Capítulo Três: O motivo?

Fazia um mês do nascimento de Ryan. O menino estava bem mais gordinho, e seus olhos incrivelmente verdes como os de Warrick, contrastavam com sua pele morena. Catherine, que estava de licença maternidade, de vez em quando levava o menino ao LAB, para fazer uma visita aos amigos e ao marido. Warrick estava adorando ser pai, era um sonho antigo já, ter um filho, mas andava reclamando das noites mal dormidas e sempre aparecia no LAB com uma cara de quem não tinha dormido o necessário.

– É papai, isso é só o começo. – brincou Greg – O moleque só tem um mês e você já está aí reclamando. – disse rindo.

– É, queria ver se fosse você que tivesse que acordar no meio da noite, da tarde ou de qualquer hora que você estiver dormindo, com um choro de bebê ecoando na sua cabeça. – disse mal humorado

– Calma Warrick, o Greg só estava brincando. – disse Sara – Você vai ver, logo você se acostuma.

Os três caminhavam pelos corredores do LAB. Chegando na sala de convivência, encontraram Grissom que lia alguma coisa.

– E aí Grissom. – disse Nick – Que é que manda?

– Hoje a noite está calma. – disse ele – Nick, Greg e Warrick, homicídio na Strip. Sara, você vem comigo pro Mandala Bay.

Os CSI's pegaram suas coisas e rumaram para fora do LAB. Já eram onze da noite, mas para eles, a noite estava apenas começando.

No final do turno, Grissom encontrou Sara no Lock. Eles nunca iam embora juntos, para não levantarem suspeitas, já que no LAB era estritamente proibido o relacionamento entre Supervisores e seus subordinados. Como não queriam arranjar encrenca com Ecklie, eles resolveram que seria melhor manter o relacionamento em segredo.

– Grissom. – chamou Sara – Vou chegar atrasada na casa de Catherine hoje.

Os dois tinham sido convidados para jantar na casa de Catherine, por Lindsay. A garota tinha ficado em primeiro lugar da escola com seu projeto de física, e tinha ganhado uma viagem à Harvard, para conhecer o Departamento de Física de lá. A garota estava muito contente, e como tinha tido muito ajuda de Sara na hora de montar o projeto, queria oferecer um jantar a ela como agradecimento.

– Mas porque querida? – perguntou ele

– Vou jantar com John. – disse ela cautelosa – Ele vai embora amanhã à noite. Avisa a Lindsay por favor?

– Claro. – disse ele

– Então a gente se vê mais tarde. – e espiando pelo ombro de Grissom, vendo que ninguém vinha, lhe deu um selinho antes de sair.

Sara conversava animadamente com John. Fazia tantos anos que não tinham uma conversa pessoalmente, que Sara tinha se esquecido de como eles se davam bem. O que eles não sabiam, é que Grissom estava escutando tudo atrás de uma pilastra que tinha ao lado da mesa deles. Ele não sabia o que estava fazendo ali, e sentia-se como um idiota. Mas ele era realmente um idiota quando se tratava de Sara.

– Então John, vamos ao que interessa. – Sara sorriu. – O casamento. – John colocou sua mão em cima da de Sara.

– Sabe como é Sara. – John sorriu. – Estou apenas esperando a sua vontade, né.

Sara instintivamente deu aquele sorrisinho de lado em sinal de nervosismo. O mesmo hábito depois de tantos anos. Grissom observou a cena, tentando se controlar. Ele realmente não queria acreditar. Sara se encostou na cadeira e pareceu pensar.

– Não é tão simples assim, John. – Sara parecia preocupada.

– Eu sei, tem o Grissom. – John se ajeitou e se levantou. – Resolva com ele e me avise. – Ele sorriu e beijou a bochecha de Sara que ainda ficou sentada, mexendo no copo em cima da mesa.

– Ótimo, a conta ficou para mim. – Sara colocou o dinheiro em cima da mesa e se levantou rumando para fora do restaurante. Uns minutos depois, Grissom fez o mesmo