True Love escrita por Bianca Saantos


Capítulo 42
Sheila, misteriosa.


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Pessoal
Serei bem breve aqui, pois estou terminando um trabalho ok?
Muito Obrigado aos comentários de vocês, gostei muito.
Boa Leitura !!



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Eu estava sozinha, caminhando pelas ruas de Barcelona. León estava resolvendo uns assuntos no hotel, parece que uma senhora alugou por um tempo um quarto do hotel, e estava achando que o quarto, era onde eu e o León estávamos hospedados. Ele disse pra eu sair, não queria que eu o visse estressado.

Fui até a sorveteria, eu estava conhecendo a cidade, se eu me perdesse ligaria para o León, não mandei me deixar sair sozinha. Comprei um sorvete de morango, e saí rua a fora novamente.

Sabe aquela entranha sensação de estar sendo seguida? Então era assim mesmo que eu estava me sentindo. Eu olhava para trás, mas não encontrava ninguém, devia ser coisa da minha cabeça. Até alguém esbarrar em mim, e o meu sorvete ir para o chão.

_Desculpe. – a mulher falou um tanto baixo.

Olhei para ela, e estranhei. Parecia que eu a conhecia de algum lugar. Ela tinha o cabelo castanho escuro. E usava uma maquiagem um pouco forte, mas era bonita.

_Está tudo bem. – falei vendo o sorvete caído no asfalto.

_Eu te conheço de algum lugar? – perguntou com um sorriso estranho.

_Tive a mesma sensação, mas não sei da onde te vi. – rimos.

_Como você se chama? – perguntou agora com um sorriso simples no rosto.

_Violetta. – respondi.

_Prazer Violetta, eu sou... – ela travou um pouco. – Sou Sheila. – respondeu por fim, apertando a minha mão.

_Prazer, Sheila.

_Acho que já sei da onde te conheço. – ela disse fazendo um olhar de mistério. – Você, é a esposa do Dr. Vargas, não? – perguntou ainda segurando a minha mão.

_Está mais para namorada, não para esposa. – ri. – Mas da onde você conhece o León? – pergunte desconfiada.

_Bom, ele é muito conhecido. E vi também uma foto de vocês dois no jornal de Buenos Aires. – disse animadamente.

_Você é de Buenos Aires? – perguntei contente por encontrar alguém de minha cidade lá, e ainda mais contente por sair uma foto minha com o León no jornal. Sheila assentiu. – Que Legal!

_Bom, adorei esbarrar com você, mas eu preciso ir, minha... Irmã está me esperando. – disse sorrindo. – Qualquer dia nós nos encontramos de novo, adorei conversar com você.

_Que tal hoje à tarde? Podemos tomar um chá, o que acha?

_Perfeito – disse. – Que tal ir até a minha casa? – perguntou e eu assenti. – Aqui está o endereço e o meu número do celular, te espero hoje as cinco. – disse me entregando um papelzinho.

***

Cheguei ao hotel e encontrei León sentado no banquinho em frente à recepção. Ele parecia frustrado. Aproximei-me dele, o mesmo sorriu a me ver. Eram apenas duas horas da tarde ainda.

_Boa Tarde – cumprimentei-o.

_Oi. – disse me dando um beijo na bochecha assim que sentei ao seu lado.

_E aí? O que aconteceu enquanto eu estive fora? – perguntei pegando o celular e anotando o nome da Sheila em meus contatos.

_Bom, a velhinha se estressou e teve que ser levada ao hospital. – León disse sério. – Mas foi só um susto por que ela está ótima. Ela que confundiu o número do apartamento com o nosso.

_Hm... Entendi. – murmurei. – Conheci uma mulher gente boa hoje. – falei sorridente.

_Conheceu ou já conhecia? – perguntou desconfiado.

_Conheci, na verdade ela já me conhecia, de uma foto no jornal de nós dois. – falei e ele arqueou uma das sobrancelhas. – Ela me chamou para ir a casa dela hoje a tarde, vamos?

_Ela te chamou meu amor, não nós dois, não quero estragar a conversa de vocês. – León disse desanimado.

_Mas eu quero que você vá. Essa viagem é para nós, não só para mim, eu passei, tempo demais, sozinha, hoje, León. Você está me deixando de lado, sabia? – cruzei os braços, desviando meu olhar do dele.

_Tudo bem eu te acompanho. – suspirou.

_Não precisa, pode ficar aqui, se quiser.

_Não banque a difícil agora. – riu. – Eu vou com você, e ponto. – disse se levantado, e eu fiz o mesmo.

_Tá... – murmurei.

_O que acha de almoçarmos no restaurante aqui perto? – perguntou enlaçando minha cintura com o seu braço.

_Acho melhor almoçarmos aqui no hotel, e aproveitarmos o tempo juntos. – falei.

_Que garota carente essa... – beijou o topo de minha cabeça e riu.

***

Eram cinco horas, e eu e o León estávamos dentro de um taxi, indo em direção a casa da Sheila. Nós havíamos passado a tarde inteira da piscina. Eu estava toda queimada em meus ombros. E ardia pra caramba.

_Amor, acho que você devia ter passado mais protetor. – León falou olhando mais uma vez minha pele.

_Eu sei, mas eu nem me toquei. – falei.

