Vírus 02 - O Retorno do Caos escrita por Artur


Capítulo 2
Capítulo 02: Cidade Suicida


Notas iniciais do capítulo

Oie Pessoas! Mais um capítulo quentinho, espero que gostem! Ah, fiz um trailer para a história também, deixarei o link nas notas finais :)

Deixem suas opiniões!! Beijos :*



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Vírus 02 – O Retorno do Caos.

Pov. Jessie

O nosso pequeno grupo dirige-se agora para o centro da cidade, alguns pensam que isso é definitivamente suicídio, mas na situação em que nós estamos.. não restam muitas escolhas. Estamos devidamente armados e bem equipados, todos nós estamos seguros de si mesmo, mas nunca subestimando esses novos transformados.

– Seis ou oito mais ao norte. – Sussurrou alarmante Allysson segurando sua arma com força.

– Gregory, veja no mapa! – Advertiu Luke .

– Vamos cara, deixa de ser lerdo!! – Bradou Dilan impaciente.

– Dá pra fazer silêncio? É um milagre ter poucos errantes aqui, se fazer barulho, mais virão até nós! – Reclamou Hilary impondo autoridade.

– É tarde demais. – Lamentou Drew puxando-me pelo braço enquanto corria, somos seguidos pelos demais. Os errantes, eles simplesmente correram até nós com suas mandíbulas afiadas, sedentos por carne.

Logo passamos por um beco completamente estreito, cheio de entulho e latas de lixo. Eu e o Drew íamos mais a frente, desviando dos obstáculos enquanto o barulho dos grunhidos ficava cada vez mais próximo. Olho para trás notando que Hilary, Dilan e Luke nos acompanhava, os caminhantes já nos alcançaram, debatendo-se nas paredes completamente agonizados diante da carne fresca.

Eles vinham em nossa direção, o beco era longínquo mas consegui enxergar uma luz distante. Um verme salta sobre a lixeira caindo em cima de Alysson que dá um único grito indo ao chão. Todos se viram, a saliva do errante escorre pelo seus rosto deformado, Gregory dá um único disparo que acerta em cheio o crânio do verme, os miolos do mesmo caem em cima de Allysson desesperada .

–Vamos! Atirem!! – Ordenou Luke preparando seu fuzil, Dilan e Hilary rapidamente miram nos outros transformados que se aproximam velozmente. Os disparos começam e logo todos os walkers são derrubados. A respiração de Allysson fica arfante, enquanto Gregory a ajuda para se levantar.

– Obrigado. – Agradeceu nervosa.

– Sou útil tá vendo? – Brincou Gregory sorrindo.

– É melhor a gente ir, logo os outros vermes virão atrás de nós com essas disparos.. – Proferiu Drew tentando recuperar-se da tensão recente.

– E justo no centro da cidade, é como se fosse uma suruba de errantes! – Exclamou Dilan brincando, ninguém sorriu, não tivemos tempo. Saímos correndo daquele beco, logo encontramos a saída e com cuidado, tratamos de perambular por dentro da cidade, em busca de suprimentos ou algo parecido.

– Vamos dar um tempo, estou cansado! –Berrou Dilan apoiando-se nos seus joelhos enquanto respirava com dificuldades.

– Aguente só mais um pouco seu frouxo. Ali tem algumas residências, podemos arranjar algo nelas. – Rebateu Luke .

– Muito gentil ele, concorda? – Cochichou Dilan para Hilary que devolve com um simplório sorriso.

Finalmente chegamos em uma rua repleta de moradias. Era uma ladeira enorme mas graças a Deus não tivemos que subi-la afinal, já estávamos no topo.

– Vamos naquela ali. – Afirmei apontando para um primeiro andar de cerâmica azul escuro.

– Ótimo, agora vamos arrombar essa droga! – Exclamou Luke aproximando-se da grade.

– Está com cadeado. Gregory ... passe a alavanca para podermos arromba-lo! – Exclamou Drew obtendo a ferramenta, logo o rapaz começa a realizar inúmeros golpes no cadeado, o barulho era intenso mas era preciso. Depois de algumas batidas, finalmente o cadeado cede.

– Vamos sozinhas. Eu e as garotas podemos procurar tudo sozinhas não acha? Ou você é machista? – Questionei enquanto Drew franziu a testa.

– Tudo bem, ficamos aqui fora para assegurar tudo. – Concedeu apoiando-se em um carro velho ao qual estava na outra calçada.

E quando já estávamos no terraço da casa, rapidamente inúmeros errantes surgem do nada, vindo na direção dos rapazes que por impulso, descem a ladeira .

– Drew!! – Gritei .

– Vamos despista-los, fiquem ai! – Respondeu enquanto corria.

A metade dos errantes que estavam ali, foram atraídos pelo meu grito, eles adentraram na casa nos surpreendendo.

–Vamos! Subam!! – Exclamei enquanto Allyson e Hilary subiam as escadas apavoradas. Vou logo em seguida enquanto vejo os vermes subindo as escadas normalmente, alguns deles tropeçavam mas outros passavam direto. A porta estava aberta, adentramos com cautela, atentas em tudo ao nosso redor.

Passamos pela sala, os walkers se debatem diante da porta de entrada, sem encontrar dificuldade alguma.

– Temos que fazer alguma coisa. – Proclamou nervosa Allyson.

– Vamos nos esconder. Temos que torcer para que eles sejam burros o suficiente. – Respondi enquanto corremos para o final da casa passando pelo banheiro e pela cozinha, adentramos ao último quarto próximo ao quintal ao qual estava trancado, Hilary volta para a cozinha pegando uma faca caseira.

– Venha Hilary! – Gritei, ela se assusta ao notar a aproximação imediata dos errantes, rapidamente a jovem corre em direção do banheiro, trancando-se lá dentro.

