True Love escrita por Bianca Saantos


Capítulo 21
Proposta


Notas iniciais do capítulo

Oi Gent !!!

Demorei um pouquinho, mas aqui está o capítulo, eu me atrasei um pouco para fazê-lo, então por isso a demora. Muito obrigada aos seus maravilhosos comentários *-* Adorei!!

Boa Leitura !!



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Acordei bem disposta, hoje eu iria trabalhar. O Dr. Ponte me ligou trezentas mil vezes, só parra avisar dos milhares dos imprevistos que ele teve na empresa, esse cara um dia me deixará louca.

Já estava vestida para ir trabalhar, hoje não iria me atrasar, Ana não me poderá “encher” o saco por conta dos meus “dois segundos” de atraso. Iria chegar mais cedo, não estava muito a fim de enrolar em casa.

_Francesca estou indo – anunciei pegando a minha bolsa em cima do sofá. Apenas escutei a mesma murmurando algo, ela estava dormindo, e provavelmente não gostou de eu ter gritado.

Fechei aporta, e quando passei pelo portão, para minha surpresa, o carro de Estevam estava lá. Ele estava encostado no mesmo, e assim que me viu abriu um sorriso, que eu não fui capaz de retribuir, não sei o que me deu. Ele se aproximou de mim aos poucos e ainda sorrindo, como se estivesse feliz em me ver.

_Está linda – disse me dando um beijo na bochecha. – E cheirosa – sorriu.

_O que está fazendo aqui? – perguntei um pouco desgostosa. Não gostei da presença dele. – Que eu saiba você já deveria estar na empresa, né? – assentiu.

_Pedi para chegar mais tarde, porque quis lhe fazer uma surpresa – explicou. – Digamos que, vim te dar uma carona, para não chegar atrasada, como sempre.

_Até você? – perguntei cruzando os braços. – Você e a Ana são irritantes com esses horários. Dois segundos ou dois minutos, para mim não é atraso. – irritei-me. – Mas não tinha necessidade de vir me buscar.

_Só queria fazer uma gentileza – falou sorrindo. – Vamos? – perguntou estendendo a mão para mim.

Suspirei derrotada. Dei minha mão para ele, que me guiou até o carro, abrindo a porta do mesmo para mim, e logo entrando também. Nunca havia me tratado daquela forma tão esquisita.

Estevam ligou o carro, e também o rádio, logo dando partida no carro. Nem precisava de tudo aquilo, a empresa era muito próxima a minha casa, não necessitava de automóvel para chegar lá.

Em menos de dez minutos estávamos lá. Agradeci a carona e nem esperei ele dizer ou fazer algo, apenas me retirei do automóvel, indo até as portas da empresa, tinha dias que aquele homem me irritava.

_Bom dia senhorita Castillo – Broadway saudou abrindo a porta para mim, que apenas sorri e adentrei na empresa correndo, ou melhor, fugindo de Estevam que estava logo atrás de mim.

Saí em direção à minha sala. Não correndo, apenas andando em passos extremamente rápidos, eu diria. Mas antes de chegar a minha sala, fui impedida por uma pessoa, importante ali dentro.

_Violetta – Ludmila disse com uma voz suave, e até poderia dizer que doce? – Não chegou atrasada hoje – riu levemente. – Ainda bem, pois queria falar com você na minha sala.

_Agora? – perguntei.

_Sim – respondeu. – Venha. – ordenou.

Suspirei e segui aquela mulher que andava na minha frente. Passei por Ana que não entendeu aquilo, apenas fiz um gesto que também não entendi o que ela queria. Maximiliano estava no corredor falando com uns caras engravatados, pareciam importantes a meu ver.

Chegamos a frente à enorme sala, que não era a do Dr. Ponte. Eu não sabia que a Ludmila tinha uma sala só dela naquele local. O que ela fazia ali dentro? Mexia nas ações? Economia?

_O que você quer comigo? – perguntei tranquilamente enquanto a via sentar-se em sua cadeira.

_Sente-se – falou indicando a cadeira a minha frente. – Queria tratar de uns negócios com você – disse apoiando os cotovelos na mesa. – E também queria te dizer uma coisa importante.

_Que... Negócios? – perguntei um pouco preocupada.

_Violetta – disse suspirando como se estivesse pensando ainda em palavras que pudesse me dizer. – Eu estou abrindo uma empresa, uma galeria, para falar a verdade. – disse. – Onde eu pretendo fazer exposições de quadros, eventos e a venda dos objetos em exposições.

_Interessante – murmurei.

_Sim, é. – afirmou. – E eu estava pensando... Você é uma pessoa de confiança, a única em que eu realmente acredito aqui dentro dessa empresa. – disse, e eu a olhei, desconfiada. – Queria lhe propor um emprego na minha galeria. – disse por fim.

_Trabalhar com a senhora? – perguntei um tanto surpresa, e ela assentiu positivamente. – Mas eu sou a secretária do seu marido.

