A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 23
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oooi meus noiváticos... Eu estou hiper feliz com os coments de vcs dizendo que vão acompanhar o Livro 2.... Bem eu amei escrever esse capitulo, passei três dias o planejando, não caindo em contradição na história ... e o melhor é que acho que escrevi bem... coisa dificil de acreditar... Só pra reforçar gente.. Eu nunca li a Seleçãoo ... Mas obrigado por dizerem que minha história inciante de triologia se equipara a uma escritora profissional... Obrigado mesmo.. fiz esse capitulo com muito carinho...Será que a competição que está ficando tão focada nas melhores... Seria capaz de corromper nossa Liz? Obrigado E comentem.. e divirtam-se...



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Capitulo Vinte e Três

(Despedidas às vezes são mais dolorosas que Saudades ou que o amor)

– PC Cast

Eu acordei e no lugar onde deveria estar Thomas, encontrei um bilhete escrito Eu Te Amo. Sorri com o carinho que trocamos ontem, e até mesmo meus medos, mas mesmo assim a morte de ontem me assombrava como uma sombra.

Camila não estava no quarto, e pensando bem ela não dormiu aqui está noite. Com certeza achou que fossemos fazer alguma coisa aqui, mas não fizemos nada. Pensei, nela e em como desde que chegou ela tinha sido meu alicerce. E por incrível que pareça, não sabia de quem gostara. Se talvez Thomas estivesse em suas possibilidades. Será que ele estava? Será que ela ocultara isso para não me magoar? Para não brigarmos? Não adiantava levantar essas questões. Quando chegasse a hora eu perguntaria a ela.

Tratei de levantar, e colocar uma camiseta do Mickey e uma calça jeans skiny. Amo all stars, então tratei de colocar os meus. Eles tinham sido presentes de minha Tia Helena. E agora pensando em Tia Helena lembrei-me dos planos que tínhamos antes de chegar aqui. De monopolizar Thomas, de ser diferente. De acabar com a Ordem.

Meus planos nesse sentindo não haviam mudado, mas não queria monopolizar Thomas. Não queria acabar algo entre nós. Não quando tudo estava indo tão bem. É claro que eu teria que descobrir as coisas sobre o passado da Ordem, e seus planos. Mas não usando ninguém. Quando chegasse o momento, Thomas saberia. E assim ele escolheria um lado. E essa seria a parte mais difícil.

Desci as escadas rapidamente, queria encontrar Felipe e contar sobre a morte de Leonora. Mesmo não estando bem com ele, teria que contar o que aconteceu. O meu medo é que ele já estivesse partido, - mas tratando-se dele, duvidava que fizesse isso.

O refeitório estava mais uma vez cheio, e por incrível que pareça numa euforia. Eu queria saber o porquê, mas pelo que sabia, era apenas mais um torpor depois de uma prova com sucesso. Em pensar que as considero mais como amigas, - do que como rivais.

– Fala senhorita realeza – disse Lorena rindo quando viu minha cara passar de um torpor envergonhado para uma gargalhada.

– Não aconteceu nada – disse eu – ele apenas ficou preocupado comigo, e quis saber como eu estava.

– Nós sabemos – disse Camila – fiquei curiosa e voltei para o quarto. E vi que ele estava dormindo, e você em seus braços. Foi fofo.

Fiquei envergonhada, mas o momento que passara com ele tinha sido bom. Sorri e por incrível que pareça me senti bem.

– Não posso negar – disse eu pegando um pedaço de pão e passando geléia – mas as coisas mudaram desde que cheguei. Acho que até posso estar gostando de tudo isso...

Camila engasgou com seu chocolate quente e Lorena tossiu com um pedaço de pão na boca. Ambas olharam-me com soslaio e preocupação. Fiquei atônita.

– Você disse o que? – disse Camila – está bem mesmo Liz?

– Não posso estar ouvindo isso – disse Lorena – ela realmente se corrompeu na Ordem...

– Claro que não – disse eu brava – é só que minhas prioridades mudaram. Não posso incluir Thomas em nosso plano. Ele precisará escolher um lado. Mas não gosto da Ordem tanto quanto vocês.

