True Love escrita por Bianca Saantos


Capítulo 13
Decisões.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente !!
Bom, queria agradecer aos comentários que recebi, mas também queria pedir para que alguns dos leitores fantasminhas aparecessem ok?
É isso... Boa Leitura!



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Voltei para dentro de casa.

***

Era madrugada e eu ainda estava na sala assistindo televisão, e pensando no que eu o Leon queria falar comigo. Estava com ódio, porque o Estevam atrapalhou tudo, ainda por cima, afastou o Leon de mim.

Ouvi a porta ser aberta. Francesca havia acabado de chegar. Já passava das duas da manhã, não sei o que eu ainda estava fazendo acordada, amanhã eu trabalho! Francesca estava cansada pelo visto. Seus cabelos imensos estavam presos num coque desarrumado, suas roupas ousadas e extravagantes estavam amassadas... Estranho.

_O que ainda está fazendo acordada? – Francesca perguntou surpresa. – A princesinha não deveria estar dormindo? – debochou.

_Não sou uma criança, então me respeite, por favor. – falei séria. – Estou sem sono, mas já vou para minha cama. E eu também estava pensando em dividir aquele tal dinheiro com você. – falei e ela fez uma cara de espanto.

_Não precisa. – falou imediatamente. – Eu não estou necessitando de dinheiro, o meu serviço me ajuda e muito, então é melhor guardar este dinheiro de seu pai, vai que mais para frente você precise. – Francesca disse com um pensamento perfeitamente futurista.

_Nossa... – falei. – Você que sabe qualquer coisa que precisar pode me dizer então. Boa noite. – continuei e logo saí da sala. Fui para o meu quarto. Já era muito tarde mesmo, melhor descansar.

***

_Violeta! – escutei um grito feminino soar pela casa. – Violeta! – estavam me chamando? – Violeta! – estava desesperado.

Abri meus olhos contra a minha vontade, e vi que tudo ainda estava escuro, ou seja, ainda era madrugada. Liguei o abajur, e sentei-me na cama, esfregando os olhos para ver se eu despertava-me por inteira.

Escutei novamente um grito feminino desesperado. Levantei da cama, calçando meus chinelos, e me direcionando para fora do quarto. Assim que abri a porta dei de cara com um copo de vidro quebrado, e água que supostamente se encontrava no copo, estava livre, molhando todo o chão.

Fui até a sala e encontrei Francesca. Sentada no chão. Com a cabeça entre as pernas. Chorando, chorando e chorando... Aproximei-me dela, um pouco assustada, pois não sabia o porquê de todos aqueles gritos exagerados que supostamente ela havia produzido.

_Francesca... – murmurei sonolenta, me ajoelhando ao seu lado. – O que está acontecendo...? Por que está chorando...? Por que estava me gritando...?

Ela me olhou, e vi seu rosto inchado, ela deve ter chorado por horas. Ela indicou que eu me sentasse, e eu fiz isso. Olhei no relógio que havia na sala, e constatei que eram exatamente três horas da manhã.

_Violeta – ela disse chorosa, chamando minha atenção. – Eu... Eu terei que ir embora desta casa. – falou. Eu estava tão cansada e exausta, que nem acreditei em suas palavras.

_Francesca não estou para brincadeirinhas, na verdade eu estou com muito sono! – reclamei. – Mas diga, por que tem que ir embora?

_Violeta... – fungou um pouco. – Eu estou grávida. – falou num tom baixo, mas totalmente claro, me dando um baita susto, fazendo com que meus sentidos recuperassem-se o mais depressa possível.

_C-Como assim você está grávida? – perguntei surpresa.

_Simplesmente estou... – falou secando as lágrimas de seu rosto. – Eu acabei de ver o resultado. – disse apontando para um papel que estava em cima do sofá. – Eu esperei você dormir para abrir o exame que eu fiz no hospital. – explicou. – Eu fiz dois testes de farmácia, um deu positivo, mas o outro negativo, então optei por fazer o do hospital, e olha só á idiotice que deu! – falou irritada consigo mesma.

Fui até o sofá, pegando o exame em minhas mãos. E sim era verdade. Francesca Reis estava grávida, e Isto era grave, porque como ela iria cuidar desta criança?!