_Ele não é meu marido – sorriu gentilmente. – Vou lhe confessar uma coisa. – disse se levantando e andando pela sala. – Eu e o Maxi, somos simples amigos, bons e fieis amigos. – falou em de uma maneira suave. – Apenas fingimos esse relacionamento. – disse um tanto triste.

_Por quê? – perguntei abismada com a falsidade.

_Bom, digamos que fomos obrigados a fazer isso – disse sorrindo. – Minha família meio que nos forçou dois.

_Como?

_Sim, fomos forçados a nos relacionar – disse. – Claro que não fazemos coisas que as pessoas que se amam fazem, mas... Temos uma boa relação, tanto profissional, tanto na amizade. Mas não nos amamos como homem e mulher. – explicou. – Violetta, Maxi sequer gosta de mim, somos apenas amigos, de verdade. – sorriu. – O coração dele tem dona... Não que a mulher que ele ame aceite isso, e eu nem sei se ela o ama também.

_Entendo – falei. – Mas não compreendo porque a senhora está me dizendo isso.

_Porque acho necessário – respondeu rapidamente. – E quero que me ajude em algo também – disse se sentando novamente.

_O que seria? – perguntei um tanto medrosa, não estava entendo aquela conversa e muito menos o rumo que ela estava tomando.

_Eu já falei com Maxi, e ele aceitou sua transferência para minha galeria. – falou abrindo uma pasta cor de rosa que havia na mesa, tirando algumas folhas. – Só me resta saber se você vai aceitar. – disse separando aquele monte de folhas. – E me ajudar em tudo que for necessário.

_Como... Tudo?

_Simples: Tudo – sorriu. – Você será o meu braço direito naquela galeria, muito mais do que uma simples secretária. Terá acesso a tudo ali dentro, saberá de coisas que apenas eu sei.

_Por que esse interesse repentino em mim? – perguntei totalmente confusa.

_Bom, como te disse, você é a única pessoa que eu considero de confiança aqui dentro. Sem contar que com esse tempo que eu vejo você trabalhando com Maxi, percebi que é você é muito focada no que faz. – falou. – O que me diz?

_Não sei – murmurei. – Você me pegou de surpresa.

_Não faz mal – sorriu de canto. – Você terá no máximo uma semana para me responder. – disse. – E hoje, eu queria te levar até ao meu investimento, ou seja, a minha galeria. – disse se levantando novamente.

_Senhora Fe...

_Não me chame pelo sobrenome, e muito menos de senhora agora que você sabe da minha situação. – riu.

_Ok. Ludmila, eu tenho que trabalhar, eu preciso separar uns documentos e falar com uns sócios do Dr. Ponte. – expliquei me levantando também.

_Ah, deixa isso para lá – riu. – Que eu saiba tem mais alguém trabalhando com você. Ana é o nome dela, certo? – perguntou e eu assenti. – Então, não vejo problema em você sair daqui. Deixa que, eu convenço o Maxi, com certeza ele deixa. – disse. – Me espere lá fora da empresa.

Assenti e lhe dei um meio sorriso, saindo daquela sala. Passei pelos corredores, passando em frente à sala do Dr. Ponte, não parei, continuei rumando para fora daquele local cheio de pessoas atoladas em trabalho acumulado.

Por um descuido, esbarrei em alguém, não que eu estivesse distraída ou olhando para os próprios pés, é que realmente eu não havia visto o Estevam no meio do caminho onde eu estava passando.

_Desculpe – murmurei me afastando dele.

_Tudo bem. – sorriu. – Poderia esbarrar mais vezes – murmurou, mas um murmúrio capaz de ser captado pelos meus ouvidos.

Suspirei e fingi não ter escutado aquela barbaridade. Segui o caminho e cheguei rapidamente ao lado de fora da empresa, sentei-me num banco que tinha ali em frente, e fiquei observando o movimento dos carros.

Minha atenção foi roubada, por uma moça, não, uma mulher, bem conhecível para mim. Suas roupas estavam até que comportadas hoje, apenas com uma saia e uma blusa de alcinha básica. Era a Camila, com algo nas mãos, algo que eu não fiz capaz de identificar, vindo em direção à empresa.

_Broadway – disse correndo até o segurança dali.

O mesmo abriu o maior sorriso ao vê-la ali. Camila abriu os braços dando um apertado abraço nele. Que surpresa. Não sabia que os dois se conheciam, muito menos que se falassem, ou que fossem tão íntimos por estarem trocando um beijo na frente do emprego em que o sustenta nesse exato momento.

_O que está acontecendo aqui? – Ludmila disse incrédula, olhando aquela cena, assim como eu, fazendo os dois se separarem no susto. – Broadway, que eu saiba, este emprego é para deixar o local em segurança total, sem deixar ninguém passar despercebido, e não ficar se agarrando num lugar que tem certa reputação a zelar.

