Caramelo escrita por A Garota dos Is


Capítulo 1
Caramelo


Notas iniciais do capítulo

Dez anos que não posto, então vamos lá! Alice Neko Kirkland, é pra ti que dedico está fic!



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Eu amo caramelo.

Eu amo seu gosto, seu cheiro, sua textura.

Eu amo o que o caramelo me lembra.

Caramelo relembra-me o que eu mais adoro além do próprio doce: uma pessoa que roubou meu coração desde a primeira vez que meus olhos violáceos encontraram o mar azul preso em suas íris.

Mas ele não me ama.

Não é um sentimento mútuo.

Eu não posso ter a pessoa que eu mais quero.

Mas eu posso ter caramelo.

Caramelo. Essa é a cor dos cabelos de Alfred. O nome da pessoa que eu amo é Alfred. Não é uma nome bonito?

Seus cabelos são o mais puro caramelo. Não é mel, não é maple, não é marrom, não é amarelo, dourado, cobre ou seja lá o que as pessoas pensam que é a cor do cabelo dele, pra mim é e sempre será caramelo.

Caramelo. Essa é uma palavra que define Alfred como uma explosão de sentimentos ocultos.

Ele ama hambúrguer. Mas ele é totalmente e irracionalmente caramelo.

Caramelo, na minha opinião, é o Alfred.

A única coisa que pode substituir a falta dele é o caramelo.

Minha escapatória do mundo é caramelo.

Caramelo é doce. Doce como Alfred.

É viciante, é bom, é um portal para minha loucura irracional.

O cheiro dele é de caramelo. Seu gosto é caramelo. Ele gosta de caramelo tanto quanto eu.

Pelo menos eu acho que temos algo em comum: o caramelo.

Seus olhos são azuis. Tecnicamente, azul e caramelo não são coisas que combinam, mas o pacote do caramelo é azul como seus olhos. É bonito como o mar.

Esse mar ajuda a esconder tanto caramelo.

Ajuda a esconder o que eu mais amo.

Ou será que só realça a beleza natural dele e me dá mais vontade de abri-lo, de conhece-lo…

Apesar de eu saber que só vou encontrar caramelo.

Caramelo chega a ser enjoativo para as pessoas.

Mas as pessoas não enxergam o caramelo como eu vejo.

Caramelo define o Alfred. É doce, pegajoso. Gruda em você e não sai. Quer que você lembre que ele está aqui. É delicado, uma única mordida e meus dentes cortam a superfície lisa. Seu gosto é inconfundível, mesmo depois de horas você vai lembrar do gosto do caramelo, ele impregna a sua boca. Seu cheiro, sente-se a quilômetros de distância, sua cor é única.

Em meio a essa bagunça de sentidos, eu tenho meu ritual.

Todo dia eu sento no sofá e como chocolate com caramelo. O chocolate é minha representação.

E Alfred, obviamente, é minha flor de caramelo.

Eu fico por horas a fio comendo o doce, eu enrolo o caramelo e acaricio-o, como eu gostaria de fazer com os cabelos de Alfred, lambo e chupo, como gostaria de fazer com a pele do pescoço dele, beijo a superfície doce com carinho, da mesma forma que eu desejo beijar aqueles lábios rosados.

Raivis diz que eu vou engordar. Eduard reclama que assim eu sujo muito a roupa e que já se cansou de comprar sabão para isso. Toris mantém-se em silêncio.

E eu continuo no meu vício doce.

Caramelo preenche o vazio em meu peito, a única coisa que pode fazer tal. Bem, o caramelo é Alfred, como já expliquei, mas, além de tudo, Alfred é um deus inalcançável, e eu sou um mero mortal que deseja-o.

Não há nada que eu possa fazer, a não ser afogar as minhas mágoas no meu caramelo.

Estou condenado a viver amando aquele que não me quer e comendo caramelo, tentando em vão substituir o sentimento de falta dentro de mim.

Eu sei que Alfred é insubstituível. Nem caramelo, nem qualquer outra coisa pode trocá-lo.

Mas caramelo alivia minha dor. A única coisa que pode fazer esse milagre. Além do americano, obviamente.

Mesmo que isso possa me matar.

Mas eu já me sinto morto.

A única coisa que me lembra que eu estou vivo é o caramelo.

Caramelo, caramelo, caramelo, caramelo, caramelo…

Até quando essa palavra será minha maldição?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
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