_Quem é o pai? – perguntei olhando para ela, que ficou branca. – Quem é o pai, Francesca? – perguntei de novo calmamente. – É isso que da ter tantos “ficantes”!

_Está maluca! – levantou-se alterada. – Eu sei muito bem quem é o pai dessa criança! – respondeu raivosa. – Posso ter tido vários homens em minha vida, mas eu juro que o que eu me entreguei de verdade, foi o Diego, o único!

_Diego? – perguntei pasma. – O pai do seu filho é o Diego? – perguntei e ela assentiu. – Ele já sabe? – negou. – Quando vai contar á ele?

_Nunca... – disse num sussurro. – Eu vou embora, e ele nunca vai saber que essa criança existiu. – falou com uma fúria imensa nos seus olhos.

_Você não pode fazer isso. – falei. – O que será dessa criança, Francesca? O que será de você? – perguntei.

_O que será dessa criança... Eu não sei. E comigo pouco me importo, só sei que você vai poder comemorar, pois não estarei mais aqui, para te encher as paciências. – falou soltando um riso irônico.

_Não é nem por isso... – murmurei. – Como irei fazer Francesca? Como vou poder pagar a casa? As contas? Como irei viver aqui? Querendo ou não, preciso da sua ajuda... – disse triste deixando todo aquele sentimento de ódio e desprezo que sentia por ela de lado.

_Aquele dinheiro, que seu pai lhe deu... Faça bom uso dele. – disse duramente.

_Não dá! – alterei minha voz. – Eu não vou sobreviver muito tempo com aquilo. Francesca eu ganho pouco, não dá para pagar nem metade das despesas. – disse quase chorando.

_Não se preocupe, eu falo com uns amigos meus, e peço para lhe darem uma casa de aluguel, menos cara, e mais aconchegante, sem contar que logo você conseguirá um ótimo emprego. – disse sorrindo de canto.

_Não... – murmurei. – Você não vai fazer isso, não pode me abandonar aqui sozinha! – falei, ou melhor, gritei. – Eu não tenho ninguém...

_Sabe aquele rapaz... – ela disse calmamente. – Aquele que veio aqui outro dia. – falou e eu não entendi. – Como era o nome dele mesmo...? Ah! Leon! – falou e eu ainda não conseguia entender. – Não seja tonta Violeta. Aquele homem está perdidamente apaixonado por você, e se eu fosse você, investiria nele. Leon me parece um bom homem, ele é... Carinhoso! – ri levemente com o comentário.

_Não quero um homem – falei cruzando os braços. – Quero alguém que esteja sempre comigo, e não precisa ser exatamente um homem. Claro que eu quero me casar, ter uma família, mas eu também preciso de amigos, ou pelo menos uma amiga, nem que seja totalmente descabeçada, como você. – ela riu serenamente.

_Eu sei, eu sei... – suspirou. – Mas veja o lado bom: Você não terá que se estressar a toa comigo. – balancei a cabeça negativamente. – Violeta, eu sei que você pode viver sozinha, afinal, eu nunca te ajudei em nada, só pagava algumas contas... Não te dava motivos de amizade.

_Mas Francesca, eu não tenho condições de viver, sozinha. Eu não tenho dinheiro suficiente, e nem um emprego bom, eu vou morar debaixo da ponte se você for embora. – dramatizei. – É sério, pense um pouco antes de agir impulsivamente, eu não quero que você tome uma decisão precipitada, muito menos que não seja certa a se fazer. – falei.

_Você é muito dramática. – riu. – Eu prometo pensar mais um pouco, mas realmente, eu acho que a melhor decisão, é recomeçar minha vida, em outro lugar, com outras pessoas, com outros princípios... – falou num tom magoado.

_Então apenas pense, e reflita, depois tome uma decisão. – falei e ela assentiu. – Eu vou dormir agora, espero que você esteja mais calma. – disse me afastando dela.

_Obrigada. – agradeceu e eu apenas sorri.

Retirei-me. Fui para o meu quarto. Tentar ter uma boa noite de sono, mas era óbvio que eu não iria conseguir. Essa decisão da Francesca me deixou totalmente encasquetada...


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Notas finais do capítulo

Comentem :)