Estava usando uma blusa curta branca, uma saia e jaqueta preta, com seu típico usual batom vermelho (http://www.polyvore.com/abigail_balada/set?id=119268142), e é claro, que, Abigail só usufruía roupas, jóias, sapatos, produtos e maquiagens das melhores marcas e grifes, afinal, era uma necessidade se sentir fabulosa. Desceu o prédio e pegou um táxi, pois já tinha certeza que ia voltar bêbada para casa.

Chegando na Troyp's (sua boate de quinta-feira à noite), já pôde ver o aglomerado em frente o estabelecimento. Passou espremida e conseguiu chegar a porta.

– Joe, o por que desse tumulto todo?- perguntou ela para o segurança que considerava seu chegado.

– Carlito está liberando a entrada de pouquinho. Imbecil!- respondeu o homem que tem o tamanho típico de um segurança.

Carlos era o dono da boate, com quem ela já saíra algumas vezes, então o conhecia bem. Abigail riu e apenas disse:

– Realmente, ele é um babaca. Deixe-me entrar, por favor, Joe!

– Claro! Ah e Abby...- se virou para escutá-lo.- Joane está te procurando.

– Ah... Sim, ok. Hum, obrigada.

A garota gelou. Joane estava procurando-a. Boa coisa não podia ser, vindo de quem vinha. Se dirigiu ao bar, sentou-se apoiando o cotovelo na bancada.

– Minha preciosa!- disse o barman- Anime-se! Vai querer o que? O de sempre?

– Não Mike, querido. Um whisky sem gelo, por favor.

– Você é que manda.

Sim, Abigail conhecia todos que trabalhavam e/ ou freqüentavam a boate, do DJ aos sócios de Carlos. Afinal, ia à aquele lugar desde que se mudará para L.A. A batida que estava tocando era ótima, todavia estava desanimada ao extremo, a companhia de seu copo bastava, até que alguém se senta no banco ao seu lado.

– Abs, querida, como vai?- conhecia aquela voz muito bem.

– Estou indo, e você, Jô?

– Me sinto fantástica! E sem nenhuma carreira. Por falar nisso, me deve cem dólares da coca do mês passado.- Joane falou animadamente.

"Deus, ela está usando drogas demais!", pensou Abigail, mas respondeu à colega enquanto abria a bolsa.

– Ah, claro, aqui está.- e entregou-a.

– Obrigada, isto vai me ajudar bastante.- disse enquanto erguia a nota verde. Tornou a guardá-la e retomou a conversa.- Então, Abs, tem alguma carreira aí?

– Não, apenas papel, se te apetece!- Abigail ofereceu.

– Não, não, meu negócio é apenas pó mesmo.

– Ahn, Jô... Você não acha que, hum, que você está meio que exagerando ultimamente?

– O que você quer dizer com isso?- respondeu, mudando seu tom de voz.

– É só que- começou Abigail- todo o estado da Califórnia sabe que Joane Ane Davis é uma viciada em cocaína que gasta todo seu salário com drogas.- falou em tom de ajuda- E isso não tá certo, Jô.

– Olha quem está falando?!- explodiu ela- Ah, faça-me o favor, Abigail! Você gasta todo o dinheiro do seu papai com drogas e álcool! Pelo menos EU me sustento!!!- ela deu bastante ênfase no 'eu'.

– Cansei de usar meu nariz, não mexo com isso a tempos e você sabe.

– Mas nada lhe impediu de usar a boca, não é mesmo?!- e se retirou.

"Então é isso que Joane pensa de mim? Será que o resto de meus 'amigos' pensavam o mesmo?", refletiu Abigail. Ah, mas fodam-se! Quem realmente se importava para a opinião dos outros? Então tomou mais um copo, e depois mais outro, para ajudá-la a enfrentar essa realidade que se chama vida.

Após terminado seu whisky, se levantou e começou a dançar, como se o o amanhã nunca existisse, e como se tudo que estava vivendo agora, durasse pra sempre.