Zumbilândia escrita por Gato Cinza


Capítulo 27
Finite!


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas carinhas de anjo (avá onde é que eu tirei anjo?)
Quieta psicose! Bom depois de escrever e reescrever este capitulo uma coleção de vezes eu resolvi voltar ao inicio e seguir o que eu já tinha tramado...
Eis a despedida de meus zumbabies!



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Pov Robert

Entramos na casa que Zeus usava como QG o encontramos conversando com alguns homens totalmente alheios ao caos que Bendy e os outros zumbis causavam do lado de fora. Havíamos decidido por atirar atirando e assim o fizemos.

Eu tinha como alvo Zeus cuja personalidade me desagradou desde que o conheci quando cheguei á colônia. O espertinho aproveitou a confusão instantânea dos tiros e entrou em uma porta auxiliar que tinha no “escritório” sendo seguido pelo tal Fernando e por mim que não ia o perder de vista com tanta facilidade. Eles entraram em um corredor e depois em uma escada em um local fechado e escuro, ambos estavam desarmados, mas preferi não arriscar em acabar com as munições atirando a esmo naquela escuridão que estava nos levando para baixo.

Acabei por sair atrás deles no tumulto de pessoas que tentavam salvar-se dos tiros que visavam os zumbis que haviam se multiplicado nos vinte minutos que fiquei dentro da casa. Na confusão de gritos, tiros e pessoas correndo desesperadas dos zumbis eu acabei perdendo Zeus de vista e fiquei perdido no meio do tumulto. Mas eu sabia para onde eles iam, no meio de uma batalha obviamente perdida os covardes sempre vão para o mesmo lugar e não é para debaixo da cama.

Zeus e Fernando estavam literalmente atropelando quem cruzava o caminho deles, me coloquei na frente de meu carro – sim meu carro, além de fugirem como covardes eles ainda roubaram meu carro cujos vidros são blindados – apontei a arma inutilmente para o motorista, mas Zeus não estava muito ligando para a pistola, quase me atropelou. Eu desviei jogando para o lado e mirei na roda. Mas as pessoas ainda tentavam se protegerem e acabei acertando a perna de alguém.

Então vi o carro perdendo direção, corri para terminar logo com Zeus quando avistei Julia e Gaby vindo em minha direção.

– Por que ficou na frente da van? – gritou Julia me seguindo

Eu ignorei a pergunta e corri atrás de Zeus que saíra do carro acompanhado do Fernando. Ainda estavam desarmados. Estava me cansando de ficar atrás deles então parei e atirei. Acertei Fernando algumas vezes e Zeus deu um grito um tanto demente, acho que eu ter matado o amigo dele tirou a razão do cara que veio na minha direção. Zeus deu um soco no ar tentando me atingir e depois resolveu me desarmar. Me derrubou no chão puxando a pistola e virando meu pulso para mim mesmo. Ele pressionou o gatilho e a pistola disparou.

Sai de debaixo dele jogando o corpo dele para o lado, ainda não estava morto, apenas ferido. O deixei se arrastar até Fernando cujo corpo abraçou. Então vi Camii se aproximando rápida demais para uma zumbi e se curvando sobre o corpo ainda vivo de Zeus. A zumbi teve em fim sua vingança pelos anos de aprisionamento que aquele homem lhe conferiu.

Voltei minha atenção para o resto das pessoas, ainda tinham muitos atiradores e os zumbis pareciam aumentar gradativamente. Encontrei Rory ferido e falei para ele mandar as pessoas pararem, então juntos subimos para a gaiola no centro da cidadela e gritei mais alto que pude.

– PAREM!

Alguns tiros para chamar a atenção das pessoas e elas pararam com as armas apontadas para mim, busquei por Benby e Julia entre as pessoas que ainda me pareciam humanos, alguns zumbis recém-transformados ainda atacam esfomeados as pessoas.

– Bendy faça os parar.

Estranhamente aquilo funcionou, não sei o que Bendy fez, mas ela e Camii afastaram os zumbis das pessoas normais.

– Zeus está morto e agora vocês não obedecem mais a eles. Quero que todos larguem as armas e quero que os zumbis entrem na jaula.

Detectei uma cara enfurecida das minhas amigas zumbis, elas falaram algo uma para a outra e depois de alguns minutos de conversa em que provavelmente planejavam uma rebelião elas conduziram os zumbis para dentro da jaula, nenhuma delas assim como hambúrguer entraram, as duas ficaram paradas me encarando como se eu fosse um pedaço suculento de carne – e sou mesmo um banquete delicioso.

– A partir de hoje viveremos em comunidade usando armas apenas contra inimigos e não uns contra outros – prossegui em voz alta - Os zumbis enjaulados são seus familiares e amigos então deixo por conta de vocês o que acontecerá com eles.

