Gunslinger escrita por Malu


Capítulo 6
Ethan.


Notas iniciais do capítulo

Surpresinha hehehe! Vocês devem estar ansiosos, então nem vou falar muita coisa. Só que vocês vão gostar, eu acho.

Boa leitura bebês! 📖📖📖

Beijocas, até as notas finais ❤️!



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Travis pegou seu celular novamente, com o nervosismo aparente na voz, disse:

— Me desculpe... Eu... Eu... Meus pêsames. Obrigado, adeus.

Ele jogou o celular na cama e correu para o andar de baixo.

— Emilly! Emilly! — Travis começou a grita-la desde o começo da escada.

Ela não o respondeu. Ele atravessou a sala, em seguida atravessando o balcão que dava para a cozinha.

O sol da tarde invadia os dois cômodos através da porta francesa do jardim, e das janelas, de forma radiante.

Ele observou o jardim, e percebeu que a Emilly estava, distraída, regando as lindas flores que compunham o lindo e colorido jardim.

Travis a reparou; de todos os modos. Seu jeito de andar era tão doce quanto o de falar.

Ele abriu um leve sorriso, e levantou a mão para chamá-la:

— Emily!

Ela acenou de volta, e caminhou até Travis.

— Oi — ela o respondeu e deixou o regador de lado.

— Me desculpa ser tão incisivo, mas o Daniel morreu.

Ela abriu a boca, e tapou-a com a mão. Emilly, começou a chorar, sem motivos, e simplesmente abraçou Travis; ele, pego de surpresa, permaneceu com os braços abertos um tempo, mas em seguida cedeu ao abraço e acolheu-a. Emilly se encolheu em volta dos braços de Travis e se deixou levar.

— Quer um copo de água? — ele perguntou com a voz sussurrada.

Ela, dentre soluços, balançou a cabeça positivamente.

Travis soltou-a e olhou em seus olhos, e tirou alguns fios de cabelo de seu rosto. Ele ofereceu seu braço, para que eles entrassem.

E ela aceitou.

***

Emilly caminhou junto de Travis até a cozinha, bebeu seu copo de água e sorriu para ele.

— Obrigada.

Travis sorriu também.

— Não há de quê. Estou aqui para fazer de tudo por você. — Essas palavras saíram naturalmente de sua boca. Ele se conteve em seguida. E ficou envergonhado.

— Eu acho que não existe outro como você — Emilly disse, sem pensar muito.

Travis riu.

— Sério?! — ele perguntou, surpreso.

Emilly de repente deslizou sua mão, do braço dele até sua mão, apertou-a e a alisou sentindo as cicatrizes. Sua mão era delicada, seu toque era macio e cuidadoso. Emilly o encarou.

— Sério mesmo — ela o respondeu com calma, e num tom de seriedade.

Travis desviou seu olhar ao lembrar do que teria de contá-la.

Quando ele tornou a encara-la, a luz refletiu sobre seus olhos e o fez fechar os olhos em fenda. Quando os abriu novamente, viu cada fio castanho de Emilly sendo iluminado.

As trocas de olhares tão singelos, as palavras tão doces, gestos tão simples. Que acabou por tornar os dois bons amigos, mais do que de repente.

Travis, inacreditavelmente, começou a sentir algo muito maior. Muito maior do que uma amizade. Muito maior do que qualquer palavra que poderia simplificar isso.

Muitos acreditam que existam ligações, como se as duas pessoas se conhecessem há tempo, mesmo sabendo que não. Algo inexplicável.

E era isso que ele sentia.

E ela também.

Travis fizera Emilly esquecer — em partes — do ocorrido com seu marido. O que era bom, ela não estava sofrendo tanto. Ela nunca se sentira tão confortável ao lado de alguém.

***

Emilly e Travis prepararam um lanche e forraram uma toalha sobre a grama. E sentaram ali, observando o pôr do sol.

— Nossa, estou faminta! — disse Emilly encarando toda aquela comida.

— As damas primeiro...

Depois de Emilly ter se servido, e Travis também, tudo ficou silencioso. Somente os pássaros remexendo as árvores. O vento agradável de agosto, invadiu o rosto de Travis, enquanto ele observava o céu alaranjado ficando gradativamente mais escuro.

— Travis, eu estou sentindo alguma coisa estranha — comunicou Emilly, deixando seu prato no gramado.

Travis se virou para ela assustado.

— Estranha como?

O gemido seco dela foi o suficiente para ele se levantar e ir até ela.

— Estou sentindo uma dor aguda na barriga... — ela disse suspirando. — Merda — murmurou —, minha bolsa estourou.

— O que eu faço agora?

Travis estava atordoado.

— Agora você tem que me levar para o hospital.

— Tá, tudo bem. Aguenta um instante, vou pegar as chaves e nós já vamos.

Emilly assentiu, sem conseguir falar direito por conta da dor.

— A bolsa do Ethan está no quarto dele, duas portas depois do meu quarto.

Travis meneou com a cabeça e correu para fazer o que tinha de fazer.

***

Depois de pegar todas as coisas e as enfiar em Johnnie, pegou Emilly no colo e a levou até o banco de trás.

