True Love escrita por Bianca Saantos


Capítulo 22
Uma conversa


Notas iniciais do capítulo

Oi Gent!

Primeiramente: desculpas a minha demora, sei que extrapolei um pouco. Segundo: Obrigada aos seus comentários, são muito lindos, adoro vc's leitores!

Boa Leitura!!



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Amanheceu um dia lindo e maravilhoso. Olhei no relógio que havia no celular, e eram nove e meia. Não vou trabalhar hoje, quer dizer, mais tarde, vou ligar para Ludmila, para dizer que aceito a proposta de emprego. Fiquei pensando e acho que será uma boa oportunidade, para conhecer novas pessoas, e quem sabe eu não me dê bem nesse novo emprego.

Fui para sala, encontrando Francesca sentada no sofá, com uma caixa embrulhada no colo, como se fosse um presente. Aproximei-me dela, que não estava com uma cara muito boa.

_O que é isso? – perguntei curiosa me sentando ao lado dela.

_Um presente – disse indiferente. – Diego colocou em frente ao portão, provavelmente ontem à noite, e hoje de manhã quando fui pegar comprar pães, encontrei-a. – falou chacoalhando.

_Não – disse ainda chacoalhando. – Vai ver se não é uma bomba para me matar.

_Não seja idiota – falei rindo. – Até parece que ele seria capaz disso. Abre logo e deixe de bobeira.

Ela suspirou e começou tirando o grande laço azul da caixa, e logo o embrulho branco. Revelando assim a caixa média azul clara. Francesca tirou a tampa da caixa, e sorriu suavemente.

_Pelo seu sorriso, creio que não é uma bomba. – ri levemente e ela fez uma careta, mas sorrindo bobamente. – O que é?

_Isso – disse pondo as mãos lá dentro e tirando o pequeno macacãozinho branco que ali havia. – Uma roupinha de bebê. – Francesca disse ainda com um sorriso bobo nos lábios. – Lindinho.

_Que meigo – sorri.

_Tem um bilhete também – disse. – Vou ler em voz alta, ok? – assenti.

“Francesca,

Só queria ser o primeiro a presentear nosso filho, com o primeiro macacão de recém-nascido. Escolhi branco por não saber o sexo do bebê, espero que goste.

“Um abraço, Diego”

_Que fofo – ri. – Acho que ele gosta da ideia de ter um filho com você – comentei.

_É... – suspirou ainda olhando o bilhete em suas mãos. – Ele parece bem animado com isso. – riu. – Sabe... Mesmo eu achando tudo isso muito errado, é impossível não me sentir feliz. É ótimo saber que tem alguém crescendo dentro de mim a cada novo dia...

_Fico contente com isso – ri. – Você acha que... Você e o Diego ainda vão se reconciliar? – perguntei.

_Nós já nos reconciliamos – fez uma pausa, suspirando longamente. – Mas... Não rola mais aquela química – fez uma cara triste. – Esse bebê que eu tenho dentro de mim, significa que eu e o Diego nos amamos, muito, por pouco tempo, mas foi muito. E esse filho... É o nosso fruto.

_Bonitas palavras...

_Talvez – rimos. – Mas e você e o León? – perguntou mudando o assunto. – Pensam nisso? Pensam em ter um filho?

_Nunca falamos disso – respondi dando um leve riso. – E acho que é muito cedo para se tocar no assunto. Começamos nosso relacionamento há pouco tempo...

_É, mas para fazer safadezas não precisa de muito tempo né? – disse rindo me fazendo corar rapidamente. – Eu sei que vocês se amam, e que se desejam muito também... – continuou rindo.

_Francesca... – falei escondendo meu rosto em minhas mãos.

_Desculpa – riu. – É engraçado te ver constrangida. Mas... Eu acho que vocês terão um grande futuro juntos – falou. – Eu vejo nos olhos de León o quanto ele te ama, e percebo que ele sempre está do seu ledo, cuidando de você.

_Ele é... Perfeito – suspirei apaixonada.

_No começo, da minha relação com o Diego, eu pensava que seria para sempre, por isso me entreguei de primeira, revelei meus sentimentos mais íntimos e obscuros. E olha no que deu – falou apontando para a barriga. – Mas apesar de tudo, não me arrependo do que passei com ele... Foram bons e rebeldes nossos momentos juntos – rimos. – O único conselho que te dou é: Cuidado para não se ferir em meio a essa história de romance.

_Eu sei – murmurei. – E eu tomo muito cuidado.

_Eu sei – riu. – Te conheço Violetta, eu sei que você tem a cabeça no lugar, e sei que você tem medo de uma relação séria, porque já te feriram uma vez. – disse sorrindo. – O León parece uma pessoa boa, que te conquista a cada instante, e eu acho isso lindo.

_É... – suspirei. – Ele é incrível.

Ficamos conversando por mais algumas longas horas, mas logo depois Francesca saiu, para ir até a farmácia, comprar as vitaminas que o médico receitou, mas que já tinhas acabado aquelas que ela tinha em casa.

Fiquei na sala, lendo, o meu lindo livro, mas logo me veio àquela pergunta que não saia da minha cabeça. Como que o León sabia daquela galeria, se a Ludmila não falou com ninguém, a não ser comigo e com a tal Lara?

Pensando nisso, escutei meu celular tocar. Olhei no visor, era o León. Recusei a chamada, não porque não estava querendo falar com ele, e sim porque eu iria até a casa dele.

Peguei minha bolsa, e passei um brilho nos lábios, peguei as chaves de casa, e saí em direção a casa dele. Parei em um ponto de ônibus, e em menos de dez minutos eu entrei no transporte público.

