Flatmates (?) By A Time escrita por Raura


Capítulo 11
The End Of All Things


Notas iniciais do capítulo

Acho que não preciso dizer muito sobre, até porque o título fala por si próprio,
música que me inspirou nesse ~> https://www.youtube.com/watch?v=qeG_mYCyByI&hd=1

Boa leitura!



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De manhã Sherlock levantou-se junto com Molly, enquanto ele fazia panquecas, ela fazia o café. Relutante, despediu-se de Sherlock antes de ir trabalhar, se ele fosse ficar mais uns dias iria pedir alguns dias de folga, assim podiam fica o dia todo na companhia um do outro.

Assim que pôs os pés para fora de casa rumo ao St Barts, a sensação que começou a ter antes de dormir novamente voltou, dessa vez com mais força, no fundo, sabia que ia doer quando tivesse que se despedir de Sherlock.

A rotina no hospital continuava a mesma e até monótona, uma vez que o detetive estava supostamente morto, obviamente ele não poderia aparecer lá para lhe pedir ajuda enquanto fazia experiências. Iria para casa almoçar com ele, mas chegaram dois corpos, acidente de carro grave, ia levar tempo até que terminasse as autópsias e relatórios, portanto só poderia voltar pra casa quase na hora da janta.

O dia todo a legista tentou ignorar a sensação crescente, ás vezes sentia como se a sufocasse, como uma verdade presa tentando sair. Nunca tinha ficado tão feliz com o término de seu expediente, finalmente poderia voltar para casa.

Molly chegou em casa era pouco mais de sete da noite, o tempo estava mais frio que o dia anterior e uma garoa fina caía, não viu Sherlock na sala, ignorando o tempo provavelmente estava no telhado de novo, deixou suas coisas no quarto e subiu as escadas que levavam ao telhado, também não o viu ali em cima.

Nesse momento os pequenos detalhes que ela viu, mas não observou foram se encaixando na sua mente, como peças correspondentes de um quebra-cabeça. O violino não estava onde ele havia deixado, nem tinha visto qualquer coisa dele espalhada pelo quarto. Voltou para dentro enquanto sentia-se gelar por dentro completamente.

Sentou-se no sofá, sua mente recusava-se a processar a constatação que há muito tempo seu inconsciente lhe alertava. Sem avisou prévio, sem despedida, Sherlock tinha ido embora. O coração de Molly afundou, o frio que fazia do lado de fora nem se comparava ao que sentia por dentro.

As lágrimas que até então apenas marejavam seus olhos finalmente caíram, apesar do novo comportamento de Sherlock que conhecera e não esperar uma despedida sentimental vinda dele, aguardava pelo menos um aviso prévio para que se despedisse devidamente. No fundo, Sherlock ainda era indelicado e rude. Se fosse antes talvez não tivesse sequer se incomodado, mas depois de tudo que passaram nos últimos dias...

Molly encaminhou-se para o quarto, deitou-se na cama onde o cheiro de Sherlock ainda era presente, deixou que tudo o que sentia no momento viesse à tona. Aquela era uma das piores noites de sua vida.

– - - - - - -

Fazia poucas horas que Sherlock encontrava-se nesse quarto, estava deitado, as mãos sob o queixo, andando por seu Palácio Mental, encarando a porta recentemente aberta e tudo que tinha ali dentro. Sabia que nesse momento Molly devia estar muito chateada, sentia-se mal por isso e principalmente por não ter se despedido dela, mas tinha sido melhor assim, sabia que talvez não conseguisse lidar.

Automaticamente sua mente lhe levou de volta ao momento em que Mycroft apareceu no apartamento da legista.

Tinha se levantado junto com Molly, fizeram o café juntos e logo depois ela foi para o hospital, em breve seu irmão estaria ali, arrumou suas coisas sentindo um peso no coração, particularmente porque sabia que a legista tinha percebido, não queria verbalizar isso para ela, não queria despedir-se.

Porque dizer adeus significava ir embora, e ir embora significava esquecer.

Nunca se esqueceria de cada pequeno momento desde o primeiro dia ali. Nem de quando ela respeitou seu silêncio, quando lhe trouxe o violino porque era algo que gostava, dos bolinhos e chocolate quente, das partidas que perdera no videogame, de ouvi-la chamá-lo enquanto dormia, de ter cuidado dela quando estava gripada, ter trombado com ela após sair do banho, do dia em que passaram se provocando e a noite...

Tocava algumas notas tristes quando seu irmão chegou.

— Não vai se despedir? – Perguntou-lhe num tom de deboche, soltou um suspiro pesado enquanto mandava o irmão às favas mentalmente. — Como eu disse querido irmãozinho, momento errado.

— Apenas me dê a sua palavra que cuidará para que nada aconteça com ela.

— Eu sei que você vai cumprir sua missão e voltar para que você mesmo cuide dela.

Saíram do apartamento, antes de fechar a porta lançou um último olhar no sofá, onde tinha passado ao lado de Molly momentos que não esqueceria.

Abriu os olhos voltando ao seu quarto de hotel na cidade de Viena, a temperatura ali está mais baixa que a da cidade de Londres, involuntariamente desejou poder tomar o chocolate quente da legista, sentou-se na cama e bagunçou os cabelos, precisava se concentrar, pois amanhã começaria sua missão.

Antes de dedicar-se completamente a desmanchar a teia de Moriarty voltou àquela porta em seu Palácio Mental, apenas para fechá-la, não sabia por quanto tempo, mas se quisesse se dedicar cem por cento a desmanchar a teia, precisaria que ela ficasse fechada.

As coisas iriam mudar a partir daquele momento, ficariam assim por um tempo indeterminado, mas o que sentia permaneceria o mesmo. Não importava o quão longe nem o quão envolvido em sua missão ele estaria, independente das mudanças no tempo, sempre iria pertencer à pequena legista do St Barts.


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Notas finais do capítulo

Só digo que: quero opiniões sobre!



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