Clara mal podia acreditar, queria matar Flávia. Em um desespero que Flavia jamais teve a produtora puxou Marina para um beijo. O selinho como na mente de Flavia deveria durar menos de 3 minutos, tempo suficiente para que a garota percebesse e parasse de flertar com ela, mas o que a produtora não contava era que um desejo maior tomasse conta dela, que o selinho se tornasse em um beijo desesperado.

– Oi Flavinha? Dá para você soltar a minha bofe?

Sem reação alguma Clara beliscou o braço de Flavia afim da produtora soltar Marina.

Marina quebrou o beijo afastando Flavia que estava tão sem graça quanto a fotografa.

– Desculpa não sei o que deu em mim!

Clara estava com as piores das expressões, se ela estava com ciúmes desde o começo com a presença de Mari e com as demais mulheres dando em cima de Marina agora a morena estava no ápice do ciúme. Flavia saiu rapidamente com o rosto vermelha de vergonha e Marina ficou ali parada olhando para o chão.

– Desculpa Clara! Mais sabe qual é o problema aqui? Eu cansei!

– Cansou do que Marina?

– Cansei de ficar correndo atrás de você! Desde que eu te conheci, me apaixonei pelo seu sorriso, pela sua humildade e ate um pouco de sua inocência, já perdi as contas do quanto me declarei para você, do quando chorei por você! Das quantas vezes que tive que ouvir o quando você ama o Cadu! Do quando ele è o seu parceiro da vida! Ouço tudo e nem posso retrucar porque nem mesmo me dou ao luxo de fazer isso! Tudo afim de não te perder! Mais ganho o que sendo essa trouxa que sou? Ganho você fugindo de mim e correndo para o Cadu!

– Acabou o discurso Marina?

Marina calou-se e Clara se aproximou e passou suavemente os dedos sobre o rosto de Marina, secando algumas lagrimas que insistiam em cair. A fotografa levantou para olhar para Clara e foi ali mesmo que Clara a puxou para um beijo apaixonado.

– Espera!

– O que foi dessa vez?

– Ta ficando repetitivo tocar Tânia Mara toda vez que eu e você nos aproximamos! Já decorei a música de cor e salteado!

– Ah para de implicar Marina, a música é fofa.

– Fofa e irritante! Não tem uma música diferente não para os nossos beijos?

– Como nossos beijos Marina? Acha mesmo que o Manoel Carlos vai colocar uma outra música para o beijo que ainda nem passou na novela?

– Sabe porque ainda não rolou o beijo na novela? Porque você fica me deixando no banco de reserva! Eu ate tento ser compreensiva com a sua situação com o Cadu mais poxa Clarinha você poderia parar de indecisão!

– Ah Marina não é fácil! Quero mostrar como uma mulher hétero vira lésbica de forma bem romântica, todas as dúvidas e incertezas.

– Então para de mostrar romantismo! Já esta na hora de aproveitarmos! Vou mandar uma carta para o Maneco falando que o povo cansou de enrolação! Ah e pra dona dessa fic também! Poxa vida to sofrendo igual joelho de aleijado! Dá uma vantagem pra mim!

( Nota da escritora : referente ao seu pedido Marina, você esperou 61 capítulos para convidar a Clara para dormir com você. Então pode muito bem esperar mais um capitulo sem pegação com a Clara)

– Olha do jeito que estamos nessa fic, a cena de sexo vai aparecer nunca.

( Nota da escritora: parem de reclamar da vida! O tempo que perderam questionando o destino que cada uma terá nessa fic, poderiam ter se beijado e por conta disso voltemos a Giselle e Flávia)

– Gi? Você guarda segredo?

– Claro Flavinha! Já viu eu espalhar algo de você?

– Eu beijei a Marina!

– Você o que?

– Aquela menina menino apareceu no banheiro, e achei que ela ia falar algo comigo e sou péssima em dar fora nos outros e ai no calor do momento puxei a Marina e aconteceu.

– E a Marina como agiu?

– Ela ficou completamente sem reação, já a Clara por outro lado só faltou me fuzilar!

– Mais me conta, qual a sensação de beijar outra mulher?

– Ah é uma sensação diferente, eu não seu bem como explicar ou definir, mais foi bom!

– Sabe que às vezes eu sinto uma curiosidade?

– Não vou negar que também não sinto curiosidade, e depois do beijo que "troquei" com a Marina ate me senti diferente, como se aquele beijo tivesse me mostrado um lado completamente da minha personalidade que nem mesmo eu conhecia.

– Sabe que até pagaria para sentir esse sentimento que você esta dizendo que sentiu.

– Com pagar você não precisa Gi, ate porque tem muitas sapatas aqui, é só escolher!

– Me mostra Flavinha?

– Mostra o que?

– Como é beijar outra mulher!

Enquanto isso no banheiro Clara e Marina desistiram do beijo e cada uma sentou em um canto do banheiro e começaram a conversar sobre a vida

(Nota da escritora: claro que se essa fic fosse mais um capitulo de em família isso poderia acontecer, mas como não é foi isso que realmente aconteceu)

A luz do banheiro estava fraca o suficiente para que Clara sentisse a necessidade de se aproximar novamente da fotógrafa, ambas estavam ofegantes e suadas por conta do calor daquele local e da aproximação de ambas. Por alguns minutos Clara sentiu um desejo de puxar Marina para si e beijá-la como se o mundo fosse acabar, mais teve medo de qual seria a reação de Marina caso fizesse isso. Já Marina tinha medo de Clara fugir caso a fotografa tentasse beijá-la. Aquele clima que incerteza com certeza seria maior se finalmente Claro não tivesse coragem suficiente para finalmente acabar com a distância entre elas, puxando a fotografa para ela. Assim como o primeiro beijo, o beijo foi desesperado, não que ela quisesse assim, mais o momento pedia tal situação. Por mais que Clara e Marina tivessem fantasiado em suas mentes um beijo calmo, apaixonado e ao som de Tânia Mara cantando só vejo você, na realidade a vontade foi maior que o romantismo. Como em todo o casal, os beijos no inicial pareciam não se encaixar, mas depois de alguns minutos pareciam que seus lábios foram feitos um para o outro com um encaixe perfeito de matar inveja em metade dos casais da trama global. Qualquer pessoa que entrasse naquele banheiro naquele momento poderia morrer queimado de tanto fogo que aquele lugar emanava. Clara puxava cada vez mais Marina para si, quanto a fotografa aproveitava para explorar o corpo da assistente enquanto o beijo acontecia. De repente ambas ficaram sem ar e para não morrerem se separaram.

–Nossa! Nunca imaginei que fosse assim!

– Assim como? Não gostou Clarinha? Se quiser posso praticar com uma laranja igual aquelas meninas que não querem fazer feio no primeiro beijo!

– Ai boba! É claro que eu amei o beijo! Eu estou falando do fato de que eu nunca imaginei sentir tanta vontade de ir pra cama com alguém só de beijar.

– Sabe o que dizem? Você descobre se a pessoa é boa no sexo através do beijo?

– Então nesse caso você deve ser fantástica!

– Quer tirar as conclusões?

Clara sorriu e puxou novamente Marina para mais um beijo rápido.

– Temos que ir! Daqui a pouco a Vanessa começa a nos procurar como uma louca!

Clara aceitou já que não tinha outra escolha, mais que à vontade de se perder na cama de Marina era grande ela não podia negar.

Flávia ainda estava processando o pedido inusitado de Giselle, talvez a bebida estivesse dando os mais diversos efeitos nelas, mas a produtora se sentiu tentada a aceitar e quando iam se aproximar para o primeiro beijo lésbico entre elas....