Ambas pareceram acreditar e assentiram e o clima depois voltou a ficar leve. Conversamos sobre o teste de ontem e eu enfim pude me abrir sobre a morte trágica de Leonora. Lorena pareceu abismada, - mas isso logo passou. Camila por sua vez não concordava com tais punições como eu, e senti que ela estava com medo. Na real, quem não estaria?

– Não posso acreditar que a Ordem esteja usando meios tão baixos – disse Camila – isso é uma competição de Noivas, ou jogos assassinos?

– Eles camuflam – disse Lorena – é por isso que ninguém percebe. Ouvi boatos que existe um governo além das fronteiras contra a Ordem...

Esse comentário me interessou, Lorena pareceu perceber e disse que a noite nos encontrasse novamente em seu quarto. Perguntei o porquê e ela apontou para a porta. Havia mais de doze guardas guardando não sei o quê.

– O que eles estão fazendo? – disse eu – eles acham que vamos fugir?

– Não sei – disse Camila – mais isso é muito estranho.

– Não se esqueçam – disse Lorena – espero vocês a noite.

Os guardas pediram para que nos posicionassem em quatro filas de oito pessoas. Todas nós obedecemos e saímos em direção a uma escadaria que até eu não conhecia. O emblema da Ordem estava em todo lugar, a fênix dourada e o símbolo de uma bandeira branca e vermelha. Cada cor representava paz e guerra. E a fênix o renascimento de um novo governo. Uma nova Terra. Uma Nova Ordem.

– Peçam para que elas entrem – eu reconheci imediatamente a voz de Victor do outro lado do grande salão.

O oficial abriu a porta e demos de cara com um salão rodeado de espelhos e no centro uma bandeira com o símbolo da Ordem, uma escrivaninha, oitenta e quatro cadeiras e um homem severo sentada nela. Ou seja, Victor planejava alguma coisa. Seria algum teste surpresa? Mantive meus olhos bem abertos.

– Entrem – disse Victor – e acomodem-se, por favor.

Seu tom de voz parecia impermeável a contradições. Ele olhou-me e assentiu imperceptivelmente. Mesmo assim, não percebi nada. Aquele escritório parecia grande demais. Percebi que havia retratos, um deles com uma mulher que reconheci ser Lucinda. Ela estava rindo e abraçada com Victor. Eles pareciam felizes. Mas parecer, - era o que a Ordem, mas fazia,

– Creio que estão nervosas – disse Victor por fim se levantado – mas não fiquem nervosas. Este não será um teste. Apenas uma palestra sobre o governo.

A palavra palestra remoeu minha cabeça. Para que uma palestra? Já não tínhamos pressão demais para mais um sermão? Camila fez sinal para mim, mas não me arrisquei a olhar. Precisava colher todas as informações possíveis para argumentar em qualquer que fosse o caso.

– O Governo da Nova Ordem Americana sempre se manteve impassível em questões políticas. – ele andava calmamente e nos olhava quase como objetos ou bichinhos de estimação. – Creio que vocês devem saber o que gerou o governo no qual se adota um regime mundial não?

Ambas assentimos. Victor sorriu com a satisfação de ambas sabermos da história de governo e de o chamarem de Benção Americana. Prestei mais atenção em suas palavras, algo nessa palestra tinha um motivo.

– Pois muito bem – disse Victor – eu contarei de novo ressaltando os pontos importantes. Depois creio que o mais formal possível e educado de minha parte é contar os motivos pelos quais as chamei aqui.

Engoli em seco. Seus olhos brilhavam com algo que nós não conseguíamos decifrar. Ele parar ao centro de sua escrivaninha, e apoiou-se em frente a ela.

– Em um período de caos entre o mundo um colapso invadiu o que muitos chamavam de Democracia Diplomática. Os países estavam em guerra, e muitos lugares tornavam-se inóspitos a vida. Ninguém percebia que a guerra trazia a morte, e por conseqüência a destruição da Terra. Mesmo assim, ninguém resolveu obter resultado em parar a guerra.

Ele fez mais uma pausa, e encarou-nos com um olhar dizendo: Acalmem-se! Mas no momento os pelos de meu braço estavam muito arrepiados.

