Inconscientemente escrita por Jessyhmary


Capítulo 24
A Droga da Morte


Notas iniciais do capítulo

UHUUU!! Estamos de volta!! rs

— Perdão a demora, babies, mas eu precisava achar um tempinho pra assistir um filme sobre um personagem para continuar essa história, precisava estudar um pouco o personagem... rs
Espero que curtam a história, o próximo capítulo já está no forno e sairá muito em breve..

#BoaLeitura :)



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Fomos colocados em celas diferentes, um ao lado do outro. Estávamos apreensivos. Algo havia sido injetado no meu corpo e segundo o homem, em breve começaria a fazer efeito. May era a próxima da lista e Skye seria deixada para o fim. O que queriam conosco, afinal?

– Ward? – a voz dela saiu meio embaçada. – Você ainda é você?

– Como assim? – perguntei, não entendendo bem o sentido daquela pergunta.

– O que você está sentindo?

– Nada ainda.

Respondi, sentando-me no chão. A tirar pela voz dela, provavelmente ela estava sentada na mesma posição do outro lado da cela.

– Está preocupada comigo? – perguntei, tentando provoca-la.

– Não exatamente. – percebi uma ponta de sorriso pelo tom da voz dela. – Só não queria que você morresse.

– Então está sim preocupada comigo.

– Um pouco, talvez. – ela sorriu ao falar aquilo.

– Desculpe-me. – falei, mudando de expressão.

– Pelo quê?

– Por tudo. Por ter mentido. Por ter brincado com a equipe...

Agora ela se calara.

– Desculpe por... Não ser o cara que você pensou que eu fosse.

Fiquei quieto por alguns instantes. Não sabia ao certo como ela reagiria àquilo, apenas sabia que estava sendo realmente sincero com ela.

– Não é assim que se resolvem as coisas, Ward. Não é porque eu não quero que você morra que eu ia gostar de estar em uma equipe com você de novo.

– Quer dizer que se sairmos vivos você não vai tomar aquele drink comigo?

Ela ficou calada.

– Você me prometeu.

– O drink... Sim, Ward. Tomaremos o drink. – ela disse, em tom de brincadeira.

– Você não se decide!

– Você fica me confundindo!

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Eu estava sorrindo, mesmo sem saber por quanto tempo eu ficaria vivo, ou normal. Àquela altura, poderia haver uma bomba-relógio no meu coração. Ela estava do meu lado. Morreria feliz, se pudesse ouvir a voz dela enquanto tivesse sendo arrastado para a escuridão.

– E o que foi aquele beijo? – perguntei, apenas para ouvir a voz dela.

– Isso não é um assunto para se conversar aqui, Ward. – ela cortou.

– Vamos ter que conversar sobre isso uma hora ou ou... Aaii!

Senti uma pontada muito forte no meu peito, forçando-me a deitar no chão.

– Ward? – ouvi dois murros na parede e a voz de Skye em desespero. – Você está bem?

– Skye... – mal consegui pronunciar o nome dela, a dor parecia secar os meus ossos.

– May! Está acontecendo! – Skye gritou pelo outro lado da cela, pedindo ajuda. – May?

Dois soldados caíram na frente da cela de Skye. May havia conseguido escapar da sua prisão com uma das facas que ela tinha escondida na sua bota. Havia entortado a ponta e usou um grampo de cabelo para facilitar a abertura dos cadeados. Destrancou Skye e logo em seguida apareceu na porta da minha cela.

– Ward! O que está havendo?

Ela perguntava, mas eu não conseguia responder o que era exatamente. O ar estava cada vez mais escasso e eu conseguia sentir minhas células derretendo ou congelando, não tinha certeza. Minha visão estava turva e tudo estava ficando lento. Definitivamente, eu estava morrendo.

– Ward? – Senti uma das mãos de Skye levantar a minha cabeça – Fique comigo, fique comigo! – ela gritava, mas eu a ouvia cada vez mais distante.

– Es-tou ten-tando... – minha voz se afastava cada vez mais.

– Ele está muito quente, Skye... No mínimo uns 44 graus. Se a temperatura não baixar logo ele vai...

Meu corpo começou a tremer e eu perdi os sentidos.

– Convulsionar – ela completou.



May – Point of View



O corpo de Ward convulsionava e sua língua enrolava dentro da boca. Ele estava cada vez mais quente e àquela altura, eu imaginei que ele explodiria a qualquer momento. Skye estava desesperada e meu coração batia descompassado como se tivesse desaprendido a pulsar. Ward estava morrendo.

– Oh meu Deus! Ward! Ward! O que tá acontecendo, May?!

– Eu não sei o que está causando a febre... A temperatura dele subiu exponencialmente – toquei a pele dele, estava fervendo – E continua subindo.

– Nós precisamos fazer alguma coisa!

– Eu sinto muito, Skye...

