Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 28
O passado não volta


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu sumi porque meu monitor queimou. Sim, muito triste. Agora estou usando temporariamente um monitor velhão, mas dar pra eu escrever. Espero que gostem. E não deixe de comentar. Desejo a todos uma ótima leitura!



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Thomas encara a irmã, ainda completamente surpreso com o que ela está fazendo. Ajudando-me. Quando Melisa disse que iria me ajudar, a garota estava falando sério. A minha única tristeza é que foi apenas um copo de água. Por mim jogaria um prato ou até mesmo o jantar inteiro na cara dessa vaca fora da fazenda. Já estou cansada dessa garota. Se ela continuar no meu caminho, mais cedo ou mais tarde teremos que acertar contas uma com a outra.

Sim. Eu estou lutando pelo Thomas. É isso mesmo. Pode me chamar de louca. Talvez tenha enlouquecido de vez mesmo, mas tenho certeza que gosto desse idiota e que ele sente o mesmo por mim. Não quero perder uma segunda chance na vida com Thomas e me arrepender depois. E também tenho plena consciência que essa pode ser a última. Até então não parei para refletir melhor sobre essa questão da doença dele. Um dos motivos é que isso ainda não entrou na minha mente, meu cérebro se recusa a aceitar essa informação, que Thomas está morrendo. Como um babaca metido, safado e totalmente irritante como ele, uma pessoa saudável está morrendo?

Apesar de não nos falarmos, em quanto estávamos afastados, cada um pra um lado, sempre o via na escola, ou esbarrava com ele por aí. Nunca passaria pela minha cabeça que ele estava doente. Essa situação é... Como posso explicar? Digamos que estamos tendo o melhor dia de nossas vidas, ensolarado, céu azul e limpo, brisa suave e refrescante, todos rindo e felizes e do nada... Pá! Um meteoro mata todo mundo. Como assim?! Isso é o que estou sentindo no momento. Uma explosão de sentimentos, um mais complexo que o outro. Ainda estou brava com Thomas e a vontade de quebrar sua cara não passou e talvez nunca passe. Mas ao mesmo tempo estou apaixonada por ele. Com medo e meio perdida, sem entender o que estou fazendo ao certo. Só espero que seja a coisa certa. Tenho que tentar e não ficar parada, pra depois descobrir que pedir o idiota que eu amo.

Puxo Thomas pela mão, antes que a vaca perceba que estamos saindo. Ele não questiona apenas me deixa puxá-lo sem dizer nada. Caminhamos pela calçada a passos rápidos de mãos dadas. O que é um pouco estranho e faz meu coração acelerar. Droga! Já estou contaminada pelo vírus do amor. Será que ainda dá tempo de conseguir uma cura?!

Não andamos muito, a sorveteria fica a três quadras da nossa casa. Assim que entramos, dou um pequeno sorriso, encarando Thomas, que também sorrir igual a uma criança que acabou de ganhar um brinquedo, mas logo em seguida ele volta a fechar a cara, retomando sua expressão de sempre, se achando superiro a todos.

Nós sentamos em uma mesa com uma boa visão de tudo o que acontece na rua. O lugar nãos está lotado, o que é um grande alívio. Um casal divide o sorvete, rindo em um canto e trocando alguns selinhos. Um pai compra um sorvete de chocolate para seus filhos que estão sentados o esperando. O menino implica com a menina, puxando sua trança.

_O que foi? _Thomas pergunta. Só, então percebo que estou sorrindo igual boba. Sinto algo molhado em meu rosto. Rapidamente levo a mão até o local, estou chorando também. Apenas limpo as lágrimas e dou um pequeno sorriso. Ele continua a me encarar sério, com uma sobrancelha erguida.

_Você é muito chato mesmo.

_Você que tá rindo e chorando igual louca e diz que eu sou chato? Tá.

_Vai pegar os sorvetes ou quer ficar me encarando mais um pouco? _Tento não me estressar com ele, mas é algo impossível, além do meu alcance. Somos completamente o oposto um do outro, nem preciso dizer que isso é completamente visível.

