Guardei o medalhão e as coisas que necessitaria para minha curiosas viagem dentro de uma gaveta no guarda roupa, não queria que ninguém soubesse o que eu tinha feito ou tentado fazer naquela noite.
No outro dia eu te fiz tudo o que fazia normalmente, levantei-me fui à escola voltei até minha casa. Mais tarde naquele mesmo dia fui para o meu quarto já que queria analisar mais calmamente o medalhão.
Peguei-o na mão com cuidado e anotei alguns detalhes diferentes.
Primeiro: Notei algumas marcas e símbolos em toda a pedra.
Segundo: Aquilo com certeza não é o medalhão, vi algumas imagens da internet e constatei medalhões geralmente eram círculos de ouro ou prata às vezes até bronze com símbolos marcados em um dos lados. aquilo parecia mais uma pedra, claro que haviam símbolo marcados em toda sua área, mas não havia cordão ou corrente algo que servisse para pendurar no pescoço como vi nas imagens.
Terceiro: Enquanto analisava mais alguns detalhes, percebi que na pedramedalhão havia um dispositivo que dava pra ser acionado talvez por um botão ou algo do tipo, apalpando em todos os locais não consegui descobrir o local correto que acionaria o dispositivo.
De repente ouvi batidas na porta do quarto:
–Querida, sou eu...
Era a minha avó e ela queria entrar:
–Só um minuto!!
Respondi tentando aparentar calma:
–Você parece nervosa, tudo bem?
–Não vó...está tudo ótimo...só...espera um pouquinho.
–Ok, qualquer coisa estarei aqui.
Depois de alguns minutos abri a porta devagar me certificando de que estava tudo bem escondido:
–Oi, tudo ok?
–Claro vô.
Ela entrou no quarto e sentou-se na cama:
–Já abriu o bilhete que eu te dei?p
–Sim. Era tudo real?
–Depende, referente a que?
–A tudo, Armantis, a receita...é real mesmo?
Minha vó olhou para o horizonte e seus olhos se encheram de um brilho que eu nunca havia visto. O olhar dela agora era jovem, astuto, animado, como de alguém que acaba de redescobrir a vida.
–Sim querida, é real e é sua vez de viver tudo o que eu vivi na sua idade.
Eu me sobressaltei, eu não estava totalmente certa do que eu estava fazendo mas agora, com minha vó falando que era tudo real, minha esperança se renovou:
–Incrivel...
Ela sorriu:
–Com certeza muuuito incrivel. E eu vou te ajudar.
–A que?
–Eu percebi que você esta tendo alguns problemas.
Ela levou a mão para de baixo do meu travesseiro e pegou a pedra:
–Vamos te levar para Armantis.