– Não dá tempo de fechar a porta. Vamos nos esconder, em silencio! – Sussurrei para Allyson que se agacha ficando debaixo da cama do quarto. Fico desnorteada, sem saber o que fazer ou para onde ir, até que me deparo com um pequeno guarda roupa branco. Rapidamente abro as duas portas do mesmo, enquanto pego impulso para poder adentrar no mesmo.

Era pequeno e desconfortável obvio, não tinha prateleiras mas ainda haviam roupas nele e infelizmente, minhas nádegas estavam em cima delas. Tento controlar minha respiração, meus olhos se fixam na única brecha que existia entre o espaço de uma porta para a outra. O silencio se prevalece, não vejo nenhum transformado, abro uma das portas lentamente até que sou surpreendida pelos errantes que adentram ao quarto ferozmente. Rapidamente fecho a porta, fico gélida enquanto meu coração palpitava.

Realmente estava difícil em acreditar que conseguiríamos sair dali...

[ ... ]

Allyson tentava se encolher embaixo da cama, o chão estava todo empoeirado o que dificultava a presença da jovem ali. Que aos poucos, ia se rendendo a tensão que vai sucumbindo conforme o número de walkers no quarto se multiplicava. Jessie agora fica desesperada, mas logo tenta manter a calma, tudo que se escutava era sua própria respiração ofegante, enquanto os grunhidos dos zumbis tentam se sobressair.

Os olhos verdes da jovem fixam-se na imagem dos errantes andando em ziguezague pelo quarto, sabiam que existia gente viva ali, e não iriam desistir até encontra-los. Jessie tampa a própria boca, afim de fazer menos barulho possível. O coração acelera cada vez mais, enquanto que o suor, atreve-se a escorrer pelo corpo.

A situação de Allyson não era diferente, muito pelo contrário .. estava completamente arriscada. A jovem entra em pânico ao ver as pernas pútridas e deformadas dos caminhantes, começa então, a rastejar-se mais para o canto, ainda embaixo da cama, chegando por fim na parede. Sua face demonstrava sua agonia extrema, arfou o peito bastante ofegante.

Hilary se via em calmaria, encostada na porta do banheiro, respira com dificuldade, e com os olhos fechados, procurava descansar de uma fadiga intensa. Retorna a abri-los lentamente quando escuta um tímido barulho, que vem a tona quando um errante silencioso, se revela saindo do box vindo em direção da jovem que dá um único grito abafado.

Jessie se assusta ao escutar o grito da jovem, mil coisas vem em sua mente, já temendo o pior.

– Hilary. – Sussurrou baixinho por impulso Allyson que se apavora quando os errantes se agacham indo ao chão. Com os braços esticados, os vermes tentam alcança-la adentrando aos poucos, embaixo da cama. Allyson olha para os lados, via-se cercada afinal, não existia saída alguma, tudo que se via era as faces deformadas dos errantes completamente famintos.

– Droga. – Murmurou Jessie observando tudo pela brecha, um único transformado a surpreende quando se debate sobre a porta do guarda roupa fazendo inúmeros barulhos, o rosto do verme se predomina nos olhos de Jessie que se encolhe enquanto tenta manter a porta fechada. A garota geme constantemente enquanto o caminhante persiste em colocar as mãos na carne fresca de Jessie que não vê outra alternativa quando Allyson começa a gritar por socorro.

A loira chuta a porta com força, fazendo o transformado cair ao chão, se retira do guarda roupa com cautela enquanto tem seu pé pego pelo zumbi derrubado pela mesma, que vai ao chão agonizada. E em meros segundos, a chegada esperançosa de Drew e dos demais, cessa a tensão que sucumbia em Jessie.

Drew finca a foice de Jessie no crânio do zumbi que tenta abocanha-la, e Luke demonstrando o quanto é valente, puxa cada errante que tentava pegar Allyson pelos pés, enquanto que Dilan e Gregory finalizava o trabalho estraçalhando o crânio de todos eles. Resta um único errante que estava ao chão, Luke cospe no mesmo enquanto estoura a face do mesmo com inúmeras pisadas. Allyson vai aos prantos tentando se recuperar da tensão recente enquanto ficava abraçada a Gregory que tentava acalma-la.

– Como vocês chegaram aqui? – Questionou Jessie já normalizada.

– Vimos que alguns seguiram vocês então foi fácil eliminar os que estavam atrás de nós. Além do mais, não podíamos deixar vocês três aqui sozinhas ... – Respondeu Drew.

– Por sinal, cadê a Hilary? – Questionou Dilan.

– É verdade, escutamos um único grito dela! – Exclamou Allyson sendo completada por Jessie.

– Se prendeu no banheiro.

Todos andejam em direção ao banheiro, não sabiam o que tinha acontecido com a jovem, a porta é aberta vagarosamente por Luke enquanto se deparam com um errante no chão, com um faca caseira pendurada no crânio do mesmo. Hilary estava sentada, apoiada na parede de frente para o walker, olha para os demais cansada enquanto esboça um sorriso em face.

Dilan e Drew ajudam a jovem a se levar a qual agradece falando :

– Sei me defender. Mas estou exausta.

– Todos estamos. – Completou Luke.

Tudo parecia mais normalizado, era o que eles pensavam, na varanda da casa, todos viram um mar de walkers perambulando na rua atraídos pelos disparos efetuados pelos rapazes enquanto desciam a ladeira. Todos arregalam os olhos completamente surpreendidos, o portão estava aberto, e só existia uma única saída. Talvez nem todos consigam se salvar...


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Notas finais do capítulo

http://www.youtube.com/watch?v=XYvsgOvEuJU



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