Caçador de recompensas! escrita por Rose Gimel


Capítulo 8
Mira vai a luta!




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Acho que chegou a minha vez, me direcionei até o lavatório e comecei a me despir e na banheira eu entrei, apesar de me incomodar com isso depois pois a água estava muito gelada. “ Seria melhor ter ficado na cama dormindo, amanhã será um dia cheio”.

Depois de limpo, coloquei de volta minhas roupas, ainda sem saber o porque de eu ter me limpado, aliás sou um caçador de recompensas, eu lido com a sujeira, a sujeira já faz parte de mim como a carne e o sangue. Mas agora já foi! Depois de enfim ter terminado me joguei na cama e capotei, Mira estava da cama ao lado, separada por uma grossa parede.

Sete horas em ponto e um moço aparece batendo no quarto:

– Qual o seu nome?

–Sou Joe, e a minha acompanhante Mira esta do outro lado da parede, o que você quer?

– Quero dizer que essa tal de Mira vai duelar daqui a uma hora, se preparem e vá para a arena de treinamento B.

– Certo, vou acordar a dorminhoca. Mas antes, por que ela, e não eu? E afinal, hoje é a primeira batalha e pegaram justo ela pra abrir?

– Não sei por que escolheram ela, mas ela vai abrir o duelo sim!

“Toc toc”, fez o barulho da porta.

– O que você quer Joe?

–É... Digamos que você precisa ir na arena de treinamento por que você vai batalhar hoje.

– O quê? Por quê eu? Joe, e se eu morrer? Vou treinar agora! – A porta se abriu e ela saiu rapidamente de lá, e me puxando pelo braço falou- Me ensine tudo o que você sabe!

– Vou pensar no caso!

– Não venha com graça.

Voltamos para a recepção e perguntei onde era aquele tal de arena de treinamento B, seguindo as instruções chegamos no local indicado, já estava velho, mas era um lugar grande e daria para o gasto.

–Ok, pequena aprendiz, vamos começar com tiro a distância, eu quero que você acerte aquela garrafa de pinga em cima daquele caixote!

–Eu nunca tentei acertar algo tão longe!

–Quer viver? Quer sobreviver? Quer continuar tendo uma vida? Quer...

–Tá, tá, já entendi!

–Você tem três chances! Se não acertar... Terei que tomar medidas drásticas...

Naquele momento eu senti que deixei ela nervosa, e esse era o meu intuito.

–Primeiro tiro.

A arma já estava fora do coldre, com o dedo ela finalizou uma volta completa, e então deu o primeiro tiro.

–Droga, muito alto.

–Segundo tiro!

O desespero já estava tomando conta da garota, novamente mais um giro com a arma!

“BOW” Era vidro espalhado bem perto daquela região.

–Eu consegui Joe, eu consegui.

–Ótimo, avançamos uma etapa.

Eu pensei que ela não conseguiria, aliás ela é só uma garota com sonhos, e ela me provou o contrário.

Cada vez ela ia mais longe, e a Mira cada vez melhorava o tiro, acertava no alvo.

–Joe, estou exausta, preciso descansar, essa parte de se defender, de tiros é bem cansativo.

–Sente um pouco.

Foi eu falar isso e o homem retornou, dizendo que o tempo de treinamento acabou, agora ela iria conhecer seu oponente.

Mira estava cansada, como se livraria dos tiros deste jeito?

–É bom ela ir, esse duelo aí rende 500 dólares.

–Mira, é um bom dinheiro.

–Vamos para arena. – Disse ela entusiasmada.

Mas antes eu a puxei de lado e com ela troquei os coldres, o dela tinha espaço apenas para uma arma e o meu para três, e ainda de brinde entreguei minha valiosa Winchester 73 de prata.

–Boa sorte Mira, vou ir naquelas arquibancadas. Torço por você, você consegue! E como amuleto da sorte segurei a mão dela e alisando seu rosto, meus lábios se encostaram no dela, eu a beijei, não sei o porque eu fiz aquilo, mas eu fiz. Depois disso ela ficou com vergonha e eu andei rapidamente para a minha posição.

Era uma multidão grande e enfurecida, e então o narrador começa:

– De um lado, uma bela garota, medindo apenas 1,61 , apenas essas informações que nós temos dela, Mira.

–Do outro lado: Um homem, com 1,96, 36 anos, que venha Thomas.

Ambos foram para o meio do campo, e apertaram as mãos.

–O duelo vai começar: Preparados? Virem de costas. Contem dez passos!

Mira andava e tremia, e isso era notável, enquanto o outro já cantava vitória.

–Passos contados? E é já!

“Porque não usar a arma do Joe?”

Mira pegou a arma que para ela eu entreguei e posicionou as duas mãos retas em cima da arma, e o primeiro tiro ela lançou.

Não foi tão fácil o homem se defendeu, e nela também atirou, mas Mira foi treinada para isso, e tentou mais um tiro no homem. Que ao mesmo tempo também atirou.

“O que é isso? Estou sangrando... Acho que é hora do adeus, acabou pra mim!”

Já havia uma pessoa morta naquela arena, mas não era só isso, essa mesma pessoa foi morta de um jeito que não esperávamos, foi um bom tiro, bem na cabeça, este não terá nem ao menos outra chance.

Me levantei depressa, eu não estava acreditando no que via... “Bem na cabeça?”

–Eu ganhei, eu sabia que conseguiria, vitória.

O narrador desceu de sua longa cadeira e entregou os 500 dólares ao vencedor.

Sai correndo e fiquei esperando ela sair dali também.

–Viu Joe eu consegui, viu?

–Claro! Quem aprende comigo a tendência é ganhar!

De repente um silêncio, e Mira me dá um tapa.

– O que foi isso?

– Eu falei pra você nunca mais me beijar, não falei?

– Foi para dar sorte.

Um outro tapa veio.

–Mas o que é isso?

–Não preciso dessa sua sorte. Ande logo, vamos sair daqui, não quero me lembrar que matei uma pessoa por dinheiro, mas agora vou conviver com essa realidade.

–Sim, você precisa descansar um pouco, vamos comer aquelas belezuras de comida que tem no quarto?

– Claro.

Antes de sairmos, Mira virou-se para o defunto e com um simples gesto pediu-lhe perdão, antes de chegarmos no quarto e antes de pegar qualquer comida, ela pegou uma vela e acendeu-a com uma fogueira que tinha no lado de fora: “Peço a Deus que ilumine essa pobre alma”. Entramos e nos estufamos de comida.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando, deixem suas opiniões nos comentários!
Obrigada pela leitura!



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