Eu estava usando uma camiseta de alcinha, pois não agüentava nada tocando os meus ombros. Amanhã eu não irei à piscina de jeito nenhum. Barcelona tem um calor insuportável.

Em vinte minutos chegamos à frente de uma grande casa branca. Sheila parecia ser bem de vida. Eu e León saímos do taxi, e pagamos o taxista gentil. Toquei a campainha de Sheila, e ela respondeu um “já vai”.

Em poucos segundos a porta se abriu. Revelando a imagem de Sheila. Ela estava com um vestido preto, rodado, e seus cabelos longos estavam presos em uma trança linda. Acho que não devia ter trago o León comigo.

_Boa Tarde. – saudou-nos.

_Boa Tarde – eu e o León respondemos no mesmo instante.

Olhei para o León que a fitava de uma maneira estranha. Contei até dez para não ter uma crise de ciúmes ali mesmo.

_Não sabia que você traria seu noivo Violetta. – Sheila disse o olhando com um sorriso no rosto, enquanto ambos apertavam as mãos.

_Ela insistiu para que eu viesse. – León disse dando o seu melhor sorriso.

_Pois bem... Entrem. – falou nos dando espaço.

Eu e León entramos, e eu meio que não estava muito boa com o meu humor, não depois daquele olhar mega esquisito do León. A casa era enorme, e tinha bastante moveis de madeira, e também uma lareira.

_Sentem-se. Vou pedir para Cecília nos trazer um café, ou chá se preferirem. – disse saindo dali.

Sentei-me no sofá da cor vinho que ali existia, e León sentou ao meu lado. Ele tinha uma cara muito pensativa, e digamos que, aquilo não me agradou muito. Sheila mexeu de alguma forma, com ele.

_Em alguns minutos, minha empregada nos trará o chá. – avisou entrando novamente na sala. – E então, como está a viagem aqui em Barcelona?

_Muito bem – respondi quase que em um murmúrio.

_Estamos aproveitando bastante. – León disse colocando um sorriso na boca. – Tenho a impressão de te conhecer, de algum lugar.

_Eu? – Sheila perguntou com a voz um pouco tremula. – Deve ser só impressão mesmo, eu conheço vocês, mas só pelo o jornal, sou uma cidadã comum de Buenos Aires. – ela parecia um pouco nervosa.

_Ah Claro... – León quase murmurou.

_Mas então... – expirou o ar. – Você é bem famoso, senhor Vargas.

_Um pouco. – León deu de ombros, olhando para um ponto fixo qualquer.

_Tenho a impressão de você ser bem mais gentil do que todos da família Vargas. – Sheila soltou descontraída, e eu arqueei uma de minhas sobrancelhas.

_Como? – León parecia desconfortável com a pergunta.

_Não quis ofender sua família, perdão. Mas, você não parece como os outros membros do grande sobrenome Vargas. Digo, parece mais... Simples.

_Talvez ele seja. – respondi pelo León, pois aquilo estava muito desconfortável, quanto pra mim quanto para ele.

Começamos uma conversa nada agradável. Sheila parecia o tempo inteiro estar interessada sobre a vida de León, e aquilo me deixava muito intrigada, não só a mim, mas eu percebia que o estava irritando aquela persistência toda.

***

_Está tudo bem meu amor? – León perguntou enquanto caminhávamos de mãos dadas no calçadão da praia.

_Sim, só estou pensando.

Decidimos ficar caminhando. Já era noite, e tinha sido total fiasco aquele final de tarde na casa da Sheila, ela me pareceu tão legal, mas assim que viu o León, se transformou, e eu não consegui entender.

_Aquela Sheila me pareceu muito familiar, muito mesmo. – León disse soltando minha mão, e logo agarrando minha cintura.

_Com quem ela parece? Digo, seu rosto é muito familiar. – falei olhando para os meus próprios pés.

_Sim, e me lembra muito uma pessoa. – León disse com um rosto sério. – Mas não quero falar sobre isso.

_É melhor não mesmo. – suspirei.

_Que tal irmos para o hotel? – León perguntou e eu imediatamente neguei, não estava nem um pouco a fim de voltar para o quarto. A noite estava bem fresca, e eu não queria deixar aquele momento passar. – O que vamos fazer então?

_Não sei, vamos ficar caminhando sem rumo. – falei e ele riu.

_Seria bem legal, mas está de noite, e eu estou um pouco cansado. – León disse beijando a lateral de meu rosto.

_Te entendo. – falei com um sorriso de lado. – Mas eu não vou dormir.

_Só fica lá comigo. – ele disse carinhoso.

_Fico, porque te amo demais. – falei rindo, e ele me acompanhou.

Nós paramos por um momento, para observar o mar, que se agitava com as ondas. O mar era iluminado apenas com a lua cheia, que iluminava tudo, aquela noite. A brisa soprava levemente, e eu me sentia em paz, comigo mesma e com o León.

Abracei León, desejando ficar ali para sempre com ele. O mesmo me apertou contra si e eu me senti correspondida. Nossos olhares se encontraram depois de um tempo e tudo que conseguimos dizer, foi que nos amávamos, e então, como nos filmes mais românticos, nós demos um beijo sob a luz do luar.

Mas algo me dizia, que ali não era o começo do nosso “...Para sempre.”


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Notas finais do capítulo

O que acharam ?
Comentem ! please .