Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 18
Um dia quase bom


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! *-* Ai vai mais um capítulo, espero que gostem. Muito obrigada a todos pelos maravilhosos comentários e pelas recomendações lindas! Você são demais! Desejo a todos uma ótima leitura!



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Tudo bem, Thomas. Respire, não pire. Eles te largam e só voltam quando você esta morrendo. Mamãe segura minha mão, sorrindo com lágrimas nos olhos. Quanta falsidade. E papai ao ledo dela também sorrir. Cerro os dentes, travando o maxilar. Eu não preciso da pena deles.

_O que estão fazendo aqui? _Os questiono.

_O médico nos ligou, disse que estava muito mal. Viemos correndo, assim que soubemos, largamos a conferencia e pegamos o primeiro voo de volta pra casa. Por que esta perguntando?

_Deve esta ainda sobre o efeito dos analgésicos. _Respondeu papai por mim. Olhe sério para ele, quem me dera estivesse sobre o efeito dos remédios. Bem típico deles. Sei que não lhes conte sobre a doença. Mas não os queria aqui comigo por causa dela. Não queria que eles tivessem que passar um tempo comigo por causa de uma doença idiota. Queria que eles estivessem comigo por que querem. Nunca odiei tanto uma coisa como esta maldita doença. Tudo começou por causa dela. Minha vida perfeita esta desmoronando e ruindo por causa dessa doença. Odeio esta morrendo. Dou um sorriso amargo. Faz apenas duas semanas e meia que sei sobre ela e foi o suficiente para estragar toda minha vida. A vida de ninguém é perfeita, mas o que eu tinha era perfeito para mim. Não importa o que digam. Quero minha vida de volta.

_Não pai, eu estou perfeitamente bem. _Dou ênfase à palavra pai. Mas antes que possa começar a terceira guerra mundial ali mesmo naquele quarto horrivelmente branco de hospital, o médico entre.

_Perfeitamente bem você não esta Thomas, mas garanto que ficará melhor. _Sorri o doutor Andrew. Coitado, perdendo seu tempo tentando me iludir. Mau ele sabe que esse truque não funciona comigo. Sei que estou morrendo, essa doença não tem cura e não importa o que digam, não irei melhorar.

_O que meu filho tem doutor? _Perguntou aflita mamãe. Quanta falsidade. Ridículo.

_Acho melhor vocês se sentarem. _Assim que os dois se sentam assustados. O médico dá minha sentença de morte já dita.

_Infelizmente, o Thomas tem uma doença muito rara, da qual não conhecemos muito. Ela impede que o corpo dele absorva os nutrientes, o que ocasionara várias outras doenças. Ele deu entrado no hospital com uma úlcera gravíssima. Sorte a dele, a hemorragia ter cessado. Estamos dando medicamentos para a úlcera. Eu e uma junta médica iremos avaliar a situação de Thomas, a fim de iniciarmos o melhor tratamento. _Rolo os olhos. Posso ouvir minha mãe chorando desoladamente, meu pai a esta consolando, abraçando-a. Aposto que deve ser choro de alivio por saberem que estou morrendo.

_Por favor, doutor, nosso filho tem que ficar bem.

_Estamos abertos a qualquer tipo de tratamento, o importante é que ele fique bem. _Diz meu pai.

_Eu não sou uma experiência cientifica! Não quero que fiquem me furando, várias e várias vezes. _Falo alto, um pouco exaltado. O que eles pensam que eu sou? Experiência? Algum alienígena? Aposto que os médicos estão adorando. Olha só, ele tem uma doença nova, vamos furá-lo, cortá-lo e tirar várias amostras antes que ela morra. Ah, não vão mesmo!

_Se acalme Thomas, estamos querendo apenas o seu bem. _Diz papai.

_Seu pai tá certo. Mesmo que não sentir forme, não pode ficar sem comer. Entenda Thomas, com essa doença é preciso que mantenha uma dieta mais que saudável. Você precisa de nutrientes, mesmo que seu corpo os absorva mais devagar. Não quer morrer, não é rapaz?

_Claro que não, o senhor esta certo. Irei fazer qualquer coisa, apenas... Não pedi para ficar doente, só estou irritado. _Desabafei.

_Ninguém pede isso, pelo menos ninguém sã. _Sorri. O doutor Andrew até que é um cara legal.

_Quando poderei sair daqui? _Não vejo a hora de fugir desse quarto horrível. Quero ir pra casa, pra escolar, apesar de no momento não ser o melhor lugar pra eu ir.

_Ficará hoje de observação, se tudo ocorrer bem, amanhã cedo terá alta. _Apesar de saber que terei que passa o dia inteiro nesse hospital, deu um enorme sorriso brilhante para o doutor Andrew. As palavras dele são como doce.

_Vou deixá-lo com seus pais, uma enfermeira virá daqui a pouco para lhe dar alguns remédios e trará comida. _Faço careta. Andrew rir.

