Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 8
Eu Voltaria Por Você


Notas iniciais do capítulo

Eu vou acabar postando dois capítulos no mesmo dia... #Amando a fic! :D
Espero que curtam o capítulo! :)

#BoaLeitura



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Desci as escadas com uma parte dos fios na boca, três radiocomunicadores equilibrados na mão esquerda e um monitor de alta precisão debaixo do outro braço, praticamente escorregando degraus abaixo. May, Triplett e Simmons estavam de olho nos monitores, provavelmente resolvendo alguma questão tática em relação ao posicionamento dos comboios. Quer dizer, todos menos Jemma. Ela não fazia parte disso, estava apenas ocupando o mesmo espaço que eles. Não que ela não estivesse entendendo nada, apenas não era o trabalho da vida dela. (Bem, a menos que ela esteja fazendo o levantamento dos recursos biológicos e o relatório de potencialidade química e ecológica, o que ela não gosta muito de fazer já que ela prefere a parte que mexe com membros e órgãos humanos ou doenças infecciosas com o efeito perturbador de dizimar populações inteiras. Onde já se viu alguém amar essa parte da ciência?).

Jemma parecia que havia congelado ao lado daquele ser desprezível que usurpara o lugar de Ward no nosso avião. Ela estava com as bochechas rosadas, provavelmente por algum elogio constrangedor daquele cara totalmente desagradável que se gabava por saber de tudo. Deviam tê-lo colocado na alta cúpula logo. Quem garantia que ele não era da HIDRA só encenando todo aquele tempo? Se a HIDRA esteve infiltrada por setenta anos na S.H.I.E.L.D, nada mais me impressionaria, principalmente se a ameaça surgisse da presença indesejável daquele indivíduo asqueroso.

– Agente Fitz, Skye já está na escuta?

– Dez segundos, May. Ela parece estar configurando o seu canal.

– Poderemos falar com ela, então? – Triplett fez uma pergunta idiota pra variar.

– É justamente para isso que estamos configurando o canal dela, Agente Triplett. – Respondi asperamente e Simmons lançou-me um olhar de reprovação.

– O Agente Fitz quis dizer que... – Jemma tentava justificar meu comportamento para Triplett, quando Skye finalmente conseguiu acessar o canal.

– Ga-galera? Alguém na escuta? – A voz de Skye surgia ainda tremida em meio a muita instabilidade na frequência.

– Skye? – Jemma praticamente voou em cima do meu radiocomunicador para falar com Skye. – Você está bem?

– Sim, Jemma, conclui a segunda parte do rastreamento. Não estávamos muito longe do local em que vocês pousaram e essa van está realmente dando conta do recado. May está aí com você?

– Skye? Pode falar – May recebia o radiocomunicador das mãos de Simmons.

– May, Eu estou com o grupo Bravo e eles me deram cobertura para instalar as microcâmeras. Estava escuro, mas eles me deram suporte e enviaram dois técnicos de computação nível 7 para a minha equipe. Devo dizer que é bom ter alguém que fale a mesma língua que eu.

– Ótimo. E a área? Encontraram os pontos vulneráveis do Forte?

– Essa é a parte ruim, porque parece que a Rússia rebobinou a fita e voltou à Segunda Guerra. Aquilo não é uma fortaleza, é o escudo protetor de Asgard.

– Skye, me diga que vocês ainda estão analisando o local, não é possível que não encontrem uma mínima falha!

– Eu sei como parece, mas... Sim, ainda estamos vasculhando, mas a essa hora é complicado devido a baixa visibilidade, embora de dia a mesma visibilidade seja o problema também.

– O que? – Jemma se perdeu um pouco no assunto.

– De noite, a escuridão nos impede de enxergar com clareza, mas também nos ajuda a nos camuflarmos dos guardas. De dia, nós enxergamos melhor, bem como os soldadinhos de chumbo que protegem a joia da coroa, então... Estamos empatados.

– Quantos pelotões foram para a missão?

– Três.

– Formação básica. São oito agentes por grupo?

– Sim senhora – Skye respondia como a um comandante.

– Montem três turnos. Pelas imagens iniciais o terreno é quase triangular, então... Poderiam colocar um comboio em cada ângulo, assim fica mais difícil de vocês serem vistos de dia já que as guaritas angulares são um pouco mais compridas.

