Hora de Voltar escrita por Kinfox


Capítulo 6
Capítulo Seis: Surpresas de Natal.




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Capítulo seis: Surpresas de Natal.

Nesses últimos quatro anos de separação, Catherine jamais pode esquecer de Sara. As duas tinham se tornado grandes amigas, confidentes. As lembranças eram grandes. Ela não sabia onde Sara se encontrava, e o único contato que tinham eram por meio dos cartões que a amiga mandava no Natal todos os anos. Cada ano vinha com um selo de um lugar diferente, por isso Catherine não sabia onde procura-la. O desse ano provavelmente não tardaria a chegar, já que o Natal seria em três dias. Foi despertada pela campainha que tocou estridentemente.

– Mamãe! – exclamou Lindsay a abraçando – Que saudades!

Lindsay estava cursando Física em Harvard. Catherine morria de saudades da filha, mas elas se falavam quase todos os dias por telefone, pela internet e Lindsay vinha em casa em quase todos os feriados importantes. Cath soltou Lindsay do abraço e viu Ryan vir correndo lá de dentro. O menino estava alto para a idade, quatro anos, e cada vez mais parecido com Warrick.

– Lind! – exclamou ele com sua voz infantil – Estava com saudades!

– Oi Ryan! – disse a moça o pegando no colo – O que mamãe está de dando para comer? Fermento? Está enorme menino! – disse ela fazendo cosquinha na barriga dele.

O menino riu e se soltou do colo da irmã. Ela fez um carinho na cabeça dele, que voltou correndo lá para dentro.

– Ele está impossível Lind. – disse Catherine rindo – Um arteiro.

– Imagino! – disse a moça rindo – E Warrick, onde está?

– Mandei para o supermercado fazer as compras de Natal. – disse ela – Você como eu odeio supermercados.

Lindsay riu e carregou as malas para seu quarto no andar de cima. Estava intocado desde a última vez que fora para casa. Desceu com uma carta nas mãos.

– Mãe. – chamou ela – O carteiro estava passando na hora em que eu entrei e entregou isso. – disse entregando um cartão para a mãe

– É da Sara. – exclamou com um suspiro – Ela nunca esquece...

– Ela não voltou mesmo né mamãe? – perguntou Lindsay – Pensei que ela fosse voltar para cá. Não levei muita fé quando ela se foi.

– A Sara é muito orgulhosa Lind, não volta atrás. – disse Catherine abrindo o cartão da amiga.

Queridos Cath, Warrick, Lindsay e Ryan,

Como estão? Espero que bem. Vocês não tem noção de como sinto a falta de vocês! A vontade de ir até Vegas visita-los é enorme. Quem sabe um dia eu tomo coragem e vou? Seria bom.

Eu estou muito bem, e vocês não acreditariam se me vissem... Estou trabalhando menos do que antes, mas tenho bons motivos para isso. Um dia vocês vão entender.

Desejo um Feliz Natal para todos! Mandem um beijo para o Nick e para o Greg por mim. Esse ano estou sem tempo, devido a uns acontecimentos, mas estou bem. Beijos para todos! Sara.

– O que será que ela chama de bons motivos? – perguntou Lindsay – Será que vai se casar? – Catherine apenas deu de ombros.

– Não sei, Lind. – suspirou ela – Vá chamar o Ryan para mim, que o almoço vai sair daqui a pouco e ele tem que tomar banho.

Sara estava sentada no sofá de sua casa. Já era tarde da noite, mas ela estava sem sono. Ela estava morrendo de frio, apesar do aquecedor estar ligado, pois o frio naquele ano estava sendo rigoroso. Tinha terminado de arrumar suas malas há pouco, já que partiria para San Francisco pela manhã. John e Louise a esperavam para o almoço. Logo ela notou uma sombra na parede oposta a que estava sentada e sorriu.

– Está muito tarde para senhorita estar acordada. – disse Sara num tom baixo – Amanhã vamos viajar, esqueceu?

– Não esqueci mamãe, apenas estou sem sono. – respondeu a menina se jogando no sofá e indo ao encontro dela.

Sara aninhou a menina no seu colo. Passou a mão entre os cabelos castanhos e ondulados dela. Ela a encarou com seus dois olhos incrivelmente azuis.

– E você porque está acordada? – perguntou sem falar nenhuma palavra errada. Ela falava muito bem para uma criança de três anos.

– Eu já estava indo dormir. – respondeu Sara – Que tal uma história?

A menina arregalou os olhos e sorriu. Logo Sara começou a contar a história preferida da menina, e assim, mãe e filha acabaram adormecendo no sofá.

Grissom estava no trânsito, indo para casa de Catherine. Era véspera de Natal, e como sempre ficava nostálgico. Fazia quatro anos que Sara deixara Vegas, e desde então ele não tinha conseguido esquece-la. Ele a amava profundamente e se arrependia até hoje das palavras duras que tinha dito a ela. As últimas antes de ela ir embora.

