Zumbilândia escrita por Gato Cinza


Capítulo 25
Mudança de planos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Pelas garras do Gato

A águia real plainava em círculos observando atenta ao homem de cerca dos 20 anos de cabelos longos e sem blusa que saia dos muros da colônia cantarolando uma cantiga de ninar desafinadamente em uma mão trazia uma pistola na outra uma corda, na ponta da corda vinha tentando se libertar um animal grotesco de pelagem escura com aparência de um cachorro grande e magro.

Magreza se podia constar no animal apenas ao ver os ossos da costela, algumas a mostra e outras cobertas com pele tão fina que se podia dizer ser transparente, a face do animal era comprida e as presas eram destaques na boca que não existia mais. Outrora sua raça era chamada de Dobermann uma das mais temíveis raças caninas criadas pelo homem, agora um dos poucos que restara deles era Hambúrguer, um cão zumbi que estava sendo arrastado para a morte. Mais uma vez.

Assim que Boom, o homem destinado por Zeus á se livrar de Hambúrguer achou a distancia entre eles e a colônia considerável parou. Olhou em volta a procura da origem do barulho que ouvia algo similar ao pio de uma ave, viu a sombra se aproximando e olhou para cima. Sky que os sobrevoava desceu em um ataque preciso em direção ao rosto de Boom que soltou a corda tentando se proteger das bicadas da águia.

Hambúrguer se sentindo livre saltou contra Boom que disparou uma vez, um tiro que não foi ouvido por ninguém. A águia voou para um galho não muito longe onde observou sem interesse o cão zumbi devorando partes de Boom.

Pov - Robert

Assim que pegamos as armas Kath, Ed e Rory levaram para uma cabana segura a minha e da Julia nesse caso. Enquanto isso Julia e eu fomos ver os acontecimentos na gaiola que ela insiste em dizer que é uma jaula, mas que na verdade para mim é uma arena de massacre. Voltamos em seguida para nossa cabana onde as armas já estavam muito bem escondidas.

Rory e Lucia estavam deitados no colchão que a Julia dorme namorando. Quando os vi não evitei uma risada, estávamos prestes a começar um massacre – onde nós seriamos os massacrados – e aqueles dois estavam namorando. Lucia se desgrudou de Rory e saiu correndo. Continuei rindo até notar o olhar de repreensão de Julia. Dei de ombros e empurrei Rory com o pé me deitando no colchão.

– Onde estão as armas? – perguntei tentando imaginar onde poderiam esconder tantas armas naquele cubículo.

– Em todos os lugares. Se quiser pode tentar acha-las, mas só vai encontrar mais perguntas sem respostas – respondeu Rory com um sorriso que me fez questionar a sanidade mental dele.

Olhei para Julia, mas ela também não parecia ver onde em nossa cabana poderiam esconder armas sem serem notadas. Ela mexeu nos cabelos e os jogou para trás saindo em seguida resmungando algo sobre ir ver Kiba. Ela estava mesmo é irritada por nossos planos não terem funcionado como esperado. Na verdade funcionou.

Quando decidimos pelo que fazer, eu fui até o contêiner e bati chamando por Bendy, pedi que ela impedisse os zumbis de morderem a garota. Essa parte funcionou, os zumbis não mataram Vitoria quem á matou foi Zeus.

– Bom eu também vou indo – disse Rory se espreguiçando – vou atrás da Lucia, vocês me interromperam na melhor parte.

Eu fiquei deitado. Planejando uma doce vingança por terem sumido com meu bichinho de estimação, Hambúrguer. Embora minha mente vagasse por outro lugar, o que Zeus estaria fazendo com Bendy e a outra zumbi?

PoV – Camii

Eu e a zumbi chamada Bendy fomos levadas para a saleta de interrogações de Zeus com a qual eu já estava tão habituada. Os homens armados ficaram atrás de nós e na nossa frente sentado com a postura falsa de um “lord” estava Zeus e seus vermes seguidores que seriam um delicioso petisco – Fernando, Arcano e Thor.

– Sabe ás consequências de me desobedecer? – perguntou Zeus para Bendy que estava com a cabeça voltada para o lado em direção é Thor.

Bendy se virou para Zeus, mas não abriu a boca.

– Vocês duas serão punidas do modo certo – Zeus se virou para mim – já me cansei dessa sua mania de não querer matar as pessoas. Você é um zumbi e zumbis devem matar os vivos.

