Love Story - Fremione escrita por Sonhadora


Capítulo 4
Te quero


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples!
Sentiram saudades? Eu sim!!
Perdoem-me a demora. Prometo não me ausentar por tanto tempo de novo.
Aproveitem o capítulo!
#Sonhadora



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Uma semana se passou desde que Hermione chegou à casa de Fred. Os dias transcorriam de forma lenta e tranquila. Logo após os acontecimentos do primeiro dia deles no chalé, Fred não estava disposto a se afastar de Hermione, pois a queria com ardor. Ele sabia que ela ainda estava muito fragilizada do relacionamento que tinha com Rony e que, provavelmente, ainda o amava apesar de tudo. Ele gostaria muito de tomá-la em seus braços e acarinhá-la. Mostrar-lhe que não estava só e que poderia ser o melhor companheiro que ela quisesse ter, mas não queria a sombra do irmão mais novo rondando esta relação. Queria que ela o amasse do mesmo modo que ele a amava. Estava decidido em conquistá-la e o faria delicadamente. Um toque aqui, um riso ali, um presente acolá. Coisas pequenas, aparentemente sem importância, mas que mostravam seu cuidado e apreço.

Fred sabia que Hermione gostava de ler. Tanto que, em uma semana que estava ali, ela já devorara metade do seu acervo literário. Ela ficara devidamente surpresa por encontrar uma biblioteca pequena, mas bem provida dos mais diversos volumes, sobre os mais variados assuntos. Fred explicou que, devido ao seu atual empreendimento, era prioritário que ele se mantivesse atualizado com os mais diversos assuntos, isso sem contar o material que ele precisava para desenvolver suas ideias. Ele até comprou um livro sobre Transfigurações Avançadas para ela, por saber que ela gostava do assunto.

Hermione passava os dias lendo ou ajudando com os afazeres domésticos, pois não aceitaria ficar sem fazer nada. Depois que passou o primeiro jantar na companhia de Fred, ela percebeu o quão carente estava. Mas não queria sobrecarregar o amigo com seus problemas emocionais. Ainda achava que ele só a abrigava por causa do que Rony havia feito com ela e isso a corroía. Naquela noite, Fred a convencera a permitir que ele trouxesse Harry, Gina e a Sra. Weasley, que estavam bastante preocupados com ela.

Seria a primeira vez que ela os veria depois do ocorrido na Toca e ela estava nervosa e envergonhada. Jorge já havia passado pelo chalé, pois precisava testar um logro particularmente explosivo, que não era para ser. A casa passara uma tarde inteira cheirando a repolho estragado, para desgosto de Hermione. Fred chegou cedo do trabalho para ajudar Hermione com o jantar. Os dois acabaram estreitando os laços de amizade e, apesar de ainda não ser o que Fred almejava, estava sendo bastante agradável para os dois.

Ao entrar em casa, Fred foi imediatamente à procura de Hermione. Encontrou-a na cozinha, com um delicado avental preso na cintura fina, concentrada ao cortar alguns legumes para pôr no assado. Fred parou na porta da cozinha e ficou observando os traços delicados de Hermione, o vinco em sua testa indicando sua concentração na tarefa, os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo frouxo, alguns cachos rebeldes emolduravam o rosto da bruxinha. Fred se aproximou devagar, sem chamar-lhe a atenção. Abraçou-a por trás, segurando-a pela cintura e depositou um beijo suave em sua bochecha. O perfume floral dela preenchia-lhe as narinas e ele desejou poder fazer isso sempre. Hermione se assustou, sobressaltando-se no abraço, mas ele não a soltou, não ainda. Fred abriu um sorriso magnífico para ela e, por alguns segundos, se perdeu na profundidade dos olhos castanhos. Ah! Como ele queria provar-lhe os lábios. Queria saber se eram tão macios e suculentos quanto pareciam. Afastou-se devagar, sem realmente querer se afastar.

─ Como estão às coisas por aqui Herm’s? Posso te ajudar em algo?

