Megaman 9 escrita por Tronos


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Desculpe por todo esse tempo sem postar, só lembrei que eu tinha postado essa fic por causa de um comentário, então aqui vai mais uma boa porção do que tenho escrito ^ ^



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Ryuko foi a primeira a demonstrar qualquer reação ao entrar no quarto. Ela chutou os dois futons, que estavam juntos, um pra cada lado do quarto, e se deixou cair em um deles, resmungando sobre como todos ficavam assumindo coisas idiotas e sobre alfaiates idiotas e mulheres idiotas e como eu era um idiota.

–Você esta bem, Ryuko?

–Sim, sim, só é meio chato todo mundo ficar falando da gente como se tudo sobre nós estivesse decidido... A Shizuka ainda disse que íamos nos casar, da pra acreditar nisso?

–Hummmm...

Soltei minhas fibras, até que elas se realinhassem na forma costumeira, agora nova preta com listras amarelas nos braços da minha blusa, e pulei até estar a direita da cama dela.

“Por que a ideia te desagrada tanto assim?” – eu disse, olhando pro outro lado com um rubor leve abaixo dos olhos – “É só ignorar essas coisas”.

–Por que não desagradaria, fala sério, eu e você, é como...

Ela parou de falar assim que se lembrou das minhas últimas palavras, as lembranças do seu Kamui pulando fora do seu corpo, concordando em morrer pra salva-la e dizendo que a amava... Claro que eu não soube o que ela estava pensando ali, mas acabei interpretando como raiva o rubor no seu rosto enquanto ela virava pro outro lado.

“Entendo, sinto muito” – eu acabei dizendo, tentando não soar muito magoado. Francamente, mesmo que eu tivesse uma forma humana agora, eu sabia que era tolice esperar qualquer coisa... Afinal, 2.0 ou não, eu ainda era o mesmo uniforme velho e sujo de antes – “Boa noite Ryuko”.

–V-Você não vai precisar tomar sangue?

“Não... com as modificações do Alfaiate eu posso ficar uma semana inteira só com alguns goles do seu sangue, não vou mais te incomodar tanto com isso”.

–Não é...

“Nani...?”.

–E-Eu quis dizer que não é um incomodo, tudo bem se você quiser beber um pouco mais, eu não ligo.

“Ryuko...”.

–A-Alem disso, eu pensei ter dito que você ia dormir comigo de agora em diante.

Ela tirou o sutiã, virada pro outro lado e com um rubor escuro na ponte do nariz. Não pude evitar sorrir, enquanto abraçava seu corpo e me aquecia na sua pele.

“Boa noite...”.

O dia seguinte veio rápido, como sempre vinha quando eu dormia com a Ryuko, mas também veio confortável. Eu senti um calor estranho nos meus braços, algo confortável envolvendo meus pescoços, e ainda sonolento, apertei essa fonte de calor e conforto mais contra mim, gentilmente, a envolvendo com o meu corpo o mais completamente que conseguia. O sentimento era o mesmo de vestir a Ryuko, confortável e delicioso.

Aos poucos, no entanto, o sono foi indo pra longe, e eu senti uma cocegazinha no pescoço, e um par de mãos raspando a minha nuca, pegando um pouco de cabelo no processo, e dois montes macios apertados contra o meu peito. Respirei fundo, e abri os olhos lentamente, dando com a Ryuko, parecendo recém acordada, me abraçando enquanto dormia.

–Ara... será que eu tomei essa forma enquanto estava dormindo? – divaguei comigo mesmo, sem notar o vermelho profundo que enfeitou as feições da minha usuária – Isso não deveria acontecer, eu...

–HENTAI!

Um soco acertou direto no meu queixo, me mandando no capote pro outro lado da sala. Por desgraça, no mesmo instante que a Oba-san abria a porta, com a bacia costumeira de croquetes e uma tina de água limpa – sem dúvidas pra me lavar.

–yare, vocês andaram ficando íntimos durante a noite – Ela segurou o próprio rosto entre as mãos, de um jeito que eu percebi que as garotas costumavam fazer - Obrigado por não terem feito muito barulho durante a noite, mas agora já é hora de ir pra escola...

Ryuko gaguejou, tentando explicar qualquer coisa que tivesse acontecido ali, mas Sukuyo fechou a porta antes que ela pudesse orientar as primeiras sílabas a sair da garganta. Por fim, nos olhamos por um minuto, coramos, e nos voltamos cada um pra um lado.

–E-Eu disse que não era pra você fazer nada pervertido...

–Eu não fiz nada pervertido, foi um acidente.

–Me abraçar enquanto eu durmo é algo pervertido!

–Como eu disse, foi um acidente, e você também estava me abraçando – eu respondi, e com um franzir de sobrancelha, a única aparente sem contar a do tapa-olho, acrescentei – Alem disso, como é diferente da forma como dormirmos juntos habitualmente?

–Ora... é por que você estava me abraçando... e eu estava nua!

–E você não fica normalmente nua quando me veste? E sendo sua roupa, eu já não naturalmente abraço as suas curvas?

Ela fritou em vermelho, e saiu da sala pisando alto. Fala sério, as vezes aquela garota podia ser tão problemática...


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