muitos senhor...

Batalhas? O nome do grupo atinge-me em cheio e de repente vejo o objetivo por detrás da palestra. Victor estava planejando ir lutar contra eles e até mesmo pessoalmente. Agora ele havia sido capturado, e talvez estivesse até morto.

– Não é possível – diz Thomas com lágrimas nos olhos – como ele pode ter sido capturado? Nossos sensores não captaram nada?

– Não sei dizer senhor – diz Hyperion – mas só o que sei é isto. O senhor sabe o que fazer?

Olho para Thomas, e vejo que o menino deu lugar a um homem. As lágrimas que ameaçavam escorrer, agora são substituídas por postura e até mesmo ódio, raiva e rancor. Ele olha para mim, e vejo que espera que eu o compreenda. Assinto, e espero por sua decisão.

– A Lei é clara – diz Thomas firme e secando as lágrimas – se meu pai não pode, mas exercer o governo... Eu serei o sucessor... E juro que irei encontrá-lo. Nem que pra isso, o país tenha que padecer.

As palavras são jogadas a mim como cacos de vidro.

Thomas no Lugar de Victor.

Thomas o novo chefe da Ordem. Chefe do País.

Thomas quer vingança.

Thomas não passará para o meu lado.

Nunca. Jamais. Ele agora é oficialmente da Ordem.

– O senhor tem certeza? – diz Hyperion – não quer conversar com os conselheiros de seu pai?

Thomas luta internamente e olha em meus olhos.

– Espero que entenda Liz – diz ele vindo ate mim – é por essa segurança que meu pai lutava. E é por isso que não posso abandoná-lo.

– Thomas... Desculpe-Me...

– Ei – diz ele colocando a mão em meu rosto sem se preocupar com os oficiais e guardas ali presente – você estará segura. Quando acharmos meu pai, daremos um jeito de a competição continuar...

– Senhor – diz Hyperion – a competição não pode parar...

– Mas Elisabeth e as Noivas...

– Thomas – digo o mais firme possível – a competição não pode parar. Creio que como líder devia saber disso...

Ele sorri e enxuga uma lágrima imperceptível que escorre de meu rosto.

– Voltarei para buscá-la – diz ele – e quando eu voltar quero que você seja a campeã.

Outra lágrima escorre. Então ele vai mesmo lutar. Felipe também está lá. É muita coisa. Não sei se consigo suportar...

– Você... N... Não pode ir...

– Voltarei para levá-la ao altar...

– Senhor – diz outro oficial – nós não temos tempo. Temos que planejar o ataque o mais rápido possível...

Antes que eu possa dizer um até logo, Thomas me beija. Um beijo desesperado, triste e fervoroso. Ele não ia desistir. E jamais deixaria o pai. Jamais cairia em meus planos de destruir o que o pai criou. Porque ele admirava o pai. Ele seria o novo líder. Ele agora é o novo líder. Retribui o beijo e coloquei tudo o que sentia. Enquanto meu coração se partia, Thomas agora olhava em meus olhos e sussurrava um “até logo minha senhorita”.

Pensamentos passavam em minha cabeça, e em como tudo mudava rapidamente. Era apenas para ser um dia comum, mas nada aqui é comum. Minha vida havia mudado. E a Ordem mudava o mundo, e nessa roda gigante toda, estava minha vida. Quando Thomas cruzou a porta sem olhar para trás, dela já não saia mais um filho metido, com medo de seus erros e procurando se divertir com as Noivas. Mas sim um novo governante, que lutaria e se Deus ajudasse voltaria vivo, para lutar por mim.


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Notas finais do capítulo

- Respondam a Pergunta... E Comentem... espero que gostem...



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