O diário de Teddy Lupin escrita por Blue Cupcake


Capítulo 11
Capítulo 8




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"Certo, tudo bem.

Deve ser de boa quando uma mulher fala pra você "precisamos conversar". Claro.

Bom, eu gelei um pouco, principalmente porque era Nicole. Ela tinha me dado uma surra da última vez que fiz uma burrada.

Certo, Teddy. Continue a ter medo de uma adolescente mimada de 1,60 de altura. Muito másculo.

Fiquei pensando que, se eu não podia com a Nic, imagine com aquele cara de Durmstrang que eu iria competir.

Não, definitivamente, Nicole ganharia dele.

Enfim, vou parar de falar na minha masculinidade (Há pessoas que até estão questionando ela. Que absurdo, eu sou Teddy Lupin.). Quando terminei o jantar, segui a equipe de Hogwarts até o dormitório, mas, já que ainda era cedo, resolvi dar mais uma volta pela escola, sem um guia enchendo o saco e parando a cada segundo pra contar a história de cada sala.

E é claro, eu me perdi.

Sim sim, isso é bem típico de mim. Acho que meu nome deveria virar adjetivo pra coisas idiotas, do tipo "nossa cara, isso que você está fazendo é tãão Teddy.". Quando olhei em volta, não reconhecia o corredor em que estava e pra falar a verdade, ele era bem sinistro.

Cadê o Filch desse lugar, pra resmungar e mandar a gente pro dormitório?, pensei. Quando estava prestes a tentar achar o caminho sozinho (o que definitivamente é uma péssima ideia, já que meu senso de localização é tão bom quanto o de um pato), Alek apareceu no final do corredor, segurando uma tocha como uma luz no fim do túnel.

–Lupin? - Falou, a voz grave e assustadora. Aquele cara parecia um armário, e com aquele cabelo raspado lembrava um soldado. - O que está fazendo aqui?

–Uh... Eu me perdi. - Respondi.

–Ah sim. - Ele riu. - Nicole me pediu pra procurá-lo.

Ele pronunciava o nome dela estranho, como Nícole. aliás, tudo que ele falava era de um jeito esquisito, principalmente com aquele sotaque.

–Venha, vou te levar ao dormitório, já está tarde. - Ele acenou com a mão para que eu o seguisse. Quando cheguei perto do cara, vi que eu batia no máximo no ombro dele. Fazia tempo que não me sentia tão baixinho.

Andamos em silêncio por alguns corredores, ouvindo o barulho da chuva bater nas enormes janelas e o vento uivar pelas paredes, até que Alek quebrou o silêncio.

–Ela é legal.

–Hã? Quem?

–Nícole. Ela parece ser meio difícil de lidar, mas...

–Ah. Ela é legal, sim. - Respondi, evasivo. Não sabia por que, mas aquela conversa estava me deixando desconfortável.

–Ela é bonita também. - Ele murmurou, muito baixo. Acho que ele estava falando mais consigo mesmo do que comigo.

–Ahã. - Meus dedos estavam congelando, então coloquei as mãos nos bolsos da calça jeans.Tentei mudar de assunto: - Então, você faz ideia de qual prova teremos amanhã?

–Não faço a minima. - Ele deu de ombros. - Só sei que, em alguma das provas, teremos que lidar com gigantes.

Arregalei os olhos. Cara. Gigantes.

GIGANTES.

G-I-G-A-N-T-E-S.

Já pensei no meu túmulo, com os dizeres "Aqui jaaz Teddy Lupin. Adorado pelas garotas. Cabelo legal."

–Ah, certo. - Engoli em seco. Não sei como ele conseguia parecer tão indiferente à aquilo. - Como você descobriu?

–Bom, são gigantes. Não são fáceis de esconder. - Ele sorriu.

Certo, certo. Isso era verdade.

Andamos em silêncio o resto do caminho. Ele não tentou falar comigo de novo, acho que percebeu o quanto eu estava tenso.

Quando chegamos ao dormitório, ele se despediu de mim com um firme aperto de mão, desejando boa noite e boa sorte na manhã seguinte. Eu dei um sorriso nada confiante (que provavelmente parecia mais uma careta de choro), e então entrei no dormitório.