— Eu ainda sei andar, sabia? — Emilly perguntou no momento em que Travis se acomodou no banco do motorista.

Travis riu e pensou em relevar a frase, porque ela estava prestes a ter uma criança.

— Certamente.

— Só não me irrita, ok? — ela bufou, e soltou um outro gemido baixo.

— Só não dê a luz aqui dentro desse carro, porque eu não sou parteiro — Travis suplicou e riu. — Ethan, não saia agora!

Emilly riu também.

Ela segurou-se no banco, e apertou-o como se fosse aliviar a dor sentida.

O trânsito estava infernal, porém Travis cortou por algumas ruas e conseguiu chegar no hospital sem nenhum Ethan dentro do carro.

Ainda.

Travis tirou a bolsa de Ethan do carro e abriu a porta de trás para pegar Emilly.

Ela se recusou de ir no colo dele novamente.

— Larga de ser teimosa — Travis disse e pegou-a no colo. — Chegaremos lá mais rápido se eu te levar.

Emilly revirou os olhos e assentiu. Travis correu para dentro do hospital, parou na bancada de atendimento e largou a bolsa do bebê no chão; desesperado, disse:

— Essa mulher visivelmente está grávida, e prestes a ter o bebê que está dentro dela. Seria bom se ela fosse atendida, tipo, agora.

A mulher que estava de trás do balcão, solicitou com urgência médicos e enfermeiros.

Poucos segundos depois Emilly já estava sobre a maca. Logo quando puseram Emilly ali, alguns dos enfermeiros perguntaram para Travis:

— O que você é dela? — Emilly tinha os ouvidos apurados, e ela havia escutado essa pergunta.

— Eu sou... E... — Travis gaguejou.

— Ele é o pai dessa criança, agora vamos — disse Emilly com o estresse iminente na voz.

Os enfermeiros entraram na sala de parto. O médico examinou-a por completo, e deu uma notícia que a deixou mais irritada:

— A dilatação não está completa ainda, teremos de aguardar um pouco.

— Tá, tá. — O médico deixou a sala e pediu que alguns enfermeiros ficassem. Emilly fuzilou Travis com seus olhos, e disse: — Travis, segura a minha mão. Agora.

Ele assentiu, e rapidamente se pôs ao seu lado.

— Meu Deus, Travis! Isso é horrível.

— Não foi à toa que eu nasci homem — ele soltou um risinho.

***

Cinco horas depois...

Já eram quase onze da noite, e ainda estava em fase de dilatação. Travis estava cansado e preocupado. E feliz pelo o que estava acontecendo. Pensou por um momento em ligar para Emma, para que fosse dar um apoio moral. Mas ele se lembrou que ele não era o pai de Ethan.

Por mais que ele quisesse.

O médico depois de examina-la pela quinta vez ao longo de uma hora, avisou que ela já estava pronta.

Emilly chamou mais uma vez Travis e pediu-o para que segurasse sua mão.

— Não me solte, por favor — ela o pediu.

— Não soltarei.

***

Emilly estava chorando quando recebeu Ethan nos braços. O bebê esticou-se um pouco, e deu um sorriso típico de bebês.

Ele era uma graça.

— Seu filho nasceu cheio de saúde, e muito bonito — avisou-a o médico. Emilly só assentiu. Era muita emoção. — E o papai, está feliz? — ele perguntou olhando para Travis.

Emilly fitou Travis, e ele deu um sorriso afetado.

— Claro que estou.

Emilly sorriu também.

***

No outro dia, Travis levou-os para casa. Depois de receberem a alta. Ele havia conseguido dormir apenas duas horas, e estava morto.

Ethan estava dormindo como um anjo.


Emilly estava um pouco cansada, e Travis foi para a cozinha. Fazer alguma coisa para que eles pudessem comer. Alguma coisa que Travis soubesse fazer bem.

Emilly ficou sentada observando-o.

Travis parou de cortar os legumes, e a encarou.

— Emilly — ele começou.

— Oi, Travis.

— Por que quando estávamos no hospital e me perguntaram o que eu era seu, você disse que eu era o pai do Ethan?

Ela deu uma risada baixa, e sem graça. Travis fincou os dedos na tábua de madeira, e pressionou os dentes, do jeito que sempre fizera.

— Boa pergunta.

— Essa não era a resposta que eu esperava.

— E o que você esperava?

— Uma resposta mais concreta. — Ele deu um sorriso estático.

— Por nada — ela o respondeu, simplesmente —, você seria um ótimo pai para o Ethan.


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Notas finais do capítulo

Ah gente, vou expressar meus feels. Eu sinto sinceramente que estou sendo muito bem recompensada pelos comentários, quem escreve sabe o quanto é bom receber um review, né haha. E tipo, estou recebendo alguns elogios, e estou muito feliz com isso. Se tiverem críticas em questão à minha escrita, narração, desenvolvimento e afins. Enfim, algo que preciso aperfeiçoar. Acho que é isso. Ah, obrigada quem está aparecendo ❤️ Acho que é só isso. Ah não pera... Sacanagem kkkkkkkkk.

Beijunda, até às reviews amores ❤️



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