_Se quiser melhorar tem que comer. Mais tarde passarei aqui para ver como esta e talvez já tenhamos decidido um tratamento para você. _Meus pais concordam com um aceno de cabeça. E o que mais temia volta a acontecer. Sou deixado sozinho com eles. Decido que é melhor não pirar e deixar meu ataque para depois.

_Vou buscar um café para sua mãe, quer alguma coisa? _Nego com um aceno de cabeça. Não quero falar, com medo de dizer merda. Mamãe senta na poltrona ao lado da minha cama. Ela acaricia meus cabelos, como antes, quando era criança e minha vida era perfeita. Fecho os olhos, aproveitando o momento. Carinho de mãe é sempre bom. O silencio é cortante, mas não tenho nada a dizer pra ela. E aposto que ela não tira da cabeça o fato de que estou morrendo. Não há nada a ser dito por nem um de nos.

_Avisamos a sua escola sobre a sua ausência e a alguns de seus amigos também. _Abro os olhos imediatamente, dando lhe um olhar cortante. Inspiro e expiro lentamente, tentando controlar minha raiva. Ela não podia ter feito isso. Não deveria ter contado aos meus amigos, agora todos irão me ver como um zumbir.

_Vocês somem, passam meses fora e quando voltam estragam a minha vida em menos de vinte e quatro horas.

_Não estou entendendo Thomas. Por que esta com raiva?

_Claro que não esta entendendo, você e o papai nem me conhecem.

_ Thomas, eu entendo que esta com raiva por termos deixado sua irmã e você sozinhos. Pensei que você entendesse. Nós estávamos trabalhando, queremos dar o melhor a vocês. _Diz limpando algumas lágrimas.

_Sei... Vocês abandonaram a mim e a Melisa. Já parou pra pensar que talvez eu preferi-se ser mendigo e ter vocês comigo, do que ter coisas e dois pais dos quais não conheço! _Grito, lágrimas rolam pelo meu rosto. Mas as limpo rapidamente.

_Sinto muito Thomas, não sabíamos disso. Pensei que estava feliz. Quero apenas o melhor pra você e sua irmã. Sinto muito querido se o estou magoando, essa não era minha intenção. Sabe que eu e seu pai não somos de demonstrar afeto, mas amamos vocês. Por que não nos ligou assim que soube da doença? _Pensa um pouco sobre o que ela disse, ela esta certa, mas ainda estou furioso com ela por te contado a meus amigos, o que eles irão de mim agora? Olha lá o Thomas morrendo! É, que legal!

_Por que não queria que vocês ficassem perto de mim por esta doente e sim por que querem passar um tempo comigo.

_Você tinha que ter nos contado, estamos aqui por que queremos Thomas, apesar de termos vindo mais cedo pelo susto. Eu e seu pai nos Importamos com você e sua irmã. _Disse limpando mais algumas lágrimas.

_Desculpa mãe, não queria fazer à senhora chorar, apenas...

_Apenas o quê?

_Não quero que meus amigos tenha pena de mim. Não queria que eles viessem. O que contou a eles?

_Thomas, se eles são realmente seus amigos, eles se importam com você. Sim, eu estou muito triste assim como seus amigos devem estar, mas ninguém esta perto de você por pena.

_Espero que esteja certa mãe.

_O que disse a eles? _A questionei mais uma vez.

_Apenas que estava mal, que foi internado e que se eles o quisessem visitar poderiam. _Sorriu.

_Não disse que eu estou morrendo?

_Não, eu nem sabia Thomas e não diga uma coisa dessas, você irá ficar melhor. E quando isso acontecer, eu o colocarei de castigo, seu malcriado. Deveria te dar umas tapas nessa sua bunda. _Dou um sorriso, dando um abraçando apertado nela. Não tem cura, não irei ficar bom, sei disso. Só irei piorar. Pelo menos meus amigos não sabem que estou morrendo e muito menos Eny.

_Com licença, vim trazer os remédios e o seu café. _Diz a voz da enfermeira. Estou de olhos fechados abraçando minha mãe. Quero guardar esse momento pra sempre, mas a realidade me chama. Tenho que tomar os malditos remédios, comer, melhorar e sair daqui o mais rápido possível. Quero curti o que me resta. Solto minha mãe. Ela aperta minhas bochechas, depositando um beijo em cada uma. Assim que minha mãe desbloqueia minha visão e em fim vejo a enfermeira meu sorriso se desfaz e um dia que parecia que seria bom é destruído. A enfermeira é a mãe de Eny.


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Notas finais do capítulo

OMG! É a mãe da Eny, e agora?! O que será que vai acontecer? O que acharam do capítulo, do Thomas e suas neuras e dos pais dele? Será que no próximo capítulo a Eny descobrirá tudo? Será? Eny saberá que Thomas esta morrendo?!