– Foi quando um colapso desestruturou o mundo. Mulheres começavam a morrer e muitas desapareciam. Tudo estava um caos, países destruídos, e o mundo poderiam estar entrando em uma extinção humana. Foi quando grandes empresários se levantaram e formaram o governo pacifico em que vivem hoje. O mais prosperável é claro, é o nosso. Assim desejamos criar um banco de genética sobre óvulos femininos e assim a família que planejasse ter um filho, conseqüentemente teria mais meninas.

Eu começava a soar algo ali não se encaixava. E alguma coisa parecia muito estranha. Conhecíamos toda a história do governo, sabíamos das estratégias, dos grupos de lideres e empresários. Cada representante. A Ordem mundial. E a influência do EUA sobre as outras. Éramos os lideres absolutos.

– Após um tempo de mais ou menos cinco anos, estabelecemos a Ordem Mundial e o mundo se reestruturou. E assim nos mantivemos prósperos, mas o colapso feminino ainda era uma doença que se alastrava em nosso meio. Precisávamos fazer algo, por isso criamos a competição das Noivas. As quais, quando o filho de ambos os governantes precisam arranjar uma esposa, escolhem uma Noiva. Uma mulher esperta, paciente, que tome conta de seus afazeres também ao governo.

Ouvi uma tosse, e percebi que Lorena tossia. Ela olhava nervosamente para Victor. Ele por sua vez pareceu não notar e continuou normalmente.

– Essa competição serve como espécie de salvação e equilíbrio ao colapso feminino que estamos sofrendo ainda. Mas mesmo assim, já estamos bem equilibrados. O grande problema fica pela parte daqueles que não concordam com a nossa unificação. Somos um governo de paz, mas estamos dispostos a combater quem se opor.

Percebi que todas nós encolhemos. Poderíamos levar isso como ameaça? Quem estava se opondo? Os rebeldes que se opunham, eram mortos ou presos. Havia tantos oficias nas ruas, que ficávamos com medo de até sair na rua.

– Não se preocupem. Se estiverem aqui é porque estão dentro no padrão do governo. Dentro das normas. E os mais importantes lutam para estar ao lado no apoio á centralização dele. E espero que hoje vocês saibam que os oficiais estarão presentes em quase tudo aqui...

Ouve um estampido, e ouvimos vários barulhos de carros e até mesmo o que pareciam vozes vindas de fora. O que estava acontecendo?

– Como vou dizer o motivo dessa palestra que é simples. Descobrimos que além de nossas fronteiras á um grupo de pessoas que se opõem em adotar o governo da Ordem como centralização a paz e boas maneiras. Isso é visto como insulto, portanto cuidaremos para que isso seja eliminado...

Percebi que Lorena havia levantado a mão.

– O senhor disse que é inofensivo certo? Se for algo que pode eliminar facilmente porque a presença de guardas?

Percebi que a mandíbula de Victor cerrou e ele teve que manter a calma para responder a pergunta de Lorena.

– Minha jovem – disse ele – as rebeliões desse grupo é inútil. Os guardas apenas estarão com vocês para manterem a segurança e a Ordem. Já que a competição está tão acirrada. Há dez anos, na ultima competição, ela acabou na primeira fase. Vejo que as coisas evoluíram. Vocês estão preparadas, e quero manter o controle e a bem estadia de vocês. Aliás, quero o melhor para meu filho também. Entendeu agora minha cara?

Lorena assentiu e assim ao final de todas as perguntas, ele nos dispensou. Claro que os oficias nos acompanhou até nosso quarto. Camila e eu entramos e logo fechamos a porta. Camila parecia calma, mas algo não se encaixava. Ela pegou seu notebook, e eu apenas deitei-me e percebi que enfim estávamos em um regime dentro do castelo. O que era aquelas vozes? Que grupo é esse? Haveria chances de rebelião?

Olhei para Camila e percebi que ela ainda não tocara no assunto, porque estava pesquisando por alguma coisa. Fechei meus olhos, e esperei até que ela encontrasse alguma coisa. Haveria que ter uma explicação. Será que Thomas sabia de tudo isso?

– Liz – disse Camila por fim – eu não sei o que deu em Victor. Para que uma palestra sobre os princípios deles mesmos?

