Voltando ao FBI
– O caso é nosso, vamos ao trabalho - disse Abbott se aproximando da equipe.
– Ok. Eu vi o Volker perto do restaurante que sempre almoçamos hoje à tarde - começou Lisbon se virando para a equipe- Pode ser um bom lugar para procurar, ele não é idiota, não arriscaria ser visto indo tão longe de onde está escondido.
– Deviamos voltar na prisão. Não procuramos nada lá, saímos logo. - sugeriu Jane
– Você tem razão. Eu e você voltamos para a prisão; Wylie checa os possíveis locais próximo ao restaurante que sirva de esconderijo; Cho...
– Fisher, você está de acordo com o que Lisbon está dizendo? - perguntou Abbott percebendo que Kim está desnorteada com a atitude de Lisbon.
– Han... é... eu n...
– Lisbon conhece esse caso como ninguém, o melhor seria deixar que ela conduzisse somente esse caso em particular - interrompeu Cho
– Se Fisher aceitar... - disse Abbott olhando Fisher
– Ok, Cho está certo, Lisbon... conhece melhor o caso, por enquanto - concordou Kim
– Então tudo bem. Lisbon, coordene a equipe, você comandará provisoriamente - afirmou Abbott saindo da sala
Jane e Lisbon voltaram à prisão e tiveram que esperar por muito tempo, pois havia no momento uma contagem de todos os presos. Enquanto isso ambos ficaram na sala do dr. Lipp a sua espera.
– Não sei porque a demora... só o Volker fugiu. - disse Jane
– A menos que ele tenha levado um parceiro. - Retrucou Lisbon
– Meh! Ele é um sociopata egocêntrico, não levaria ninguém com ele.
– Dr. Lipp aqui estão os arq... - disse uma mulher entrando na sala
– Olá - cumprimentou Jane ao se levantar
– Ah... oi. Eu sou Nicolly Drunt, trabalho com a parte administrativa daqui.
– Oi, sabe se ainda vai demorar muito a contagem? - perguntou Lisbon
– Acho que não, Roy já está na ala 8. DAqui a pouco acaba - respondeu Drunt
– Você conhece todos os carcereiros? - disse Jane
– Depois de tanto tempo trabalhando na administração você acaba conhecendo todo mundo. Às vezes a gente acaba conversando para distrair do trabalho.
– Hm...
– Vocês são o FBI, não é? Descobriram alguma coisa sobre o fugitivo?
– Desculpem fazer vocês esperarem, mas tínhamos que fazer essa contagem. Só o volker fugiu - disse Lipp entrando
– Lipp tá aqui os arquivos do Volker que você pediu. Qualquer coisa me chama.
– Obrigado, Drunt. Sentem-se.
– O que pode nos dizer sobre o Volker? - disse Lisbon
– Bem... nós vimos nas câmeras de vigilância, ele fugiu por volta das 2 h da madrugada de anteontem, foi quando a câmera começou a reproduzir imagens repetidas cela, não sabemos como a câmera foi alterada, muito menos como Volker conseguiu escapar da segurança
– Simples, ele comprou alguém. - Interrompeu Jane
– Senhor Jane, posso lhe assegurar que na minha equipe não tem corrupto - Afirmou Lipp ofendido.
– Ora, se ele conseguiu escapar sem ser percebido...
– Nós vamos pedir para analisar as câmeras. - interpôs-se Lisbon - Se confia na sua equipe, não tem com o que se preocupar. - Eu queria dar uma olhada na cela, se for possível
– Tudo bem - concordou Lipp tenso e irritado
Jane sorriu arrogante e eles seguiram até a cela.
– Obrigada, não precisa ficar aqui - disse Lisbon enquanto Jane olhava ao redor do cubículo. Lisbon atende seu celular - Fisher? O que foi?
– Encontramos dois possíveis lugares onde o Volker possa estar escondido. Eu estou indo para lá com uma equipe.
– Me esperem, eu vou com vocês. - disse ela
– Não, é melhor continuar ai, nós já estamos quase prontos. Se Volker fugiu precisamos saber como - explicou Fisher
– Você está certa, me avise de tudo, tchau.
– O que foi? - disse Jane
– Fisher acha que encontraram o esconderijo do Volker. - Lisbon parecia nervosa - Vê alguma coisa?
– Eh... Onde está o companheiro de cela do Volker? - perguntou Jane ao guarda do lado de fora
– Ele não tinha.
– Serio? Ele ficava sozinho? Tem outros presos sozinhos? - interrogou Jane surpreso
– Poucos, além do Volker, dois ou três
– Hum... obrigado. Vamos, Lisbon?
– Vamos logo.
– uhum - confirmou Jane andando para fora e sendo seguido por Lisbon.
– Então, já estão indo? - disse Lipp os vendo passar
– Ah, sim. Só mais uma coisa: dentre todos os seus homens, qual deles seria o mais fácil de corromper?
– O QUÊ?
– Vamos, esse que você pensou
Lipp fecha os olhos
– Ah! Vamos lá, diga - ordenou Jane arrogante
– Nicolas Think, ele chegou faz 6 meses, ele estava de plantão quando Volker fugiu
– Onde ele está? - indagou Lisbon
– Hoje é dia de folga dele, deve estar em casa.
– Onde está o endereço? - pediu Lisbon
– Esperem aqui - Lipp saiu em direção aos escritórios - Aqui. Esse é o endereço dele - disse ele entregando um papel ao retornar.
– Obrigada. Vamos, Jane. - Lisbon pegou seu celular enquanto caminhava em direção à saída - Cho, mandado para Nicolas Think, carcereiro, pode ter ajudado Volker a fugir. Vou te mandar o endereço.
Jane e Lisbon seguiram o mais rápido que puderam até a casa de Think. No caminho Lisbon expressava claramente a angústia, queria acabar logo com aquilo, encontrar Volker, o prender e ela mesma checar se ainda esta detido. Isso Jane percebia em cada centímetro do rosto de Lisbon, para onde ele olhava a todo momento.
– Já batemos e nem sinal de vida, estávamos esperando a você chegar, já que nesse caso você está comandando - Disse Fisher
– Obrigada, Fisher.- Agradeceu Lisbon brandamente - E quanto ao esconderijo do Volker?
– Nós chegamos tarde de mais. A perícia está analisando, para saber se ele esteve mesmo lá. Se esteve, saiu com pressa. - informou Fisher
– Já temos o mandado assinado, podemos invadir? - perguntou Cho se aproximando
– Sim. Você e Fisher vão pela frente, eu cubro as janelas e os auxiliares os fundos - ordenou Lisbon
Em questão de minutos as portas estavam quebradas, a casa vasculhada e a equipe no quarto rodeando o corpo morto de Nicolas Think.
– Oh, não - disse Lisbon chegando
– Não se preocupe, Lisbon. N-nos vamos pegá-lo, não se preocupe. - disse Jane aflito com a expressão de Lisbon
– Jane... - Lisbon olhava para Jane com súplica nos olhos, - De novo não.
– Lisbon, e-eu prometo, nós vamos pegá-lo.
– Cho, coordene as buscas aqui junto com Fisher. Eu... - Lisbon tentava se recuperar com um suspiro - vou voltar para o FBI e esperar a análise das câmeras de vigilância da prisão.
– Eu vou com você, Lisbon - afirmou Jane.
– Então vamos logo.
Era visível o abatimento na voz de Lisbon, mas era notável o quanto ela se esforçava para não o deixar transparecer.