Hermione, que ainda não se acostumara com a intimidade do contato com Fred, piscou algumas vezes e olhou em volta da cozinha, como se para se certificar de que tudo estava saído como ela havia planejado.

─ Na verdade Fred, ainda bem que chegou. Lave suas mãos e me ajude a montar a lasanha para ir ao forno. Eu já escorri o macarrão e fiz os molhos, falta só arrumar as camadas no refratário e levar ao forno para gratinar. Fogo baixo. Enquanto isso, eu termino de cortar estes legumes para enfeitar o assado de porco que preparei mais cedo e vou temperar o risoto.

Fred olhou impressionado para a quantidade de comida que Hermione havia preparado.

─ Não acha que está fazendo comida demais não? Que eu saiba só vem a mamãe, a Gina e o Harry aqui. Não sei se dão conta.

Hermione mordeu o lábio inferior, inocentemente sensual, para desespero de Fred.

─ Acontece que o Jorge passou aqui mais cedo e disse que viria também e perguntou se poderia trazer Remo e Ninfadora junto. Então, como vamos ter mais pessoas do que o planejado inicialmente esta noite, achei melhor me precaver. Fiz também salada de maionese, purê de batata, farofa e, de sobremesa, sorvete caseiro de morango.

Ela finalizou com um sorriso tímido. O queixo de Fred caiu. E, antes que pudesse refrear a língua, ouviu-se dizer:

─ Casa comigo?

Foi a vez do queixo de Hermione cair para, em seguida, ela começar a rir descontroladamente. Fred, percebendo que ela não o levara a sério e para não perder a compostura, ajoelhou-se em frente a ela, segurou sua mão direita levando-a aos lábios enquanto Hermione olhava-o incrédula, sem conseguir parar de rir.

─ Hermione, minha doce e querida Hermione, anjo da minha existência, se você me aceitar como seu esposo, eu prometo ser escravo dos seus desejos pelo resto de nossas vidas. A tratarei como a princesa que você é, mimando-te e agradando-te todos os dias, aguentarei suas rabugices com um sorriso nos lábios e pegarei leve nos logros nossos de cada dia, apenas para que você não me odeie demais. E, em troca, você cozinha pra mim, que tal?

Ele ainda estava de joelhos, piscando os olhos seguidamente, descansando a cabeça em sua mão. Estava tão engraçado que Hermione não sabia se ria, se brigava, ou se aceitava o pedido, mesmo que de brincadeira.

Ela estava agradecida a Fred por acompanha-la esses dias, por mantê-la rindo, por distraí-la de sua tristeza, mas, principalmente, por desviar seus pensamentos de Ronald. Sim, ela ainda pensava nele, sonhava com ele, sofria por ele. Maldito coração que não sabia escolher. Hermione não sabia que, apesar do tom de brincadeira, o que Fred lhe falou foi sério. Por isso, sentiu um calafrio percorrer-lhe o corpo ao responder no mesmo tom.

─ Sim, meu querido Frederich. Aceito ser sua esposa cozinheira. – falou sorrindo.

A reação de Fred foi tão súbita quanto inesperada. Seus olhos escureceram, em segundo estava de pé segurando-a pela cintura, puxando-a para ele. Sem que ela pudesse se preparar para o que viria, Fred tomou seus lábios em uma carícia suave, porém firme. Com a ponta da língua, ele percorreu seu lábio inferior pedindo passagem e, quando ela cedeu, tomada pela surpresa, ele invadiu sua boca, explorando-a com uma sensualidade delirante. Sem perceber, Hermione correspondeu ao beijo, permitindo a passagem de Fred e fazendo ela própria a sua exploração. Seus sentidos aumentados vinte vezes com o contato. O gosto de Fred era doce ao seu paladar, o cheiro dele incendiava-lhe as narinas, sentiu um calor desconhecido instalar-se no seu baixo-ventre. Algo que não sentira nem com Rony.