– Poderiam montar um acampamento interno. – Estava demorando para ele dar os seus pitacos na conversa.

– Interno?

– Bem abaixo das guaritas angulares, Agente Skye. Mas isso tem que ser durante a noite. Quando amanhecer o dia, tudo já tem que estar montado.

– Então isso vai ficar para amanhã à noite. Já percorremos muitos quilômetros aqui para instalar as câmeras e não terminamos nem a terça parte. O máximo que vocês terão por enquanto são as imagens de satélite especiais, mas só tem algumas especificações e leituras de calor. Basicamente sensoriamento remoto. Amanhã teremos imagens mais precisas e aumentadas, consequentemente mais detalhes e blábláblá... Vamos salvar o Ward.

– Tudo bem, manteremos os olhos abertos por aqui. – Agente May deu uma pausa, apertando o comunicador contra a boca – Não hesite em usar o...

– Já sei, já sei... Entendido. Ele não sai da minha jaqueta por nada. – Onde está o Coulson?

– Ele ainda está no telefone com a segurança Russa. Parece que tivemos alguns probleminhas de comunicação com o Fury.

– É, isso é bem a cara dele.

– Eu aviso ao Coulson que conseguimos falar com vocês.

– Sim, por favor. Amanhã à noite eu trago os relatórios e vocês nos vigiam daí, okay? O capitão da minha tropa quer evitar qualquer instrumento de comunicação durante o dia – Quando as placas solares estão operando a todo vapor – para diminuir as chances de a nossa frequência cair em algum radar do governo, já que Fury mentiu quanto ao real propósito da S.H.I.E.L.D. em solo russo.

– Já fomos informados disso, por isso só passamos meia hora no aeroporto. Se as autoridades souberem que a S.H.I.E.L.D. mentiu para o governo, é capaz de eles saírem caçando a tropa de vocês. Por isso não pudemos parar por algumas semanas na Rússia e esperar vocês concluírem a missão. Fury nos mandou ficar no ar o máximo possível para evitar interrogatórios.

– Tudo bem. Estou desligando. Aguardando as novas instruções para amanhã a noite. Fiquem bem. – Ela direcionou um tom de voz mais meigo para dirigir-se à amiga – Tchau, Jemma. Juízo. Não faça besteira enquanto eu não estiver aí.

– Tudo bem, Skye – Jemma sorriu – Tome cuidado.

– Pode deixar, até logo.

Jemma encerrou a chamada e Triplett e May seguiram até a sala de Coulson para apresentar um relatório parcial. Ele havia conseguido despistar as atenções do governo russo, pelo menos por enquanto e estava combinando as possíveis rotas e estratégias que seriam aplicadas dali em diante. Jemma, por sua vez, parecia cada vez mais distante e eu não podia evitar o desconforto que aquilo me causava por dentro.

Sentei nos degraus da escada e assistia Jemma desenhar alguma coisa imaginária sobre a mesa, que não era a holomesa então o desenho era realmente imaginário. Ela era tão doce e tão teimosa e estava sempre querendo mandar em mim, ou sei lá. Eu não conseguia entender o meu problema em dividir a atenção dela com o Triplett, mas era algo que fugia do meu controle. Ela era dois anos mais velha do que eu e parecia se orgulhar disso, pois ficava todo instante me dizendo o que eu devia fazer, alegando que sabia o que era melhor para mim. Mas naquele momento, eu era o melhor para ela. Eu e não o Triplett.

– Você está bem? – Aproximei-me dela, cuidadoso.

– Estou... – Ela fez aquela expressão de que não estava cem por cento. – Mais ou menos, na verdade. Não queria que Skye estivesse longe, correndo perigo.

– Nenhum de nós queria, Jemma, mas você conhece Skye. Ela não vai parar até encontra-lo. Eu no lugar dela faria o mesmo.

– Eu sei que ele é parte dessa equipe, mas... Nós quase morríamos por causa dele, não sei se eu teria coragem de voltar para salvá-lo. Você realmente faria isso pelo Agente... – Ela quase mordia a língua corrigindo a sua fala – Pelo Ward?

– Eu não sei, Jemma.

– Mas você acabou de dizer que...

– Eu voltaria por você.


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Notas finais do capítulo

Isso, Fitz! Manda as indiretas também, cara! Seja corajoso!
— Comentários e Sugestões são sempre bem-vindos! :)