Grant parou de se debater. Eu olhei para Skye, podia ver seus olhos cheios, prontos a chorar a qualquer instante. Ela prendia a respiração de tão tensa que estava. Toquei o pulso de Ward... Não havia sinal de vida. Aproximei meu ouvido do seu peito, sem batimentos cardíacos.

– Skye...

– Precisamos chamar alguém que possa nos ajudar...

– Skye...

– Talvez se nós gritássemos mais alto...

– Skye! – Segurei ela pelo pulso. – É tarde demais. – Levantei seus olhos para que me olhasse. – Ele está morto.

– Não! Não pode ser! Isso não está acontecendo! Ward!!

– Skye, por favor...

– Por que você vez isso comigo, Grant! – Skye soltou-se do meu braço e se jogou por cima de Ward, com a sua cabeça sobre o peito dele. – Você me prometeu! Por que você deixou isso acontecer, seu idiota? – o choro dela saía mais desesperado a cada segundo, e eu estava começando a encher os olhos de lágrimas também. – Seu bastardo mentiroso e traidor!

Deixei que ela chorasse por alguns minutos, ainda deitada no chão sobre ele. Apenas queria me certificar de que ela ia ficar bem depois de tudo. Ela já passou por coisa demais nesse ano, não era justo o idiota machuca-la assim duas vezes. Perder uma pessoa uma vez era ruim. Perder duas vezes era devastador.

– Skye – chamei pela enésima vez. – Ele se foi. Por favor, aceite isso... Facilite as coisas.

– May – ela levantou-se e se jogou sobre mim, me abraçando e soluçando.

– Vai ficar tudo bem. – falei, abraçando ela um pouco sem jeito. – Vamos conseguir sair daqui, eu prometo.

– Que cena mais comovente. – Brock voltava a nossa cela. – Ah, nossa! Mas já? – ele se inclinou para ver o corpo de Ward estendido no chão. – Pensei que ele duraria pelo menos uma semana...

Skye o atingiu com um soco no meio dos dentes, antes que eu me virasse para olhar para ele.

– O que fez com ele, seu desgraçado?

Puxei Skye de volta para trás de mim. Brock não se importava muito em bater em mulheres.

– Eu? Eu não fiz nada...

– Alguém injetou alguma droga nele, e quando eu descobrir quem foi...

– Vai fazer o que? Me matar? – ele sorriu dela enquanto fazia sinal para os capangas se aproximarem. – Preciso levar a Cavalaria para tomar um calmante. Precisamos dela bem relaxada para brincarmos de médico, não é amor?

– Mantenha suas mãos nojentas longes de mim. – avisei.

– Vai ser do seu jeito então.

Ele veio pra cima de mim e começamos a lutar. Meu ombro doía muito, mas consegui acerta-lo com a perna boa após ele ter desviado algumas vezes. Caí por cima dele, prendendo-o ao chão.

– E agora, quem é que manda, amor?

– Olhe para trás, querida.

Me virei sem solta-lo, mas os dois capangas estavam segurando Skye.

– O Barão não ousaria mata-la. – arrisquei.

– Digamos que ele não é um homem muito virtuoso... Veja só como o seu amigo terminou. – ele apontou para Ward. – Virou batata frita.

– Mas Skye é diferente dele. Strucker não arriscaria.

– E você? – ele me desafiaria, mesmo que estivesse com uma corda no pescoço. – Arriscaria perde-la?

– Aaaai!! – o careca deu um chute no estômago de Skye.

– Seus monstros! Ela é só uma garota!

Soltei o pescoço de Brock e ele levantou-se rindo e desamassando sua camisa gola pólo. Segundos depois, os dois brutamontes largaram Skye e ela correu de volta pra mim, assustada e com muita raiva.

– Despeça-se da sua amiga, May.

Brock algemou minhas mãos para trás. Se eu resistisse, sobraria para Skye e eu não ia permitir que ela se machucasse mais. Preferi seguir até o laboratório, talvez longe dela, eu conseguisse derrubar os caras e voltar para salvá-la.

– Eu vou ficar bem, Skye. – falei, enquanto Brock já me arrastava para longe dela – Não se meta em encrenca enquanto eu estiver longe.

– May – ela estava com os olhos lacrimejando – Não me deixa sozinha...

Apertei os olhos com força. Naquele momento não podia fazer absolutamente nada para impedir aquilo de acontecer. Ela tinha acabado de ver o Ward morrendo nos seus braços e eu estava sendo arrastada para algum lugar estranho. Mas eu voltaria por ela, disso eu tinha certeza.

– Daqui a pouco estarei de volta. – respondi, dando um leve sorriso para tentar anima-la.

– Eu não contaria com isso, Skye – Brock apareceu na conversa, antes de me tirar completamente daquele corredor – Quando ela voltar... Nem mesmo saberá o seu nome.


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Notas finais do capítulo

#Tenso... Pobrezinha da Skye...

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