– A minha grande pergunta é – disse eu enfim me levantando e olhando em seus olhos – será que Thomas sabe sobre isso? É quase uma indireta para nós. Na verdade foi uma indireta para nós.

– Não entendi – disse Camila – se levantado e fechando as janelas.

– Camis – disse eu – muitas não queriam estar aqui. Acho que o Victor quis dizer é que não temos como resistir ao governo minimalista que ele arquitetou para si. A Ordem é mundial, e a principal delas é a americana. Quem não se apoiaria a Victor para evitar conflitos?

Camila pareceu refletir e por fim concordou com minhas suspeitas. Enquanto o tempo passava, mas a competição ficava apertada. E não era só isso que me incomodava -, eram os mistérios que não estávamos conseguindo resolver. Será que se a competição acabasse íamos conseguir desvendar tudo? E a Ordem? Continuaria recrutando jovens para seus caprichos e preceitos?

Precisei de um tempo para respirar. Disse a Camila que andaria um pouco, mas ela não quis vir. Mesmo assim sai, e me deparei com muitos guardas. Seria essa minha visão todos os dias. Teria que me acostumar com isso. Mas um governo opressor não é exatamente uma Ordem. Muito menos democracia. Uma palavra que não existia mais, já que não votamos em nossos representantes, e eles sim eram por monarquia e sistema de dinheiro. Quem tivesse mais, assumiria. Creio que é assim.

– Creio que não ia se despedir de mim – o susto e o tom calmo me arrepiaram. Felipe. Parado atrás de mim.

– Não esperava que você viesse – disse eu – eu iria encontrá-lo. Temos que conversar...

– Sobre Leonora? – disse ele olhando em meus olhos – não precisa. Uma menina do castelo me contou.

Engoli em seco. Sua expressão estava fria. Seus olhos por mais que quisessem demonstrar frieza e desprezo continuavam ternos. Seu corpo estava retesado em tudo, mas via que ele lutava consigo mesmo. Mais uma vez. Eu o magoava, mas ele continuava aqui. Na minha frente. E eu por certa vez me confundia, gostando imensamente de Thomas, mas querendo o bem de Felipe, - e tendo ciúmes dele.

– Você precisa ir mesmo? – disse eu – é inútil pedir, mas não quero que você vá.

Ele riu. Uma risada fria, mas ao mesmo tempo amargurada. Abaixei a cabeça. Ele continuava chateado, frio, sem acreditar em mim. Cristian conseguira. Parabéns.

– Isso é a verdade? – disse ele se aproximando de mim – ou está fingindo que gosta de mim de novo?

O sorriso assim como o temor de suas palavras sumiu. Agora, ali havia apenas um homem em uma carcaça vazia. Sem sentimentos. E os que ele o teve eu destruí. Nada mais certo da postura dele para comigo.

– Felipe – disse eu – eu sei que está chateado. Destruído. Mas não quero que vá embora por minha causa. Eu causei o dano de seus sentimentos, mas não queria que fosse assim. Eu errei sim, mas não porque eu quis. Cristian arquitetou isso. E por mais que não acredite, eu gosto muito de você. E sim, estou com Thomas, mas estou confusa Felipe. As coisas na minha vida estão confusas... Eu não sei para onde correr... Que decisão tomar... Então se quiser me odiar...

Eu não consegui falar, pois lágrimas inundaram minhas vistas e escorriam pelo meu rosto. Eu o olhei e ele não demonstrava um pingo de emoção ou sentimentalismo. Mas pelo eu conseguira botar tudo para fora, conseguira ser sincera com alguém. Ele acreditando ou não, minha parte eu estava fazendo.

– Eu preciso ir – disse ele – é por isso que não quero ficar mais aqui...

Eu o olhei sem entender, e minha cabeça zuniu. Ele pareceu entender e continuou.

– Se eu continuar aqui vou vê-la sofrer. Vou sofrer por não poder ajudá-la. Por não ser o cara por quem está lutando nessa competição. O cara que vai lá todas as noites em seu quarto saber como está. Por isso preciso ir, porque se não sair agora... Vou te abraçar e não querer mais sair desse torpor que você me traz... Você é uma droga perfeita pra mim Elisabeth... Por isso o meu vicio em você tem que acabar...