– E se eu quiser enterrar minha irmã? – gritou uma mulher

– Então se ela for uma zumbi você a mate e enterre, pode ser em qualquer lugar fora da colônia – respondi apontando o grupo de arvores fora dos muros – o mesmo vale para os outros que queiram enterrar os seus.

– E se eu quiser ficar com minha mulher? – gritou um homem.

Essa pergunta me fez ficar nauseado, nem quero imaginar o que ele pretende fazer com uma mulher zumbo em casa.

– Nesse caso você será responsável por ela, caçara animais para que ela nunca se vire contra um humano e terá que a manter presa até que se torne mais sociável.

Eu estava começando a ficar confuso, uma sociedade de zumbis? Era isso que eu estava sugerindo aquelas pessoas? Ao menos eles pareciam estar aceitando aquilo sem problemas.

– Camii você aceita ajudar os novos zumbis a tentarem se encaixar na sociedade?

A zumbi que ainda me fitava de modo estranho - talvez todos zumbis olhem estranho para pessoas normais e eu nunca notei isso – aceitou ajudar com um rápido dar de ombros, minha convivência com Bendy me fez tomar esse gesto de indiferença como aceitação.

– Ótimo, entre os humanos deixo as responsabilidades da colônia nas mãos de Rory e seus amigos.

– Eu? – sussurrou Rory ao meu lado – porque você não assume a liderança?

– Por que eu vou continuar minha viagem, nunca gostei de ficar parado muito tempo e colônias me entendiam. Vou procurar novas colônias, sobreviventes espalhados por ai, vou retomar minha vida de onde parei antes de conhecer a Julia.

Respondi para o garoto que me olhava como se eu fosse louco.

– Mas e a Julia?

Bom a Julia ficou na colônia era o que ela queria um lugar seguro para ficar. Bendy ficou para ajudar Camii, minha amiga encontrou uma igual a ela. Hambúrguer e eu voltamos á estaca zero, viajando pelo mundo sem direção, conhecendo pessoas e lugares...

Pelas garras malignas do destino.

Arícia havia terminado seus testes, usara ratos colhidos por J para usar como cobaias, mas agora um mês testando em inofensivos roedores resolveu usar um humano. Mas qual? Seu irmão estava fora de questão. Pegou duas seringas e encheu uma com uma solução clara que ela tinha certeza que curaria os efeitos de necromorfose e a outra seringa usou salmora.

– Que vai fazer com isso? – perguntou Leo que tornara seu ajudante no laboratório improvisado.

– Vou terminar com uma briga que me entedia á semanas.

Cinco horas depois voltou com as seringas vazias e um sorriso sinistro no rosto.

– Jay queira me acompanhar, por favor – a zumbi a seguiu.

Deitados sonolentos estavam Curt e Henry. J sabia o que fazer sem mesmo esperar um aviso de Arícia, ela se curvou sobre os homens um de cada vez arrancando pedaços grandes do braço. Por alguns minutos os homens se debateram compulsivamente. Agatha, Arthur, Leo e J olhavam surpresos e nauseados pela imagem.

Curt empalidecia rapidamente e a sua aparecia jovial se tornava rígida e doentia. Henry por sua vez sofria do mesmo problema, mas seus olhos se abriram quando as convulsões pararam. Ele avançou para Arícia que usou uma katana de Curt para decepar o noivo.

– O que foi isso? – gritou Arthur olhando para a irmã, a espada e o amigo decepado.

– Minha experiência – respondeu a cientista com um sorriso maníaco no rosto – deu certo Leo. Consegui a formula para impedir o processo de transformação.

– Deu certo? Você acabou de matar Henry.

– Ele estava me irritando. E a solução eu usei apenas no Curt, vejam ele morreu.

De fato Curt não se transformara em zumbi.

– Então isso é a cura? – perguntou Agatha intrigada pela frieza de Arícia em matar duas pessoas sem se importar

– Sim, a formula esta certa. Agora eu só preciso de mais algumas coisas e logo zumbis serão apenas lenda – respondeu dando uma olhada nos corpos e saindo para o laboratório.

– Ela esta maluca de vez – resmungou Arthur olhando a irmã se afastar – temos que para-la antes que mate a todos nós.

Arícia se virou para o grupo sorrindo, ouvira o comentário do irmão. Infelizmente não estava em seus planos morrer. Naquela noite deixou as formulas em uma prancheta ao lado de Leo e uma carta escrita as pressas para o irmão:

“Deixo com vocês as formulas do antídoto. Isso não salvara quem já foi transformados, apenas impedira que mais pessoas sejam contaminadas. Estejam bem. Adeus”


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Notas finais do capítulo

Ok! eu sei não precisam gritar... se me jogarem tijolos aviso que mandem tijolos grandes estou construindo um castelo para mim...



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