Ele tinha descoberto um tempo depois que Sara partira, que o tal John Fuller, tinha se casado com uma modelo muito bonita, chamada Louise Barton. A cerimônia tinha acontecido em San Francisco, e fora apenas para os amigos mais íntimos. Ele então pode perceber que Sara não tinha nada com ele, e muito menos ele a tinha pedido em casamento. Então o que ele queria com ela? Sobre o que conversavam naquela noite? Grissom talvez nunca fosse saber, já que agora não sabia onde Sara se encontrava.

A casa da amiga estava enfeitada e cheia. Lindsay já havia chegado de Harvard, o pequeno Ryan corria por todos os cantos fugindo de um rapaz alto que Grissom reconheceu do almoço de Ação de Graças, sendo o namorado de Lindsay. Lily, a mãe de Catherine, estava sentada no sofá conversando com a neta enquanto Warrick colocava umas luzes coloridas de última hora. Catherine estava na cozinha e Grissom foi cumprimentá-la assim que terminou de falar com todo mundo.

– AH, oi Gil! – exclamou ela enquanto tirava o peru do forno – Pensei que fosse chegar mais tarde...

– Não tinha nada para fazer em casa, resolvi vir logo. – disse ele – Algum problema?

– Nenhum! – disse ela – E aí, como está?

Catherine não ouviu resposta e levantou os olhos para o amigo. Ele estava parado olhando para um cartão de Natal aberto em cima da mesa, que ela reconheceu sendo o que Sara tinha mandado.

– É dela? – perguntou Grissom

– Sim, é dela. – suspirou Catherine – Ela sempre manda.

Grissom pegou o cartão e viu que não tinha se enganado. Aquela era mesmo a caligrafia de Sara.

– Você ainda pensa nela? – perguntou Cath o olhando

– Todos os dias. – disse ele depositando o cartão de volta a mesa.

– Sempre há tempo, Gil.

– Não dessa vez. – suspirou ele – Quer alguma ajuda?

– Ah, não. – disse ela voltando-se para o forno – Já acabei tudo por aqui.

A noite caiu, e a hora da ceia se aproximou. Receberam a visita de Nick com a esposa Margaret e a filhinha de um ano deles, a Kim, antes deles irem para casa dos pais de Margaret. Greg também deu uma passada por lá com a namorada Anna antes de irem para casa dos pais dela. Tiveram que fazer o costumeiro teatro do Papai Noel para Ryan, que ficou animado com os presentes que ganhou. Eles ceiaram e estavam todos conversando animadamente quando o telefone tocou. Já era tarde da noite, mas como era Natal, eles não estranharam o telefonema. Catherine se levantou para atender.

– Alô.

– Gostaria de falar com a Sra. Catherine Willows. – disse uma voz formal do outro lado da linha.

– É ela, pode falar. – disse intrigada

– Aqui quem está falando é Michael Geisel, da Criminalística de San Francisco. – disse ele apresentando-se - A Senhora Conhece uma mulher chamada, Sara Sidle?

– Sim, conheço. – disse ela – O que tem ela? – perguntou preocupada.

– Ela sofreu um acidente de carro essa manhã, e está em coma no hospital. – disse o homem fazendo uma pausa – Encontramos seu telefone nas coisas dela...

Catherine estava em estado de choque. Ela nem estava percebendo, mas lágrimas brotaram de seus olhos. Os presentes na sala olhavam para ela preocupados.

– Onde ela está? – perguntou Catherine

– Ela esta no Hospital Geral de San Francisco. – disse o homem – Precisamos de alguém que a reconheça aqui amanhã.

– Eu vou. – respondeu Catherine – Estarei aí amanhã.

– Obrigada pela sua atenção Sra. Willows. – disse Michael – Espero por você. Venha direto ao LAB, por favor.

– Tudo bem, até amanhã. – disse Catherine desligando o telefone.

Assim, que colocou o aparelho no gancho, Catherine se desabou a chorar. Warrick se adiantou e a enlaçou num abraço, a trazendo para o sofá. Ela soluçava e não conseguia responder as perguntas que lhe faziam.

– Santo Deus Catherine! – exclamou Lily – Conte-nos o que aconteceu filha!

– É mãe, estamos realmente preocupados! – disse Lindsay desesperada

Catherine suspirou, e tentou parar um pouco de chorar.

– A S-Sar-ra! – exclamou ela entre soluços

Grissom se adiantou ao ouvir o nome da amada.

– O que tem a Sara, Cath? – perguntou preocupado

Catherine olhou fundo nos olhos dele e chorando respondeu.

– Ela sofreu um acidente, Gil. – falou finalmente – Está em coma em San Francisco. – E dizendo isso desabou a chorar novamente.


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