¨¨

Passei pela portaria, apenas me identificando, e falando para qual apartamento eu iria. León já havia deixado claro para o porteiro que eu, sempre, e em qualquer circunstancia, poderia aparecer ali.

Assim que cheguei à frente do apartamento do León, toquei a campainha, e em menos de uns dez segundos, alguém foi abrir a porta. Era Jack, com um sorriso no rosto, ela deu espaço para eu entrar, e assim eu fiz.

_O León está no quarto, quer que eu o chame? – perguntou educadamente.

_Por favor – disse sorrindo e ela assentiu.

Enquanto ela ia chamá-lo, me sentei naquele sofá próximo a mim. Meu olhar se direcionou até a mesa de centro. Onde tinha uma fotografia em um quadro. Era o León, ao lado de uma garota e do outro lado um rapaz, os três sorridentes. E ao lado daquela fotografia havia outra de uma mulher mais velha, com um homem mais velho também. Acredito que eram familiares, ou primos... Conhecia pouco do León.

_Violetta? – a voz do meu namorado soou pelo ambiente, fazendo me virar para trás, e dando de cara com o León um tanto surpreso com a minha presença. – Que bom te ver aqui. – disse sorrindo largamente.

_Hã... Desculpa se eu estiver atrapalhando alguma coisa, mas...

_Você jamais atrapalharia – disse se sentando ao meu lado.

_Vim aqui para te ver – falei sorrindo, embora não fosse verdade, o que eu queria era descobrir algumas coisas de León que estavam ocultas no nosso relacionamento, e se faziam de meu interesse.

_Me ver? – perguntou desconfiado e eu assenti com um sorriso.

Ficamos conversando por um tempo, assuntos nada a ver com o que eu queria saber, mas tudo bem. Depois de um tempo assim, León criou um clima romântico, até demais, eu diria. Ele começou a ficar meloso, demais da conta, e eu como sou um ser muito apaixonado por esse homem não tive como não ficar também.

¨¨

Estávamos no sofá, assistindo um filminho. Decidimos fazer isso, para não ficar sem fazer nada, além de namorando num sofá. Entre caricias e beijos, eu nem sabia qual era o nome do filme, muito menos do que se tratava, eu não estava prestando atenção mesmo.

Deitei com a cabeça no colo de Leon e ele começou a mexer em meus cabelos, um carinho muito bom, fazendo-me fechar os olhos, não que eu quisesse ou fosse dormir, mas é que as melhores sensações são sentidas quando estamos de olhos fechados, pois aí nos concentramos apenas naquilo.

_Sua família... Eles moram aqui por perto? – perguntei, já que nem um dos dois estava assistindo aquele filme.

_É complicada – ele disse suspirando. – Eles moraram num outro condomínio, perto daqui, eu acho.

_Você visita seus pais? – perguntei. – Digo... São bem unidos?

_Não muito – respondeu curtamente. – Nós não temos uma boa relação. Com meu pai até que eu tenho um pouco de conversa, agora com a minha mãe é complicado – falou num tom triste.

_Como assim?

_Digamos que, ela não aprova o meu ponto de vista. – falou me olhando. – Ela é uma pessoa muito rigorosa, não só comigo, mas também com ela mesma. Minha mãe tem princípios, que só ela os entende. – disse.

_Que tipos de princípios? – perguntei interessada.

_Primeiramente, são princípios banais. – ele disse dando uma risada fraca. – Ela acha que só porque somos uma família cheia de ações, e temos um nome a zelar, temos que nos relacionar com outras pessoas que são da nossa classe social. – explicou. – E também que os filhos, têm que casar com pessoas de uma família bem sucedida.

_Então... Sua mãe não apoiaria nossa relação? – perguntei incrédula e Leon apenas balançou a cabeça dizendo que não. – Por quê?

_Porque ela quer que uma família perfeita, Violeta. – respondeu-me um pouco cansado. – Por isso que não nos damos bem. Ela não concorda comigo. Eu já disse á ela que não iria me casar com alguém, apenas por dinheiro. Iria me casar com alguém humilde de coração, alguém que me faça realmente feliz. E com isso acabamos brigando, brigando feio.

_Você tem irmãos?

_Sim – respondeu. – Rafael, o mais velho, e a minha irmã caçula, a Melanie.

_Eles também absorvem esses princípios de sua mãe? – perguntei.

_Bom, o Rafael sim, mas a Melanie, por ser teimosa, não. – disse. – Rafael já é casado, com uma mulher extremamente rica, ela é bem dotada, e agora minha família tem negócios com a família dela.

_Que horror. – murmurei assustada.

_Isso não é nada – ele riu. – O pior é que ela está tentando me empurrar para irmã mais nova da mulher do meu irmão. – Leon disse e eu arregalei os olhos não acreditando no tamanho daquele absurdo.

_Mas... – ele me cortou.

_Não se preocupe. – ele disse. – Eu não serei louco de te deixar por uma garota rica, ela é bem legal, bonita e até atraente, mas nada comparado a você. – falou me dando um simples beijo.

_Leon, nós temos um problema – ele assentiu. – Sua família nunca vai me aceitar. Eu sou uma secretária, que ganha pouco, que divide a casa com outra garota, e não tem família, muito menos herança de algum pai. E...

_Calma – ele me interrompeu rindo. – Não se preocupe, mesmo se ela não aceitar, eu não vou me separar de você por causa dos caprichos da minha mãe. Ela pode até querer me deserdar, mas se é pra eu ficar com você... Tudo bem. – falou.

Sorri aliviada. O abracei fortemente por saber que ele era o meu apoio, que não me deixaria na mão por nada desse mundo, e que iria até contra a família dele para poder ficar comigo.

_Você não existe. – murmurei...

...


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Notas finais do capítulo

O que acharam?