“Don't try to make me stay
Or ask if I'm okay
I don't have the answer
Don't make me stay the night
Or ask if I'm alright
I don't have the answer”

Ficamos em silencio. Mesmo depois que eu soltei suas bochechas continuamos com o contato visual. Cinza no verde, verde no cinza. Cada vez, sem nem mesmo perceber, fomos nos aproximando mais e mais, até que já conseguia sentir sua respiração se misturando a minha.

Eu estava com as mãos em seu rosto, acariciando suas bochechas. Aproximei-me mais, quase selando nossos lábios. Fechei meus olhos me aproximando ainda mais, não aguentando, selei nossos lábios. Seus lábios eram macios e tinham gosto de morangos. Deliciosos.

Suas mãos foram para minha nuca, fazendo um carinho gostoso em meu pescoço, enquanto minhas mãos estavam em sua cintura. Ela, depois de um tempo pareceu se dar conta do que acabou de fazer, então se separou de mim.

Nossas testas ainda estavam grudadas e ofegávamos.

– De-desculpe. – falei corado ao lembrar que ela tinha um namorado e que eu não devia fazer isso.

– Tudo bem. – Falou com um sorriso tímido, que se possível só a deixou mais linda. – Só não vamos fazer de novo ok? Eu amo o Luke.

Sorri, mesmo estando triste por ela ter falado que ama o Luke, mas eu sei que gostar de alguém que namora tem suas consequências. Com isso apenas me levantei e voltei à área que a maioria de meus colegas estavam.

Eu estava quieto, apenas pensando como os lábios da Annabeth eram macios e viciantes, eu precisava dela! Mas... Infelizmente eu não posso. Penso como seus cabelos são lindos e caem como cascatas douradas por suas costas junto de seus lindos cachos. Penso principalmente em seus olhos. Não consigo não parar de pensar naquele cinza tempestade que eu tanto amo.

“Heartache doesn't last forever
I'll say I'm fine
Midnight ain't no time for laughing
When you say goodbye”

– Terra chamando Percy. Terra chamando. – falou Nico balançando as mãos na frente do meu rosto tentando me chamar atenção. – Você ouviu algo que te dissemos?

Balancei a cabeça negando.

– Estávamos combinando de ir ao shopping sexta, você pode?

– Não. – falei e eles me olharam pedindo explicação. – Sexta eu vou fazer um trabalho de história na casa minha casa com a Annabeth.

Sim, o professor de história tinha passado um trabalho em dupla, que ele escolheria, e eu fiquei com a Annabeth! Por tanto sexta Annabeth vem em casa fazer o trabalho.

“It makes your lips so kissable
And your kiss unmissable
Your fingertips so touchable
And your eyes irresistible”

– Entendo. – falou Nico com um sorriso malicioso e brincalhão se abrindo. – Só eu percebi que o percebi ta gamadão (N/A: Quem fala isso hoje em dia?! ) na Annabeth. – falou brincalhão, fazendo-me corar automaticamente.

Todos deram risinhos e para piorar Hazel, que descobri ser meia irmã de Nico, falou:

– Ele não ta “gamadão” ele respira a Annabeth.– falou e todos gargalharam. Eu deveria estar igual a um tomate, fazendo-os rir mais.

– Eu acho que eles formam um casal legal. – Fala Leo – Shippo – agroa fazendo foz de gay.

– Calem a boca! – falei tentando parar com esse assunto. – Eu não gosto dela! Ela é só minha amiga.

– Sei! Amiga com benéficos então! – e mais risos. Eles só sabem rir as minhas custas?

– Haha muito engraçado. – Falei sarcástico. – Vamos o ônibus chegou

“I've tried to ask myself
Should I see someone else?
I wish I knew the answer
But I know, if I go now, if I leave
And I'm on my own tonight
I'll never know the answer
Midnight doesn't last forever
Dark turns to light
Heartache flips my world around
I'm falling down, down, down,
That's why...”

{....}

Sexta feira finalmente chegou! Hoje seria o trabalho que eu e Annabeth faríamos juntos. Por conta desse trabalho teríamos que fazer um texto de dois mil palavras sobre os EUA e seus problemas atuais.

Annabeth já devia estar chegando e meu quarto está uma bagunça. Ouço a campainha tocar e corro para a janela que da para a porta e vejo Annabeth com uma mochila no ombro falando com meu pai.

Corro pelo quarto guardando tudo o que estava fora do lugar. Quando finalmente paro e olho minha blusa, vejo que estou com uma blusa azul escrito: “Sou o peixinho da mamãe” (presente da minha mãe que eu uso como pijama, mas é vergonhoso), corri para pegar outra blusa. Visto e nem vejo qual coloquei já que no outro segundo Annabeth entra pela porta.

– Oi Percy. – Diz colocando as suas coisas em cima da minha cama e se sentando na mesma.

– Hey. – digo sorrindo ao olha-la. Sempre tão bonita. – Vamos começar? – pergunto e ela assente.

“I find your lips so kissable
And your kiss, unmissable
Your fingertips so touchable
And your eyes irresistible”

{...}

Já estamos quase terminando o trabalho quando Annabeth se vira para mim e fala:

– Percy a gente pode parar um pouco? – pergunta e eu aceno que sim com a cabeça. – Eu queria perguntar uma coisa.

– Já perguntou. – falo fazendo gracinha para disfarçar o meu nervosismo. Será que ela quer falar do beijo? Que ela gostou?! Ela sorri de lado. – Pode falar.

“It's in your lips and in your kiss
It's in your touch and your fingertips
And it's in all the things and other things
That make you who you are and your eyes irresistible”

– Queria saber se você podia perguntar para seu pai se ele podia falar com os pais do Luke para ver se ele pode cura-lo.

Meu mundo desaba. Eu realmente acho que estou apaixonado por essa menina. Tudo nela é perfeito, mas infelizmente não tenho coragem para falar isso para ela e ela tem um namorado, que infelizmente, não sou eu.

– Você quer que eu pergunte para meu pai se ele pode curar seu namorado? – falo um pouco magoado e me sentido usado. Ela tinha me prometido que não queria apenas isso e também amizade, mas ela sempre voltava neste assunto.

– Tente pelo menos falar com ele. Por favor. – suspirei. Eu realmente não sei se vou falar acho que não. Mas minha boca responde antes da minha mente.

– Claro. – dou um sorriso amarelo percebendo a besteira que eu fiz.

– Obrigada Percy! Você é o melhor amigo do mundo! – diz e me da um beijo na bochecha. Deixando-me corado. – Agora eu tenho que ir, você me acompanha até a porta? – fala pegando suas coisas e eu a levo até a porta. – Até segunda.

Quando fecho a porta suspiro. Que besteira eu fiz?! Pedir para meu pai curar o namorado dela para depois ela nem olhar mais na minha cara.

Vou caminhando lentamente para meu quarto. Lá fico pensando se vou ou não perguntar para meu pai e resolvo que eu...

“It makes your lips so kissable
And your kiss unmissable
Your fingertips so touchable
And your eyes, your eyes, your eyes, your eyes, your eyes, your
Eyes... irresistible”