Ele apenas assentiu juntamente à Camila, totalmente envergonhados. Ludmila veio em minha direção, pegando em meu braço e puxando até o carro, onde o motorista nos aguardava. Recostado no enorme carro prata. Entramos no carro, e nos sentamos na parte de trás.

¨¨

_Este é o lugar – Ludmila disse abrindo as portas da imensa galeria de arte. – Está vazio, mas logo chegará às pequenas coisas que eu comprei. – disse sorrindo. – O que achou? – perguntou.

_Grande – respondi impulsivamente. – Digo... É um espaço bem amplo – falei olhando, e o espaço era realmente imenso, ainda mais agora, que não tinha nada ali dentro, apenas as paredes brancas.

Antes de Ludmila falar algo, uma mulher apareceu ali, sorridente. Ela era bem bonita, e parecia contente. Ludmila ao vê-la, correu para abraçá-la, e as duas trocaram algumas palavrinhas que eu não medi esforços para entender.

_Violetta – Ludmila me chamou. – Essa a é Lara – nos apresentou. – Minha prima, e sócia desta galeria. – falou com um sorriso estampado no rosto.

Começamos a conversar sobre as coisas de lá, e também do que elas pretendiam fazer com aquela galeria, do que elas queriam expor ali dentro. Lara era uma pessoa cheia de ideias, quase não deixou Ludmila falar, ri muito.

¨¨¨

Já era tarde, tipo noite, quando eu saí de lá. Era bom conversar com elas, pareciam ser bem criativas e talentosas no que gostavam de fazer, mas aquilo me cansou, principalmente por ter que ouvir a Ludmila falando da decoração do lugar. Eu não sabia que a falsa namorada do Dr. Ponte, era tão fanática por deixar as coisas como ela queria.

_O que você faz andando sozinha uma hora dessas? – escutei alguém perguntar e logo puxar o meu braço para trás, me causando certo susto e até poderia dizer que um pouquinho de medo

Assim que a pessoa me puxou, pude ver quem era. O León e o seu sorriso magnífico, iluminando a minha noite. Sorri ao vê-lo ali, pelo menos teria companhia para ir para casa, talvez.

_O que você faz aqui uma hora dessas? – Perguntei não respondendo sua pergunta.

_Acabei de sair da casa de um amigo – respondeu dando de ombros. – Resolvendo umas coisas importantes, trabalhos, nada de mais.

_Entendo – murmurei.

_Está indo para casa? – perguntou e eu assenti. – Vou com você – disse sorridente pegando em minha mão. – Mas você não me respondeu. O que faz na rua está hora? Que eu saiba seu serviço termina no final da tarde, e não de noite.

_León, você fica meio chato às vezes com esses interrogatórios, sabia? – perguntei rindo. – Mas respondendo as suas perguntas... Eu estava com a minha “chefa”, vendo talvez, uma nova proposta de emprego.

_Onde?

_Numa galeria – respondi contente. – E eu estou pensando seriamente em aceitar, o salário e mil vezes melhor do que o que eu ganho com o Maximiliano.

_Galeria? – perguntou e eu assenti. – A que fica próxima ao parque? – perguntou e eu assenti novamente. – Da Ludmila?

_Conhece a Ludmila? – perguntei confusa.

_Só de nome – sorriu, e parecia um pouco nervoso.

_Sei... – murmurei desconfiada. – Por que está sorrindo como um idiota? – perguntei.

_Por nada – respondeu imediatamente desmanchando seu sorriso nervoso e voltando a caminhar em direção a minha casa.

Ignorei aquilo, não vou iniciar uma discussãozinha idiota em saber como e de onde ele a conhece. Andamos tranquilamente, sem trocas de palavras, não estávamos desconfortáveis, pelo contrário, aquele silêncio entre a gente estava bom, pelo menos para mim.

_Chegamos – murmurei. – Tchau León. – disse lhe dando um beijo na bochecha.

_Por ser seu namorado – disse segurando meu braço. – E por te amar de mais – me puxou para perto dele. – Mereço muito mais do que um simples “tchau”. – falou com um sorriso provocante nos lábios.

Ri, envolvendo minhas mãos em sua nuca, enquanto o mesmo segurava minha cintura, e com uma das mãos enroscadas em meu cabelo. Beijamos-nos, calmamente, sem pressa alguma, apenas sentindo um ao outro em um delicioso selar de lábios. Senti León apertando meu corpo contra o dele.

_Te... Amo – murmurou finalizando nosso beijo com um simples selinho.

_Também – falei acariciando sua bochecha. – Boa noite León... – falei me tirando seus braços de meu corpo. – Tchau... – disse parando em frente ao meu portão.

León sorriu e colocou as mãos no bolso, saindo pelas ruas, esperei-o sair de minha vista para adentrar em casa. Nada mais me fazia bem como a companhia de León, ele era a melhor pessoa já vista por mim...


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Notas finais do capítulo

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