_Se disser o que aconteceu pra você está chorando, talvez eu seja bonzinho e traga o seu sorvete também. _ Dar um sorriso presunçoso.

_Por isso eu disse que você é chato. É que olhando pras crianças que estavam brigando, me lembrei da Erry. De quando também brigávamos por tudo e me bateu uma saudade.

_Já volto. _Ele se levanta indo ao balcão. Observo em quanto ele faz o pedido a balconista, morena, peituda que daria uma ótima galhinha na fazenda da Bri/vaca. Ela claramente está dando encima de Thomas, sem nem um pudor. Serro os punhos, me controlando para não ir lá arrancar cada fio de cabelo da cabeça dela e não torná-la uma galhinha careca. Desvio minha visão dos dois, olhando para a rua. Não demora muito para que Thomas volte com duas taças de sorvete lotadas com várias bolas de diversos sabores.

_Demorou. _Digo em tom de voz, ríspida.

_O atendimento é bom?

_Ah! Entendi o que esta acontecendo. _Dar um sorriso divertido.

_Pensei que nunca viveria esse dia. Eny com ciúmes de mim.

_Por quê? Pensou em poupar o sofrimento das pessoas? _O Sorriso de seu rosto se desfaz, e só então percebo a idiotice que falei.

_Não. Sem problemas. Espero que continue a me tratar assim.

_Assim como?

_Normal, como se eu ainda fosse o mesmo babaca de sempre e não estivesse morrendo.

_Corrigindo, você é um babaca. _Gargalhamos ao mesmo tempo.

_E respondendo a sua pergunta de antes, o atendimento é divino. _Retira um pequeno pedaço de papel do bolso, contendo um número de telefone. Arranco o papel de sua mão, como uma leoa matando uma presa.

_Jennifer, esse é o nome da galhinha. _Digo em voz alta, o que só provoca mais gargalhadas da parte dele.

_Galhinha?

_A sua ex-namora é a vaca premiada da fazenda dos idiotas. Aquela sem cérebro acha que pode me derrotar. E galhinhas, eu quebro o pescoço. _Rasgo o papel, o picando em vários pedacinhos.

_Ex-namorada? _Questiona com um enorme sorriso no rosto. Depois ele vai reclamar quando eu socar a linda cara dele.

_Vai me entregar o sorvete ou vou ter que usar a força.

_Relaxa estressadinha, vamos dividir. Primeiramente queria provar só o de banana, mas como já estamos aqui mesmo, porque não provar todos os sabores? _Sorrir, já levando uma colherada de sorvete a boca. O encaro e começo a rir.

_O quê? _Me olha sério. Levanto-me, sentado ao seu lado. Levo o dedo ao canto da sua boca, limpando o sorvete. Levo o dedo à boca.

_Hum... Creme. _Dou um sorriso. Thomas encara meus lábios, em seguida suspirando.

_Vamos parar de joguinhos Eny. O que pretende com tudo isso. Quer me dá o troco pelo que fiz a você? É uma competição entre você e a Briana?

_A resposta é não pras duas perguntas. Apesar de agora que falou, fiquei meio tentada a lhe dá o troco. Mas não se preocupe. Não me rebaixo a tal ponto. E eu nunca entraria em uma competição com essa vaca. Pois seria injusta. Aquela cabeça oxigenada com certeza iria trapacear. E como não tenho paciência iria fazer um novo penteado nela, só cinco fios de cabelo, isso pra não dizerem que sou má. _Sorrio inocentemente.

_Eny,eu gosto de você, mas não importa o que faça, não terá mais nada entre nós.

_Não faço a mínima ideia do que estou fazendo, mas não quero desistir de você como desisti no passado. Não irei sair do seu lado Thomas, nunca mais. _O encaro olhando profundamente dentro de seus olhos verdes.