Aliás, não mencionei ainda como ele era realmente. Tinha uma grande sala comunal, com poltronas prateadas espalhadas por todos os cantos, mesas cobertas de jornais em várias língua, e quadros de homens carrancudos nas paredes, que te olhavam de cima. A sala comunal seria extremamente escura, já que as paredes eram negras e não recebiam luz do sol, mas havia uma enorme lareira, quase da minha altura, que estava sempre ligada.

Em uma das poltronas, iluminada pela lareira, estava Nicole. Ela estava deitada, com as pernas em cima dos braços da poltrona, dormindo calmamente mas tremendo um pouco de frio de vez em quando.

Me sentei no chão à frente dela. Pensei em acordá-la, mas algo me impediu. Seu rosto ficava alaranjado à luz da lareira e seus cílios negros tremiam um pouco nos olhos fechados. O cabelo estava bagunçado atrás, a franja meio encaracolada, e a saia que usava até os joelhos tinha escorregado para o meio da coxa, revelando sardas que eu nunca tinha visto.

Peguei meu casaco e tentei cobri-la delicadamente para que ela não acordasse.

É claro que não deu certo.

–QUE! - Ela levantou, assustada. Seu pé quase atingiu minha cabeça quando ela se sentou direito na poltrona, puxando vigorosamente a saia para baixo. Então, ela me encarou, e suspirou profundamente com desdém. - Tinha que ser você a me dar um susto. O que você quer, Teddy?

–Você estava com frio, resolvi te cobrir. - Dei de ombros.

–Ah, que cavalheirismo da sua parte.

–O que aconteceu com o casaco que eu te dei? - Perguntei, com uma sobrancelha erguida.

–Ah, eu... Hã. Guardei. - Ela corou violentamente. Depois iria investigar isso. - Mas o que você quer, panaca?

–Você disse que queria conversar comigo, Nic. Dã.

–AH! Ah, sim, quero sim. - Ela ajeitou o cabelo. - Er....

–Desembucha, Nic.

–Eu não sei como dizer isso, mas... Aquela garota. qual o nome dela mesmo? - Ela olhou pra cima, fingindo que não sabia. "Victoire", respondi. - Ah, sim, essa aí. Então, acho que ela está te fazendo de trouxa.

Meu cérebro parou por um instante.

–O que?

–É isso aí. Nenhuma garota age assim sem interesse algum. E acredite em mim, Teddy, ela não gosta de você.

–Nico, isso não faz sentido... - Argumentei.

–Faz sim! Não acha estranho que ela está toda amores por você, no primeiro dia que se conheceram? Caramba Ted, sabia que você era abestado, mas não achei que era tanto assim! - Cruzou os braços.

–Tá. Espere aí. Se você acha que ela está agindo assim por algum motivo, qual seria?

Nic deu de ombros.

–Eu não sei. Só estou te avisando, não fique todo bobo com ela. É ridículo.

Estreitei os olhos, encarando-a.

–Isso soa como ciúmes.

Nicole arregalou os olhos enquanto suas bochechas ficavam extremamente vermelhas.

–É claro que não, seu....

–Você está vermelha que nem um pimentão. - Sorri.

–Cale a boca, Ted! - Ela se levantou da poltrona, puxando a saia para baixo. - Olhe, eu vou dormir. Só estava querendo te avisar, pra você não bancar o idiota. Depois, que ela te sacanear, eu vou rir da sua cara dizendo "eu te avisei".

Ela foi subindo as escadas para o quarto feminino. Ouvi ela murmurar um "Babaca.", antes de bater a porta com força. Não pude conter uma risada.

Logo depois, subi para meu dormitório também, decidido a dormir cedo. É claro que quando cheguei lá quase passei a noite em claro pensando que em uma das provas, eu teria que enfrentar gigantes.

É, eu estava ferrado.


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Notas finais do capítulo

REVIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEWS?
obrigada pelos reviews gente, eles me motivaram mto a escrever *u*
enfim, nos vemos no próximo, beijos *:



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