As palavras dele cortaram profundamente meu coração. E eu chorei muito, deixando que ele visse o tanto que ele equivalia para mim. E nesse momento ele me abraçou. E sem reações de raiva, sem frieza. Naquele espaço aberto cheio de guardas, havia apenas eu e ele. Felipe com o coração partido e estilhaçado, e eu vazia. Pois quando ele fosse embora uma parte de mim sumiria.

– Liz – disse ele me olhando – só não se meta em mais confusão. Não quero salvá-la de novo.

– Me salvar de novo? – disse eu – do quê?

– Quando foi pisoteada na escola, fui eu que a salvei. Naquele instante eu sabia que a veria de novo.

E foi quando o baque voltou. Os caras que se apresentaram no hospital e na delegacia, um se apresentara com o nome de Felipe. Não podia ser! Não é esse Felipe... Não... Ele já me conhecia? Por isso a surpresa quando me conheceu aqui? Como eu tinha me esquecido... Será que eu estava tão focada na competição e Thomas, - que esquecera o que passara no mundo de fora?

– Não acredito – disse eu – não pode ser... Porque não me disse isso antes?

Ele sorriu e por fim pareceu o Felipe que conheci. O menino que salvou minha vida. Que se apaixonara por mim desde aquele instante. O jovem que apareceu na televisão e fez protestos com os rebeldes. Eu devia tudo a ele.

– Não quis afastá-la de mim – disse ele – e muito menos fizesse perguntas que eu não pudesse responder.

– Você estava protestando com os rebeldes – disse eu incisiva – como não foi descoberto por seus oficias e Victor?

– Existe vida fora desses muros Liz – disse ele – a revolução só começa quando á alguém para liderá-la e acreditar em idéias e um governo melhor...

– Você sabe que isso é errado – disse eu – Felipe Victor hoje fez uma mega palestra sobre o governo...

– Como eu te disse, existe vida fora desses muros. Basta querer...

– Está me convidando para ir junto com você? – disse eu incrédula.

Ele fez uma pausa e novamente se aproximou de mim. Pegou uma mecha de meus cabelos e sorriu. Ele não estava mais frio, e muito menos com menosprezo em seu olhar e suas atitudes.

– Quero – disse ele – você não precisará viver em completa regra e ordem...

– Sem regra e ordem não existe equilíbrio...

– Você está sendo consumida – disse ele virando-se de costas – a competição vai tirar tudo de você. Vai matar quem você mais ama. O governo vai revelar seus planos tenebrosos para as cidades Liz...

– Então me diga Felipe – disse eu – quais os planos que A Ordem esconde? Desde o dia em que o conheci você não gostava de Carmela, Thomas, mas gosta de Victor... Como pode odiar seu governo?

Ele pareceu oscilar entre me contar a verdade ou não. Mas mesmo assim não se virou para mim novamente. Continuei estabilizada. Ele tinha que ser sincero. Tinha que me falar a verdade. Como poderia me defender de algo que não conhecesse totalmente?

– Preciso ir – disse ele – se cuide está bem? Creio que não é a hora para dizer adeus. Logo nos veremos de novo...

– Suas palavras me assustam – disse eu – e ao mesmo tempo me deixam com medo...

– Eu vou rezar todos os dias – disse ele – para que você não seja corrompida com a competição das Noivas.

– Eu não vou ser corrompida. Eu sei no que acredito...

– O governo da velha América também acreditava – disse ele – mas logo se criou a Ordem.

E mesmo sem abraços ou sorrisos. Ele me deixou ali, com dúvidas. Uma imensa gratidão pela minha vida, - e o sentimento que agora eu tinha certeza que gostava dele. Ao longe o sol iluminava suas costas, e eu via que assim como a sua promessa nos encontraríamos de novo. E qual fossem as circunstâncias de bem ou mal, certo ou errado faríamos tudo certo da próxima vez.

– Eu não vou ser corrompida – disse para mim mesma. E assim deixei que as palavras tão sinceras do meu coração fossem levadas ao vento para Felipe.


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Notas finais do capítulo

Comentem.. Favoritem.. E Mto Obrigado Pelo Apoio Meus Noiváticos...



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