_Porque não me disse o motivo? Você simplesmente me descartou e apagou-me da sua vida. Eu entenderia se tivesse falado comigo. Já parou para pensar alguma vez que Erry também era uma pessoa muito importante para mim? Aposto que não. Sempre colocando sua dor em primeiro lugar. Esqueça seu sofrimento, pare de sempre viver em luto e olhe as coisas ao seu redor, o que não morreu, pelo menos ainda. _Thomas está chorando e eu também, suas palavras de fato me machuca, não em um sentido ruim, mas me mostram o meu erro. Uma simples conversa poderia ter mudado tudo, quem sabe hoje não estivéssemos juntos ou não, mas creio que tudo poderia esta melhor, quem sabe... Deveria ter dito a ele, lhe contado sobre minha promessa a Erry. Queria proteger Erry, não machucá-la, mas acabei ferindo Thomas e a mim mesma. Limpo minhas lágrimas, e ele faz o mesmo.

_Tem razão. Deveria ter dito. Mas você mudou completamente e tornou-se impossível ter uma conversa normal como estamos tendo agora. Tornou-se um idiota, superficial, arrogante, uma pessoa que se diverte com a dor dos outros. Só porque está magoado não precisa fazer todos sofrerem. Thomas, você também poderia e pode mudar e melhorar muitas coisas dizendo o que sente. Pare de se reprimir, fingindo ser alguém que não é.

_Essa pessoa a quem esta descrevendo sou eu, que agora estou a sua frente. _Dar um pequeno sorriso.

_É disso que estou falando. Você não é isso, mas esteve fingindo por tanto tempo, que agora ele se tornou parte de quem você é.

_O que é isso, só porque mostrei onde você errou e os seus defeitos vai ficar fazendo o mesmo comigo? _Diz em tom irônico, ainda exibindo um sorriso prepotente.

_Não Thomas. Não fico julgando as pessoas. Como sua amiga, estou lhe mostrando. Você esta certo em tudo o que disse sobre mim, mas meu grande problema de verdade, é que não posso mudar o que aconteceu no passado, ainda não criaram a máquina do tempo. Mas você, meu amigo, tem chance e oportunidade de melhorar ou deixar do jeito que estar.

_Amiga? Deveria ter sido minha amiga no passado, quando precisei de você. Talvez eu não queira melhorar. Vai desistir de mim de novo? _Apenas dou um sorriso, depositando um beijo em sua bochecha.

_Não, você é o meu babaca. Tudo bem se quiser continuar sendo um idiota, se sair da linha sabe que irá se vê comigo. _Ergo uma sobrancelha. Ficamos nos encarando por alguns segundos, mas não aguentando mais, nos dois caímos na gargalhada.

_Filhote de demônio!

_Babaca!

_Você é sempre estressadinha. _Coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, que avia escapado do meu coque louco. Seu polegar alisa minha bochecha e ficamos nos encarando, sem dizer nada, com medo de estragar o momento. Sorrindo um pro outro. Ele se aproxima. Nossos narizes estão encostados um no outro e eu sei o que virá depois... Mas Thomas se afasta, apenas depositando um suave beijo em minha testa.

_Entendo se não quiser ficar comigo. Posso ser apenas sua amiga? _A verdade é que estou um pouco triste e decepcionada, mas o mundo não foi criado em um dia. Nem eu ou Thomas voltaremos a ser aquelas pessoas do passado, mas espero aprender a conviver com esse Thomas de agora. Estou dizendo que quero ser sua amiga, é verdade, mas também quero ser mais, porém por enquanto irei me conforma com o que tenho. Afinal, não é de uma amizade que se evolui para algo a mais?

_Que bom ouvir isso. _Diz uma voz fina e extremamente irritante a qual eu conheço bem. Briana. A vaca fazendeira.


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Notas finais do capítulo

O que achou da Eny e do Thomas nesse capítulo? O nosso Thomas pode mudar? E essa fazendeira da Bri/vaca atrapalhando os dois? Parece que as infantilidades estão sendo deixadas a parte. Diga o que achou? Bjs até...



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