Rony. Ao lembrar o ex-namorado, Hermione rompeu o beijo. Mas, Fred não a deixou ir. Apertou-a mais em seu abraço, encostou sua testa a dela, ambos ofegantes. Devagar, sabendo que fora longe demais, rápido demais, louco demais, Fred abriu os olhos encontrando o furor dos olhos de Hermione. SUA Hermione. Tinha consciência do desejo estampado em sua face, assim como da evidência de sua ereção. Sem separar-se dela, sem deixá-la ir, pois sabia que se a soltasse ela fugiria, ele sussurrou para ela, a voz rouca pelo desejo incontido.

─ Sei que deveria me desculpar. Que você não está pronta para isso, mas eu não posso. Tudo o que posso te dizer Hermione é que, se você quiser, eu posso ser pra você tudo o que o Ronald não foi. E até mais. Eu te quero há muito tempo e não vou mais disfarçar o que eu sinto por você. Quero que você seja minha e não me importo de esperar até você estar pronta para mim. Eu ainda vou ouvi-la aceitar meu pedido porque me quer e deseja da mesma forma que eu te quero e te desejo.

Após isso, ele a soltou devagar. Hermione estava tão chocada, que ficou estática por alguns minutos, sem saber como reagir a isso. Sem saber como responder. Pior, como se sentir. Confusa e desesperada, Hermione fugiu da cozinha, dos braços e da presença de Fred. Subiu correndo as escadas e trancou-se no quarto, ofegante. Os lábios ainda quentes do beijo trocado, as mãos suadas, o coração palpitante e uma dor de cabeça sem fim. Sem saber o que fazer, Hermione jogou-se na cama e chorou. Chorou por seu amor fracassado, chorou pelas humilhações que sofreu, chorou por Fred, por seu beijo, por suas palavras, chorou por haver correspondido e por saber que não poderia corresponder. Chorou tanto e por tanto tempo, que não percebeu quando as lágrimas se transformaram em sono. E adormeceu um sono agitado.

Fred, por sua vez, percebeu pela primeira vez que talvez a tivesse perdido por sua insensatez. Mas, fora sincero. Não se arrependia. Se nada mais lhe restasse, se ela o rejeitasse, ainda teria esse beijo. Merlin! E como era bom o beijo de Hermione! Como era doce! O perfume, o gosto doce, a língua macia, o corpo curvilíneo junto ao seu. Tudo em Hermione era delicioso. Se antes ela a queria, agora ele estava irremediavelmente perdido. Ela era como heroína, bastava provar uma vez para ficar viciado. E ele era como um viciado. Viciado em Hermione.

Com um suspiro pesado, ainda tentando controlar as reações de seu corpo, Fred conjurou para si um avental, lavou as mãos e pôs-se a terminar o trabalho que Hermione havia começado. Terminou de cortar os legumes que ela havia começado, enfeitou o prato onde estava o assado e cobriu com papel alumínio para conservar o sabor. Preparou cuidadosamente as camadas da lasanha, colocando no forno baixo para gratinar. Verificou o horário e percebeu que os visitantes daquela noite estavam perto de chegar. Deu os últimos retoques na cozinha e, em seguida, arrumou a sala de visitas e a de jantar com toques de varinha. Depois, subiu as escadas devagar, seguindo em direção ao banheiro. Precisava de um banho gelado e uma boa desculpa para Hermione não aparecer para o jantar. Se ele a conhecia bem, ela não iria descer.

Ao passar em frente ao quarto dela, Fred encostou suavemente o ouvido na porta e pôde ouvir que ela chorava baixinho. Seu coração pesou. Silenciosamente, ergueu a varinha e murmurou um feitiço do sono através da porta. Era covardia, ele sabia, mas ela precisava descansar. Talvez, no sono, ela conseguisse lhe perdoar. Derrotado, ele se encaminhou ao banheiro e ajustou o termostato da água para congelante. Entrou debaixo do chuveiro e, só então, permitiu que as lágrimas descessem pelo seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Será que ainda mereço algum review?
Até a próxima!