– Nãão te maateii – me atrevi a responder

Zeus olhou para a porta e deu aquele sorriso macabro, que por algum motivo me faz lembrar os vilões dos desenhos da Disney que eu assistia quando era humana, a cicatriz dele deve ser o motivo dessa relação infantil que e vem á cabeça. O que ele estava tramando?

– Jogue-as novamente na arena, deixe as duas expostas ás pessoas.

Fomos mais uma vez puxadas para fora e jogadas na arena, desta vez eu não havia entendido nada do que aconteceu. Por que não nos trancou como sempre ele fazia quando eu o “desobedecia”?

Bendy não parecia muito ciente dessa pequena diferença no castigo. Com meu limite de palavras como vou explicar á ela que tem coisa errada na situação atual de nossas mortes?

Pelas garras do Gato

Assim que dispensou a presença das zumbis Zeus chutou uma cadeira. Estavam presentes apenas seus três leais aliados na sala de interrogações.

– Essas criaturas estão começando a abusar de minha paciência – falou levantando a cadeira onde se sentou

– Por que não mandou fuzila-las? – perguntou Arcano indiferente ao acesso de raiva do amigo

– Por que esses malditos zumbis são nosso controle nas pessoas – informou Fernando tamborilando com as unhas na mesa pequena em que estava sentado – sem eles por aqui qualquer um podia se rebelar e tentar nos atacar.

– Já fazem isso – retrucou Arcano – ou se esqueceu do motivo por qual Vitoria foi jogada aos mortos?

– Uma louca aqui, um covarde ali, sempre um ou dois sozinhos. Enquanto tiverem medo das consequências dos próprios atos não serão mais de dois ou três idiotas por mês. A pergunta certa a se fazer é o que Zeus está planejando?

Zeus se virou para os aliados com uma cara insana de quem tem uma ideia fenomenal. Sorriu.

– Vou criar novos zumbis.

– Novos? – perguntou Arcano se inclinando para frente

– Sim irmão, novos zumbis – Zeus aguardou as expressões de “ele ficou louco?” se estampar nos rostos dos amigos antes de concluir a informação – notem que quanto mais tempo de existência essas coisas têm maiores são o controle em negar sua natureza canibal. Mas os recém-transformados apenas seguem os instintos zumbi. Devorar carne fresca.

Nenhum dos três demonstrou entendimento dos planos de Zeus que bufou impaciente pela lerdeza dos companheiros.

– Então as expõe para que sejam enfurecidas pelas pessoas e possam atacar uma vitima? – tentou Fernando gesticulando com a mão ao falar

– Mais ou menos isso. Quero-as irritadas sim, mas não vou expô-las á qualquer vitimas.

– Quem?

– Seu primo detestável e a irmãzinha vadia dele junto com aqueles dois que chamam de amigos.

– Rory, Gaby, Lucia e Ed? – Fernando pronunciou os nomes pensativo depois sorriu – vitimas perfeitas. Mas e se elas se recusarem a mordê-los?

Isso Zeus ainda não havia pensado.

– Dê um motivo para que os morda – Thor se incluiu na conversa, torturas era seu passatempo favorito – a zumbi novata tem dois amigos humanos.

– Claro – Fernando captou a ideia do amigo – se colocar os amigos e pessoas que ela não conhece em perigo é claro que ela vai privar os amigos.

– Mas tem um problema – disse Arcano sempre mais atento á detalhes – o tal Robert me parece menos apto a ser controlado que a garota do lobo. Quando nos conhecemos na floresta ele não parecia disposto a ceder. Tenho certeza que causará mais problemas que as duas zumbis juntas.

– Então o obriguem a não causar problemas. Joguem Julia com as zumbis e matem Robert antes que ele resolva bancar herói. E preparem uma emboscada para o quarteto de futuros zumbis – mandou Zeus dispensando o grupo com uma aceno.

– Vou me divertir um pouco com a Juju antes das zumbis acabarem com o rostinho dela – comentou Arcano sorrindo com malicia

– Claro, assim que eu terminar com ela – disse Thor saindo da saleta correndo, sendo acompanhado ás presas por Arcano.

Fernando foi até a porta e a trancou.

– E eu achando que não era feliz quando meu único problema eram os filhos de meus tios – disse em voz baixa.

Sentiu as mãos de Zeus enlaçar seu tórax em um abraço carinhoso e o ouviu sussurrar em sua orelha.

– Logo nem seus primos serão mais problemas meu amor.

– Jura?

– Por todo nosso amor juro que sua vida voltará a ser feliz como era antes desses zumbis se rebelarem

Fernando se virou para o namorado sorrindo. Ás coisas voltariam ao normal.


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